Coluna Esplanada

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Meio Ambiente teve transição tranquila e papo de amigos
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Leandro Mazzini

zequinha
Ao contrário de toda a Esplanada, a transição mais tranquila e profissional foi no Ministério do Meio Ambiente.

O novo titular da pasta, de volta ao cargo, Zequinha Sarney  (PV) e a ex-ministra Izabella Teixeira conversaram por três horas na casa dela. Ele foi seu chefe na gestão anterior.

Izabella entregou a Zequinha um balanço dos seus últimos anos de gestão, e um cronograma com ações prioritárias da pasta para os próximos seis meses. Ele topou.

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Tragédia em MG: Dilma manda AGU blindar o Governo
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Leandro Mazzini

A presidente Dilma quer calcular já qual o tamanho do prejuízo e saber até onde vai a responsabilidade do Governo e dos Estados na recuperação do rio Doce e da fauna e flora destruídas pela lama da barragem rompida da Samarco em Mariana.

Determinou à Advocacia Geral da União que blinde juridicamente o Planalto de ataques. Dilma está furiosa com parte da mídia que, segundo ministros palacianos, aponta as câmeras para o Palácio como também um culpado por uma tragédia na empresa privada.

Sabe-se até agora que o Governo terá de arcar com algo, porque a fiscalização das barragens também deve ser feita pelo Departamento Nacional de Produção Mineral.

Ontem, o AGU substituto Fernando Luiz Albuquerque reuniu-se no Ministério do Meio Ambiente com os Procuradores dos Estados de Minas e Espírito Santo. Foi o pontapé para o esboço da divisão de responsabilidades.

Outra coisa irrita a presidente: circula boato nas redes sociais de que o Governo é sócio da Vale, pela participação da Previ e Funcef na mineradora. Não é. Os dois são fundos de pensão dos funcionários do BB e Caixa.


Com auxílio de Merkel, Dilma e ministra fecham programa para COP21
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Leandro Mazzini

iza

Foto: EBC

O pacote está se fechando para a Conferência do Clima de Paris, a COP 21, em dezembro.

A presidente Dilma Rousseff aguardava a chegada da chanceler Angela Merkel, da Alemanha, para se reunir com ela e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Com o auxílio da alemã e a interface dos grupos técnicos dos dois países, a dupla prepara o esboço final do programa do Brasil para apresentar na COP21. A presidente Dilma quer anunciar em dezembro metas ousadas de investimento energias renováveis,  em reflorestamento, preservação, e confirmar a meta de chegar a 2020 praticamente sem desmatamento no País – estima-se até lá algo em torno de 3 mil km², ante os 5.012 km² atuais – o desmatamento já foi 27 mil km² em 2004.

Com dinheiro doado por Merkel – uns 50 milhões de euros – o Governo pretende criar a Secretaria Especial de Florestas, sob tutela do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente.

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Merkel anunciará 32 milhões de euros contra desmatamento no Brasil
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Leandro Mazzini

Dilma em encontro com Merkel, no G20.

Dilma em encontro com Merkel, no G20.

A redução do desmatamento na Amazônia foi muito comemorada pelos órgãos federais. Os dados, comprovados por entidades internacionais, saem às vésperas de o Brasil fechar o acordo para a COP21.

Dia 20, a chanceler alemã Angela Merkel desembarca em Brasília e anuncia doação de 32 milhões de euros para preservação de florestas.

O dinheiro deve ser usado pelo Governo brasileiro para criar a Secretaria Especial de Florestas – cujo esboço foi anunciado pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, no network da Coluna Esplanada semana passada.

Após a passagem de Merkel, a presidente e a ministra vão fechar a proposta que o Brasil levará para a Conferência do Clima de Paris em dezembro.

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Marina Silva reestreia no cenário político com palestra no Palácio do DF
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Leandro Mazzini

Governador Rollemberg discursa, com Marina ao fundo, de branco. Foto: Agência DF

Governador Rollemberg discursa, com Marina ao fundo, de branco. Foto: Agência DF

A presidenciável Marina Silva, ainda no PSB mas a caminho de fundar a REDE, aproveitou um evento no Palácio Buriti de palanque hoje para sua reestreia no cenário político, de olho em 2018.

Fez uma rápida aparição como convidada para debater sustentabilidade num seminário organizado pelo GDF, com salões liberados pelo aliado governador Rollemberg.

Segundo a assessoria do GDF, o evento debateu ‘as políticas de desenvolvimento em sintonia com a natureza’, uma iniciativa da Secretaria do Meio Ambiente e do Instituto Brasília Ambiental.


Cadastro Ambiental recebeu 63 mil registros em apenas cinco dias
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Leandro Mazzini

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Foto: envolverde.com

O bordão sobre o brasileiro ser o tipo que deixa tudo para a última hora foi comprovado pelo Ministério do Meio Ambiente.

O site especial para o Cadastro Ambiental Rural (CAR) contabilizou 63 mil registros (20 vezes mais que o normal) apenas de 30 de abril a 5 de maio, o último dia de prazo – que acabou prorrogado por mais 12 meses, conforme antecipara a Coluna.

O CAR surgiu na esteira da aprovação do novo Código Florestal e é de suma importância para o Governo mapear todas as propriedades rurais do Brasil. O cadastramento é controlado pelo ministério, mas de responsabilidade de cada secretaria municipal e estadual de Meio Ambiente.


Governo assina concessão de 362 mil hectares da floresta de Altamira
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Leandro Mazzini

altamira

Foto: divulgação

O Ministério do Meio Ambiente e o Serviço Florestal fazem ofensivas certeiras hoje em duas frentes, na concessão para manejo sustentável de quatro unidades na Floresta Nacional de Altamira: um golpe no desmatamento e contrabando de madeira, e outro nos críticos de que a região será devastada com a construção da usina de Belo Monte.

Ao investir no manejo, o governo quer mostrar aos nativos e madeireiros que há saídas sustentáveis contra o desmatamento, sem prejuízos.

Os convênios serão assinados pela ministra Izabella Teixeira e pelo novo diretor-geral do Serviço Florestal, Raimundo Deusdará Filho. Serão 362 mil hectares com potencial de 200 mil metros cúbicos de extração de madeira legal.


Crise hídrica: reflorestamento de nascentes ganha pautas municipais
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Leandro Mazzini

Devido ao cuidado com nascentes e esforço da população, o rio das Almas corre com águas límpidas dentro de Pirenópolis. Foto: UOL

Devido ao cuidado com nascentes e esforço da população, o rio das Almas corre com águas límpidas dentro de Pirenópolis. Foto: UOL

Principal estância turística no eixo Brasília-Goiânia, a pequena Pirenópolis (GO) tomou iniciativa fundamental em tempos de crise hídrica. A Secretaria de Meio Ambiente iniciou ontem reflorestamento de nascentes e monitoramento com limpeza permanente do rio das Almas, que corta a cidade – que tem águas límpidas no percurso urbano, diante do esforço da população para preservar o maior tesouro natural às portas de casa.

A partir de segunda-feira, a secretaria vai bloquear a encanação de esgoto de todas as residências ou comércio com rede clandestina. A cidade vai ganhar também cinco pontos voluntários de coleta seletiva de lixo.

Nesta Semana da Água, todo o trabalho envolve a população com voluntários, em especial alunos da rede pública – que na sexta plantaram 25 mudas de várias espécies no entorno da nascente da Santa, a 40 km da cidade, na Serra dos Pireneus. A meta é plantar 400 mudas no entorno da nascente – e outras centenas em pelo menos dez nascentes da região.

À frente do grupo, o secretário Arthur Abreu carrega as mudas para o plantio. Foto: divulgação

À frente do grupo, o secretário Arthur Abreu carrega as mudas para o plantio. Foto: Thalita Braga

O envolvimento da população tem sido significativo. “A importância deste evento é dar visibilidade as ações de Meio Ambiente no município, aproximando a sociedade do poder público, para juntos expandirmos a prática de sustentabilidade”, explica o secretário Arthur Abreu.

Nascente da Santa, em meio aos buritis ao fundo,que abastece a bacia da serra dos Pireneus e região: cerca em área de meio hectare para evitar entrada de animais, e 400 novas mudas.

Nascente da Santa, em meio aos buritis ao fundo,que abastece a bacia da serra dos Pireneus e região: cerca em área de meio hectare para evitar entrada de animais, e 400 novas mudas.

PELO BRASIL

A iniciativa de consciência ambiental e envolvimento dos cidadãos de Pirenópolis felizmente não é única no Brasil, comemoram ambientalistas.

Desde 2007, quando foi lançado o programa Conservador de Águas, ganhou destaque entre ecologistas e imprensa especializada o pioneirismo da cidade de Extrema, no Sul de Minas Gerais. A prefeitura passou a pagar um auxílio mensal a donos de propriedades rurais para reflorestarem e preservarem as nascentes e margens de córregos e rios.

Mas pequenas iniciativas assim dão resultado a curto ou médio prazos?  Sim, e prova disso é que a bacia hidrográfica da região de Extrema é responsável por parte do abastecimento do sistema Cantareira, que agoniza desde o ano passado. O cenário poderia ser pior se não houvesse investimento nas nascentes.

Região serrana de Extrema (MG), com vista o rio Jaguari, que corta a cidade: reflorestamento foi fundamental para ajudar o sistema Cantareira. Foto: divulgação

Região serrana de Extrema (MG), com vista o rio Jaguari, que corta a cidade: reflorestamento foi fundamental para ajudar o sistema Cantareira. Foto: divulgação

Recentemente, uma pesquisa conjunta da Embrapa, CNPq e Unicamp apontou o problema do sistema Cantareira. Os especialistas descobriram que há um déficit de árvores de 34,5 mil hectares  na região da bacia (cada hectare é do tamanho de um campo de futebol). A situação é tão dramática que apenas 10% do topo de morro e das margens do sistema Cantareira têm mata nativa.

Programas pontuais surgem a toque de caixa. No Espírito Santo, o Programa Reflorestar financia o replantio de mudas nas zonas rurais, com crédito inicial de R$ 7 mil para o produtor – e seguido o cronograma, há um auxílio de R$ 200 por hectare por mês para a preservação.

NA EUROPA

O reflorestamento de margens e nascentes ganhou a atenção dos mandatários da região Sudeste só agora que a crise hídrica atinge São Paulo e região metropolitana, e outras capitais. É tema antigo na Europa e trabalhado seriamente em todas as gestões. A maioria dos rios que cortam as capitais europeias estão totalmente reflorestados em seu percurso rural. E isso os revigorou.


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