Para Lula, reunião com PMDB foi ‘muito positiva’
Leandro Mazzini
O ex-presidente Lula disse a amigos que “foi muito positiva” a reunião com a cúpula do PMDB em Brasília nesta semana.
Os próximos dias revelarão se para ele ou a presidente Dilma.
Leandro Mazzini
O ex-presidente Lula disse a amigos que “foi muito positiva” a reunião com a cúpula do PMDB em Brasília nesta semana.
Os próximos dias revelarão se para ele ou a presidente Dilma.
Leandro Mazzini
O ex-presidente Lula mostrou-se animado e brincalhão em muitos momentos na conversa com a bancada do PT no Congresso Nacional, realizada na última segunda-feira (29). Ainda disse acreditar que a crise é passageira e a economia vai virar no fim deste ano.
Pediu aos petistas para ‘levantar a cabeça’, ‘olhar para a frente’ e ‘tomar rumo’. Não demonstrou abatimento, mas deu bronca em alguns presentes. Lembrou que o PT tinha bancada minúscula quando começou mas era aguerrida. E que hoje são 70 deputados e precisam defender mais o partido.
Para Lula, a ‘economia vai melhorar’, e Dilma só está em início do segundo mandato, então o PT deve ‘defender nosso Governo’.
Não citou especificamente a presidente. Nem citou o PMDB e os expoentes Eduardo Cunha, Renan Calheiros ou o vice Michel Temer, que tem segurado a barra para a Dilma na articulação.
Leandro Mazzini
Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, Mangabeira Unger – que em artigo classificou o governo Lula, aliado de Dilma, um dos mais corruptos da História – deleita-se no cargo.
No último dia 19, uma sexta-feira, fez a rota Brasília-Goiânia-Anápolis-Brasília em jatinho da FAB, para uma reunião com o governador Marconi Perillo, na qual propôs que Goiás lidere um movimento sócio-econômico em prol do Brasil com nascedouro no rico Centro-Oeste.
Mas embora proponha crescimento, economia não está nos planos do ministro. Goiânia fica a 200 quilômetros de Brasília, e Anápolis no caminho. Normalmente empresários que possuem aviões preferem a bem pavimentada e duplicada rodovia.
Uma comitiva do ministro gastaria duas horas de viagem, no máximo, para chegar à capital vizinha. Da Esplanada para a base aérea de Brasília, com o procedimento de embarque e com um voo para Goiânia, leva-se uma hora.
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Tags : fab goiânia jato mangabeira unger reunião
Leandro Mazzini
A presidente Dilma Rousseff ouviu muitas reclamações dos deputados líderes da base governista, em reunião desta quarta-feira (4) no Palácio do Planalto – incrivelmente calada.
Após analisar a versão dos parlamentares sobre as mudanças do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), a estratégia de comunicação e sobre as novas regras trabalhistas, ela aventou a possibilidade de explicar o pacote do ajuste fiscal em linguagem popular, convocando rede nacional de rádio.
Quem puxou o bonde das críticas às mudanças no FIES, que dificultou vagas nas faculdades, foi Celso Russomano (PRB-SP). Ele foi endossado pela maioria dos deputados. A presidente pediu a ele uma ‘nota técnica’.
Em outras palavras, os deputados indicaram que ela deve assumir o front nessa hora do aperto, e não deixar o ônus apenas para o Congresso. Mas dilma não quer TV, por ora.
ECONOMIA
A presidente também pediu apoio do Congresso neste momento em que o País recebe os avaliadores das agências de risco, e lembrou que o Brasil não pode ter nota rebaixada no atual cenário econômico.
Aloizio Mercadante (Casa Civil) deu aulão sobre risco do rebaixamento da nota do País. A maioria dos deputados entendeu o recado: se o Brasil perder investimentos e a recessão técnica piorar, até as emendas podem ser prejudicas no próximo ano.
‘RAINHA’ DA INGLATERRA
Com a cabeça a prêmio na base governista, Pepe Vargas, da Articulação, ficou de braços cruzados a maioria do tempo, entrou mudo e saiu calado da reunião.
Leandro Mazzini
A turma do deixa disso entrou em cena. Na terça, no encontro de governadores para discutir o pacto federativo em Brasília, Omar Aziz (PSD), do Amazonas, e Cid Gomes (PSB), do Ceará, se estranharam à mesa.
Omar criticou obras federais. “Há hospitais sem médicos e equipamentos”. Apesar de a sua obra ser estadual, Cid Gomes se sentiu atingido sobre o hospital que inaugurou sem médico em Sobral, e rebateu que não foi a Brasília ouvir “ladainha”.
Na ‘inauguração’, Cid contratou show de Ivete Sangalo. O show é a nova dor de cabeça do governador cearense. Já Ivete se queimou na classe artística pelo cachê exagerado, R$ 650 mil – o que poderia ser investido no hospital.
Embora Omar tenha generalizado o comentário, Cid saiu ofendido da reunião pensando ser indireta. Ambos são de temperamentos fortes e firmes nas convicções.
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BODE NA SALA
Apesar dos protestos dos grupos GLBT, o PSC conseguiu o apoio da maioria dos líderes e vai manter pastor Feliciano (SP) na Comissão de Direitos Humanos.
EM CAMPANHA
Em apoio a Rio e Espírito Santo, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), defendeu em Brasília compensação a estados produtores e a manutenção de contratos. Para Marconi Perillo (PSDB-GO), ele falou como candidato.
AFUNDOU
O embate verbal aguerrido da senadora Kátia Abreu com portuários na audiência pública recente pode ter afundado as negociações do PSD para fazê-la ministra.
ôH, DONA
Mais de dois anos tentando audiência com a presidente Dilma, o embaixador Bake, do Iraque, se despede de Brasília sem conseguir o encontro. Queria apenas presenteá-la.
PACIÊNCIA DE CHALITA
O deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) priorizou conversas com expoentes da Câmara e se defende de ter contas pagas por grupo educacional. “Paciência. Não tenho o que fazer. O que eu tenho a meu favor é a consciência tranquila”.
DEMAGOGIA CANALIZADA
Do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), em contraponto à inauguração do Canal do Sertão, pela presidente Dilma, em Alagoas. “Um jornal diz que a obra é de 1982. Essas idas são demagógicas”. Jarbas, ex-governador de Pernambuco, completa: “Viajei para o interior do estado. Vi várias carcaças de animais. É a maior seca que já vi.”
PONTO FINAL
Papa mais pop: sai o estilizado ‘Bento XVI’, entra o ‘Chico Primeiro’.