Coluna Esplanada

Arquivo : Lula

Internautas ironizam estreia de Lula no NYT
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Leandro Mazzini

À primeira vista, parece um print do cabeçalho da coluna de estreia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no The New York Times, o mais conceituado e maior jornal do mundo. Mas só.

Com olhar mais atento, percebe-se a ironia com o petista nas primeiras linhas – a partir do título, inclusive, “Eu não sei de nada” – num curto texto em que se mescla palavras em português e inglês.

Embora sem nexo ou sem total coerência, nota-se o sarcasmo da situação, obra de internauta ainda não identificado, brincadeira que ganhou a rede e circula por emails.

Lula foi convidado pelo NYT para escrever uma coluna mensal. Aceitou, mas ela não será distribuída para os jornais parceiros do jornalão no Brasil. Decisão dele – banal, em tempos de internet.  Na verdade, terá um ghost-writer. Será o ex-ministro Luiz Duci, que fazia seus discursos quando presidente, e hoje assessor especial do Instituto Lula.

Enquanto a verdadeira coluna não sai, fica a brincadeira.

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Charge de Aliedo: O presságio de Trancredo para Lula
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Leandro Mazzini

Quando a campanha Diretas Já começava a ganhar as ruas do país, Tancredo Neves convidou o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva para um jantar na fazenda do velho político mineiro em Cláudio (MG).

Lá, Lula espantou-se ao ouvir de Tancredo que não participaria das Diretas, porque não tinha saúde para rodar o país, embora tenha subido posteriormente em alguns palanques de capitais. E complementou bombástico: ‘Já fiz um trato com os militares, eu serei o presidente’.

O agora deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), testemunha, diz que Lula nunca revelou isso. Naquela encontro, papo vai, papo vem, Tancredo virou-se para um Lula compenetrado e soltou: ‘Você vai ser presidente. É jovem, sabe negociar e sabe ouvir’. Lula passara realmente o tempo todo só escutando o veterano. Mas depois mudou. Passou a falar muito, como notório.

Conheça aqui o site do chargista

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Em 10 anos, Joaquim Barbosa ganha peso e calvície, revelam fotos do STF
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Leandro Mazzini

 

Veja como os 10 anos de toga mudaram o ministro Joaquim Barbosa, que estreou no Supremo Tribunal Federal em 2003 nomeado pelo então presidente Luiz Inácio (PT).

As fotos estão expostas no túnel da corte, em Brasília. Nesse tempo, ele engordou, passou a usar óculos, ganhou uma leve calvície frontal e… um sorriso. Já o gênio continua o mesmo.

Em 2003, quando assumiu no Supremo, o ministro Joaquim confidenciou a amigos que, uma vez na presidência, mudaria muita coisa ‘que está aí’ no Judiciário.

Não por acaso nesse tempo – e em especial durante o julgamento da Ação Penal 470, o Mensalão, ele mostrou ser uma figura polêmica: posições convictas e discurso duro, inclusive o trato com colegas e magistrados federais que o visitam – como foi na recente reunião aberta à imprensa.

Após o encontro, a Ajufe – Associação dos Juízes Federais, soltou nota o classificando de grosseiro. Já o presidente do STF não esconde suas críticas a decisões que considera de interesse dos classistas, não do país.

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Lula acena da varanda de seu apartamento em São Bernardo (SP). Tempos de recusão no Palácio ficaram para trás

A NOITE EM QUE LULA FUGIU

A turma da segurança que iniciou a era petista tem saudade do ex-presidente Lula. A presidente Dilma dá o trabalho de praxe, mas com o ex o ofício tinha emoções. O episódio foi revelado por um deles: no primeiro ano de governo, uma noite o presidente sumiu do Palácio da Alvorada e deixou a escolta presidencial desesperada. Ele pedira o carro de um garçom e saiu sozinho. Após mobilizações, a altas horas, foi encontrado de boné e camiseta numa mesa de canto de bar da Vila Planalto, curtindo um drink.

SÓSIA

O bar tinha poucos frequentadores e alguns deles, além do dono, estranharam a semelhança do estranho com o presidente. Mas ninguém se arriscou em abordá-lo.

DOSE DUPLA

Não há certeza da segunda vez, mas há folclore de que Lula planejou voltar outro dia ao mesmo bar. O GSI agiu rápido: lotou o lugar de agentes à paisana pelas mesas.

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CLASSIFICADOS

O ministro Teori Zavascki, do STF, está com dificuldade de montar gabinete. Desde a posse, procura cinco servidores de carreira, dentro da corte, para assistentes.

ATÉ A BIKE

Com a seca braba pelo país, a coisa anda tão feia para milhares de produtores rurais que o senador Benedito de Lira (PP-AL) conta essa: ‘Tem agricultor que está perdendo até a bicicleta para pagar dívida com o banco’. Presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, o senador Lira quer provocar em audiência pública com os banqueiros do governo a renegociação das dívidas. Mas para ele, ‘o melhor seria a anistia’.

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MARATONA

O Advogado Geral da União, Luís Inácio Adams, tenta conquistar a categoria para se fortalecer no cargo após a suspeita de que conhecia a turma presa na operação Porto Seguro da PF. A bordo de aviões da FAB, Adams tem viajado pelo país para conhecer procuradores e atender a demandas. O Procurador-Geral da União, Paulo Kuhn, é um dos cotados para assumir a AGU em caso de saída de Adams. Mas há outro forte nome: Beto Vasconcelos, o jovem advogado apadrinhado pela própria presidente Dilma, egresso da Casa Civil.

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EXPLORAÇÃO TRAVADA

O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), diz que o setor, que ‘emprega 180 mil no Brasil’, está angustiado. Desde 2009 as mineradoras temem investir porque ainda esperam o novo Código de Mineração prometido pelo Planalto. O atual é de 1967. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou recentemente que o texto do Código está perto da conclusão. E que deverá avançar na próxima semana. O projeto pretende enterrar a burocracia e regular questões ambientais do setor.

EMOÇÃO TOTAL

A Academia Brasileira de Letras pode viver anos emocionantes se o ex-presidente FHC for eleito para a atual vaga. Muitos lá dentro apostam no embate com o baiano João Ubaldo Ribeiro, que o chamou de ‘sociólogo medíocre’ num artigo há anos. À época, Ubaldo ainda emendou que o cumprimentaria em qualquer ocasião só por praxe. Aliás, um mistério, Paulo Coelho nunca mais voltou à Casa de Machado. Sobram ‘técnicos’ e políticos na Academia fundada para ser a guardiã da literatura brasileira. Sem demérito para os imortais merecidamente empossados.

Críticas, sugestões, denúncias: envie email para contato@colunaesplanada.com.br 


Conquista de Bento XVI, Estatuto da Igreja no Brasil completa hoje 3 anos
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Leandro Mazzini

 O Papa Bento XVI coincidentemente anunciou a sua renúncia ao pontificado no dia em que o Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil completou três anos.

Envolto em polêmica desde 2006, quando proposto pelo Vaticano ao governo brasileiro pelo secretário de Estado da Santa Sé, Cardeal Tarcisio Bertone, o Estatuto teve a tramitação acelerada no âmbito político a pedido do próprio Papa, em reunião com o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em sua visita ao Brasil em 2007.

Em 2008, o governo brasileiro e o Vaticano assinaram um tratado, que deveria ser confirmado pelo Congresso Nacional, o que ocorreu dois anos depois de muito debate no Senado e na Câmara.

O Estatuto tratou de oficializar as atividades da Igreja no Brasil. Era o único país no mundo onde o Vaticano se fazia presente e sem regulação nos cinco séculos de existência por essas terras tupiniquins.

O tratado bilateral Governo-Santa Sé envolveu várias esferas de Brasília, principalmente o Ministério das Relações Exteriores, e entre outros pontos, o respaldo jurídico para atuação de sacerdotes brasileiros e estrangeiros em território nacional.

A polêmica ficou por conta do Ensino Religioso nas escolas, que tornou-se facultativo e estendido a todas as crenças religiosas.

O então presidente Lula promulgou o Estatuto Jurídico da Igreja Católica dia 10 de Fevereiro de 2010, e o Diário Oficial da União o oficializou dia 11.

O Vaticano considera o Estatuto um dos maiores avanços de sua História e uma conquista marcada pelo pontificado de Bento XVI, que se empenhou pessoalmente na oficialização das atividades da Igreja no país com a maior população católica do mundo.

Vaticano deu dica

Há poucos meses, em visita ao Vaticano, membros do Comitê Organizador da Jornada Mundial da Juventude ouviram de preposto papal, ao ser questionado sobre os preparativos da visita de Bento XVI: “O Papa vai”, contou fonte da coluna.

E ponto. Deduziu-se à ocasião o recado: haverá um Papa no Rio em Julho, mas não se tinha certeza de que seria Joseph Ratzinger.

Foram testemunhas do episódio acima Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio, Dom Paulo Cesar Costa, bispo auxiliar do Rio, e padre Joel Portella Amado. Na CNBB, cardeais já esperavam a renúncia, não se sabia para quando.

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PCdoB reforça aliança com Dilma e defende Lula
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Leandro Mazzini

Foto de Divulgação

Dada a largada extraoficial para a campanha de 2014, enquanto a presidente Dilma Rousseff (PT) articula discretamente seu palanque ao adiantar conversas com o PSD e outros partidos, as legendas tradicionais oficializam apoio para a disputa ao Planalto.

É o caso do PCdoB, que promove encontro nacional hoje e amanhã em Brasília, com as Executivas nacional e estaduais, bancadas do Congresso, estaduais e prefeitos eleitos.

O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, reforçou apoio oficial ao PT e Dilma Rousseff para a disputa de 2014. Disse ainda que o momento é crucial para a luta política e “defesa do ex-presidente Lula”.

“Vivemos grande momento político e social, ao contrário dos que insistem com o complexo de vira-latas, como afirmava o ilustre Nelson Rodrigues”, citou Rabelo.

Para o presidente do PCdoB, os ataques ao Governo e sua base aliada “não serão suficientes para impedir uma nova vitória da atual administração”.

Como notório, o tucano Aécio Neves (MG) e o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, já surgem no páreo para disputar com Dilma Rousseff, que vai à reeleição.

Entre os participantes do encontro, que se estende até este domingo no auditório do complexo Brasil 21, está o ministro Aldo Rebelo (Esportes), e o senador Inácio Arruda (CE), o presidente da Embratur, Flávio Dino, entre outros.

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Vossas Excelências!
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Leandro Mazzini

Essa aconteceu na cobertura presidencial em São Bernardo do Campo, só os seguranças da ocasião sabem e era ‘segredo de Estado’, pelo menos para a turma.

Numa bela tarde ensolarada de domingo, o então presidente Lula, torcedor apaixonado pelo Corinthians, vestiu o bonezinho, camiseta, chinelões e subiu para o terraço com a latinha de cerveja gelada para assistir ao jogo. Mas não encontrava o canal. Apertava aqui e ali o controle e… nada. Canal não encontrado, nem no pay per view.

Aí chamou os seguranças para o ajudarem e ninguém conseguiu. Àquela altura o jogo já começara, o homem bufava de raiva e gritos de ordens. Houve aquela correria de ajudantes sem saber o que fazer. A primeira-dama Dona Marisa subia a escada para ver o que ocorria e voltou no sapatinho ao ver que sobraria também para ela.

Quando descobriram que o ecônomo presidencial esquecera de comprar o pacote de jogos do fim de semana. Sobrou para ele.

Charge de Aliedo.

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Dilma começa ano refém do PT
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Leandro Mazzini

A presidente Dilma terá trabalho dobrado com o Congresso. Além dos esperados perfis independentes nas lideranças de bancadas aliadas como PMDB e PR (Garotinho), os escolhidos do PT – José Guimarães na Câmara e Wellington Dias no Senado – são fiéis ao núcleo liderado por Lula e José Dirceu. Para parte dos militantes, Dilma, egressa do PDT, nunca foi petista. Para dificultar, com Senado e Câmara sob comando do PMDB, o partido aumentará seu poder de barganha.

‘ALIADA’. Os esperados presidentes do Senado, Renan Calheiros, e Câmara, Henrique Alves, ambos do PMDB, aos holofotes têm o apoio da presidente. Mas há ressalvas.

REBOLA, HENRIQUE. Dilma avalizou Henrique a pedido do vice Michel Temer. Mas não esquece o bambolê que ganhou do deputado, quando chefe da Casa Civil, por mais “jogo de cintura”.

TUDO DE NOVO? A Renan, ela garantiu “total apoio”. Mas teme que a imprensa retome artilharia sobre o escândalo que o derrubou em 2007. Renan tem dito que tudo está superado.

 


Lula sonha com Nobel da Paz
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Leandro Mazzini

O ex-presidente Lula iniciou roteiro de viagens em campanha pelo Nobel da Paz. Embora não divulgue, sua proposta é levar a empresários e políticos dados sobre o sucesso do Bolsa Família. Não por acaso, ele passará por países cuja grande parte da população sofre com a fome: África do Sul (ontem e hoje), Moçambique, Etiópia e Índia, onde recebe o Prêmio Indira Gandhy na sexta. A assessoria de Lula confirmou que ele viaja com comitiva num jato particular, mas não informou o proprietário. E que tudo é pago pelos contratantes das palestras.

SOU REI. O ex-presidente levou assessores e agentes da PF de seguranças, respaldado pela Constituição, como ex-chefe de Estado.

PARLATÓRIO. No projeto Nobel, Lula quer holofote. Aproveita para preparar o evento da Food and Agriculture Organization (FAO), da ONU, em Adis Abeba, em março. Ele patrocina e será o principal orador.


Dirceu e os imperdoáveis
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Leandro Mazzini

Condenado pelo STF no processo do mensalão, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu está inconformado. Numa conversa recente com amigos, disse que não foi ele o chefe do esquema. Apontou três cabeças: dois ex-ministros do então presidente Lula – um integrante do núcleo palaciano e outro da Esplanada, hoje deputado – aliados a um conhecido advogado que desfilava de Jaguar por Brasília, dono de uma casa avaliada em R$ 10 milhões no Lago Sul. Nenhum deles foi condenado e Dirceu não os perdoa.

DESABAFO. José Dirceu tem dito que paga o pato pelo cargo importante que ocupava. Apesar do desabafo, vai acatar a decisão. E homem de partido, não pensa em delação premiada.

CONFISSÃO. Aos que ouviram o ex-todo poderoso, ficou notório que, ao apontar os cabeças, Dirceu confessou que conhece o esquema que sempre negou.

AEROVADÃO. A despeito de voar muito de carona no jatinho do ex-deputado Vadão Gomes, conforme revelamos, o petista condenado não pensa em fugir do país.

 


O recado de Cid e Ciro Gomes
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Leandro Mazzini

 

Ao defender a reeleição de Dilma, posição do presidente de seu partido, Eduardo Campos (PE), os irmãos Cid e Ciro Gomes indicam que são aliados, mas nem tanto. Ciro não esquece que Lula o tirou da disputa em 2010 com apoio do governador de Pernambuco. Cid não engole Dilma por uma bronca que levou na frente de Campos.

Ofuscado por Campos no PSB, o novo presidenciável do PSB, Ciro Gomes se isolou por seis meses nos Estados Unidos para estudos, mas não recuou ainda. Na sua visão – e na de Lula – faria um estrago na campanha de Dilma se candidato em 2010.