Coluna Esplanada

Arquivo : marcelo odebrecht

O rei da cela e os súditos na carceragem da Lava Jato
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Leandro Mazzini

Odebrecht, de mãos no bolso, à frente de Alexandrino (já solto). O funcionário estava algemado. Foto: epoca.com

Odebrecht, de mãos no bolso, à frente de Alexandrino (já solto). O funcionário estava algemado. Foto: epoca.com

Após o terceiro pedido de prisão pelo juiz federal Sérgio Moro, o comportamento do empreiteiro Marcelo Odebrecht mudou no complexo médico-penal de Pinhais (PR), com a suspeita de que não sairá tão cedo do lugar.

O empresário dono do maior grupo do País vive turrão, desobedece regras da carceragem e faz ar de deboche para agentes, segundo relatos de policiais. Em alguns casos, cruza os braços em vez de posicioná-los à frente do corpo, quando os detentos andam em fila.

As retaliações para o comportamento solitário são banho frio e atraso na entrega das refeições para todos os presos.

Apesar dos castigos impostos pelos agentes, nenhum colega de cadeia de Odebrecht ousa reclamar com os carcereiros ou enquadrar o detento-rei.

O consenso entre os lobistas e executivos presos é que um dia todos serão soltos, e eles sabem do poder político e econômico de Odebrecht aqui fora. O tratam como reizinho da cela.


Odebrecht se prepara desde fevereiro após ‘reunião do fim do mundo’
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Leandro Mazzini

Sede da Odebrecht em SP

Sede da Odebrecht em SP

Os executivos da Odebrecht se preparam desde fevereiro deste ano para o pior, o que classificavam nos corredores da empresa como a prisão do herdeiro do grupo, o empresário Marcelo Odebrecht, detido pela Polícia Federal na manhã desta sexta (19) no âmbito da Operação Lava Jato.

Àquela ocasião meses atrás, os principais executivos fizeram ‘a reunião do fim do mundo’, assim chamada devido ao risco de a PF bater à porta do herdeiro e dos escritórios da construtora em nova busca – o que aconteceu hoje. O objetivo era tranquilizar Marcelo sobre a continuidade das atividades da holding caso ele fosse preso.

Há quatro meses a Coluna antecipou e detalhou a preocupação dos empresários.

A assessoria da Odebrecht negara veementemente as informações.


Contratos bilionários na Venezuela preocupam empresários brasileiros
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Leandro Mazzini

Os empresários brasileiros com negócios bilionários na Venezuela estão receosos sobre o cenário político-econômico, com o eventual fim da Era Chávez e novas eleições. Não por acaso, dois de três executivos que estiveram com a presidente Dilma no Palácio, na quinta, têm investimentos lá. Murilo Ferreira, da Vale, comanda a Cimentos Argos S.A, que fornece para o governo. Marcelo Odebrecht amplia o metrô de Caracas, e o grupo tem 8 mil colaboradores em seis setores, de óleo e gás a imobiliário.

CONCRETANDO. Em 2008, a Vale comprou por US$ 300 milhões a colombiana Argos, maior produtora latina de cimento com fortes ligações com a Venezuela.

TRILHO CHAVISTA. A Odebrecht não quis se manifestar. O grupo está no país desde 1992. Concluiu as linhas 3 e 4 e constrói mais 56 km de linhas do metrô na capital e cidades-pólo.

POR ORA. Quem passou também pelo Palácio foi o maior usineiro do país, Rubens Ometto, da Cosan. Segundo sua assessoria, que se saiba não há contratos dele no país hermano.

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