Coluna Esplanada

Arquivo : Lula

De olho em José Dirceu, PT vai abrir diálogo com ex-ministro
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Leandro Mazzini

Foto extraída de O Sul

Foto extraída de O Sul

Emissários da cúpula do PT vão procurar o ex-ministro condenado José Dirceu.

É uma tentativa de afago ao petista, que anda chateado com Lula e a presidente Dilma. Isso ficou claro na entrevista de Dirceu ao Estadão, na qual citou que o ex e a atual presidente estão ‘no mesmo saco’ que ele.

Para grãos petistas em Brasília, foi um recado: o último aliado que o partido abandonou, Roberto Jefferson (PTB), abriu o bico e deu no que deu.


Novo ‘Menino do Rio (Grande)’, Tarso é esperança contra hegemonia do PMDB
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

A mudança do ex-governador gaúcho Tarso Genro para o Rio de Janeiro, a fim de articular e fortalecer o PT local, é estratégia do ex-presidente Lula. O grão-petista tem admitido a amigos que o PMDB carioca tornou-se a mais poderosa ‘bancada’ para eleições.

O séquito que pode influenciar, e muito, nas eleições municipais não apenas do Rio de Janeiro mas de muitos Estados, e até no jogo nacional em 2018, tem o governador Luiz Pezão, o prefeito Eduardo Paes, os Picciani (pai, deputado estadual, e filho, líder do PMDB na Câmara), Sérgio Cabral (na moita) e Eduardo Cunha, hoje o terceiro homem mais importante do País pela hierarquia.

No mais, a despeito da vaidade mostrada quando comparado, pelo cenário político Tarso Genro está longe de repetir a saga de Leonel Brizola, que saiu do Palácio Piratini para emplacar dois mandatos de governador no Rio.


Novo marombeiro, Lula candidato adora malhar a elite e imprensa
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Leandro Mazzini

Foto: UOL

Foto: UOL

O presidente-operário apareceu no 1º de Maio nos seus melhores cenário e verve – voz grossa, cara de bravo e em palanque com discurso de vítima da ‘mídia golpista’ e da elite. Em resumo, candidatíssimo à Presidência em 2018.

Lula, novo marombeiro do pedaço – conforme vídeo divulgado por sua assessoria – saiu da academia para malhar (verbalmente) a imprensa que denuncia malfeitos do governo e as indícios de irregularidades envolvendo seu nome.

O Lula malhador tornou-se exemplo para o Brasil dois dias antes de o blog revelar pesquisa inédita do Ministério do Esporte, a ser divulgada até Julho: no País dos Jogos 2016, metade da população é sedentária. Mas só isso.

Fato é que o Lula de hoje, que posa de vítima, há anos não conhece um assento de voo comercial, passou a almoçar e jantar com banqueiros e empresários, e se esquece do quanto a imprensa – que hoje ataca – o ajudou a ascender, com a criação do Partido dos Trabalhadores.

Lula se esquece – ou faz de conta – de como Carlos Lemos, ‘o Chefe’, diretor de redação do Jornal do Brasil, o ajudou durante a ditadura. Como no episódio em que convenceu o chefe da Polícia Romeu Tuma a liberá-lo da cadeia para o enterro da mãe dona Lindu. De como dezenas de conhecidos jornalistas, alguns até hoje simpatizantes, mantiveram o PT na mídia e deram holofotes ao ‘Barba’ para que o partido amadurecesse – o País, idem.

A mesma imprensa que Lula ataca hoje como ‘golpista’ denunciou malfeitos e irregularidades de governos e mandatários, seus opositores, nas esferas estaduais e federal nas décadas em que Lula e o PT eram oposição. O que mudou foi o partido, mudou a sua estrela. A imprensa continua a mesma – apuradora, crítica, a lupa da sociedade. A posição de Lula e seu séquito é a melhor personificação da frase de Miro Teixeira: ‘político não gosta de notícia, gosta de Poder’.

Lula fez um bom governo, pelo seu esforço, suas estratégias de sucesso pela governabilidade – que renderam o preço da corrupção, vê-se agora – e com ajuda do cenário internacional favorável para a economia. Está bem de saúde, recuperou-se do câncer na laringe. Interpela criminalmente este repórter por notícia veiculada aqui, de que foi acometido com reincidência de câncer em órgão vital, descoberto e neutralizado a tempo com forte (e cara) medicação importada, que evitou a quimioterapia – monitorado em incursões ao Sírio-Libanês em esporádicas madrugadas para check-up (aqui a íntegra , matéria original sem distorções). Qualquer notícia além disso, de que está doente ou morrendo, é invenção de sites e blogs mal intencionados.

O petista está bem graças ao acompanhamento periódico e exigente dos seus médicos. E também ao seu credo e superstição. Do contrário não chamaria a cada 40 dias a São Paulo o famoso médium João de Deus, para tratamento espiritual. O curandeiro encontra-se com Lula no apartamento de um médico na capital, onde ocorrem as sessões (não incisivas).

Um detalhe, quando da divulgação do vídeo da malhação semana passada: a Folha de S.Paulo, em matéria de Marina Dias, foi o único jornal que fez alusão do vídeo como resposta à notícia sobre o câncer no blog, embora o Instituto Lula tenha deixado claro que não era provocação a ninguém. Faltou à reportagem perguntar, por exemplo, por que Lula divulgou o vídeo justo no dia em que o ex-presidente FHC foi parar no Sírio para exames no coração, após mal-estar, como adiantou este blog.


Presidente Dilma e Lula aborrecidos com Eduardo Paes
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Leandro Mazzini

Paes - Para os petistas, o ex-tucano está se superando. Foto: UOL

Paes – Para os petistas, o ex-tucano está se superando. Foto: UOL

A presidente Dilma ficou muito aborrecida e nervosa quando soube que o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), decidira impetrar ação na Justiça contra a manutenção do indexador de cobrança das dívidas do município com a União, que onera em muito o caixa da cidade maravilhosa.

Dilma enviou recados à cúpula do PMDB para lembrar a Paes que ela e o ex-presidente Lula investiram pesado no PAC na cidade, e deram muito dinheiro para a prefeitura realizar obras.

Agora, a guerra será judicial, porque o AGU Luís Adams tem carta branca da chefe para atuar na derrubada da liminar conquistada por Paes.

O prefeito, ex-deputado tucano, não tinha boa relação com o então presidente Lula até Sérgio Cabral, governador, aproximar ambos.


Lula x Mercadante – 2º round
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Leandro Mazzini

Foto de arquivo: extraída do clubesat.com

Foto de arquivo: extraída do clubesat.com

Tem digitais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a gritaria da base governista para que a presidente Dilma demita o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que coordena a interlocução com o Legislativo.

Parte do PT – os Lulistas – e todo o PMDB querem a vaga por dois motivos. Primeiro, porque a articulação com Mercadante e Pepe Vargas (Relações Institucionais) está um desastre. E segundo porque interessa ao próprio Lula neutralizar o ministro, um potencial candidato a presidente em 2018, quando Lula tentará voltar.

Nas conversas com a presidente Dilma Lula critica a composição dos ministros palacianos – depois de já ter feito o mesmo em rodinhas de aliados. Para Lula , Mercadante está concentrando muito poder e tornou-se uma ameaça imediata a ela própria.

BARBA X BIGODE

Lula e Mercadante já não se tratam mais como antes há meses. Quando o ex-presidente percebeu as iniciativas do ministro para concentrar poder e o seu projeto pessoal de se lançar à Presidência em 2018.


Lula e Dilma juntos em Pernambuco em março
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Leandro Mazzini

Foto: EBC

Foto: EBC

A presidente Dilma e o ex, Lula, vão baixar na pequena Goiana, na Zona da Mata de Pernambuco, dia 12 de março para a inauguração da nova fábrica da Fiat.

Foi uma disputa vencida pelo então governador Eduardo Campos (PSB) contra o Aécio Neves, ainda governador de Minas, que trabalhava para que a Fiat ficasse em Minas – onde a italiana manterá a tradicional unidade em Betim, região metropolitana.

Lula e Dilma vão começar a fazer agendas juntos mais para o final do mandato dela, na tentativa de ele voltar ao Planalto. A agenda de março será o primeiro ensaio.


Lula e Mercadante já duelam pela candidatura de 2018
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Leandro Mazzini

Charge de ALIEDO - http://aliedo.blogspot.com

Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com

O ex-presidente Lula iniciou sua campanha na tentativa de voltar ao Palácio do Planalto em 2018, apesar da saúde em recuperação.

Numa nova Caravana pelo País – desta vez política-pessoal – pretende visitar aliados potenciais com a justificativa de segurar a base governista da presidente Dilma – a quem tem criticado veladamente.

O ex-presidente vai afagando antigos aliados na rota. Foi assim ao visitar Sérgio Cabral, o governador Pezão e o prefeito Eduardo Paes no Rio.

 

Ocorre que na outra ponta, ao lado de Dilma, literalmente, cresce a figura do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que também vai pleitear junto a ela – que tem a caneta e o Poder hoje – e ao PT o seu nome para disputar a sucessão.

O clima entre Lula e Mercadante é de desconfiança mútua. Enquanto Mercadante trabalha discreto, e forte, Lula na mesma intensidade, e em rodinhas, critica a equipe de Dilma e a articulação – um recado direto para ela e o chefe da Casa Civil.

Mercadante tem controlado todo o Governo e indicado nomes de sua confiança para cargos importantes. Todos os ministros do novo governo Dilma passaram pelo seu crivo. Tem se tornado assim um José Dirceu 2.0 – sem um mensalão, evidentemente.

Quer emplacar, para um exemplo, Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma, no comando da Autoridade Pública Olímpica (APO). Será boa vitrine para desfilar com o eventual sucesso das Olimpíadas após 2016.

Hoje, Lula não manda mais no Governo nem em Dilma, mas ainda é o manda-chuva do PT e o nome quase unânime para uma futura disputa presidencial, a depender de sua saúde.


PMDB do Rio ganha Poder nacional e preocupa Lula
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Leandro Mazzini

Rio, todo poderoso. O cenário de articulações do Poder atualmente passa pelo PMDB do Rio.

O ex-presidente Lula vislumbrou iminente debandada de Sérgio Cabral, o ex-governador, e do prefeito Eduardo Paes, que já estão ligados ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que ainda emplacou o carioca Leonardo Picciani líder do PMDB na Casa.

O pai de Picciani, Jorge, voltou à presidência da Assembleia Legislativa do Rio.

Lula sabe onde pisa. Para muitos petistas, Paes e Cabral ainda são tucanos, e reiniciou uma Caravana, versão 2015, na tentativa de resgatar aliados ‘feridos’ pela gestão Dilma Rousseff e segurar a governabilidade.

A operação resgate é tão intensa que não tem beija-mão. É Lula quem está visitando os – por ora – aliados. E assim percorrerá o Brasil.

SILÊNCIO

Há um nome impronunciável dentro do Planalto e do PT: Eduardo Cunha tornou-se o maior estorvo da História da legenda, pelo momento vivido pelo partido, imprimindo derrotas e vexames à gestão petista nos seus 35 anos.


Com articulação em SP, chefe do PT manda recado a insatisfeitos
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Leandro Mazzini

O quiprocó sobre a permanência ou não da ex-ministra e senadora Marta Suplicy no PT tornou-se assunto prioritário na cúpula do partido – leia-se Luiz Inácio Lula da Silva, Rui Falcão e também a presidente Dilma Rousseff, que pode ser afetada diretamente, assim como o partido. Não apenas pelo desgaste escancarado nas relações entre os petistas, naturais pelos 12 anos de Poder nacional, mas em especial pela equação no Senado Federal.

Desde quando presidente da República, Lula se empenhou pessoalmente em controlar a bancada governista na Casa Alta, desde a eleição até a composição da base no início dos Anos Legislativos (contava, evidente, com a união do PT). Com Marta insatisfeita, a dúvida agora é se ela, independentemente do tempo que permanecer na legenda, vai votar com o governo no plenário ou se pode ser contabilizada na oposição – tanto nos votos quanto nos discursos.

Perder o apoio de uma senadora com significativa vitrine e representante do principal Estado do Brasil não estava nos planos do PT até poucas semanas atrás. A preocupação agora da cúpula do PT é se a gritaria de Marta, pela imprensa, passará despercebida pelos correligionários e colegas de partido, ou se ganhará eco, mesmo que velado, nos gabinetes de estrelados petistas – esse sim o risco não calculado por Lula.

Daí Lula voltar à ativa mais cedo do que o esperado, do alto de seu gabinete no Instituto em São Paulo que leva o seu nome, em telefonemas e recados, para neutralizar Marta. A senadora é aliada de primeira hora do ex-presidente, já o defendeu publicamente, mas isso não lhe garante imunidade no partido para girar a metralhadora contra Dilma e o governo a ponto de atingir também o projeto de Poder do partido. O retorno de Lula, discreto mas forte nas articulações, já soa entre os petistas um recado claro do chefe de que não quer discórdia entre mandatários e nas hostes.

Por isso Lula deu o primeiro passo. Ao saber que Marta iniciou um namoro com o PMDB paulistano, um partido atrás de bons nomes e que nem sempre é ‘aliado’, Lula fez uma jogada de mestre. Determinou ao prefeito Fernando Haddad que abrisse espaço no secretariado (e não qualquer cargo) para o PMDB. Haddad não só obedeceu como o nome certo, articulado, foi um golpe em Marta: Gabriel Chalita na Educação, como publicamos ontem, é um obstáculo no projeto de Poder de Marta. Se ela pensava em se candidatar à prefeitura pelo PMDB ano que vem, já repensa. Marta tornou-se um túmulo verbal desde o último artigo no qual criticou Dilma e o governo.