Coluna Esplanada

Arquivo : impeachment

Esplanadeira: A ação de J. Barbosa, o diplomata brabo e Gleisi ‘proibida’
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Leandro Mazzini

Esplanadeira é a seção publicada esporadicamente que traz as curtinhas do dia publicadas nos jornais pela Coluna

CONEXÃO EUA-BRASIL

O ex-ministro do STF Joaquim Barbosa está advogando para um fundo de pensão americano e minoritários dos EUA que perderam milhões com a derrocada da Petrobras.

SAMUCA TÁ BRABO

O embaixador Samuel Pinheiro, ex-ministro de FHC e secretário-geral do Itamaraty no Governo Lula da Silva, notoriamente da esquerda, dá nota zero para Michel Temer: “Porque ele é ilegítimo; o Governo Temer não é um Governo, é uma usurpação”.

PATOTA DO FATIAMENTO

O acordo para manter os direitos políticos da presidente cassada Dilma Rousseff foi consolidado na madrugada de quarta-feira, horas antes da votação.

O plano, idealizado dias antes na moita, teve redação final foi traçada no Cafezinho do Senado pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), senadores do PMDB e Humberto Costa (PT-PE) – autor do destaque.

MAL NA FOTO

Candidatos às prefeituras e assembleias legislativas do Paraná têm evitado vincular suas imagens de campanha à da senadora Gleisi Hoffmann (PT), depois da prisão do marido, ex-ministro Paulo Bernardo, e de denúncias de envolvimento na Lava Jato.

TE PEGO LÁ FORA

Uma cena chamou a atenção enquanto o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) chamava os colegas de “canalhas” antes da votação do impeachment. Os senadores Reguffe (sem partido) e Aloysio Nunes (PSDB-SP) cerraram os punhos e bateram na bancada.

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Projeto ‘Dilma no Rio’: passeios, estudos, palestras e pedaladas na Orla
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

A despeito da baixa popularidade e da cassação do mandato, que considera um ‘golpe’ parlamentar, a ex-presidente da República Dilma Rousseff está disposta a não se aquietar no Rio de Janeiro.

“Ela quer passear, estudar”, revela Carlos Lupi, ex-ministro e presidente nacional do PDT, que passou os últimos dias com ela em Brasília.

A outros amigos, Dilma confirma que pretende testar sua popularidade na capital fluminense, sem medo, em caminhadas na Orla, em pedaladas na Av. Niemeyer, além de estudar e dar palestras a convites nas universidades.

Não será de imediato. Dilma espera dificuldade nas primeiras semanas no Rio, tamanho o assédio, mas terá três seguranças cedidos pela Polícia Federal, por direito de ex-chefe da nação.

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Lamachia, da OAB, indica que pode questionar ‘fatiamento’ no STF
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Leandro Mazzini

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, diz entender que o ‘fatiamento’ da votação do impeachment, que manteve os direitos políticos da petista, não está previsto na Constituição. Revela que já pediu um estudo sobre o assunto para decidir qual medida a Ordem vai tomar.

Lamachia lembra que o próprio Supremo Tribunal Federal já decidiu que a perda do cargo e dos direitos políticos não podem ser separados em caso de impeachment do presidente da República.

Essa decisão foi tomada em uma ação apresentada por Fernando Collor (mandado de segurança 21689). O presidente da OAB diz ainda que “a lei não segue partidos nem ideologias”.

“A mesma lei que, hoje, recai sobre o PT já recaiu sobre Fernando Collor, adversário ferrenho do PT. Todos são iguais perante a lei e a aplicação das regras deve ser igual”.

Entidade que também protocolou pedido de impeachment da então presidente Dilma, será inevitável a OAB se manifestar. Não só por isso. Caiu num caso delicado. Na prova do exame de Ordem de 2009, elaborada pelo Cesp, uma questão crava que a perda de cargo de presidente, conforme a Constituição, tem pena cumulativa de inelegibilidade ( veja print abaixo )

prova-oab
Se Lamachia em nome do Conselho federal da OAB fazer valer o discurso, tem respaldo constitucional para recorrer sobre o caso do ‘fatiamento’ no STF. Caso a Ordem defenda a validade do ‘fatiamento’, a questão da prova de 2009 fica passível de ser anulada – e causar confusão.

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Bi em impeachment, Lavenère lamenta por Dilma
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Leandro Mazzini

Um dos mais desolados na galeria do Senado durante o depoimento da então presidente afastada Dilma Rousseff era o advogado Marcelo Lavenère, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, autor do impeachment do ex-presidente Fernando Collor.

“Até as pedras sabem como cada senador vai votar”, repetia para amigos.

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Senador Eunício pede o divórcio, e Dilma nem viu
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Leandro Mazzini

O Brasil assistiu nesta noite o primeiro caso latente de ‘traição’ política, num desses episódios que dão calça-justa por causa das intimidades protagonizadas pelo Poder por conveniência.

O senador do PMDB Eunício Oliveira (CE)  fazia questão de mostrar em Brasília e no Ceará ser amigo de Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.

A ponto de o senador convidar e a presidente aceitar ser madrinha de casamento da filha de Eunício, numa mega festa que reuniu meia república em Brasília. Semanas depois o feliz genro do senador, sem experiência no setor, foi nomeado pela presidente para diretor da ANAC. Uma lua de mel escancarada.

Nesta noite de terça (30), Eunício esperou Dilma sair do Senado para discursar na tribuna e desancar o seu governo – mostrando, evidente, o cenário melancólico.

Não teve coragem de olhar para a madrinha da filha e dizer que vota pelo impeachment. E Dilma muito provavelmente não quis ficar para ver e ouvir do senador que não existe amizade na política .

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Michel Temer com o discurso pronto
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Leandro Mazzini

Às vésperas de ser efetivado na Presidência da República, Michel Temer, que se arrisca em versos nos raros momentos livres, redige do próprio punho o pronunciamento que fará à nação horas depois de o Senado selar o calvário da ex-aliada e hoje desafeta Dilma Rousseff.

No pré-roteiro do texto, o peemedebista evita citar adversários, mas fala em “superação do ‘passado de incertezas e crise”.

Michel Temer espera a fidelidade de senadores votantes para liberar nomeações de apadrinhados em muitas estatais. Itaipu Binacional, por exemplo, vive curto-circuito entre indicados de partidos aliados.

 

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O roteiro de Dilma para o Senado e o media training para não se irritar
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Leandro Mazzini

O roteiro do depoimento da presidente afastada Dilma Rousseff é desenhado no Palácio da Alvorada. Ela faz media training diariamente para controlar a raiva e não cair em armadilhas provocativas dos adversários.

Dilma dedicará cerca de 20 minutos rebatendo as denúncias; os outros dez serão permeados pela alegação de que é vítima de um golpe que “a história julgará”.

Um dos pontos do roteiro traçado pelos petistas incluía Dilma e o ex-presidente Lula da Silva, e outros aliados, descendo a rampa do Congresso de braços entrelaçados, na tentativa de passar imagem para a História de que foram vítimas de um golpe e expulsos pelo Congresso.

Mas Lula e a esposa Marisa Letícia acabam de ser indiciados pela Polícia Federal, no caso do triplex no Guarujá (SP), e o plano deve mudar.


Processo de impeachment revela vingança, dossiês e esperanças
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Leandro Mazzini

São previsíveis momentos de constrangimento extremo durante o depoimento da presidente afastada Dilma Rousseff no plenário do Senado, na segunda-feira, cujo processo se inicia hoje.

Um deles será durante as perguntas de ex-ministros dos governos do PT, hoje no front de Michel Temer, chamado de golpista. Em resposta aos ex-aliados, a petista já guarda a expressão ‘Me admira você’. Ela vai levar um dossiê, em papel e na memória, contra cada um dos senadores que lhe virou as costas.

O processo já revela no Senado instantes de paixões exacerbadas de quem é pró e contra o impeachment, desejos de vingança e de esperança.

O senador Agripino Maia (DEM-RN) diz que a tese de golpe bradada pela presidente afastada Dilma e aliados caiu por terra. “Só de ela vir fazer a defesa frente ao presidente do STF legitima o processo”, afirma o democrata.

Agripino não esqueceu, e não engoliu até hoje, aquela resposta de Dilma em 2009 no Senado, então candidata ao Planalto, que o deixou mal na fita, quando perguntou por que ela mentiu ao ser torturada na ditadura.

O senador Paulo Paim (PT-RS) aponta que o discurso de Dilma será decisivo para “derrubar o impeachment”. “Grande parte dos senadores que a julgam responde processos e há até três meses estavam dentro do Palácio usufruindo do Governo dela”.

O senador Jorge Viana (PT-AC) recorre à fé ao afirmar que não é “impossível” conseguir seis votos para derrubar o impeachment no plenário. “Temos que acreditar até o último momento que essa marcha da insensatez possa ser interrompida”, profetiza.

Seis aliados do presidente Michel Temer foram escalados para elevar o tom das perguntas à presidente afastada. Cássio Cunha (PSDB), Agripino Maia (DEM), Aloysio Nunes (PSDB), Aécio Neves (PSDB), Simone Tebet (PMDB) e Ana Amélia (PP).

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Lula se reúne com sem-terra no maior acampamento do País
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Leandro Mazzini

Na véspera do início da votação do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula da Silva reúne-se nesta quarta-feira (24) com os sem-terra no maior assentamento do País, o Itamarati, em Ponta Porã (MS), informa a assessoria do movimento.

Segundo o MST, haverá presença de várias autoridades no ‘Ato Nacional em Defesa da Democracia e da Reforma Agrária’.

Os movimentos sociais aliados de Dilma, Lula e do PT pretendem reunir cerca de 60 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional, para vigília.

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Dilma, a Renan: ‘Quero civilidade’ dos senadores
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Leandro Mazzini

Renan, ao deixar o Palácio semana passada. Foto: ABr

Renan, ao deixar o Palácio semana passada. Foto: ABr

A presidente afastada Dilma Rousseff disse ao presidente do Senado, Renan Calheiros, que espera ser bem tratada na sessão de votação do processo de impeachment.

Ela avisou que vai à tribuna do Senado “desarmada” e disse esperar “civilidade” dos senadores.

Na visita recente que fez a Dilma no Palácio da Alvorada, Renan limitou-se a detalhar o roteiro do julgamento, o qual Dilma já sabia de cor.

Não foi dos melhores o clima da reunião entre eles no Alvorada. Permanece incógnito quem de fato pediu o encontro – Renan ou Dilma.

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