Coluna Esplanada

Arquivo : Gilberto Kassab

ACM e Kassab se estranham nos bastidores das alianças
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Leandro Mazzini

foto de arquivo

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Que nenhum aliado (ou adversário gaiato) convide para a mesma mesa no circuito Rio-Brasília-São Paulo o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD).

O ministro cortou verbas para obras em andamento na capital. ACM e Kassab evitam polemizar, mas democratas ligados ao prefeito contam que o DEM ajudou o PSD em votações importantes no Congresso Nacional, a pedido do ministro, e agora não houve retorno.


Plano B para 2018: Kassab negocia entrada do tucano Marconi no PSD
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Leandro Mazzini

Foto extraída do jornalopcao.com.br

Foto extraída do jornalopcao.com.br

Ao passo que patrocina a recriação do PL, o ministro das Cidades e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, sonha com o governador de Goiás, Marconi Perillo, na legenda para lançá-lo a presidente em 2018 – em caso de a parceria atual desandar com o PT.

Pragmático, o tucano no quarto mandato de governador, avalia cenários com cautela. Kassab passou por Goiânia três vezes nos últimos dois meses para conversar com Marconi, e ambos se falam ao telefone, otimistas, pelo menos duas vezes por semana.

Mas o governador não descarta a filiação ao PSD no início de 2018. Após ser tratado com desdém pelo senador Aécio Neves e levar um gelo do PSDB diante das citações na CPI do Cachoeira, Marconi se sentiu desprestigiado, e discretamente tem reclamado do tratamento do partido para o Estado importante no cenário político-econômico do País.

Para o PSD a importância é puramente eleitoral e empresarial, a despeito da figura do governador goiano. Uma vez de malas prontas para o PSD, Marconi levaria consigo um séquito fiel de mandatários e militantes, e o portfólio de financiadores de campanhas no Centro-Oeste.

Não é segredo em Goiás que, após o Senado e o Palácio das Esmeraldas, Marconi quer alçar voo nacional. Mas no PSDB não tem espaço para seu projeto. É o sexto na fila.

Mesmo que eventualmente Aécio Neves não se lance ao Planalto daqui a três anos, a ordem no escrete tucano para a candidatura é: Geraldo Alckmin, José Serra, Tasso Jereissati, Beto Richa e Marconi.

POTE DE OURO

A tarefa de ressuscitar o PL está com Cleovan Siqueira, que manteve o registro do finado PL em cartório de Goiás, e agora se uniu a Kassab no projeto junto ao Tribunal Superior Eleitoral.


Cunha x Kassab, a batalha dos novos caciques
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Leandro Mazzini

Iniciou-se no âmbito da Câmara dos Deputados uma batalha velada entre dois caciques: Eduardo Cunha, presidente da Casa e potencial futuro presidente do PMDB, contra Gilberto Kassab, fundador do PSD e ministro das Cidades. As bancadas já pegam suas ‘armas’ e demarcam territórios.

No cerne da briga o potencial de cada partido em 2018 para se colocar como o principal aliado do PT ou até lançar candidato próprio.

Kassab planeja refundar o PL e fundi-lo com o PSD, criando uma legenda tão robusta quanto o PMDB ( leia mais aqui ). A missão de Cunha é barrar o novo partido e preservar o seu.

Daí a indicação de parte da Câmara, já notória, de que esboça regra para barrar criação de novos partidos. Uma das principais no novo projeto será a obrigatoriedade de a nova legenda respeitar um prazo de cinco anos para filiar mandatários. Isso mata a pretensão de qualquer novo partido.


Kassab, o estorvo do PMDB
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Leandro Mazzini

kassab

Foto: EBC

Expoentes do PMDB declaram reservadamente em restaurantes de Brasília e São Paulo que o partido terá seu candidato a presidente em 2018. Um cardápio à mesa com prato frio que se repete há anos, não fosse a salada que o novo maître do cenário político prepara para os próximos anos no banquete do Poder. Ele atende por Gilberto Kassab.

O ex-prefeito de São Paulo tornou-se um promissor construtor de partidos e tem mexido com as previsões das conjunturas políticas regionais e nacional. O seu PSD, fundado com a ajuda velada do Palácio do Planalto, tornou-se um trunfo eleitoral para o PT em 2014. O PL que Kassab quer – e vai – ressuscitar será um estorvo para o PMDB, que já prevê o perigo do poder político de Kassab com seus dois partidos, e começa a se movimentar para não ser alijado das negociações futuras.

O PSD tornou-se tão importante no plano federal que governadores aguardaram a confirmação de Kassab no comando do Ministério das Cidades para escolherem seus secretários de Habitação – pastas intimamente ligadas, elo de Brasília com as capitais. Foi o caso de Paulo Câmara, de Pernambuco, que cedeu o cargo para o PSD. O esboço escancarado do novo PL por Kassab o tornou indiretamente o maior incentivador do PMDB. O partido robusto que se arrasta de um lado para o outro do palanque para se manter no Poder desde a morte de Ulysses Guimarães agora já pensa na candidatura presidencial, e tem nomes para isso.

Mas por quê? Os movimentos de Kassab apadrinhados pelo PT demonstram que o ministro formata um grande partido aliado de Lula e Dilma para 2018, para fazer frente ao PMDB. Não é segredo entre parlamentares no Congresso Nacional: depois de inflar a legenda com mandatários egressos do PMDB, PP, DEM e PSDB, e enfraquecer essas siglas, a meta de Kassab será fundir PSD e PL, criar enfim um terceiro e forte partido, para apresentá-lo ao PT como o grande aliado em lugar do PMDB daqui a quatro anos.

Motivos evidentemente não faltam. De um lado, Kassab entra para o rol dos grandes caciques da política brasileira e potencializa seu poder de barganha; de outro, o PT deixa de ser vítima de um PMDB cujos líderes desde 2003 enfiam a faca no pescoço dos presidentes da República por cargos, ministérios, projetos etc. O PT também se livraria da supremacia peemedebista que se consolida no comando da Câmara e do Senado Federal.

Daí os caciques do PMDB iniciarem o ensaio de uma candidatura a presidente da República. Eles entenderam o plano de Kassab, e a simpatia dos petistas. Nomes ao PMDB também despontam. Vêm do Rio de Janeiro. Hoje, são o prefeito Eduardo Paes e o governador Luiz Fernando Pezão. Só para citar dois.


Para oposição, STF quebrará sigilo de doação a Cuba
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Leandro Mazzini

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Alvaro Dias – assim como a população, ele exige explicações sobre a generosidade do governo com Cuba. Foto: ABr

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que ingressou com mandado de segurança no STF no fim de maio, diz que as investigações do ministro-relator Luiz Fux avançam e que a alta corte terá poder de quebrar o sigilo sobre o repasse a fundo perdido (doação), pelo Ministério do Desenvolvimento Econômico, de R$ 240 milhões para a construção do porto de Mariel, em Cuba. O alvo do processo também são os detalhes, não divulgados pelo governo, do financiamento do BNDES para a Odebrecht erguer o porto.

SEM PRECEDENTES

O senador tucano lembra que, antes de apelar à corte, ele pediu informações, sem sucesso, ao BNDES e ministério. Todos alegaram sigilo. ‘Não há precedente’, frisa.

CHAMANDO O RAÚL!

Ontem a Coluna publicou que o presidente Raúl Castro já negocia com os EUA a operação do porto. Há mais de 1 milhão de empresas americanas à espera do fim do embargo.

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SHOW PARAGUAIO

O Brasil levou olé do Paraguai no campo diplomático. O Itamaraty enviou a Assunção equipe para a Assembleia Anual da OEA, realizada no hotel da rede brasileira Bourbon. Os brasileiros não esconderam o desconforto da derrota na Guatemala, onde negociaram mal na tentativa de realizar a Assembleia no Haiti, patrocinada pelo Brasil.

DERROTA

É que o embaixador na OEA Martin Sannemann articulou bem nos bastidores e derrotou o Brasil na sessão plenária, trazendo o evento para o país vizinho. O Brasil atualmente não possui embaixador nomeado na OEA.

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CHARMINHO

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Kassab quer se valorizar, mas está com os dois pés, por ora, na campanha tucana. Foto: ABr

Gilberto Kassab ressurgiu no noticiário ontem com indicação de que se lançará ao governo de São Paulo. É conversa, para se valorizar ou mandar recado a alguém ou partido. Está bem encaminhada a sua vice na chapa do governador Geraldo Alckmin.

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SELEÇÃO GENÉRICA

O time da seleção de deputados (Romário, Popó, Tiririca etc) que roda o país em jogos beneficentes faz a última apresentação neste sábado, e volta após a Copa.

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POVO UNIDO

É comovente a mobilização do povo paraguaio no apelo pela libertação do jovem Arlan Fick, filho de colonos brasileiros em Concepción, na fronteira com o Mato Grosso do Sul. Ele foi sequestrado há mais de 60 dias pelo EPP – Exército pela Libertação Paraguaio, um braço fajuto das FARC colombianas, que tenta legitimidade no País pela força, assaltos e sequestros.

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A imagem de Arlan num cartaz em Assunção – povo se uniu contra o EPP. Foto: Reprodução

BRASIGUAIOS

A situação de 400 mil ‘brasiguaios’ que vivem da agricultura no Paraguai será tema na Comissão de Relações Exteriores na Câmara com o embaixador Sérgio Danese.

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PERIGO VEM DE CIMA

Tem muita gente preocupada com o peso da antena da Rádio Cultura FM 100,9 no teto do anexo do Palácio do Buriti, sede do governo em Brasília. Ela pesa duas toneladas. É muito, muito mesmo para o antigo prédio suportar.

É CADA UM..

Veja o que um político não faz pelo poder, até no Guinnes. O presidente Evo Morales, da Bolívia, foi fichado pelo Sport Boys, da pequena Warnes, para figurar como o jogador de futebol mais velho do mundo, aos 54 anos. Curioso nessa história é que o cartola do clube que contratou Evo, Mario Cronenbold, foi preso pela Polícia Nacional do presidente quando era prefeito de Warnes, acusado de associação com o narcotráfico.

ELEIÇÃO É ISSO AÍ

É jogada de marketing. Evo concorre ao terceiro mandato de presidente (isso mesmo) em outubro e fará aparições rápidas nos jogos pelo interior.

ENERI

O economista e cientista político Marcos Troyjo, professor e diretor do BricLAB na Columbia em NY, faz palestra hoje na Universidade do Vale do Itajaí (SC), no 19º Encontro Nacional de Estudantes de Relações Internacionais (Eneri), em Balneário Camboriú. O Eneri é o maior evento de profissionais de Relações Internacionais da América Latina. Troyjo realiza conferência magna às 18h sobre o tema ‘BRICS: geopolítica e geoeconomia de um mundo novo?’.


Com Campos em SP, Dilma lucra com segurança nacional no Recife
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Leandro Mazzini

Subiu a cotação eleitoral da presidente Dilma Rousseff no Recife ontem, diante do caos instalado na região metropolitana e a greve da PM.

Com ordem dela, foram para as ruas da região metropolitana o Exército e a Força Nacional de Segurança, e reservadamente petistas como o senador Humberto Costa espalham que a presidente tem feito muito para garantir a segurança e monitorado em tempo real a questão.

Por ordem da presidente, mesmo com o fim da greve de três dias declarada ontem à noite, as tropas da Força Nacional continuaram a patrulhar as ruas. O PT na cidade quer lucrar com o episódio da viagem do presidenciável Eduardo Campos (PSB) em meio aos protestos.

Campos deu um tiro no pé. Com saques ao comércio e sete assassinatos registrados, oficialmente, durante a greve, ele juntou ontem a família e voou de jatinho para São Paulo.

OLHA O MICO!

campos

Para piorar sua situação, alguém da equipe de Eduardo Campos se deslumbrou com o avião e postou foto (depois retirada) no Twitter do pré-candidato, sorridente dentro do jatinho, com o frase: ‘São Paulo aí vamos nós!’. E o povo ficou para trás, na desgraça das ruas em chamas.

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PESQUISA AVISOU

Os protestos voltaram, conforme previsto em pesquisa entregue para governadores e Dilma no início do ano, encomendada por um grande canal de TV.

KASSAB & ALCKMIN

O PT dançou, por ora. Gilberto Kassab (PSD) será vice de Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa pela reeleição ao governo de São Paulo, com trato de o tucano lançar o ex-prefeito ao governo em 2018. A aliança indica que o PSD deverá ficar neutro no plano nacional, e liberar os diretórios nos Estado para apoiar Aécio Neves, Dilma e Campos.

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Dornelles: o veterano político sai de cena e abre a vaga para tentativa de Cabral. Foto: ABr

PRÊMIO DE CONSOLO

O senador Francisco Dornelles (PP) será o vice de Luiz Fernando Pezão (PMDB) na disputa pelo governo do Rio. Sérgio Cabral disputará o Senado na vaga de Dornelles.

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GÁ$$

Os empresários do setor de gás se reuniram com Eduardo Campos na terça em São Paulo e lhe presentearam com placa de cerâmica com sua foto. O próximo a se reunir com o setor será Aécio. O setor de cerâmica compra muito gás.

PEC 300 NAS RUAS 

Começou um movimento da PM e bombeiros de vários estados de paralisações durante a Copa do Mundo para pressionar a Câmara dos Deputados a votar em 2º turno a PEC 300, que cria piso nacional para as categorias. Caso do Recife e outros recentes.

JEITO EIKE DE SER

Uma curiosidade. Eike Batista não se encontrou e sequer conversou por telefone com Roberto Medina para fechar a compra de parte do Rock in Rio.

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VIDA BOA

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Waldomiro Diniz: saque e passeio na Paulista

Um dos pivôs do Mensalão – O Cerne, o lobista Waldomiro Diniz, preposto de José Dirceu, foi visto ontem no Conjunto Nacional de São Paulo, de terno e passos tranquilos, após sacar dinheiro num caixa.

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QUE FORA!  

O novo embaixador do Chile no Brasil, Jaime Gazmuri, deu um fora no governo, a despeito das boas relações entre Dilma e Michele Bachelett. Avisou a deputados da Comissão de Relações Exteriores que o seu País reforçará a Aliança do Pacífico. É que o Planalto trabalha desde o início do governo Lula para atrair o Chile para o Mercosul. Hoje, o comércio bilateral movimenta US$ 10 bilhões por ano. O Brasil tornou-se o 4º parceiro e o principal fornecedor de petróleo para o Chile.

TRATOROU A RAZÃO 

A presidente vetou a isenção para cobrança de emplacamento de tratores, lei aprovada no Congresso. O mais curioso foi a justificativa do veto: “Contrariedade ao interesse público”, e que o projeto é “amplo”. O PL passou por todas as comissões da Câmara e Senado com participação de membros do governo. Deputados e senadores estão surpresos.

BANANA = XADREZ

O engraçadinho racista que eventualmente jogar banana em campo no Itaquerão vai se dar mal. A arena contará com Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.

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Foto: ABr

O líder do PMDB, Eduardo Cunha, se diz surpreso sobre muitos colocarem na sua conta a emenda que anulava multas contra planos de saúde e abria brecha para dribles de outras. Diz ele que todas as emendas foram analisadas antes pelo Planalto (Casa Civil e Secretaria de Relações Institucionais). ‘São eles que dão o aval e eu coloco em votação’.

PONTO FINAL 

‘O povo pagou o circo e não vai entrar no picadeiro’
Do líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sobre a Copa FIFA.

 


Kassab articula candidatura ao Senado ou como vice de Padilha
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Leandro Mazzini

Presidente do PSD e aliado de primeira hora do PT nacional, o ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab submergiu há dois meses, com a efusão das ruas, nas viagens que fazia para visitar diretórios estaduais e pedir alianças com os petistas.

Agora, articula seu futuro em duas frentes: sair candidato ao Senado pela chapa do PT – assim corre risco o senador Eduardo Suplicy – ou surgir como vice do futuro candidato ao governo, Alexandre Padilha, já escolhido pelo ex-presidente Lula para disputar o Bandeirantes.

A despeito de toda a sua trajetória política, Suplicy teme ser rifado pelo próprio PT, que também vê com boas chances a aliança com o PSD paulista.

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NARCISO 

Bon vivant, o senador piauiense Ciro Nogueira, presidente do PP, tem sido visto cada vez mais alto no estado. Em seu helicóptero, com o prefixo de suas iniciais: PP-CNF.

VERDADE À MESA

A Comissão Nacional da Verdade terá uma reunião definitiva dia 19, na Segunda. Rosa Cardoso deve se despedir, mas há dois outros conselheiros na mira do grupo.

CHACOTA FEDERAL

O governador gaúcho Tarso Genro (PT) virou chacota na PF em Brasília. Dia 29 de Abril, quando seu secretário de Meio Ambiente foi preso na Operação Concutare, Tarso quis mostrar à população que, como ex-ministro da Justiça, tinha poder na autarquia. Avisou que havia sido informado previamente da prisão. Que nada! Pagou mico. Numa estratégia da turma do coldre, um repórter perguntou ao superintendente da PF como Tarso sabia de tudo. E ele deu o recado: Soube sim, o agente recebeu o mandado, encontrou o secretário, deu voz de prisão e então ligamos para o governador. O caso de Tarso, vestido de ministro, se espalhou e deixou mal corporação. A PF, em especial o delegado que comanda um inquérito, não avisa previamente a autoridade alguma, nem a presidente da República, que alvo será preso.

CNBB & DILMA

A Regional Leste I da CNBB enviou carta para a presidente Dilma, em que 18 bispos se dizem contra a sanção do PLC 3/13, com a polêmica ‘profilaxia da gravidez’. Os bispos lamentam a lei atentar ‘contra inocente no ventre’. Mas há pressão da sociedade. A lei obriga médicos tratarem vítimas de estupro para evitar a gravidez.

CPI DO ERRO MÉDICO

Ainda não instalada, embora aprovada pelo presidente do Congresso, a CPI do Erro Médico no Senado já tem dossiês com dezenas de casos de erros grosseiros. O PT faz jogo duro, com medo de respingar no ministro da Saúde. Mas a CPI deve mirar hospitais privados. Os dossiês estão com o senador Magno Malta (PR-ES), o futuro presidente da comissão. Como o de Terezinha de Paula, acamada há anos por erro em cirurgia de coluna. Ela processa o médico.

ASSEFAZ NO AZUL

A Assefaz, o plano de saúde de cinco carreiras da Fazenda, enfim voltou ao azul, em parte. Diz o presidente Hélio Bernades. O déficit fiscal foi superado, mas o contábil, pela meta, só no fim do ano. Ele corre para reaver R$ 25 milhões das reservas. A sinistralidade dos beneficiários continua alta – tal como a faixa etária do grupo, 30% acima dos 60 anos (o que contribui para o aumento de registros nos hospitais), enquanto a média dos planos é de 11%. ‘O conselho tem sido participativo, e não há intervenção’.

GLEISI E OS CACIQUES

A base dormiu e a oposição aprovou requerimento do líder da Minoria, Nilson Leitão (PSDB-TO), para a ministra Gleisi Hoffmann falar na Comissão de Integração da Câmara sobre o imbróglio judicial da demarcação de terras indígenas e desapropriações.

SÓ?

O PSB, PT, PCdoB e PDT enviaram para líderes a minuta do plebiscito sobre a Reforma Política. Aborda apenas o financiamento público e a eleições simultâneas.

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INFERNO ASTRAL

A pose do senador Ivo Cassol (RO), flagrado ontem pelas lentes do fotógrafo Marcos Brandão, no plenário do Senado, reflete bem o momento atual do parlamentar, condenado pelo STF sobre desvios quando era prefeito.

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Freire: MD já negocia filiação de deputados, senadores e nomes do PSD
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Leandro Mazzini

Recém-criado, o partido Mobilização Democrática (MD), fundado pelo deputado Roberto Freire (SP) através da fusão do PPS com o PMN, já saiu à caça de mandatários para fortalecer a legenda.

Irado com o presidente do PSD, Gilberto Kassab – que tirou do PPS quatro mandatários – Freire revela que alguns deles, arrependidos de terem mudado para o PSD , já estudam entrar no seu novo partido.

‘E tem mais deputados e senadores de outros partidos também dispostos a se filiar, só não posso falar quem são’, complementa o deputado fundador do MD.

Freire acredita que enfrentará cobranças judiciais, mas se respalda: o MD já tem CNPJ em cartório de Brasília, a oficialização junto ao TSE segue apenas critérios burocráticos, e mesmo que vire lei o projeto que tira tempo de TV de novas legendas, seu partido não perde porque estará oficializado antes da sanção presidencial. Obviamente, com a Constituição à mão: “Nenhuma lei pode retroagir para beneficiar ou prejudicar alguém”. Entre nisso o seu partido.

Ele confirma que conversa com José Serra (PSDB) para que ele entre na nova sigla, no projeto de lançamento à Presidência. O por ora tucano está reticente, mas ao seu conhecido estilo evita dizer sim ou não. Até Outubro a novela acaba.

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