Coluna Esplanada

Arquivo : rompimento de barragem

Tragédia em MG: Dilma manda AGU blindar o Governo
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Leandro Mazzini

A presidente Dilma quer calcular já qual o tamanho do prejuízo e saber até onde vai a responsabilidade do Governo e dos Estados na recuperação do rio Doce e da fauna e flora destruídas pela lama da barragem rompida da Samarco em Mariana.

Determinou à Advocacia Geral da União que blinde juridicamente o Planalto de ataques. Dilma está furiosa com parte da mídia que, segundo ministros palacianos, aponta as câmeras para o Palácio como também um culpado por uma tragédia na empresa privada.

Sabe-se até agora que o Governo terá de arcar com algo, porque a fiscalização das barragens também deve ser feita pelo Departamento Nacional de Produção Mineral.

Ontem, o AGU substituto Fernando Luiz Albuquerque reuniu-se no Ministério do Meio Ambiente com os Procuradores dos Estados de Minas e Espírito Santo. Foi o pontapé para o esboço da divisão de responsabilidades.

Outra coisa irrita a presidente: circula boato nas redes sociais de que o Governo é sócio da Vale, pela participação da Previ e Funcef na mineradora. Não é. Os dois são fundos de pensão dos funcionários do BB e Caixa.


Para secretário de desenvolvimento de MG, Samarco foi vítima do rompimento
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Leandro Mazzini

Foto extraída do site do pco.com.br

Foto extraída do site do pco.com.br

O secretário de Desenvolvimento de Minas, Altamir Rôso, se envolveu numa confusão por declarações sobre a tragédia em Mariana.

Rôso disse que a Samarco foi vítima do rompimento. E que a fiscalização ambiental deve ser feita pelo setor privado. A declaração foi feita na última sexta-feira, dia seguinte ao acidente, num fórum da FIEMG sobre mineração.

Nada mais plausível para um público seleto um discurso direcionado para agradá-lo, mas o secretário se esqueceu das consequências e a dor de cabeça com a repercussão foi grande. Soltou nota no sábado dizendo que foi mal interpretado. Não convenceu.

“Esclareço que houve um mal-entendido em minha declaração dada ontem (6/11) sobre o desastre ocorrido com o rompimento de duas barragens de rejeitos de mineração em Mariana. Definições sobre responsabilidades e penas para a empresa cabem somente às autoridades competentes, que devem estabelecê-las no tempo determinado legalmente.

Minha posição é de que agora, neste momento de sofrimento, o Estado trabalhe por todas as vítimas do acidente – população dos distritos atingidos e trabalhadores da mineradora Samarco – e pela redução dos impactos ambientais decorrentes do desastre”.


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