Coluna Esplanada

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Decisão de Kassab por líder neófito causa racha no PSD
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Leandro Mazzini

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, quis fazer um agrado ao neófito Rogério Rosso e comprou briga com a bancada inteira na Câmara dos Deputados.

Rosso está em alta cota porque emplacou o vice-governador do Distrito Federal na chapa de Rollemberg (PSB), ajudou na campanha e terá direito a indicar alguns secretários.

Eleito deputado federal de primeiro mandato, Rosso virou alvo de ciúme da bancada. Os deputados avisaram a Kassab, em tom de alerta, que há nomes mais experientes e de consenso, como Arolde de Oliveira ou Índio da Costa, ambos do Rio.

NOVO PL

Em tempo, depois de criar o PSD, Kassab lidera a articulação para refundar o Partido Liberal (PL).

É estratégia para esvaziar a oposição – a meta é filiar políticos com mandato do DEM e PSDB. Há forte suspeita de que Kassab terá ajuda do Palácio do Planalto e do PT, como no caso do PSD, por objetivar esvaziar a oposição.


Freire: MD já negocia filiação de deputados, senadores e nomes do PSD
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Leandro Mazzini

Recém-criado, o partido Mobilização Democrática (MD), fundado pelo deputado Roberto Freire (SP) através da fusão do PPS com o PMN, já saiu à caça de mandatários para fortalecer a legenda.

Irado com o presidente do PSD, Gilberto Kassab – que tirou do PPS quatro mandatários – Freire revela que alguns deles, arrependidos de terem mudado para o PSD , já estudam entrar no seu novo partido.

‘E tem mais deputados e senadores de outros partidos também dispostos a se filiar, só não posso falar quem são’, complementa o deputado fundador do MD.

Freire acredita que enfrentará cobranças judiciais, mas se respalda: o MD já tem CNPJ em cartório de Brasília, a oficialização junto ao TSE segue apenas critérios burocráticos, e mesmo que vire lei o projeto que tira tempo de TV de novas legendas, seu partido não perde porque estará oficializado antes da sanção presidencial. Obviamente, com a Constituição à mão: “Nenhuma lei pode retroagir para beneficiar ou prejudicar alguém”. Entre nisso o seu partido.

Ele confirma que conversa com José Serra (PSDB) para que ele entre na nova sigla, no projeto de lançamento à Presidência. O por ora tucano está reticente, mas ao seu conhecido estilo evita dizer sim ou não. Até Outubro a novela acaba.

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Em viagens por capitais, Kassab costura palanques para Dilma
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Leandro Mazzini

Presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab tem viajado o país para consolidar o partido e principalmente garantir articulações regionais que aproximem a legenda do PT em 2014, em coligações.

‘Mais três estados se manifestaram (ontem) pelo apoio à presidente Dilma, pela sua reeleição: Sergipe, Brasília e Paraíba’, afirmou para a coluna.

Na visão do PSD, seria aventura aceitar ministério agora – apesar de oferecido – com o risco futuro de não garantir ao aliado nacional a legenda no interior.

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PIADA PRONTA

Veja o evento da semana no Auditório do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes, que cuida das obras nas rodovias: ‘Por que escuridão se há tanto para ver?’. Os diretores poderiam prestigiar. Enxergariam melhor a buraqueira nas estradas federais.

CAPO

Lembram do Eurico Miranda, ex-chefão do Vasco? Foi calorosamente cumprimentado ontem pelo presidente da Câmara, o vascaíno Henrique Alves, na convenção do PP.

MAPA DO TESOURO

Ex-governador de Minas, o deputado Newton Cardoso (PMDB) parou Ivan Valente (PSOL-SP): ‘Vou dar um presente para o seu partido. Aceita! É uma fazenda’. No que o socialista retrucou: ‘Se doar as 70 que tem..’. E Newtão: ‘Dou um sítio’. Ivan reclamou que é pouco. ‘Você não sabe o que tem no sítio’… respondeu o veterano.

VOLTAS DO MUNDO

Álvaro Garnero vai se filiar ao PRB, aliado de Lula e Dilma. Quem estranha, não sabe o que o pai, Mário, fez pelo ex-presidente: Quando o sindicato sofreu intervenção, em 78, Garnero sugeriu a Lula fundar um instituto de estudos sindicais e o bancou. Durou pouco. Lula não queria sua imagem ligada ao sistema patronal e, aceitando sugestão dos intelectuais da USP, uniu o grupo para fundar o PT em 1980.

MISTÉRIO NO AR

Dois funcionários de subsidiária da aérea alemã Lufthansa foram indiciados nos Estados Unidos por subornar autoridades estrangeiras para garantir contratos. Um dos citados é do estado de… Roraima, no Brasil. Quem é? Ainda é um mistério.

DENGUE É UM PERIGO

Dengue é um perigo extra-saúde, pelo menos em Cuba. O jornalista Calixto Arias, preso desde setembro e após três greves de fome, foi libertado pelo regime castrista. Fora detido porque revelou no Hablemos Press um… surto de dengue e cólera no país.

FUMAÇA PARAGUAIA

Cálculos da Associação Brasileira de Combate à Falsificação: o mercado ilegal de cigarros movimenta R$ 4 bilhões por ano no Brasil, que deixa de arrecadar até R$ 3 bi anuais de impostos. Muito dos piratas vem de fábricas caseiras do Paraguai.

QUARTO PODER

Foi reeleito o grão-mestre do Grande Oriente do Brasil da Maçonaria, Marcos Silva, com 10.227 (43,6%) votos. O senador Mozarildo teve 8.394 (35,8%) e Benedito Ballouk, 4.837 (20,6%). As chapas derrotadas vão recorrer em nove estados. Surpreendeu a baixa adesão às campanhas desta vez. Dos 70 mil mestres-maçons aptos a votar, só 33,5% compareceram. Ou seja, Silva representa 14,6% dos votantes.

PONTO FINAL

Se dengue dá cadeia em Cuba, imagina o que daria no Brasil.

Críticas, sugestões e denúncias: envie email para contato@colunaesplanada.com.br


PSD e PMDB causam turbulência na Aviação Civil
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Leandro Mazzini

A presidente Dilma Rousseff até ontem à noite estava reticente às investidas do PSD e PMDB de guilhotinar o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt.

Ela se reuniu por quase uma hora com ele pela manhã. Em nenhum momento tocou no assunto, e o incumbiu de criar novo grupo de trabalho junto às aéreas para alavancar o setor.

O novato mas poderoso PSD tentou há dois meses abocanhar a pasta. Agora é o PMDB que usa seu trator para entrar na pista e dominar as concessões de aeroportos.

Wagner Bittencourt, titular do cargo desde que a secretaria foi criada, é técnico de carreira do BNDES. Sem apadrinhamento político.

Os partidos parecem o menino que atira pedra para cima quando o avião passa, na esperança de uma hora derrubá-lo. Mas há o perigo de ela voltar na própria testa.

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NA MOITA 

Mineirinho continua na moita. O certo por ora é que Antonio Andrade, do PMDB de Minas, vai assumir a Agricultura. Para afago à bancada do estado.

20 ANOS DEPOIS 

‘O professor finge que ensina, o aluno finge que aprende e, finge que está formado’. A frase era repetida pelo então professor Aloizio Mercadante. Hoje ministro da Educação, ele saía de audiência semana passada com o presidente da Câmara, e foi interpelado pela Coluna sobre citação: ‘Melhorou muito, mas ainda, tem muita gente que engana’.

ONTEM E HOJE

Na briga com o governo, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) lembra que dos 3 mil vetos,  os mais importantes são os relativos ao Código Florestal, Emenda 29 (que delimita em 10% os recursos para a saúde) e o Fator Previdenciário. Para o líder tucano “o Congresso tem obrigação de resolver”. Sobre a crítica de petistas de que, no governo de FHC, o PSDB não se esforçou para votar os vetos: ‘foi um erro, vamos corrigir, vamos acertar daqui para frente. Perseverar no erro é pior que errar’.

DO OUTRO LADO 

Quem volta à política – nas salas de aula – é o ex-senador e ex-governador do ES Paulo Hartung. Ministrará Marketing Político no MBA da Universidade de Vila Velha.

BATALHA NAVAL

Defensor da distribuição dos royalties do petróleo para todo o país, com nova lei, o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), desancou o governador Sergio Cabral, do Rio. ‘Lamento a postura egoísta, não do povo carioca, mas do governador que não quis negociar’. Cabral tem dito, há mais de ano, que a verba é uma compensação sócio-ambiental para os estados confrontantes e que muitas contas do estado estão atreladas aos ganhos dos royalties, daí a preocupação.

ANTES DO CASÓRIO

Pedro Abramovay dá sua versão para, quando ministro, ter nomeado Carolina Haber para cargo comissionado no Ministério da Justiça em 2009: ela ainda não era sua esposa. Apenas conhecidos e colegas.


Após doações a partidos, grupo pede concordata em SP
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Leandro Mazzini

A despeito dos serviços prestados, a engenharia – pelo menos a financeira – não é o forte da Leão Leão pelo que se vê no episódio.

Composto por empresas que prestam serviços a prefeituras do interior paulista, o Grupo Leão Leão entrou com pedido de recuperação judicial na 6ª Vara Cível de Ribeirão Preto (SP). Há meses, deve a centenas de fornecedores. Acontece, empresas quebram, sem surpresa num país que tem a maior carga tributária do planeta.

O curioso é que a holding nunca titubeou, aparentemente com o caixa apertado, como se mostra agora, em distribuir generosidades a políticos em campanha. Através da CFO Engenharia, braço da Leão com contratos municipais, o grupo doou R$ 800 mil ano passado para os comitês nacionais do PSD e PMDB.

O dinheiro teve destino certo. Irrigou a reeleição da prefeita Dárcy Vera (PSD) na sua cidade sede: Ribeirão Preto. As doações aos partidos via transferência eletrônica, no valor de R$ 530 mil e R$ 270 mil, foram feitas dias 19 e 22 de Outubro, quando o grupo já devia na praça.

Tradicionalmente a relação empreiteira-candidato é repetida em todas as esferas de candidaturas. Não foi diferente com a CFO. Em 2010, doou R$ 125 mil para campanhas de dois candidatos a deputados estaduais e um federal. Só Duarte Nogueira (PSDB), que recebeu R$ 60 mil, foi eleito. Já Antônio Souza (PP), que levou R$ 50 mil, e Ubirajara Guimarães (PSDB), com R$ 15 mil, foram investimento perdidos da Leão. Não se elegeram para Alesp.

O grupo, hoje com quatro empresas, surgiu meteoricamente no auge político-municipal de Antonio Palocci, e cresceu em importância tanto quanto o petista ao galgar etapas mandatárias. Agora, tal como o padrinho, a holding caiu no conceito do mercado. E recorre à Justiça para se manter.

Por comunicados, a Leão Leão pretende ao menos honrar com salários de 600 funcionários na região, sem demissões. Contatado pelo blog na sexta, o grupo não se manifestou.

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PSD e PEN já embolsaram R$ 7,3 milhões
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Leandro Mazzini

Recém-criado, o Partido Social Democrático (PSD), fundado por Gilberto Kassab, e quarto maior partido do país, já embolsou R$ 7,07 milhões do Fundo Partidário autorizado pelo TSE.

Já o nanico PPL colocou na conta R$ 456 mil. Outro ‘nanico’, o também recém-nascido PEN – Partido Ecológico Nacional, levou R$ 241 mil. Para alegria de seu presidente, que disse à coluna ter direito a ‘trocadinhos’.

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Com novos líderes no Congresso, Planalto ficará refém do PSD
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Leandro Mazzini

Os ministros palacianos temem a volta do recesso com uma bomba no Congresso mês que vem. Há risco de os novos líderes de partidos aliados serem de perfil independente e mal avaliados pelo governo. É o caso do PMDB, onde Eduardo Cunha (RJ) é forte candidato; e do PR, onde Garotinho (RJ) deve levar. Ainda é dúvida a lealdade do PDT, com a recondução de André Figueiredo (CE), ligado ao ex-ministro Carlos Lupi. A avaliação é que o governo fique mais dependente do novato PSD, que cobrará caro.

TAXIANDO. Há indicativos de que, além da Secretaria de Portos para o PSD via senadora Kátia Abreu (TO), a bancada na Câmara consiga a Secretaria de Aviação, como desejava.

 


PSD nos Portos, Kátia ministra
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Leandro Mazzini

Uma fonte palaciana e um figurão do PSD confirmam: a presidente Dilma cederá a Secretaria de Portos para o partido neoaliado, comandado por Gilberto Kassab. Como adiantou a coluna, o nome para a vaga é a senadora Kátia Abreu (TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Ela está licenciada do cargo e mergulhou em dados sobre o setor e a infraestrutura atual. ‘Ela é uma grande estudiosa do assunto’, diz um membro da executiva do PSD sobre o convite.

NO TAMANQUINHO. Não por acaso Kátia concedeu coletiva ontem com balanção da CNA e falou muito de portos. Oficialmente, desconversa: “Sou contrária à repartição partidária de cargos”.

TURMA DO CONTAINER. Mexer no porto de Santos é tirar apadrinhados do PSB de Campos, que provoca o PT sobre 2014, mas principalmente de Ciro e Cid Gomes, que já não são tão aliados.

VAIVÉM. Antes de Portos, foi oferecida a Secretaria de Microempresas ao PSD. A bancada aceitava se pegasse no pacote a Aviação Civil e suas concessões. Aí nada decolou.


Após tentar voar, PSD quer navegar
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Leandro Mazzini

 

A bancada do PSD queria a Secretaria de Aviação, em vão. Agora que a presidente Dilma abriu as portas do governo para Gilberto Kassab, ele indicou para ministra a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), egressa do DEM e neoaliada do PT. Só que ela também pede muito, na avaliação do governo: quer a Secretaria de Portos ou os terminais de Santos – onde o PSB e o PMDB do vice Michel Temer mandam muito. Para justificar, Kátia enviou recados de que arrumaria o setor. A negociação travou. O Planalto oferece a recém-criada Secretaria das Microempresas, mas o partido acha pouco.

CAMPO-PRAIA. A senadora é a presidente da Confederação Nacional da Agricultura, setor que responde por bom naco do PIB num país em que as commoditiesagrícolas dominam as exportações.

 


PSD pede Aviação e Microempresas
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Leandro Mazzini

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, retomará as negociações com a presidente Dilma Rousseff pela representatividade do seu partido na Esplanada, neoaliado do PT pós-eleições. Ciente do poder de voto nos plenários, as bancadas ficarão satisfeitas com duas pastas: Secretaria de Aviação Civil (SAC) e a de Microempresas, recém-aprovada. O partido trata o assunto com discrição e cautela para não surgir fisiologista. Mas o líder na Câmara, Guilherme Campos, confirma: ‘A conversas estão em andamento, num contexto maior, entre o presidente do partido e a presidente Dilma’.

NEGOCIANDO. ‘Falar de quais pastas agora é prematuro’, diz o líder do PSD. Embora não cite os ministérios, o recado da bancada para a cúpula é que o partido merece no mínimo duas vagas.

OS COTADOS. Kassab não quer colocar a cara na vitrine e prefere comandar o partido a partir de 2013. Os cotados para ministérios são Afif Domingos, Kátia Abreu e Paulo Simão – que caiu no gosto de Dilma.

CHECK-IN. O PSD pleiteia o ministério da Aviação Civil num momento delicado, em meio às concessões dos aeroportos, uma das preocupações da presidente para a Copa e Jogos. Será difícil levar.