Coluna Esplanada

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Novo Governo do Maranhão corta R$ 15 milhões de custos com jatinho
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Leandro Mazzini

Num Estado que figura entre os lanternas do País no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com escolas de ‘barro e palha’ nos rincões, revela o governador, Flávio Dino está estupefato com a lista de gastos desnecessários que herdou da antecessora Roseana Sarney.

Além de colocar à venda uma casa de praia, palco de banquetes para empresários e políticos, o governo acaba de cancelar um contrato com táxi aéreo que, só em 2014, consumiu R$ 15 milhões dos cofres públicos.

O jatinho era usado pela ex-governadora e o primeiro escalão para viagens – investiga-se se todas a trabalho.

‘Eu viajo de avião comercial, neste momento. Depois faremos contrato em outros termos, que não consuma R$ 15 milhões’, explica o governador.

LUPA

Na esteira de revisão de contratos com terceirizados no Estado, o do Detran com empresas caiu de R$ 20 milhões para R$ 6 milhões. E continua funcionando.

Dino enviou a Brasília equipe para escolher no MEC modelo de alfabetização que se adapte ao Maranhão. Aumentou salário dos professores, vai contratar mais mil professores e construir escolas.


Seguro: Planalto estuda reduzir de 18 para 12 os meses trabalhados
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Leandro Mazzini

A equipe da presidente Dilma Rousseff já tem o plano B para o recuo na MP que reforma o sistema trabalhista e mexe no Seguro Desemprego.

Em vez de 18 meses (hoje são 6 meses), no mínimo, de trabalho com carteira para o(a) cidadão(a) requisitar o direito, a exigência do governo pode cair para 12 meses. Os números ainda assim são animadores para a equipe econômica do governo: mesmo com esta nova alteração, a União economizaria de imediato cerca de R$ 2 bilhões.

Os estudos já estão na mesa da presidente Dilma – e abrangem também um plano C, para redução da exigência também para 10 meses. A palavra final será da presidente. A resposta pode sair em poucos dias, como uma blindagem ao governo.

A pressão trabalhista veio forte. As centrais sindicais, em especial a CUT e a Força Sindical, programaram para hoje manifestação em Brasília. Negociavam ainda ontem se o alvo seria o Ministério do Trabalho ou o do Planejamento (para a porta do Palácio ninguém falou em ir).

A despeito do cenário, o governo acerta sua blindagem em duas frentes. Bem orientada pelo marqueteiro João Santana, a presidente Dilma, que andava sumida e calada desde a posse, encontrou o termo certo para propalar sobre a mexida no Seguro Desemprego, o que causou maior alvoroço nas ruas: ‘medidas corretivas’ – o que de fato são – e não retirada de direitos trabalhistas. Na reunião ministerial ontem, na Granja do Torto, conclamou os 39 ministros a defender seu governo contra boatos na ‘batalha da comunicação’.

Em outra frente atua veladamente o ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), que tem procurado a direção das centrais para pedir cautela e abrir o diálogo, a fim de minorar o que pode ser um eventual estrago na imagem do governo as manifestações na Esplanada programadas para hoje.

O provável e iminente anúncio do Planalto sobre o recuo nas mudanças do Seguro Desemprego pode ajudar no trabalho de Dias.

Em tempo, nos planos B e C do governo, se o governo decidir reduzir de 18 para 12 ou 10 meses o período mínimo exigido de trabalho para acesso ao Seguro, haverá naturalmente um efeito cascata na proposta original. Por ela, para segunda solicitação do Seguro, o trabalhador deve trabalhar 12 meses, e para a terceira, 6 meses. Vale repetir, pelas regras atuais, 6 meses de trabalho já garantem o benefício ao brasileiro.

O RECADO DE DILMA

Na reunião ministerial, a presidente Dilma disse que elencou como uma das prioridades junto ao Congresso este ano uma lei para fazer do caixa 2 um crime.

Em entrevista à TV Cultura em 2005, o então presidente Lula negou o Mensalão, mas admitiu caixa 2 no PT.

O então líder do PT na Câmara no início de 2014, José Guimarães (CE), em entrevista à REDEVIDA de TV em Brasília, disse que não acreditava no fim do caixa 2 mesmo com a reforma política.

O RECADO DO LADRÃO

Deu no Blog do Rigon: bandidos levaram R$ 20 mil de um cofre de uma farmácia em Maringá (PR), e de quebra, telespectadores dos programas policiais das TVs locais, mandaram recado para os apresentadores: :Parem de meter a boca nos bandidos e falem mal da Dilma e dos prefeitos que roubam.

Este caso lembra outro, surreal, revelado pela Coluna no início do ano passado, ocorrido em Paraipaba, litoral do Ceará. Na madrugada de 29 de Outubro de 2013, um bando explodiu os caixas da única agência bancária, e acordou o povo.

Na colheita do que sobrou do dinheiro arremessado aos ares, os ladrões pouco pegaram e o restante do ‘trabalho’ foi feito por moradores eufóricos.

Dias depois, conta um amigo próximo dos investigadores, chegou à delegacia uma carta dos criminosos. Nela, eles disseram que não voltam mais: ‘Gastamos R$ 71 mil com o assalto e só recolhemos R$ 36 mil. Esse povo da cidade é muito ladrão!’.

A polícia fez uma varredura na cidade. Foram devolvidos por ‘moradores-assaltantes’ um computador e uma TV Led levados no entra e sai na agência do Bradesco.


Dilma tenta salvar a maior fornecedora da Petrobras para o pré-sal
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Leandro Mazzini

Numa reunião no Palácio do Planalto ontem pela manhã, a presidente Dilma Rousseff comandou uma operação de salvamento da Sete Brasil, maior empresa parceira da Petrobras criada para fornecer plataformas para a exploração do pré-sal – os contratos giram em torno de US$ 27 bilhões.

Mas por quê?

A Sete tem dinheiro de fundos de pensão estatais, do BNDES, e do BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, novo amigo de infância do ex-presidente Lula – que continua a mandar no Governo. Lula e Esteves se tornaram amigos, e o banqueiro já contratou o ex-presidente para palestras no País e exterior, em eventos bancados pelo BTG. É no jatinho de Esteves também que Lula tem assento garantido a qualquer momento que precisar.

Foi com vistas a esta reunião que há poucos dias a Sete de repente pediu à CVM – Comissão de Valores Mobiliários a permissão para abrir seu capital, sem venda de ações ainda na Bolsa (por ora). Nos corredores da sede da empresa e do Planalto a cifra citada é a mesma: a Sete precisa urgente de US$ 700 milhões para respirar.

No encontro de ontem, participaram além de Dilma o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e membros do governo. Com o esperado aperto nas contas, sem ter como injetar mais dinheiro na empresa, o Governo vai buscar parceiros para a Sete no mercado.

A Sete é a principal fornecedora das futuras plataformas de exploração do esperado óleo do pré-sal em alto-mar. E com dinheiro da União. Seu ex-diretor, Pedro Barusco, é alvo da Operação Lava Jato e suspeito de desvio de quase US$ 100 milhões.

Pelo visto, a Sete está à deriva nesse mar de dúvidas sobre seu futuro, cujo comando fica a milhares de quilômetros da costa, no cerrado brasileiro.


MP do DF aciona Governo e Vara Penal contra cela de luxo para mensaleiros
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Leandro Mazzini

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) impetrou mandado de segurança, com pedido de liminar, para evitar que a nova Ala de Vulneráveis do complexo penitenciário da Papuda seja destinada aos mensaleiros detidos na unidade.

A reforma de parte do pavilhão e construção de outro começou justamente meses antes de os famosos apenados começarem a usar o uniforme no complexo,e desde então não foi segredo entre detentos que a ala seria destinada aos ilustres ex-deputados e ministro.

As celas da nova ala são com padrão muito mais elevado que as outras do complexo. ‘Conforme relatório pericial, produzido pelo Departamento de Perícias e Diligências do MPDFT, a Ala de Vulneráveis apresenta não só estrutura nova e diferente das demais Alas do CDP como também acabamento impróprio para ambientes prisionais, demonstrando ser uma “ala nobre”, com padrões arquitetônicos diversos dos demais espaços prisionais, inclusive com chuveiro com aquecimento elétrico’, informa a assessoria do MPDFT.


Dilma ordena, e agências reguladoras arrecadam
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Leandro Mazzini

O governo nunca arrecadou tanto em multas, daí parte da grita dos empresários com a presidente Dilma.

A ordem da chefe da nação para diretores das agências reguladoras é multar e arrecadar de qualquer setor. Descumpriu regulamentos e metas, multa aplicada.

As operadoras de telefonia, aliás, têm sido os principais alvos. Apesar de algumas negociações, saem perdendo, e muito.


Rollemberg herdará governo na bancarrota. Conheça o trio que quebrou o DF
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Leandro Mazzini

A Copa da FIFA já se foi há três meses, mas o Governo do Distrito Federal repassou ontem R$ 14 milhões para obras extras no Estádio Nacional, enquanto 200 mil pessoas ficaram sem ônibus porque uma empresa não recebeu o repasse de R$ 15 milhões em subsídios, por contrato.

O governo Agnelo Queiroz (PT), derrotado nas urnas e de saída, causa um vexame maior ainda: anunciou a falência discretamente no D.O.  É um pepino que espera o governador eleito Rodrigo Rollemberg (PSB).

Não há mais dinheiro para gastos extras com servidores (férias, treinamentos, abonos, viagens a trabalho) e há risco de atraso no 13º. As dívidas represadas estão em R$ 1,3 bilhão com centenas de fornecedores. Mas o GDF guardou R$ 60 milhões para a reforma do autódromo Nelson Piquet, para receber a Fórmula Indy em 2015. Há um contrato com a organização da prova até 2019.

A prioridade para o autódromo e arena mostram que o governo continua a fazer bonito para gringo ver, mas deixa faltar até comida para servidores em 16 hospitais. Completam o time de Agnelo: Rafael Barbosa, ex-secretário de Saúde, que toca a transição, e Cláudio Monteiro, o secretário especial da Copa que construiu o estádio.

OS PRINCIPAIS NOMES

agnelo

Agnelo

 Agnelo Queiroz – o governador eleito em 2010 e mandado de volta para casa neste ano, em terceiro lugar, é a prova de que o brasiliense o elegeu por falta de opção, diante do cenário calamitoso do DF pré-eleitoral em 2010: um governador preso pela PF, o vice pediu para sair etc etc. O DF deu-lhe a chance, e o petista desandou com o governo. Na campanha, prometeu, como médico, assumir a Secretaria de Saúde e revolucionar o setor. Não passou nem na portaria. Deixou para o braço-direito Rafael Barbosa, e eis o resultado abaixo. Na campanha deste ano, caiu de uma moto Harley Davidson que possui – para variar, não informada na declaração de bens ao TSE.

rafael

Barbosa

  Rafael Barbosa – braço direito de Agnelo desde os tempos em que o petista era diretor da Anvisa. Assumiu a Saúde e pouco fez. Ganhou fama foi no Ministério Público do DF, que investiga tentativa de superfaturamento em R$ 3,5 milhões de um exoesqueleto robótico para tratamento fisioterápico, que montado no Brasil custa R$ 1,2 milhão. A nota foi cancelada, mas o pagamento ainda é um mistério, porque o importador trouxe o aparelho.Tentou se eleger deputado federal e foi mandado pelo eleitor de volta para o GDF. Agora, toca a transição e é o responsável para revelar, a conta-gotas, até o réveillon, o tamanho da encrenca que o governador eleito vai assumir.

claudio

Monteiro

  Cláudio Monteiro – Vaidoso, pose de magnata dentro do GDF, passou por cargos importantes, como a chefia de Gabinete, até assumir a Secretaria Especial para a Copa e tocar as obras do estádio mais caro da História do Brasil. A Arena Mané Garrincha custou (até a publicação desta matéria) R$ 1,5 bilhão. Seu irmão virou alvo de nota na VEJA Brasília, flagrado em jet ski, lancha e moto importada. Disse que era tudo emprestado.


Rombo no DF: Governo proíbe novos gastos com servidores
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Leandro Mazzini

decreto

Começou a vir à tona no Distrito Federal o tamanho do rombo nos cofres e a crise de caixa que espera o governador eleito Rodrigo Rollemberg (PSB).

O governador derrotado Agnelo Queiroz (PT) proibiu novos gastos com pessoal em todas as secretarias e entidades do governo.

Cortou pagamento de horas-extras, férias, antecipações de gratificações ou salariais, viagens e até treinamento de funcionários.

O Decreto 35.943, publicado no último dia 24, é só uma mostra do problema. Dia 8 o blog denunciou que o GDF tem R$ 1,3 bilhão em dívidas represadas, contam fontes palacianas.

Os fornecedores estão desesperados. O DFTV, da Globo, denunciou há duas semanas que faltava comida para servidores em 16 hospitais, porque as empresas contratadas não receberam.

O ex-secretário de Saúde Rafael Barbosa, responsável pelos hospitais, candidatou-se a federal e foi devolvido para o GDF. Agora, ele toca a UTI do governo de transição.


Governo Kirchner nomeará interventor para reestruturar grupo Clarín
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Leandro Mazzini

A presidente Cristina Kirchner continua a pressionar os grandes veículos da Argentina.

O governo vai nomear um interventor para tocar a reestruturação do grupo de comunicação que publica o jornal Clarín, após o plano apresentado pela empresa ser recusado pela Agência Nacional que regulará, daqui a cinco anos, a nova lei de regulação da mídia.

Conhecido jornal de linha independente, o Clarín vai perder no grupo de comunicação mais da metade de suas concessões de rádios e canais de TV – adquiridas há décadas por direito -, que serão cedidos a empresas simpáticas ao governo.

Por aqui, o PT quer tocar a regulação da mídia, com um viés partidário, sem elaboração de pontos com empresas e entidades civis. O projeto é encampado pelo aliado PCdoB.


MP de olho na generosidade do governo com países amigos
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Leandro Mazzini

A situação da presidente Dilma se complica nas relações binacionais econômicas.

O MP Federal está de olho na generosidade da administração do PT com países amigos como Bolívia, Cuba e Venezuela.

A operação do Porto de Mariel, perto de Havana, financiado com dinheiro do BNDES, está sendo leiloada pelos irmãos Castro com EUA e Rússia.

Enquanto ministro do Desenvolvimento e Indústria, Fernando Pimentel, eleito governador de Minas, doou R$239 milhões para o regime cubano com contrato secreto. Nada visto antes.

E a Bolívia acaba de receber, em setembro, meio bilhão de dólares da Petrobras, num adicional não previsto – para pagamento de gás retroativo – num trato de aliados. O episódio causou abertura de investigação no MPF.

O programa Mais Médicos, em parceria com Cuba, é outro mistério. A Saúde repassa cerca de R$ 10 mil a Cuba por profissional. O médico recebe menos que R$ 3 mil.