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CPI dos Fundos mira aporte de R$ 3 bilhões na Sete Brasil
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Leandro Mazzini

Primeiro casco de sonda construída pela Sete Brasil para a Petrobras. Foto: Folha/UOL

Primeiro casco de sonda construída pela Sete Brasil para a Petrobras. Foto: Folha/UOL

O presidente da CPI dos Fundos de Pensão, deputado Efraim Filho (DEM-PB), diz que  alvo da comissão agora será a Sete Brasil.

A empresa foi criada pela Petrobras, com aporte de R$ 3 bilhões de fundos de pensão federais – além de outros bilhões de bancos privados -, e corre o risco de naufragar antes de entregar as sondas contratadas.

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Com DNA da Petrobras, Sete pode levar estaleiros ao naufrágio
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Leandro Mazzini

O edifício-sede da Sete Brasil, na Lagoa, no Rio, no antigo prédio da UniverCidade: alto padrão

O edifício-sede da Sete Brasil, na Lagoa, no Rio, no antigo prédio da UniverCidade: alto padrão

Com informações privilegiadas, a presidente Dilma se esforçou, sem sucesso, em se antecipar a crises que poderiam respingar no Palácio – e agora a goteira é grande no gabinete.

Em abril de 2012, mandou Graças Foster demitir Paulo Costa e Renato Duque da Petrobras. Um ano depois a PF deflagrou a Lava Jato.

No início de Janeiro, ela determinou ao presidente do BNDES, Luciano Coutinho, uma operação financeira para salvar a Sete Brasil, maior fornecedora da Petrobras, revelou a Coluna dia 9 de Janeiro. De novo, tarde.

O ex-diretor da Petrobras e da Sete Pedro Barusco entregou o esquema que culminou nesta quinta-feira (5) na Lava Jato 8. E o problema de US$ 200 milhões agora chegou ao PT inteiro. Pelas novas revelações, a Lava Jato 8 agora cerca também os maiores estaleiros do País. Segundo o delator, a maioria dos contratos da Sete Brasil saía com 1% para propina.

A Sete foi criada com dinheiro de fundos como Previ e Petros, e bancos como BTG e Santander. Com US$ 22 bilhões em contratos para construção de sondas, estranhamente já operava no vermelho há meses.

A operação do Planalto para salvar a Sete envolve empréstimo imediato de US$ 3,5 bilhões de vários bancos estatais e privados – pelo menos US$ 800 milhões para respirar.


Dilma tenta salvar a maior fornecedora da Petrobras para o pré-sal
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Leandro Mazzini

Numa reunião no Palácio do Planalto ontem pela manhã, a presidente Dilma Rousseff comandou uma operação de salvamento da Sete Brasil, maior empresa parceira da Petrobras criada para fornecer plataformas para a exploração do pré-sal – os contratos giram em torno de US$ 27 bilhões.

Mas por quê?

A Sete tem dinheiro de fundos de pensão estatais, do BNDES, e do BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, novo amigo de infância do ex-presidente Lula – que continua a mandar no Governo. Lula e Esteves se tornaram amigos, e o banqueiro já contratou o ex-presidente para palestras no País e exterior, em eventos bancados pelo BTG. É no jatinho de Esteves também que Lula tem assento garantido a qualquer momento que precisar.

Foi com vistas a esta reunião que há poucos dias a Sete de repente pediu à CVM – Comissão de Valores Mobiliários a permissão para abrir seu capital, sem venda de ações ainda na Bolsa (por ora). Nos corredores da sede da empresa e do Planalto a cifra citada é a mesma: a Sete precisa urgente de US$ 700 milhões para respirar.

No encontro de ontem, participaram além de Dilma o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e membros do governo. Com o esperado aperto nas contas, sem ter como injetar mais dinheiro na empresa, o Governo vai buscar parceiros para a Sete no mercado.

A Sete é a principal fornecedora das futuras plataformas de exploração do esperado óleo do pré-sal em alto-mar. E com dinheiro da União. Seu ex-diretor, Pedro Barusco, é alvo da Operação Lava Jato e suspeito de desvio de quase US$ 100 milhões.

Pelo visto, a Sete está à deriva nesse mar de dúvidas sobre seu futuro, cujo comando fica a milhares de quilômetros da costa, no cerrado brasileiro.


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