Coluna Esplanada

Arquivo : mineração

Doação eleitoral da Vale mina discursos de Dilma e Pimentel
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Leandro Mazzini

dilmapime

O poder político e financeiro da mineradora Vale, que controla a Samarco, norteou as palavras medidas e atitudes tímidas da presidente Dilma Rousseff e do governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), sobre o maior desastre ambiental do Estado, com o rompimento da barragem de lama tóxica em Mariana que desce rumo ao Espírito Santo.

Dilma e Pimentel focam o discurso na assistência social e em nenhum momento citam uma letra da Vale ou Samarco, que controlam as barragens da tragédia.

A Vale Energia doou R$ 2,5 milhões para a campanha de Dilma em 2014. A presidente não saiu do Planalto e se resumiu a soltar nota e posts no Twitter.

Beneficiado com R$ 1,8 milhão pela Vale Energia e Vale Manganês, Pimentel fez rápida visita a desabrigados e sobrevoou a área, e não citou nada sobre punição.

Os discursos combinados da presidente e do governador foram de auxílio social às vítimas, e repetir o que todos já viram: é uma grande tragédia.

No Twitter, a presidente Dilma disse que é preciso apurar com rigor as causas e responsabilidades do acidente. Mas não publica o nome da Vale ou Samarco.

A primeira piada surgiu com a tese de que a culpa foi de abalos sísmicos. Em 2006, não houve terremoto no rompimento da barragem Rio Pomba, na Zona da Mata mineira.


Relator quer celeridade no marco da exploração mineral em reservas
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Leandro Mazzini

Foto extraída do blog mineracaonaamazonia.blogspot.com

Foto extraída do blog mineracaonaamazonia.blogspot.com

Presidente da comissão especial do projeto de exploração mineral em terras indígenas, o deputado federal Indio da Costa (PSD-RJ) – que não é índio, vale ressaltar – pediu à assessoria levantamento de todas lavras e jazidas exploradas nas reservas do País.

Ele quer dar celeridade ao projeto. O deputado pretende rejeitar as dezenas de emendas ao projeto e discute cada item com os colegas para um relatório consensual. Um detalhe, o mapa deste tesouro está em Roraima.

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Avança projeto que permite mineração em reserva indígena
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Leandro Mazzini

A despeito do impasse entre ruralistas e indígenas sobre demarcação de terras, um projeto paralelo causa rebuliço entre os nativos.

Há possibilidade de ser aprovado no início de 2014 o PL 1610/96, do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que avança em comissão especial na Câmara. Ele permite e regulamenta, via licitação, a extração mineral em reservas indígenas.

‘Paga royalties às aldeias e cria um fundo’ para aplicação dos recursos, conta Jucá. Não há mais tanta resistência da Funai, tampouco dos nativos, e o dinheiro salvaria muitas tribos da dizimação, avaliam congressistas.

A ideia, segundo o senador, é ‘pegar duas comunidades (indígenas) para implantar um plano piloto’, avaliar erros e acertos, para que outras reservas sigam.

Dados oficiais apontam que nos oito países da região amazônica, existem minérios em 407.320 km² dentro de reservas indígenas. Em Cacoal (RO), na reserva dos Paiter Suruí, o Departamento Nacional de Produção Mineral já mapeou ouro, estanho, diamante, níquel, granito, manganês e terras raras.

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ROTA DA FACÇÃO

A operação que enquadrou 175 da facção criminosa em São Paulo é apenas a ponta do iceberg – ou a moita do matagal. Estão prestes a ser reveladas por autoridades estrangeiras os laços dessa facção com a produção e remessa de cocaína da Bolívia para o Brasil. Centenas de brasileiros ligados à rede criminosa já moram no país vizinho.

AEROCOCA

Cerca de 30% da população boliviana já vive direta ou indiretamente do negócio de drogas, sabe o governo hermano. Aliás, semana passada, três aviões pequenos caíram lotados de droga na fronteira. Não foram abatidos. Foi o excesso de peso.

SÍRIOS-LIBANESES

Da Esplanada na Revista Voto, nas bancas: O chanceler Luiz Alberto Figueiredo acompanha com atenção a situação da Síria. Diz que ‘não há como não se envolver’ na questão. O Brasil possui hoje 15 milhões de sírio-libaneses e descendentes. Em encontro com deputados, Figueiredo ainda citou dois importantes: O vice-presidente Michel Temer, e o presidente da Fiesp, Paulo Skaff.

BENFEITORIA$

Em tempo, um projeto do senador Jucá regulamenta o que é de interesse da União na desapropriação de terras para reservas indígenas.

PRESENTÃO HISTÓRICO 

Na restauração do Palácio Los Lopes, feita pelo presidente Federico Franco, foram descoberta em pilastra ao lado do gabinete presidencial pichações de soldados brasileiros quando da Guerra do Paraguai: ‘Cap Casto e João Pedro’. Federico Franco, considerado pelo Planalto golpista contra o antecessor Fernando Lugo, mandou preservar as inscrições históricas e deixou-as à mostra para as vistas do séquito da presidente Dilma, durante a posse de Horácio Cartes.

EPA, EPA!

O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) pediu (Req. 244) à Comissão de Viação e Transportes e ao TCU a suspensão de três itens do edital de licitação dos aeroportos de Confis e Galeão, que tira do Congresso poder de fiscalizar obras.

CONFUSÃO 

O recém-criado PEN51 passa por turbulências internas. Representantes afastados dos diretórios de Sergipe, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul protocolaram denúncia no MP Federal e se dizem ‘golpeados’ pelo presidente Adilson Barroso.

VATICANO & PADRE CÍCERO

Vaticano analisa pedido do líder do PT, José Guimarães (CE), via Igreja, de reconhecimento do Padre Cícero, outrora excomungado. Guimarães insistiu e foi recebido pelo Papa Francisco no Rio.

MEMORIAL DA FUGA

O senador Roger Molina desabafa que seria morto fora da Embaixada em La Paz. Na noite de sua fuga, 36 morreram vítimas do narcotráfico por cidade em que passou.


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