Coluna Esplanada

Arquivo : José Serra

Cúpula do PMDB dará sinal verde para filiação de José Serra
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Leandro Mazzini

serra
Caciques do PMDB dão como certa a filiação do senador José Serra (PSDB-SP) ao partido para ser o candidato à Presidência em 2018. Ele não tem mais cenário no PSDB para disputar o Planalto.

O tucano já tem conversado discretamente nos últimos meses com a cúpula da legenda. Pelo pragmatismo de Serra levado a sério, o PMDB é o que mais se aproxima do PSDB, para justificar a sua saída sem parecer que é apenas o interesse eleitoral.

Propagado como pré-candidato ao Planalto, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, será candidato ao governo do Estado. Enfeita este cenário a aproximação de Serra da senadora Marta Suplicy, que será a candidata este ano para a prefeitura de São Paulo.

A entrada de Serra no PMDB pode ser pavimentada a partir da convenção nacional do partido no sábado, quando espera-se que os mandatários repitam o discurso de independência e novos rumos apresentados no último programa de televisão.

Serra também lançaria mão do discurso de que apenas volta para casa. Ele já foi do MDB, nos anos 80, pelo qual disputou a Câmara de Vereadores e a Câmara federal.

A amigos, o senador Serra repete que tem potencial para chegar a presidente da República. Além do recall das eleições passadas, se compara a Lula: assim como o petista, ele precisa de nova chance (seria a terceira. Lula venceu na quarta tentativa).

A assessoria do senador José Serra informa que ‘desconhece’ planos para eventual mudança de partido.

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Serra conclama congressistas a lutarem contra legalização do porte de droga
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Leandro Mazzini

serra

Ex-ministro da Saúde do governo Fernando Henrique Cardoso, o senador José Serra (PSDB-SP) conclamou colegas a lutarem contra a eventual legalização do porte de drogas em pequena quantidade, em julgamento numa ação no Supremo Tribunal Federal.

Numa reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e parlamentares da bancada da Saúde e cristã, há duas semanas, Serra foi enfático ao lembrar que, como ministro, combateu o cigarro e conseguiu vitórias, como restrição do fumo em locais fechados etc.

Um gaiato aliado provocou o tucano, de pronto: “Mas e o FHC?”.

Como notório, o ex-presidente da República é defensor da legalização do porte.

“Concordo com o Fernando em 99%. O outro 1% é sobre isso”, finalizou Serra, para risos dos presentes.

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Candidatos apelam à trajetória contra a ditadura para sensibilizar eleitor
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Leandro Mazzini

aliedo-dom

Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com

Quando não em promessas ou sem propostas concretas, os candidatos – a qualquer cargo, em todo canto do Brasil – têm apelado ao passado para indicar que farão um governo sem tiranias ou exercerão um mandato com prioridade à liberdade de expressão e direitos conquistados.

Por isso, é cada vez mais recorrente ver a presidente Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos lembrarem a ditadura militar – com biografias ou discursos. E não apenas os presidenciáveis embarcam nesse tema para sensibilizar e conquistar o eleitor.

Vez ou outra, em discursos ou entrevistas, a presidente Dilma cita torturas que sofreu durante o regime militar. Aécio e Campos rememoram a luta de seus avós perseguidos – Tancredo Neves e Miguel Arraes, respectivamente.

Nessa onda, alguns candidatos também recorreram a lançamento de livros biografias. Casos de José Serra (PSDB), que disputa o Senado, e o deputado federal Roberto Freire, presidente do PPS, que tenta reeleição – ambos por São Paulo.

Serra lançou recentemente a biografia Cinquenta anos esta noite – O golpe, a ditadura e o exílio. Freire, semana passada, levou às prateleiras o seu Roberto Freire – A esquerda sem dogma, com apresentação de Serra.

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E SÃO IRMÃOS

O empresário Eduardo Monteiro, usineiro e dono de jornal, e o candidato Armando Monteiro (PTB), líder na intenção para o governo de Pernambuco, são irmãos. Mas só cresce a inimizade entre ambos. Só não vão às vias de fato porque trocam de calçada no Recife.

BAJULAÇÃO NA PISTA.. 

A que ponto chega a bajulação a ricos financiadores de campanhas: O deputado André Vargas (ex-PT) apresentou projeto de lei (6167/09), aprovado na Câmara, que dá à BR-277 entre Paranaguá e Curitiba o nome de Cecílio do Rego Almeida, o falecido patriarca do grupo CR Almeida, conhecido por construções e dono de pedágios.

..PAROU NA CONTRAMÃO

Mas assim que o PL chegou ao Senado, o relator Álvaro Dias (PSDB), também do Paraná, lembrou que a homenagem é impossível porque a Casa Alta já aprovara em caráter terminativo o trecho da BR-277 como Rodovia Engenheiro Lysímaco Franco da Costa. Embora tenha lembrado a importância de Rego Almeida.

HERDEIRO

Com a morte do patriarca, anos atrás, os políticos paranaenses viraram amigos de infância do filho herdeiro, Marcelo Almeida (PMDB). Agora ele é candidato ao Senado pela chapa de Roberto Requião ao governo.

SUMIU

O ministro decano Celso de Mello é o único integrante do STF sem o currículo publicado na página oficial da Corte. Merece divulgar, pela extensa e boa carreira.

FUMAÇA NA FRONTEIRA 

Crescem flagrantes da PF na fronteira de cigarros contrabandeados do Paraguai. São na maioria da Tabesa, empresa de propriedade do.. presidente Horário Cartes.

PERIGO REAL 

Com essa crise na Argentina, não será surpresa se Cristina Kirchner nacionalizar a Petrobras como fez Evo Morales com refinaria na Bolívia, para recuperar o moral com o povo. Governo da Província da Patagônia cobra investimentos da unidade brasileira lá, divulgou o Clarín. Foi assim que começou com Evo.

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EVO & STROESSNER 

evo

O homem que tungou a Petrobras na Bolívia parte descaradamente tenta o 3º mandato atropelando a Constituição

O índio cocalero Evo Morales só tem cara de bobo. Prepara-se para disputar em outubro o seu terceiro mandato, embora a lei da Bolívia não permita. Ele alega que com a aprovação de outra Constituição no meio do seu primeiro mandato, a segunda gestão seria um novo mandato. Esse caso do Evo Morales lembra muito o que aconteceu com o general Stroessner no Paraguai. Mas lá era uma ditadura – embora, pelo que se nota, não será diferente na Bolívia se Evo insistir nisso, indicam opositores.

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CADÊ?

O PSDB está surpreso com Daniel Coelho, bancado pelo partido na disputa pela prefeitura do Recife. Ele quase venceu a eleição e teria bom recall. Mas sem a cobrança de Sérgio Guerra, falecido, o partido em Pernambuco submergiu na disputa majoritária.

POLÍTICA É ISSO AÍ

O governador João Lyra e o seu chefe da Casa Civil, Luciano Vazques, não falam, claro. Mas devem estar comemorando os irrisórios 11% de Paulo Câmara (PSB) ao governo. Lyra queria ser o candidato de Eduardo Campos, que preferiu lançar o novato.

LUTO

Mais um jornalista assassinado no México. O repórter do Canal 9 Nolberto Herrera Rodríguez foi esfaqueado 20 vezes. Suspeita-se de crime encomendado por cartel do narcotráfico.


A lição de José Alencar para Dilma
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Leandro Mazzini

Enquanto o Brasil anda de primeira marcha por estes dias em todos os setores, engana-se quem pensa que os políticos, mesmo de recesso, estacionaram as articulações. Muitos congressistas estão em Miami, o bairro de Brasília mais distante da capital. É no verão, pelas casas de praia por lá e aqui, que os caciques partidários dão largada nas conversas para as campanhas a cada dois anos.

Não seria diferente agora. Aécio Neves e Eduardo Campos estão mais sintonizados. O PSB e o PSDB vão caminhar juntos no Paraná, Minas, Pernambuco. A Paraíba ainda é dúvida. O presidenciável tucano quer convencer o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) a voltar ao palácio. Do contrário, Cássio será um dos coordenadores da campanha nacional do mineiro.

Dilma Rousseff colou no ex-presidente Lula e tem ouvido diariamente, pessoalmente ou por telefone, orientações do mestre para não tropeçar na barganha pré-eleitoral por tempo de TV – coisa que ele sabe fazer muito bem. Randolfe (PSOL), sacramentado pelo partido, já conversa bem com o jornalista Cid Benjamin, que coordenará a empreitada socialista radical.

Dilma e Lula tratam com muito cuidado todos os partidos aliados para não perdê-los. O assédio de Aécio e Eduardo é grande, cada qual a seu modo. Os petistas lembram muito uma lição do saudoso José Alencar, o vice do petista, numa negociação em 2010. Dilma enrolava o PRB, com quem ainda não negociara, e a campanha estava prestas a começar. Enquanto isso, o opositor José Serra (PSDB) ciscava no terreiro da base petista e paquerava a legenda. A cúpula descontente do PRB se reuniu no apartamento de Alencar em São Paulo, e o velho disparou um telefonema de imediato para Lula, cobrando uma posição da candidata. Em uma hora, estavam no apartamento Dilma, José Eduardo Cardozo e Aloizio Mercadante, sorridentes, para abrir o diálogo.

Alencar acompanhou tudo calado. Dilma estava reticente em ceder espaço, e a dupla submissa a ela fazia o jogo. Até que um dos petistas se exaltou: ‘Quanto tempo de TV tem o PRB?’, para indicar que o partido não era tudo aquilo que valia de apoio à ocasião. Então Alencar suspirou e mandou: ‘Meu filho, o Enéas, quando candidato, tinha 15 segundos, só gritava Meu nome é Eneas, e teve milhões de votos. O PRB tem um minuto. Imagina se eu uso esse tempo na TV em rede para falar: Eu sou Serra!’.

Panos quentes, foi a vez de Dilma interromper e fechar com o PRB de pronto.


Do marido ao voto, Acre impõe os maiores desafios a Marina
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Leandro Mazzini

Antes que Marina Silva (PSB) comece a rodar o país para propalar a candidatura de Eduardo Campos (PSB) ao Planalto, socialistas e ‘redistas’ a alertam para cuidar primeiro da própria casa.

O Acre, seu estado e onde se filiou ao PSB, curiosamente é seu maior tabu, por série de fatores.

Marina não vence eleição no Estado de 400 mil eleitores – Em 2010 deu José Serra (PSDB) com 52,1%, seguido de Dilma (PT), e a verde em terceiro, 23,9%.

Para piorar o cenário atual: o seu novo partido, embora dividido, ainda compõe a base do governo Tião Viana (PT), e o marido dela, Fábio Vaz, é secretário de governo do PT.

Fábio Vaz é técnico agrícola e Secretário Adjunto de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (ufa!) do governo petista.

A presença de Vaz no Governo de Viana é o menor problema, mas que a deixa em saia justa para eventual ataque à gestão petista num palanque ao lado de Campos.

A Rede tem encomendado pesquisas qualitativas para ver o real poder de Marina ‘em casa’. Enquanto Aécio Neves tentará conquistar o espólio de Serra.

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O PUTIN(HO) 

Vladmir Putin, o ex-agente da KGB e presidente da Rússia, não faz feio na cidade natal Sochi, sede dos Jogos de Inverno em 2014. Misteriosamente uma série de prisões de jornalistas estrangeiros, pela polícia local e agentes federais, chamam a atenção pelo fato de denunciarem corrupção enquanto o povo pena com falta de serviços básicos. A denúncia é da Ong Repórteres Sem Fronteiras: plantaram drogas no jornalista Nikolai Iarst, repórter local, por ser o maior denunciador de corrupção política na cidade, e cortes de água e energia, além de fraude em hospitais. Ficou detido por seis meses. O jornal Mestnaia foi ocupado por agentes sob acusação de violação de direitos autorais. Levaram os computadores e arquivos. Outros dois jornalistas investigativos suecos foram detidos seis vezes em dois dias para prestarem esclarecimentos.

TAXIANDO

Pilotos da FAB dizem que os acidentes que puseram em xeque os caças Gripen, em testes, são normais para todas as fabricantes consertarem imperfeições.

PRÉVIA DO RIO

Marcelo Crivella comemorou a última do Ibope: além de liderar a sondagem, ficou com menor índice de rejeição, inclusive contra Marina Silva e o técnico Bernardinho.

INFELIZ NATAL

Deu no Boletim de Notícias Lotéricas: professora de Alegre (ES) ganhou R$ 370 mil na Lotofácil. Fazia as malas para o Réveillon quando descobriu que funcionário da casa lotérica esquecera de registrar o jogo. Vai processá-los. Tudo ocorreu numa.. Sexta 13.

ÊPA, ÊPA

O presidente do PRB mudou de posição. Antes apoiador de projeto de lei que iguala carreira de agentes à de delegados da PF, enviou carta de solidariedade à ADPF ao entender os argumentos de risco constitucional para todas as outras carreiras.

DEMORADÃO

Correios demorou sete dias – cinco úteis – para entregar pequena encomenda via Sedex do interior de Minas para Brasília. A Coluna tem o número do objeto para prova. Como é praxe nesta época, não é excesso de encomendas de fim de ano. É de incompetência. O PT e PTB, que mandam nos Correios há anos, são criticados por servidores por madarem para o lixo a imagem daquela que já foi a mais respeitada instituição do País. Preferiram torrar R$ 150 milhões na campanha de mídia dos 350 anos…

TETO FURADO 

Jogo do feminino Brasil x Chile no estádio Mané Garrincha no domingo em Brasília. Ingresso da arquibancada inferior a R$ 40. Mas o povo levou chuva com goteiras em vários pontos da cobertura novinha. O estádio, detalhe, custou R$ 1,6 bilhão.


Aécio assume candidatura e lançará “decálogo” de campanha
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Leandro Mazzini

aecio

Aécio, durante intervalo no estúdio da REDEVIDA em Brasília, nesta Terça à noite

Em rede nacional de televisão na noite desta terça-feira, com tom conciliador sobre José Serra e de evidente pré-campanha, o senador mineiro Aécio Neves, presidente do PSDB, não deixou dúvidas de que será o candidato do partido a presidente da República. Disse que engana-se quem pensa ser Serra um adversário interno ou problema: ‘Revelo que tivemos uma longa conversa na Segunda-feira (4)’.

Se o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em sua campanha de 1994, mostrou os cinco dedos da mão como mote, Aécio – que o elogiou muito na TV – seguirá a linha do aliado: até a segunda quinzena de Dezembro, revelou, lançará um “Decálogo” programático que norteará sua campanha para o Planalto. Essa base do programa de campanha, segundo revelou, será fruto de debate entre a Executiva do partido e governadores. Em tese, mostrará as duas mãos e os dez dedos com os tópicos que abordará nos debates. Entre eles, reforma administrativa, política fiscal austera, Infraestrutura etc.

Por 1h20, Aécio foi entrevistado no Frente a Frente da REDEVIDA de Televisão, ao vivo e em rede nacional, por este repórter e a jornalista Denise Rothenburg (Correio Braziliense), e não titubeou ao indicar que é o candidato. Atacou a presidente Dilma e a gestão petista:

– O Planalto já não é um Palácio, virou um Cabo Canaveral, a cada semana se faz um lançamento ali – ironizou, sobre sucessivos programas de governo lançados pela presidente Dilma (PT).

Embora tenha atacado a gestão atual, Aécio mostrou que, se presidente, seguiria algumas linhas atuais. Não concederia autonomia ao Banco Central (é contra projeto do primo senador Francisco Dornelles (PP-RJ), que dá autonomia à instituição), defendeu o câmbio flutuante e reforçou que manteria os programas sociais consolidados. Olhará para a frente na campanha, sem esquecer do retrovisor: defenderá tais programas sociais porque são embriões do governo FHC.

– Fiquei apenas triste porque Lula e Dilma não convidaram o ex-presidente Fernando Henrique para a cerimônia dos 10 anos do Bolsa Família – disse.

Mais Médicos

Numa revelação surpreendente, ao contrário da grita da oposição, Aécio disse ser a favor do programa Mais Médicos, ‘Mas com aprovação pelo Revalida, com mais condições para os profissionais trabalharem e mais qualificação”. Em suma, manteria o programa numa eventual gestão sua. Há três semanas, no mesmo programa de TV, seu eventual adversário Eduardo Campos (PSB) foi mais crítico: disse que o Mais Médicos é a ‘falta de planejamento deste governo’.

O chamado choque de gestão que o catapultou aos holofotes nacionais foi citado por ele para criar um cenário para a Esplanada. Ele defende um governo enxuto.

– Num governo do PSDB haverá 22 ministérios – resumiu.

No entanto reconheceu o endividamento e a situação difícil pela qual passa o Estado de Minas Gerais, que governou por oito anos e que hoje tem R$ 19 bilhões de dívidas contraídas apenas com bancos internacionais de fomento. Aécio apontou que esse é um cenário de todos os Estados, e está confiante de que a aprovação do PLC 238 em debate no Senado – o que muda o indexador de cálculo da dívida (pública) dos Estados com União – pode causar um alívio nas contas.

Aliado e ‘adversário’

A todo momento o senador mineiro evitou polemizar sobre José Serra, o citou poucas vezes, nas quais lembrou que houve avanços nos laços políticos entre os dois. ‘Serra é um homem de partido, tanto que ficou no PSDB’, comentou o senador, para emendar que o tucano paulista será um forte aliado futuro.

Sobre o eventual adversário Eduardo Campos (PSB), Aécio acredita que eles podem se somar na campanha, e indicou que o PSDB e PSB terão total autonomia – tanto dele, quanto de Campos – para fechar alianças locais as quais eles não vão interferir. ‘E cada partido fará campanha para seu candidato’, sentenciou.

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Tropa de Aécio tenta segurar Serra no PSDB
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Leandro Mazzini

Com a notícia de que José Serra está decidido a se filiar ao PPS, como publicou a coluna, os ‘aecistas’ lançaram ofensiva na tentativa de demovê-lo da ideia e neutralizá-lo.

General da tropa do presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) na bancada no Congresso, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) telefonou ontem para o governador Geraldo Alckmin: ‘O que eu posso fazer para não deixar o Serra sair do partido’. Alckmin não prometeu nada. Mas a pressão no ninho começou.

Nas hostes e cúpula do PSDB há a certeza de que Serra pode blefar. Sua tentativa de saída do ninho seria pressão para que o partido o sacramente candidato ao Senado ano que vem, sem passar por prévias, nas quais teria de disputar com outros nomes, entre eles José Aníbal, seu desafeto.

Ontem à noite, Aécio e o eventual adversário Eduardo Campos (PSB) jantaram juntos. Foi o primeiro diálogo na tentativa de uma frente contra o PT.

Enquanto isso, no Rio, Rodrigo Maia (DEM), filho de Cesar, anda chateado com Aécio, que não conversou com o ex-prefeito ainda. O tucano mede os passos na terra do amigo Sérgio Cabral.

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EU, HEIN..

O deputado Severino Ninho (PSB-PE) deu parecer pela rejeição ao PL que ‘Reconhece as atividades do Clube dos Desbravadores como método complementar de educação’.

A XEPA DE DONADON

Foi uma dica de um servidor da Câmara que levou o deputado condenado Natan Donadon a desabafar ao microfone em plenário sobre a ‘xepa’, a gororoba servida para os detentos do Presídio da Papuda, como ele. Donadon reclamava da ‘quentinha’ com a família quando o servidor deu a dica: ‘Você vai ficar bem na fita com os outros presos’.

CASAS DE MARINA

Marina Silva, confiante na criação da Rede, já promove encontros semanais, em casas de amigos, principalmente em São Paulo. Reúne a nata de setores variados para ouvir sugestões a fim de elaborar o futuro programa de governo.

BANDA LENTA

A Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado faz audiência sobre o marco civil da internet na Terça. Chamou o relator na Câmara, Molon (PT-RJ), onde o pacote parou.

FEMINISTAS NA PISTA

Amanhã, o MASP será ponto de largada para a Marcha das Feministas, ‘Para mudar o mundo’. Espera-se o primeiro grito popular contra a Câmara de Donadon.

CERCO DO DELEGADO 

O deputado Franceschini (PEN-PR) requereu através da Comissão de Fiscalização e Controle informações à Casa Civil sobre a certidão positiva, publicada na coluna, contra Eduardo Gaievski, assessor foragido da polícia, por suposto crime de pedofilia. ‘Ela (a ministra Gleisi Hoffman) tem 30 dias para prestar informações por escrito, se tinha conhecimento ou não (do crime), já que há certidão de antecedentes mostrando que um simples advogado conseguiria’, diz o deputado.

BRAVINHO

Eduardo Gaievski, o ex-assessor do Planalto foragido, ainda no cargo chamou de ‘canalhas’ os que repercutiram notícia da coluna sobre diárias majoradas pagas pelo governo a servidores que viajassem para as sedes da Copa das Confederações.

LOBBY CATÓLICO

O senador Gim Argello (PTB), relator da MP 615, incluiu no texto parágrafo que regulariza terrenos de igrejas, escolas e entidades sociais no DF.

ANTITERROR

O deputado Walter Feldman (PSDB-SP) realiza mês que vem, na Câmara, Seminário Internacional sobre combate ao terrorismo. Ele é autor de PL com medidas antiterror.

PONTO FINAL

Câmara dos Deputados ou Presídio da Papuda.. já não faz mais diferença

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Eduardo Paes na fila da excomunhão política
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Leandro Mazzini

Ao deixar na mão a cúria da Igreja do Rio, sem patrocínio e com todo o prejuízo da Jornada Mundial da Juventude, após a diocese trocar o megaterreno em Guaratiba, na Zona Oeste, por Copacabana, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) entrou na lista de risco de excomunhão política.

Foram os párocos da Zona Oeste, populosa, de maioria católica e fiel da balança nas eleições quem deram vantagem ao pemedebista nas duas eleições vitoriosas. O prefeito chegou a despachar numa sacristia durante a última campanha.

Candidato, Paes frequentou missas seguidas na Zona Oeste, citado nas homilias. A turma da batina anda revoltada, e se esquecida de vez, evita polêmica, mas há recados velados de que podem retaliar na próxima vez que o prefeito os procurar.

Paes tem buscado solução para cobrir o prejuízo e a promessa de apoio feita antes do evento.

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DECISÃO DE SERRA

José Serra está decidido a se filiar ao PPS em Outubro, para disputar a Presidência da República. Só não vai diante do inverossímil: Aécio abrir mão no PSDB.

DONADON, O MAKING OF 

No cantinho do plenário, ao fundo, a família do deputado Natan Donan (sem partido-RO) chorava copiosamente durante seu discurso de defesa, no processo de cassação – do qual saiu ileso. Para ir ao banheiro, dois seguranças o acompanhavam, um constrangimento para os colegas. Com a suspensão do mandato durante o tempo que ficar na cadeia, assume a vaga o suplente Amir Lando, ex-ministro da Previdência de Lula.

COMO ‘MÉDICI’ UMA HERANÇA

Veja como são outros os tempos dos herdeiros presidenciais. O filho de Lula ficou milionário com adicional de R$ 5 milhões de telefônica em empresa de games. Roberto Médice vive situação dramática sobre bens deixados pelo pai, o ex-presidente Emílio Médice: Uma pequena fazenda em Bagé, herança do avô, e um apartamento no Rio. Em litígio com a irmã adotiva, Roberto Médice – professor universitário aposentado com salário de R$ 4 mil – tenta reaver a parte de direito na fazenda da família. A propriedade está sub judice até a encrenca familiar se resolver.

LÁ E CÁ

Enquanto chegam médicos cubanos, a Secretaria de Relações Internacionais do PT organiza seleção de bolsistas para a Escola Latino-Americana de Medicina em Cuba, com tudo pago pelo regime de Fidel. Desde 1999 há a parceria. A bolsa ainda banca alimentação, hospedagem e o curso. Os estudantes selecionados ganham ajuda de custo

MMA NO PLENÁRIO 

As emissoras de TV fazem lobby forte contra o PL 5534/09, que proíbe a transmissão de lutas marciais não olímpicas na telinha. Se aprovado, a Globo fica proibida de transmitir o UFC. Mas a tramitação levará tempo ainda.

AMEAÇA DO NINHO

O deputado Walter Feldman (SP) se diz tranquilo, a despeito de o diretório municipal do PSDB paulistano pedir sua saída. Feldman é um dos maiores incentivadores da Rede de Marina Silva. Ele acredita que o diretório estadual segura o processo.

O CONDE SUMIU

Alvo de ação judicial por dívida de US$ 50 mil com o primo Gilberto Scarpa, revelado pela coluna, o socialite Chiquinho Scarpa apagou seus perfis no Facebook e Instagram, nos quais publicava fotos de passeios na Europa e de helicópteros no Brasil.

VAIVÉM NO AEROPORTO

A Inframérica e as aéreas batem cabeça no Aeroporto JK. Na Segunda, 22h, passageiros do voo 2092 da Gol (Guarulhos-BSB) foram avisados a bordo da reposição das bagagens na esteira 4. Após longa espera, funcionário os levou à esteira 1. Descobriu-se então emperrada, e foram para a 3. Isso levou meia hora – um terço do tempo de voo.

‘AUSÊNCIAS’ NO MUSEU

O Museu Nacional de Brasília sedia hoje abertura da exposição “Ausências do Brasil”, mostra de fotos simbólicas sobre “a ausência  deixada por doze brasileiros e cinco argentinos, mortos durante as ditaduras militares nos dois países”, projeto do fotógrafo argentino Gustavo Germano, com realização da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência.

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Freire do PPS não descarta entrada de Serra
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Leandro Mazzini

Freire: ele não confirma nem descarta. Mas está à espera de José Serra no PPS

O presidente do PPS, Roberto Freire, suspendeu qualquer negociação que envolva o partido para 2014 no plano federal. ‘E se o Serra vier?’, deixa o mistério, para a coluna. Ele espera a filiação do tucano para concorrer à Presidência. Serra, como de praxe, é uma incógnita. Deixará para Outubro a decisão. Mas Freire não descarta o lançamento.

Fala Roberto Freire sobre a possível filiação de Serra: ‘Serra anda analisando (convite)’; ‘Não houve condicionantes’; O MD via fusão não saiu ‘porque o PMN queria concretizar sem esperar a consulta feita ao TSE’ sobre a ‘janela’.

Roberto Freire também diz que não está em leilão para 2014. ‘O PPS não tem nem um minuto de TV’. Diz que quem procura a legenda para dialogar é ‘pela credibilidade e história do partido’.

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Ex-presidente, contrariado com discurso, abandonou cerimônia de posse de Cartes

QUE FEIO!

A claque de Federico Franco, o ex-presidente paraguaio, vaiou a presidente Dilma Rousseff na posse de Horário Cartes, por causa da suspensão do país no Mercosul. Outro episódio poucos notaram. Durante o discurso de Cartes, o ex-presidente Lugo, deposto pelo vice Franco, saiu de fininho e não voltou mais.

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PRIMEIRO AMARILDO

Foi o primeiro de muitos, pelo que se tem notícias. A família procura até hoje Jorge Antônio Careli, servidor da Fiocruz, levado por policiais em 1993 em Manguinhos, no Rio. Falava em orelhão quando foi abordado. A PM procurava suspeito de sequestro.

DESCARRILOU

A ferrovia Transnordestina saiu dos trilhos, diz o deputado Júlio César (PSD-PI). A obra de 1,5 mil km estava prevista no PAC 1 para ser concluída até 2010. Ela corta três estados e a maior parte ainda é terraplanagem. Os 400km no Piauí são terra pura.

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Perillo – Ele não quer saber de greve e exige fidelidade dos comissionados

CRACHÁ FIDELIDADE

Causou surpresa em Goiás o decreto 7.964/13 do governador Marconi Perillo (PSDB) sobre medidas contra greves de servidores. Conota aniquilar o direito, pelo publicado no D.O. Cobra inclusive fidelidade total dos comissionados e cargos de confiança. Pelo decreto, Marconi faz ‘convocação expressa dos servidores’, via D.O., ‘para reassumirem, de maneira integral e sem demora, o exercício de suas funções’; ‘Serão exonerados os ocupantes de cargos comissionados ou de confiança que participarem’. A revelação foi do blog de Altair Tavares

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DESCARRILOU 2.0

Leitor viu placa sugestiva no metrô de SP: ‘Envie mensagem de celular para denunciar comércio irregular, delitos e vandalismo nos trens e estações’. Sobre corrupção, nada.

TROCA NA LETRA

Desafeto de Bernardo Figueiredo, presidente da EPL, o senador Requião (PMDB) prepara livro. Promete revelar detalhes das licitações de rodovias, portos e ferrovias.

PONTO FINAL

A política, como um todo, é um livro infindável de segredos e mistérios.

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Freire: MD já negocia filiação de deputados, senadores e nomes do PSD
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Leandro Mazzini

Recém-criado, o partido Mobilização Democrática (MD), fundado pelo deputado Roberto Freire (SP) através da fusão do PPS com o PMN, já saiu à caça de mandatários para fortalecer a legenda.

Irado com o presidente do PSD, Gilberto Kassab – que tirou do PPS quatro mandatários – Freire revela que alguns deles, arrependidos de terem mudado para o PSD , já estudam entrar no seu novo partido.

‘E tem mais deputados e senadores de outros partidos também dispostos a se filiar, só não posso falar quem são’, complementa o deputado fundador do MD.

Freire acredita que enfrentará cobranças judiciais, mas se respalda: o MD já tem CNPJ em cartório de Brasília, a oficialização junto ao TSE segue apenas critérios burocráticos, e mesmo que vire lei o projeto que tira tempo de TV de novas legendas, seu partido não perde porque estará oficializado antes da sanção presidencial. Obviamente, com a Constituição à mão: “Nenhuma lei pode retroagir para beneficiar ou prejudicar alguém”. Entre nisso o seu partido.

Ele confirma que conversa com José Serra (PSDB) para que ele entre na nova sigla, no projeto de lançamento à Presidência. O por ora tucano está reticente, mas ao seu conhecido estilo evita dizer sim ou não. Até Outubro a novela acaba.

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