Coluna Esplanada

Arquivo : samarco

Água de lastro e óleo de navios podem ser outro problema no mar da Bahia
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Leandro Mazzini

Uma das imagens aéreas do litoral sul da Bahia de quando surgiu a suspeita de lama: indícios de despejo de líquido em rota marítima

Uma das imagens aéreas do litoral sul da Bahia de quando surgiu a suspeita de lama: indícios de despejo de líquido em rota marítima

Sumiu do noticiário a suspeita de lama da mineradora Samarco no mar de Abrolhos e nas praias de Trancoso, no litoral Sul da Bahia – a algumas centenas de quilômetros acima da foz do Rio Doce no Espírito Santo.

É que as autoridades atiraram no que viram e acertaram outro problemão, e não sabem como revelar diante do trabalho que vai dar.

Descobriram que há óleo e água de lastro suja despejados por navios cargueiros e transatlânticos no mar do Sul da Bahia. E não é de hoje que isso ocorre na rota marítima.

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Lama da Samarco não atingiu Abrolhos e Trancoso, informa governo da Bahia
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Leandro Mazzini

Foto de Manu Dias - Gov. da Bahia

Foto de Manu Dias – Gov. da Bahia

A lama da barragem rompida da Mineradora Samarco não atingiu o litoral Sul da Bahia – em especial o arquipélago de Abrolhos e as praias de Trancoso e Arraial D’Ajuda.

É o que informa a assessoria do Governo da Bahia, que divulgou fotos da região de Abrolhos nesta tarde de sexta (8). Segundo a assessoria, a equipe técnica “não identificou nenhum tipo de sedimento visível”.

A suspeita de que a água na região já teria sido contaminada pela lama foi levantada oficialmente pelo Ibama, circulou nas redes sociais e acendeu o alerta na Secretaria de Meio Ambiente. O secretário Eugênio Spengler sobrevoou o litoral Sul baiano por três horas e não constatou manchas na água. Haverá ainda coleta de amostras para exames.

Atualização sexta, 8, 17h43 – O secretário encerrou por volta das 17h o sobrevoo no litoral sul e a assessoria informou que Abrolhos e Trancoso estão a salvo. Foi constatada uma faixa de mancha num trecho do litoral sul, próximo ao Espírito Santo, mas bem longe do arquipélago. A água foi coletada para exames e o resultado sai em 15 dias.

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Foto de Manu Dias - Gov da Bahia

Foto de Manu Dias – Gov da Bahia

 


Mar de lama na foz do Doce contrasta com azul do porto da Samarco no ES
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Leandro Mazzini

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O Porto de Ubú, no Sul capixaba, onde a Samarco embarca seu minério

O mar é de lama em Regência, litoral norte capixaba, na foz do rio Doce onde chegou há dois dias a água turva e tóxica matando flora e fauna. Mas A 200 quilômetros dali, é lindo e azul no Porto Ubú, no Sul do Espírito Santo, operado pela Samarco para embarcar o minério de Mariana (MG).

O porto fica no município de Anchieta, e responde por boa parte dos empregos e arrecadação de impostos da cidade.

Uma curiosidade: eram nas areias das praias desertas da região, onde hoje funciona o porto, que o padre jesuíta espanhol José de Anchieta rabiscava seus versos, com galhos de árvores, no fim do século 16.

A distância entre Regência, no Norte, e Ubú, no Sul

A distância entre Regência, no Norte, e Ubú, no Sul


Grupo de trabalho do Governo cerca Samarco: limpeza e reflorestamento
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Leandro Mazzini

 

Foto: UOL

Foto: UOL

O que saiu da reunião do comitê interministerial, de sete pastas, para caso Samarco/Rio Doce até agora:

Há como recuperar o rio, embora isso demore anos e exija trabalho ininterrupto, tanto dos Governos envolvidos quanto (e principalmente) da mineradora; O Ibama vai obrigar a Samarco a instalar filtro nas barragens e reflorestar as margens de todas elas, a curto prazo.


Tragédia em MG: Dilma manda AGU blindar o Governo
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Leandro Mazzini

A presidente Dilma quer calcular já qual o tamanho do prejuízo e saber até onde vai a responsabilidade do Governo e dos Estados na recuperação do rio Doce e da fauna e flora destruídas pela lama da barragem rompida da Samarco em Mariana.

Determinou à Advocacia Geral da União que blinde juridicamente o Planalto de ataques. Dilma está furiosa com parte da mídia que, segundo ministros palacianos, aponta as câmeras para o Palácio como também um culpado por uma tragédia na empresa privada.

Sabe-se até agora que o Governo terá de arcar com algo, porque a fiscalização das barragens também deve ser feita pelo Departamento Nacional de Produção Mineral.

Ontem, o AGU substituto Fernando Luiz Albuquerque reuniu-se no Ministério do Meio Ambiente com os Procuradores dos Estados de Minas e Espírito Santo. Foi o pontapé para o esboço da divisão de responsabilidades.

Outra coisa irrita a presidente: circula boato nas redes sociais de que o Governo é sócio da Vale, pela participação da Previ e Funcef na mineradora. Não é. Os dois são fundos de pensão dos funcionários do BB e Caixa.


Dilma visitará Mariana, GV e Colatina – e endurecerá discurso
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Leandro Mazzini

Sete dias após a maior tragédia ambiental de Minas Gerais, a presidente Dilma Rousseff decidiu visitar a região de Mariana (MG) e Bento Rodrigues – região mais atingida. Ela vai visitar os moradores alojados e a área afetada pelo rompimento da barragem da Vale/Samarco.

Dilma desce em Belo Horizonte pela manhã, se encontra com o governador Fernando Pimentel e com prefeitos das cidades mais atingidas pela lama da barragem.

O grupo vai sobrevoar de helicóptero, além de Mariana, as cidades de Governador Valadares, no Leste de Minas (e não Norte, como publicado anteriormente), e de Colatina, no Espírito Santo. ( leia mais aqui )

A presidente decidiu também endurecer o discurso contra a Vale / Samarco e a responsabilidade ambiental e social da mineradora.


Presidente Dilma visita vítimas da tragédia em Mariana amanhã
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Leandro Mazzini

Foto: Folha/UOL

Foto: Folha/UOL

A presidente Dilma Rousseff visita amanhã o distrito de Bento Rodrigues e região, no município de Mariana (MG), onde na quinta-feira passada ocorreu o rompimento da barragem com rejeitos de extração de minério da Vale/Samarco.

Dezenas de desaparecidos foram confirmados e até agora três mortes.

Dilma vai sobrevoar a região com previsão de três desembarques, durante o dia. Ela deve ir acompanhada de ministros e do governador Fernando Pimentel.

As paradas serão para visitar as áreas atingidas, conversar com bombeiros e principalmente visitar vítimas da tragédia ambiental.

A presidente desembarca em Mariana sob críticas da oposição pela demora em visitar a área. Ela chega à região simultaneamente à confirmação da chegada na cidade do presidente mundial da BHP, mineradora sócia da Vale/Samarco no empreendimento.


Deputados da comissão do novo Código Mineral: silêncio ensurdecedor
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Leandro Mazzini

Quintão (E) e Guimarães, na comissão do Marco Regulatório de Mineração na Câmara

Quintão (E) e Guimarães, na comissão do Marco Regulatório de Mineração na Câmara

Causa estranheza no Congresso Nacional e em Minas Gerais o silêncio ensurdecedor de dois deputados federais sobre a tragédia do rompimento da barragem da Vale/Samarco em Mariana.

Os federais Leonardo Quintão (PMDB) e Gabriel Guimarães (PT) sumiram dos holofotes. O primeiro é presidente da comissão especial do novo Marco Regulatório de Mineração; o segundo é o relator. O tema está em debate na Casa desde ano passado, com forte presença de representante das mineradoras nacionais e internacionais.

Quintão foi candidato a prefeito de Belo Horizonte em 2008, com chances. Levou para o segundo turno a disputa contra o depois eleito Marcio de Lacerda (PSB). O deputado ainda sonha com uma candidatura majoritária no Estado. Gabriel é filho do veterano ex-deputado federal Virgílio Guimarães.


Para secretário de desenvolvimento de MG, Samarco foi vítima do rompimento
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Leandro Mazzini

Foto extraída do site do pco.com.br

Foto extraída do site do pco.com.br

O secretário de Desenvolvimento de Minas, Altamir Rôso, se envolveu numa confusão por declarações sobre a tragédia em Mariana.

Rôso disse que a Samarco foi vítima do rompimento. E que a fiscalização ambiental deve ser feita pelo setor privado. A declaração foi feita na última sexta-feira, dia seguinte ao acidente, num fórum da FIEMG sobre mineração.

Nada mais plausível para um público seleto um discurso direcionado para agradá-lo, mas o secretário se esqueceu das consequências e a dor de cabeça com a repercussão foi grande. Soltou nota no sábado dizendo que foi mal interpretado. Não convenceu.

“Esclareço que houve um mal-entendido em minha declaração dada ontem (6/11) sobre o desastre ocorrido com o rompimento de duas barragens de rejeitos de mineração em Mariana. Definições sobre responsabilidades e penas para a empresa cabem somente às autoridades competentes, que devem estabelecê-las no tempo determinado legalmente.

Minha posição é de que agora, neste momento de sofrimento, o Estado trabalhe por todas as vítimas do acidente – população dos distritos atingidos e trabalhadores da mineradora Samarco – e pela redução dos impactos ambientais decorrentes do desastre”.