Coluna Esplanada

Arquivo : Sergio Cabral

Sem Paes na TV e experiência de Cabral, PMDB viu poder afogar no Rio
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Leandro Mazzini

A cúpula do PMDB bate cabeça para entender como perdeu a segunda maior prefeitura do País, com a ‘máquina na mão’ no Rio de Janeiro (prefeitura e Estado) e Brasília e o sucesso da Olimpíada tendo Eduardo Paes como anfitrião.

Não foi só o ‘sem-jeito’ candidato Pedro Paulo Carvalho e o bordão ‘bateu na mulher’.

Para caciques no Congresso, o partido e o comando da campanha erraram ao afastar do candidato o prefeito Paes – o garoto propaganda da cidade – e não consultar os mais experientes.

O ex-governador Sérgio Cabral só foi procurado nos últimos dias da campanha, quando mais nada poderia fazer.

Cabral vive um estratégico período sabático fora da política, mas foi ele quem tirou Paes do PSDB e o elegeu prefeito, e foi quem fez o sucessor Luiz Fernando Pezão no Governo.

A eleição interrompeu vitoriosa série de conquistas do marqueteiro Renato Pereira, que elegeu Cabral e Paes (duas vezes) e Pezão. Mas agora teve a mais estrondosa derrota.

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Temer fica isolado e enfraquecido
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Leandro Mazzini

Foto extraída do bandab.com

Foto extraída do bandab.com

O vice-presidente Michel Temer sai sangrando e muito enfraquecido da disputa no PMDB da Câmara que reconduziu Leonardo Picciani (RJ) à liderança da bancada.

Descendo a cortina do espetáculo, revelam-se as entranhas de uma disputa muito maior entre dois grupos.

Temer associou-se a Eduardo Cunha, com alto risco de cair, e ao ex-ministro Eliseu Padilha, sem cargo e sem poder. De outro lado, há a família Picciani, o ex-governador fluminense Sérgio Cabral, o governador Luiz F. Pezão e o presidente do Congresso, Renan Calheiros – e todos avalizados nas conduções pelo ex-presidente Lula.

Temer está isolado, e corre sério risco de perder o comando do PMDB na iminente convenção.

Há uma forte articulação de Lula, com apoio de Renan e outros caciques peemedebistas, para fazer Sérgio Cabral presidente do PMDB. Cabral sumiu do cenário nacional e até no Rio.

Filho do ex-governador Sérgio Cabral, o secretário estadual de Esporte do Rio, Marco Antônio, retomou a vaga de deputado federal para assegurar voto a Picciani na liderança. “Fico até fevereiro”, revela, indicando que vai esperar a poeira baixar.

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Pré-candidatura de Romário divide cartolas do PMDB do Rio
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Leandro Mazzini

Nos bastidores do PMDB do Rio, o ex-governador Sérgio Cabral tenta demover o prefeito Eduardo Paes (PMDB) da ideia de oferecer mais secretarias ao senador Romário (PSB), na tentativa de que ele desista da disputa pela prefeitura da capital.

O Baixinho lidera todas as pesquisas, espontâneas ou estimuladas, encomendadas por partidos. Atualmente o PSB tem a Secretaria de Esportes municipal, com apadrinhado de Romário.

Mas na visão de Cabral, Romário na vitrine pode se desgastar, não aguenta uma campanha e isso seria bom para o PMDB, tanto para a campanha municipal quanto para a majoritária de 2018.

O motivo de Cabral desistir de candidatura ao Senado foi o lançamento do então favorito Romário – que levou a vaga.


Sem holofotes, ‘consultor’ Sérgio Cabral faz agenda suprapartidária
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Leandro Mazzini

Foto: BBC Brasil

Foto: BBC Brasil

Sérgio Cabral, o ex-governador do Rio, anda na moita. Montou escritório no Leblon, perto de seu apartamento, e tornou-se uma espécie de consultor de mandatários e políticos com agenda suprapartidária, os quais recebe para tecer cenários ou simplesmente papear.

A despeito de não ter mandato, e alvo das chacotas por causa das viagens à Europa e sua ligação com Fernando Cavendish (Delta), o peemedebista ainda é o homem forte da política fluminense. Tirou do ostracismo em Brasília o então deputado Eduardo Paes e o elegeu prefeito do Rio, e fez o sucessor Luiz Fernando Pezão no Palácio Guanabara. Seu filho, Marco Antônio, expoente da Juventude do PMDB, foi eleito deputado federal ano passado – hoje titular da Secretaria de Esportes do Governo do Rio.


O plano de Cunha, Paes e Cabral
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Leandro Mazzini

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, a despeito da linha independente, tem dito que não há base jurídica para impeachment de Dilma Rousseff porque ele é o candidato do PMDB ao Planalto em 2018, e uma instabilidade sócio-política atrapalha seu projeto.

Ao repetir que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, é o nome natural do PMDB, Cunha segue à risca o projeto de poder do trio carioca e desvia as atenções para o verdadeiro script: Paes lança Sérgio Cabral à Prefeitura ano que vem, e depois é lançado ao governo do Rio. E ambos apoiam Cunha para a Presidência.

Cunha estava afastado de Paes e Cabral até o início do ano passado, quando se reuniu com eles e os convenceu de que seria eleito presidente da Câmara. Seu projeto passa pela presidência do PMDB, após deixar o comando da Câmara, e uma oferta irrecusável para convencer a legenda: sua lista de financiadores.

Até junho de 2018, Cunha não confirmará seu projeto, e deixará o mistério – tanto quanto o que o levou à casa do bilionário Jorge Paulo Lemann em Genebra ano passado.

O deputado angariou invejáveis R$ 6,8 milhões para sua campanha em 2014, e após eleito viajou de jatinhos da Líder (que o doou R$ 700 mil) pela eleição à presidência.


Pezão e Cabral apadrinharam Levy na Fazenda
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Leandro Mazzini

Foto: EBC

Foto: EBC

Discreto, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), tem dito em rodinhas de amigos que é dele e de Sérgio Cabral a indicação de Joaquim Levy para ministro da Fazenda, atendendo a pedido da amiga presidente Dilma Rousseff.

Pezão também apadrinhou o número 2 de Levy, o secretário executivo Tarcísio Godoy. Levy e Godoy passaram pelo primeiro governo de Sérgio Cabral no Rio (2006-2010) quando Pezão era vice-governador. Tornaram-se todos amigos.


PMDB do Rio ganha Poder nacional e preocupa Lula
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Leandro Mazzini

Rio, todo poderoso. O cenário de articulações do Poder atualmente passa pelo PMDB do Rio.

O ex-presidente Lula vislumbrou iminente debandada de Sérgio Cabral, o ex-governador, e do prefeito Eduardo Paes, que já estão ligados ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que ainda emplacou o carioca Leonardo Picciani líder do PMDB na Casa.

O pai de Picciani, Jorge, voltou à presidência da Assembleia Legislativa do Rio.

Lula sabe onde pisa. Para muitos petistas, Paes e Cabral ainda são tucanos, e reiniciou uma Caravana, versão 2015, na tentativa de resgatar aliados ‘feridos’ pela gestão Dilma Rousseff e segurar a governabilidade.

A operação resgate é tão intensa que não tem beija-mão. É Lula quem está visitando os – por ora – aliados. E assim percorrerá o Brasil.

SILÊNCIO

Há um nome impronunciável dentro do Planalto e do PT: Eduardo Cunha tornou-se o maior estorvo da História da legenda, pelo momento vivido pelo partido, imprimindo derrotas e vexames à gestão petista nos seus 35 anos.


Sérgio Cabral é candidato a ministro
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Leandro Mazzini

cabral

Foto: EBC

Com a reeleição de seu sucessor e apadrinhado Luiz Fernando Pezão ao governo do Rio, Sérgio Cabral se cacifou com o PMDB e nacionalmente, a despeito de ter sumido do noticiário.

Agora, Cabral é candidato a ministro do segundo governo Dilma. Em especial – dizem interlocutores – não se descarta se candidatar a prefeito do Rio em 2016.

Por dois motivos: um, foi ele também quem alçou à prefeitura o atual alcaide, Eduardo Paes. Outra, porque foi o principal patrocinador e fiador da candidatura da cidade aos Jogos de 2016.

Em julho de 2012, Cabral conversou com a presidente Dilma por mais de uma hora dentro do carro oficial, na Base Aérea do Galeão, onde ele manifestou interesse de participar do governo (nota publicada pelo blog em janeiro deste ano, lembre aqui)


Decisão de PTB com Aécio passa por palanque de Gim em Brasília
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Leandro Mazzini

gim

Gim Argello – tudo passa por ele no PTB. Foto: Ag. Senado

Longe dos holofotes, a despeito da gritaria do líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes, grãos petistas veem digitais do senador Gim Argello (DF) na decisão de o PTB, até sexta governista, surpreender ao anunciar apoio a Aécio Neves (PSDB) na disputa presidencial.

Apesar de Benito Gama ser hoje o presidente do PTB, quem manda na legenda e controla as bancadas é o senador brasiliense.

Após o PT fazer vistas grossas à sua frustrada indicação para o TCU, Gim decidiu tentar reeleição e fechou com Aécio no DF, por sobrevivência política. O senador compõe chapa de José Roberto Arruda (PR) ao governo, o ex-governador preso pela PF em 2010 no chamado ‘Mensalão do DEM’. O adversário deste grupo político é o atual governador Agnelo Queiroz, do PT – palanque de Dilma no DF.

CERCADO

Arruda está na mira do TJ. Até hoje é ficha limpa, apesar de preso, indiciado pela PF e denunciado pelo MP. O TJDFT agendou para o fim do mês julgamento de seu caso.

OU SEJA

Arruda pode ser inocentado e se candidatar ao Buriti, ou ficar inelegível. Se isso ocorrer, ele apoiará Eliana Pedrosa (PPS e não DEM, como publicado anteriormente, do qual saiu), com quem Gim também fechou.

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TREM DA ALEGRIA

Dia 20 uma ordem do Ministério das Comunicações abriu porta para grupo de funcionários se transferir para a Anatel. Os salários da Agência são melhores.

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A GRANDE JOGADA

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Sérgio Cabral – estratégia dupla. Foto: ABr

Ao desistir de disputar o Senado, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) faz uma jogada de esperto. Enquanto apoia a presidente Dilma, pela sua aliança de primeira hora com Lula, Cabral também avalizou a aliança do PMDB no Estado com Aécio Neves (PSDB). Ele quer virar ministro, e desta forma e tem grandes chances de ser: ou de Aécio, ou de Dilma – se Eduardo Campos não vencer a eleição. Cesar Maia (DEM) será o candidato na chapa de Luiz Pezão.

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FÉ ELEITORAL 

Um presentão da presidente Dilma para entidades religiosas em Brasília. Saiu discreto no D.O. há dias: igrejas e templos instalados em áreas irregulares ou não autorizadas nos limites do DF, até 31 de dezembro de 2006, estão por decreto regularizadas e proprietários ainda terão direito a negociar compra e venda. Lobby de bancada do DF.

À ESPERA 

Luiz Paulo Vellozo Lucas enviou e-mail para amigos e explicou que, por decisão da executiva nacional foi adiada a convenção do PSDB no sábado em Vitória (ES). Os tucanos decidem se lançam candidato ou se aliam a Paulo Hartung (PMDB) – que pode ser candidato aliado do PSDB ao governo ou Senado.
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BARBOSA DEBAIXO DO VIADUTO 

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Uma pilastra do viaduto da Av. Marechal Floriano sobre a Linha Verde, em Curitiba, ganhou a imagem do ministro do STF Joaquim Barbosa, homenageado em grafite. É parte do projeto Mural Street of Styles, com apoio do Ministério da Cultura.

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Sugestões, pautas, denúncias: envie e-mail para pauta@colunaesplanada.com.br


Reunião dos R$ 20 milhões contou com participação de quatro deputados
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Leandro Mazzini

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Toninho Andrade – o ex-ministro liderou reunião em restaurante de BH. Foto: ABr

Foi numa mesa no conceituado restaurante Vecchio Sogno, de Belo Horizonte, que um quarteto do PMDB ouviu a proposta de R$ 20 milhões para que o ex-ministro Antonio Andrade se candidatasse ao Senado pela chapa de Pimenta da Veiga (PSDB).

O presidente do diretório tucano e deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG) jura que é mentira (ele vai apresentar notícia-crime contra Andrade, leia abaixo).  Além do ex-ministro, estavam à mesa os deputados estaduais Cabo Júlio e Adalclever Lopes, além de João Alberto Lages, ex-presidente da Ceasa-MG e homem de confiança de Andrade.

O trio aliado confirma a versão do deputado federal Antonio Andrade, que aproveitou a imunidade parlamentar para revelar a tentativa de ‘aliança’. Até a publicação da coluna, Andrade era pré-candidato ao Senado pela chapa de Fernando Pimentel (PT), candidato ao governo de Minas.

NÃO TEM SANTO

A reunião foi consenso do quinteto. Os pemedebistas soltaram, sim, que estavam precisando de dinheiro para a campanha. Coube ao tucano supostamente ofertar. Ou seja, Pestana não esperava o desabafo, que pode ter interpretado como pedido de dinheiro. E o quarteto do PMDB não esperava a oferta… Tá bom..

PONTO DO PODER

O restaurante Vecchio Sogno fica próximo à Assembleia Legislativa de Minas Gerais e é conhecido ponto de encontro de políticos. A reunião foi num café ao crepúsculo.

Atualização Quarta, 28, 14h – O deputado Marcus Pestana vai acionar na Justiça o colega Antonio Andrade para que prove a acusação.

Atualização Quarta, 28, 1514 – Um pacto de silêncio tomou conta do quarteto pemedebista sobre a reunião. Diz o deputado Marcus Pestana que tudo é uma mentira, e enviou cópia da notícia-crime pela qual vai acionar judicialmente o deputado Antonio Andrade – por quem aguardamos uma resposta. Andrade, segundo assessoria, está em viagem e volta só na terça-feira.

Atualização 17h43 – O deputado Cabo Júlio mandou nota: ‘A única reunião que participei como integrante da Executiva Estadual do PMDB foi na sede do Partido em reunião aberta com a presença inclusive da imprensa, em que presidiu a reunião o Deputado Federal Saraiva Felipe, então Presidente  do PMDB”

A Coluna mantém a versão publicada.

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O JUIZ X MILITARES

Tem respaldo e precedente internacional a ação penal proposta pelo juiz Caio Taranto, da 4ª Vara Criminal Federal do Rio, contra 5 militares acusados da morte do ex-deputado Rubens Paiva em 1971. Há interpretação jurídica de que a Lei da Anistia não abrange crimes contra direitos humanos nos parâmetros do Código Penal.

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Baltasar Garzon – O espanhol se notabilizou na tentativa de enquadrar Pinochet. Foto: The Guardian

PRECEDENTE & EXEMPLO

A precedência vem do pedido de prisão do general Augusto Pinochet, enfermo em Londres, em 1998, cujo mandado de prisão foi expedido pelo juiz Baltasar Garzon, à época membro da Alta Corte Penal da Espanha. Ele queria julgar Pinochet por crimes contra espanhóis na ditadura chilena. Não conseguiu, mas deu exemplo. Em 2003, este repórter o entrevistou no Rio (Leia aqui)

MÉRITO

Aliás, deve-se à Comissão Estadual da Verdade no Rio, criada pela OAB, a descoberta da participação dos militares após investigações. “Os crimes de tortura e de desaparecimento forçado são de lesa humanidade e, por isso, imprescritíveis, de acordo com a Constituição de 88 e com os tratados internacionais assinados pelo Brasil”, diz o presidente Wadih Damous.

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ORLANDO – O RETORNO

Parte dos candidatos do PCdoB em São Paulo está muito insatisfeita com a cúpula do partido. Foi preterida pelos grãos comunistas que decidiram investir bolada na candidatura do ex-ministro Orlando Silva (Esporte) à Câmara. Coisa de R$ 10 milhões.

FUTURO DE PH

Atualizada Quinta, 29, 9h20 – Ao contrário do publicado anteriormente, Paulo Hartung (PMDB-ES) não foi ao jantar de Dilma no Palácio do Jaburu na terça-feira, com pré-candidatos a governos.

MARCHA DOS ÍNDIOS

Os protestos no entorno do Estádio Nacional Mané Garrincha ontem, em Brasília, foram uma pequena amostra. Cerca de 500 índios marcham de Luziânia (GO) para Brasília para tentar barrar, semana que vem, a votação da PEC 215, que pode entrar na pauta. A PEC tira da União e dá ao Congresso Nacional – onde a bancada ruralista é a mais forte – o poder de demarcar reservas indígenas.

DATA VENIA

O advogado Rolf Guerreiro Lauris acionou na Justiça Federal, em ação popular, o AGU Luís Adams e o Procurador-Chefe do BC. É que eles estão defendendo os bancos privados na ação bilionária no STF que analisa os planos econômicos de 20 anos atrás. O advogado alega que ‘não é função da AGU, tampouco do BC, advogar para os bancos privados. ‘Ambos teriam extrapolado suas funções originárias e agido com improbidade nas demandas que envolvem o direito que os poupadores tem de recuperar as perdas’.

RISCO DE VIDA

A deputada cassada da Venezuela Maria Corina Machado desistiu de vir a Brasília, hoje, alegando risco de vida. A Comissão de Relações Exteriores da Câmara vai debater a situação do país com professores ‘Chaviztas’ e uma jornalista da Globovísion.

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cabral

Sérgio Cabral – ele patrocina discretamente o AeZão no Rio. Foto: ABr

AEZÃO 

Apesar de realizar a convenção só no fim de junho, o PMDB do Rio celebrará em almoço num restaurante da Barra da Tijuca, dia 5, a aliança com o tucano Aécio Neves. Aezão é a chapa Aécio + Pezão, o governador que tenta a reeleição.

COSTURA FAMILIAR

Aliás, o ex-governador Sérgio Cabral, que patrocina nos bastidores a aliança PMDB-PSDB, estuda se lançar a deputado federal, e lançar o primogênito Marco Antônio a deputado estadual. A vaga ao Senado fica aberta para algum aliado de Pezão. Cabral pode estar blefando, em razão de estar bem cotado para o Senado. A estratégia visa confundir o adversário figadal Anthony Garotinho – que vai disputar, dizem os bastidores, a vaga que Cabral tentar, tamanha a rivalidade entre ambos.

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PONTO FINAL 

Dúvida eterna: os pemedebistas revelaram a oferta de R$ 20 milhões por consternação ou porque se julgaram subestimados?

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