Coluna Esplanada

Arquivo : marina silva

Balança a Rede de Marina Silva
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Leandro Mazzini

Marina Silva corre risco de não conseguir as 500 mil assinaturas a tempo para fundar a sua Rede Sustentabilidade.

A militância ‘marinista’ usa a internet para conquistar voluntários para a coleta. Ontem, em email enviado por um integrante da Rede na Bahia para vários contatos do país, revelou-se que não há ninguém no Rio Grande de Norte. E não há padrão de trabalho.

Na mensagem, perguntam aos voluntários se já iniciou a coleta de assinaturas, quais as formas de abordagem dão certo e quais as dificuldades. O ‘marinista’ classifica de Matracagem o projeto aprovado na Câmara que tira tempo de TV de novos partidos, o que prejudicará a REDE, se criada.

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TRFs

A coluna ratifica que o presidente do Congresso Renan Calheiros decidiu não promulgar a PEC 544, que cria os quatro novos TRFs. Não assume para evitar tiroteio. Renan tomou a decisão após ouvir o presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, e.. o ex-presidente Lula, que pelo visto entende tudo de Justiça Federal.

BASHAR, O SANGUINÁRIO

O jornalista Mazen Darwish foi sequestrado em Damasco pela Força Aérea síria com mais 15 colegas. Membro do Centro de Mídia pela Liberdade de Expressão, ele e o grupo foram libertados, mas Mazen sofreu tortura e está ameaçado de morte.

DOIS TEMPOS

Aécio Neves, o presidenciável do PSDB que viajou bem pelo exterior recentemente, comentou com Armínio Fraga que a imagem da economia do Brasil é ‘muito ruim’ e ‘grave’. Prevê que vai se deteriorar. Só não falou se igual aos últimos anos de FHC.

LÍNGUA AFIADA

‘Os partidos estão atrás de dinheiro e tempo de TV, desabafou o deputado Silvio Costa (PTB-PE), sobre a aprovação do projeto que barra tempo de TV para os novatos. ‘Mas há partido bem intencionado’, soltou um interlocutor. ‘Então, diga qual é?!’.

VAIVÉM

Há 20 anos, em 1993, o então deputado Benedito Domingos (PP) foi o primeiro parlamentar a propor a redução da maioridade penal para 16 anos, na PEC 171, tema que agora volta com clamor popular. Desde então o Congresso teme analisar.

ALÍVIO

Castigada pelas chuvas, Nova Friburgo(RJ) renegociou dívida com INSS, que caiu de R$ 54 milhões para R$ 39 milhões. Isso vai ajudar a receber mais verba federal.

PONTO FINAL

Coisa nossa! O preço do quilo do tomate já vale mais que a hora-aula de um professor.


Gabeira é candidato, diz presidente do PV
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Leandro Mazzini

Na tradicional onda de antecipação de disputas presidenciais, o Partido Verde vai se posicionar, mesmo que informalmente – a exemplo de outros potenciais nomes – no cenário para a eleição de 2014.

O ex-deputado Fernando Gabeira será anunciado pré-candidato à Presidência da República. O próprio verde confirma e endossa o revelado pelo presidente do PV, o deputado federal José Luiz Penna. Gabeira fala em candidatura “única do campo sócio-ambiental”.

É uma ofensiva à iniciativa de Marina Silva, que lançou a Rede Sustentabilidade para se candidatar ao Palácio do Planalto. “Gabeira é o número 1 do nosso ‘nomenograma’. Ele já reuniu um círculo grande no final de 2012” sobre o assunto, revelou Penna. “Teremos nova reunião em Março”

Pelo projeto de Penna, com a eventual entrada do ex-deputado na disputa presidencial, o PV encara o desafio de mostrar que não depende de Marina, que teve 20 milhões de votos pelo partido em 2010.

“Não somos pequenos como muitos imaginam”, diz o presidente do PV. Há base forte, segundo ele. “O PV teve 18 mil candidatos a vereador em 2012”. O PV quer apostar em Gabeira como nova onda verde. Em 2008, ele rachou os eleitores do Rio e levou a disputa pela prefeitura ao 2º turno contra Eduardo Paes (PMDB).

À coluna, Gabeira confirmou que “já existe uma conversa”, porém é mais cauteloso e prega a união ideológica. “Nosso campo é limitado. Gostaria de construir uma candidatura única”. Neste sentido, revela que o ideal seria compor com o novo partido de Marina Silva, que deixou o PV. Reconhece que há rusgas entre ela e Penna. “A gente gostaria que o campo marchasse unido. Sei que há uma resistência entre eles, mas pode ser resolvida”, diz , otimista. Independentemente disso, garante que é o nome do PV à Presidência.

Deste modo, a se confirmar esse discurso de Penna, a um ano e meio do início da campanha já são cinco os pré-candidatos: Dilma Rousseff (PT), Eduardo Campos (PSB), Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (Sustentabilidade) e agora Gabeira (PV).

Como a literatura política brasileira já provou que surpresas acontecem, projetos sucumbem, cenários mudam e políticos idem em vésperas mensais de eleições, não será surpresa se o PV seguir o caminho convencional no pleito: aliar-se ao PT ou ao PSDB, com candidatos por ora mais pomposos.

É que o assunto ainda está verde, deve amadurecer.

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PÉ NA PORTA

Único presidente de Assembleia afastado do cargo e até proibido de entrar no prédio, o deputado Moisés Souza (PSC), do Amapá, impetrou ação cautelar no STF para tentar retomar o cargo. Acusa o MP de perseguição. Segundo Moisés, a investigação do MP não teve autorização do TJ. Ele é suspeito de quatro crimes por contratar sem licitação, a R$ 5,4 milhões, aluguel de carros.

TE CUIDA, MP

Enquanto avança na Câmara Federal uma Proposta de Emenda à Constituição que tira do Ministério Público poderes de investigação, a Assembleia de SP propõe a sua, para blindar políticos. No projeto endossado por 33 nobres, só o Procurador Geral poderia investigá-los.

MADAME & CAFETEIRO

A turma da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) anda com nervos expostos. Antes do caso da madame que esvaziou pneus de carro em sua vaga na sede do órgão, meses atrás um servidor da extinta RFFSA jogou café quente no rosto de um colega. Foi caso de polícia, mas resolvido entre ambos na Corregedoria.

ALAGOAS 2014

Há disputa oculta e ferrenha entre o senador Benedito de Lira (PP) e o vice-governador de Alagoas, José Tomaz Nonô (DEM), para ser o candidato da sucessão de Teo Vilela (PSDB) no governo. Pesquisas internas mostram Benedito com ampla vantagem.

O HERDEIRO

Após o desafio de voltar à Presidência do Senado, Renan Calheiros agora vai trabalhar para lançar o deputado federal Renan Filho (PMDB) como candidato de Dilma ao governo de Alagoas.


Dilma e Marina Silva disputam doações dos bancos para 2014
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Leandro Mazzini

Revela-se com a entrada de Marina Silva na corrida presidencial de 2014, contra a presidente Dilma Rousesff, uma disputa de bastidores por doações de campanha de grandes bancos privados – tradicionalmente alinhados com qualquer candidato que lhes garantir a manutenção da boa rentabilidade líquida.

Num efeito paralelo ao embate entre as senhoras, a Febraban, entidade que reúne as grandes instituições do setor, vê com cautela o governo petista desde que Dilma resolveu mexer no pote de ouro da receita trimestral dos bancões. Sem cálculos: ao forçar a redução dos juros via Caixa e Banco do Brasil numa medida popular, a petista mexeu com os brios do maior grupo de financiadores de campanhas (ao lado das empreiteiras).

Depreende-se do descerramento da cortina desses bastidores, com fatos recentes, estes movimentos: Itaú se alinha a Marina Silva. Enquanto Bradesco pode manter sua aliança com Dilma.

Assim que soube dos movimentos do tucano Aécio Neves para se aproximar dos financiadores, mês passado, a presidente Dilma apressou-se em costurar uma agenda para receber seus maiores patrocinadores de 2010: Cosan, Vale, Bradesco e Odebrecht (Leia aqui). Na campanha passada, apenas o Bradesco repassou para o comitê central petista a bagatela de R$ 1,66 milhão. Nas entrelinhas, a presidente não pediu só o compromisso do grupo com os programas federais pelo progresso do país.

Passado um mês, no último sábado, entra em cena do outro lado do palco a herdeira do Itaú como tesoureira do futuro partido de Marina Silva – a despeito de ser a única dos irmãos Setúbal sem ingerência nas atividades do grupo financeiro.

É inquestionável a admiração de Maria Alice Setúbal por Marina Silva, o engajamento em seu ideal político e a amizade entre as duas. A ponto de ser inevitável a associação da candidata que lançou a Rede Pró-Sustentabilidade com o Itaú, o maior banco privado do país, fundado por Olavo, pai de Maria Alice e conhecida como Neca.

Um: a cor da Rede é laranja, a mesma do bancão. Dois, Marina insistiu no termo Sustentabilidade; e qual o banco mais sustentável do mundo, como propala em anúncios? Três: Marina não incluiu na sua lista de doadores proibidos os bancos privados, que lucram bilhões por ano. Tampouco Dilma o fará.

A coluna procurou Maria Alice Setúbal. E ela dá sua versão: “Não tem nada a ver. Não tem dinheiro do banco na Rede”. Neca Setúbal admitiu, no entanto, que o banco de sua família “Pode ajudar, sim” Marina Silva com doação em 2014.

Pelo levantamento do blog, fica notório o interesse da instituição na presidenciável. Em 2010, o Itaú doou R$ 1 milhão para a campanha de Marina. E para o comitê nacional do PV, então partido dela, o Itaú Unibanco deu mais R$ 725 mil.

No mesmo ano, o grupo Itaú foi generoso e usou quatro CNPJs diferentes para doar para campanhas um total de R$ 36,2 milhões. Do Itaú Unibanco foram R$ 12.396.776,50 pelo CNPJ 24.130.411/0001-60; e R$ 23.6 milhões para candidatos diversos de vários partidos com o CNPJ 60.701.190/0001-04. O Itautec deu R$ 250 mil através de dois CNPJs.

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HOMEM-BALA

Deu no D.O.: O Ministério dos Transportes autorizou Bernardo Figueiredo, o chefe da Empresa de Planejamento e Logística – que só tem sete funcionários – a participar da “Brazilian Infrastructure Forum 2013”em NY e Londres. São aqueles eventos nos quais o ministro Guido Mantega (Fazenda), incumbido pela presidente Dilma, buscará investidores para PPPs em obras do governo.

LOGO ALI

A outra autoriza é a Sra. Silvana Lúcia Castro Barros. Vai a Montevidéu com tudo pago pela ANTT para evento oficial. Ela é contratada pelo Exército, que por sua vez tem convênio com a agência, que por sua vez… deixa em Brasília técnicos em regulação.

NA PAREDE

Na primeira reunião com líderes ontem, o novo presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), os encostou na parede. Quer o fim do pagamento dos 14º e 15º salários da turma, cuja tramitação parou. Só 29 dos 513 abriram mão em Janeiro.

DEMOROU 

Mal tomaram posse, Eduardo Cunha, o líder do PMDB na Câmara, e Henrique Alves estãoem colisão. Alvesprometeu ao PSD umas comissões, mas Cunha, para agradar a Garotinho (PR-RJ), neoaliado, trabalha para dar espaço ao PR. A disputa entre os caciques deu nisso: Henrique Alves vai criar três comissões, para alojar a todos, com desmembramento de Turismo e Esporte, Saúde e Assistência Social, Relações Exteriores e Defesa Nacional.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

A equipe do CQC faz pesquisa entre jornalistas para saber quem é contra a atuação da turma do humorístico no Congresso. Com certeza, só as direções do Congresso.


Deputado deixa PT por Marina: “Partido foi vendido para a família Sarney”
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Leandro Mazzini

Dois deputados já ‘caíram’ na Rede de Marina Silva. Domingos Dutra (MA) e Walter Feldman (PSDB-SP), por motivos diferentes.

O petista está revoltado com os rumos da legenda no estado, desde 2010, quando houve intervenção da Executiva Nacional. A mando do então presidente Lula, o PT teve de desfazer aliança aprovada com Flávio Dino (PCdoB) para o governo do estado, na campanha, e se aliar a Roseana Sarney. “Tem uma série de motivos (para justificar a desfiliação), mas o fator principal é que o PT foi doado para a família Sarney”, protesta Dutra.

Segundo o petista maranhense, o problema é geográfico. “O problema é o PT local, que violou a democracia interna. A crise do PT nacional no caso do mensalão não contribuiu para minha decisão”.

Walter Feldman fala em novos ares, que já fez sua história no PSDB de São Paulo. Avisou aos principais expoentes da decisão, mas ainda não conversou com o governador Geraldo Alckmin. “Conversei com José Serra, ele ficou triste”.

Marina por ora tem mais amigos que aliados na Rede. Notou-se a presença sábado, no lançamento, de potenciais militantes. Guilherme Sirkis, filho do deputado Alfredo (PV) – que também deve entrar na Rede -, e o sociólogo Luiz Eduardo Soares, do Rio.

Uma presença discreta no fundo do auditório no sábado: Maria Aurilene da Silva, a ‘cara’ da irmã Marina, foi a Brasília prestigiá-la. Ajudara a fundar o PT do Acre, mas não passou pelo PV. Agora, está com a mana na Rede.

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