Coluna Esplanada

Arquivo : Dilma

Movimentos de rua se calam diante do perdão aos políticos do Mensalão
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Leandro Mazzini

Uma presidente da República companheira, uma Suprema Corte complacente, uma Procuradoria da República leniente, um Código de Processo Penal frouxo e um povo que se cala.

No que dá?

O perdão das penas de todos os políticos do Mensalão do PT. O último deles, José Dirceu, se livrou de mais sete anos de pena anteontem.

Em suma, a então presidente Dilma Rousseff pediu o indulto geral, a PGR validou, o STF topou e o povo não questionou.

Fica apenas um exemplo para o leitor responder por que o Brasil ‘não dá certo’ ou por que paira na atmosfera tupiniquim um ar de impunidade, quando alguém perguntar.

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Governo faz pente-fino em aposentadorias-relâmpago no MDA
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Leandro Mazzini

Não foi só a ex-presidente cassada Dilma Rousseff que furou a fila da aposentadoria.

O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Alberto Beltrame, determinou à presidência do INSS que conclua, o mais breve possível, minucioso levantamento de concessões de ‘aposentadorias-relâmpago’ a servidores no órgão.

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Palácio ‘esquece’ foto de Dilma na galeria de ex-presidentes
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Leandro Mazzini

Foto de Walmor Parente

Foto de Walmor Parente

Um detalhe que ratifica o clima político azedo além do partidarismo.

O Palácio do Planalto ainda não instalou a foto oficial de Dilma Rousseff na galeria de ex-presidentes, no salão do térreo. E não há notícias de que vá instalar, ou quando.

Atualização quarta, 12/10, 11h53 – O quadro com a foto oficial de Dilma foi afixado na parede na noite do dia 11/10.

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Planalto terá de localizar 568 presentes recebidos por Lula, determina TCU
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Leandro Mazzini

Sem alarde, o Tribunal de Contas da União deu o pontapé para mudar a interpretação da lei da guarda de presentes recebidos por presidentes da República, e determinou à Secretaria de Administração da Presidência que a partir de agora os presentes recebidos por Michel Temer sejam catalogados e incorporados ao patrimônio da União.

O caso envolve também os presentes recebidos por Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva.

O TCU deu prazo de 120 dias para a Presidência ‘localizar’ exatos 568 ‘bens recebidos’ pelo ex-presidente Lula da Silva enquanto chefe da nação.

São aquelas ‘tralhas’ que estão dando dor de cabeça ao petista na Operação Lava Jato.


Dilma põe PT na ‘geladeira’ de sua agenda
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Leandro Mazzini

A presidente cassada Dilma Rousseff vai deixar ‘na geladeira’ por alguns dias o convite do presidente do PT, Rui Falcão, para presidir a Fundação Perseu Abramo – ligada ao partido e com sede em São Paulo.

A reação – em tom de descaso – se deve ao fato de que Dilma ainda não digeriu a posição contrária do partido à realização de novas eleições em meio à votação do impeachment que a destituiu da Presidência.

Carlos Lupi, amigo de longa data, seu ex-ministro do Trabalho e presidente do PDT nega que tenha feita o convite, mas extraoficialmente pedetistas históricos não descartam que Dilma volte à legenda.

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Esplanadeira: A ação de J. Barbosa, o diplomata brabo e Gleisi ‘proibida’
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Leandro Mazzini

Esplanadeira é a seção publicada esporadicamente que traz as curtinhas do dia publicadas nos jornais pela Coluna

CONEXÃO EUA-BRASIL

O ex-ministro do STF Joaquim Barbosa está advogando para um fundo de pensão americano e minoritários dos EUA que perderam milhões com a derrocada da Petrobras.

SAMUCA TÁ BRABO

O embaixador Samuel Pinheiro, ex-ministro de FHC e secretário-geral do Itamaraty no Governo Lula da Silva, notoriamente da esquerda, dá nota zero para Michel Temer: “Porque ele é ilegítimo; o Governo Temer não é um Governo, é uma usurpação”.

PATOTA DO FATIAMENTO

O acordo para manter os direitos políticos da presidente cassada Dilma Rousseff foi consolidado na madrugada de quarta-feira, horas antes da votação.

O plano, idealizado dias antes na moita, teve redação final foi traçada no Cafezinho do Senado pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), senadores do PMDB e Humberto Costa (PT-PE) – autor do destaque.

MAL NA FOTO

Candidatos às prefeituras e assembleias legislativas do Paraná têm evitado vincular suas imagens de campanha à da senadora Gleisi Hoffmann (PT), depois da prisão do marido, ex-ministro Paulo Bernardo, e de denúncias de envolvimento na Lava Jato.

TE PEGO LÁ FORA

Uma cena chamou a atenção enquanto o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) chamava os colegas de “canalhas” antes da votação do impeachment. Os senadores Reguffe (sem partido) e Aloysio Nunes (PSDB-SP) cerraram os punhos e bateram na bancada.

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Lamachia, da OAB, indica que pode questionar ‘fatiamento’ no STF
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Leandro Mazzini

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, diz entender que o ‘fatiamento’ da votação do impeachment, que manteve os direitos políticos da petista, não está previsto na Constituição. Revela que já pediu um estudo sobre o assunto para decidir qual medida a Ordem vai tomar.

Lamachia lembra que o próprio Supremo Tribunal Federal já decidiu que a perda do cargo e dos direitos políticos não podem ser separados em caso de impeachment do presidente da República.

Essa decisão foi tomada em uma ação apresentada por Fernando Collor (mandado de segurança 21689). O presidente da OAB diz ainda que “a lei não segue partidos nem ideologias”.

“A mesma lei que, hoje, recai sobre o PT já recaiu sobre Fernando Collor, adversário ferrenho do PT. Todos são iguais perante a lei e a aplicação das regras deve ser igual”.

Entidade que também protocolou pedido de impeachment da então presidente Dilma, será inevitável a OAB se manifestar. Não só por isso. Caiu num caso delicado. Na prova do exame de Ordem de 2009, elaborada pelo Cesp, uma questão crava que a perda de cargo de presidente, conforme a Constituição, tem pena cumulativa de inelegibilidade ( veja print abaixo )

prova-oab
Se Lamachia em nome do Conselho federal da OAB fazer valer o discurso, tem respaldo constitucional para recorrer sobre o caso do ‘fatiamento’ no STF. Caso a Ordem defenda a validade do ‘fatiamento’, a questão da prova de 2009 fica passível de ser anulada – e causar confusão.

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Bi em impeachment, Lavenère lamenta por Dilma
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Leandro Mazzini

Um dos mais desolados na galeria do Senado durante o depoimento da então presidente afastada Dilma Rousseff era o advogado Marcelo Lavenère, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, autor do impeachment do ex-presidente Fernando Collor.

“Até as pedras sabem como cada senador vai votar”, repetia para amigos.

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Gabinetes do Congresso viram abrigo para órfãos do Governo Dilma
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Leandro Mazzini

Deputados e senadores – além de governadores – aliados do PT e da ex-presidente da República Dilma Rousseff estão salvando ex-funcionários que detinham altos cargos no Governo que caiu.

Servidores e ex-ministros estão em busca de emprego. O principal destino são gabinetes da Câmara e do Senado.

Gilberto Carvalho foi nomeado na liderança da Minoria no Senado – que já aportou também outros 11 ‘dilmistas’ e ‘lulistas’.

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