Coluna Esplanada

Arquivo : março 2013

Esplanadeira: Imagens de Brasília além do Poder
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Leandro Mazzini

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), ao fundo do plenário (à direita, no alto) durante uma sessão vazia em 2013, não ordinária, no Senado

Esplanadeira é uma seção em que o repórter publica fotos de arquiteturas, paisagens, flagrantes, personagens ou situações da cidade de Brasília, clicadas pelo smartphone, para apresentar ao leitor uma capital além do conceito de Poder.

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Temer e Raupp iniciam caravana por palanques do PMDB
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Leandro Mazzini

A campanha de 2014 começou também para o PMDB, a eminência parda do Poder em Brasília.

Enquanto os holofotes estão sobre Dilma Rousseff (PT), que tentará a reeleição, e os eventuais candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), o vice-presidente Michel Temer corre pela paralela pelo seu PMDB.

Presidente licenciado do PMDB e manda-chuva de fato, Temer esboçou um roteiro para fortalecer o partido em todos os estados, e tomará a frente da discreta caravana, revela o presidente em exercício, senador Valdir Raupp (RO).

Temer e Raupp começam a percorrer as capitais e cidades-polo de cada estado semana que vem. O objetivo é garimpar potenciais nomes onde a legenda está ofuscada, fortalecer pré-candidatos aos governos e iniciar tratativas para coalizões onde houver espaço.

A meta, segundo Raupp, é fechar pelo menos 20 pré-candidaturas a governos do estado. E emenda: ‘E a ordem é composição onde houver cabeça da chapa’.

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RADAR LIGADO

Eduardo Campos (PSB) faz pesquisa diária. E coloca olheiros para verificar in loco as ações dos secretários no Recife e entorno. As orelhas fervem nas reuniões.

RALO AMAZÔNICO

A Controladoria Geral da União encontrou problemas de desvio de verba para Educação e Saúde em todos os 30 municípios do Amazonas fiscalizados, após sorteio, nos últimos anos. No Brasil, o percentual de cidades encrencadas é, em média, de 80%. A CGU deve fechar o cerco na região. Ou em breve a Polícia Federal..

FORNO MINEIRO

Se o prefeito de BH não entrar mesmo no páreo para o governo de Minas, Eduardo Campos terá problemas de encontrar candidato. Cotada, Maria Elvira Salles, do PSB Mulher, sofre restrições na cúpula nacional por ser recém-chegada ao partido. Outro nome soprado pelos socialistas é bem vindo. Trata-se do deputado Julio Delgado, que disputou a presidência da Câmara. Mas egresso de Juiz de Fora, seu nome não tem penetração no eleitorado de Belo Horizonte.

PALESTRANTE

O líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO), vai ao Espírito Santo na Quarta, palestrar sobre o Código Florestal. O público será formado por prefeitos e secretários. Será ciceroneado pelo deputado Camilo Cola (PMDB-ES).

DIRETAS DA OAB

Cumprindo promessa de campanha, o presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado, criou a Comissão Especial de Revisão do Sistema Eleitoral da Ordem. A ideia é implantar eleição direta para a presidência do Conselho Federal.

TRIBUNA & PALANQUE

Embora negue interesse no governo, o senador Pedro Taques (PDT-MT) tem reforçado as críticas às políticas locais do Mato Gross. “Pobre estado rico”, que tem 29 milhões de cabeças de gado, mas, segundo ele, fracas ações na Educação. Sobre uma pré-candidatura, Taques diz que todo dia alguém o lança. “É muito cedo para falar em candidatura. Estou preocupado com o meu mandato”, esquiva-se.


Em vídeo, irmã de Brizola Neto exalta Lupi
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Leandro Mazzini

Na briga de caciques do PDT, a relação entre um veterano e uma novata ilustre renderia bons apelidos a ambos se levados a uma tribo de fato: Língua Mordida e Cara Pálida.

Caiu na rede o vídeo em que, dois anos atrás, a deputada estadual Juliana Brizola (Língua Mordida), hoje figadal opositora, rasga elogios ao então ministro Carlos Lupi (Cara Pálida), atual presidente do PDT – sucedido na Esplanada por seu irmão, Brizola Neto.

Na fala de oito minutos, entre outros elogios, ela revela as ‘fortes’ ligações de Lupi com a família. ‘Tenho certeza de que meu avô não poderia ter escolhido melhor sucessor’, diz, num dos pontos altos.

Como em política – e entre egos políticos – um dia é diferente de outro, hoje Juliana é oposição a Lupi na disputa interna. Ela e os irmãos, inclusive o ministro do Trabalho que acaba de cair, apoiam Alceu Collares contra o atual presidente Lupi, que tenta a reeleição.

A despeito da queda de Brizola Neto do ministério nesta sexta, desde que caiu em abril passado da pasta Lupi mantém o domínio da bancada do PDT no Congresso e tem a maior parte do partido com ele. Dia 22 os delegados do partido decidem se Lupi continua ou por Collares, o candidato dos Brizola.

Detalhe, para quem assistir ao vídeo: o semblante do já desconfiado Lupi à ocasião do evento em que foi elogiado.


Charge de Aliedo: O dublê de Fagner
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Leandro Mazzini

Fã de cantores da MPB e apaixonado quando jovem, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), era tão admirador do cantor Fagner que o imitava em casa. Muitos anos atrás, querendo conquistar uma garota, ele gravou umas músicas do cantor cearense para ela numa fita K7. Mas como cantava muito mal, a mulher detestou e não quis namorá-lo. Mesmo assim não esqueceu o artista, que o visitou no Congresso em 2011.

Conheça o chargista aqui


Rombo em plano de saúde da Fazenda vira caso de Polícia
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Leandro Mazzini

O clima esquentou na Assefaz – Fundação Assistencial dos Servidores do Ministério da Fazenda, o poderoso plano de saúde que reúne cinco categorias de servidores federais e mais de 100 mil associados pelo país.

O presidente da Fundação, Helio Bernardes, acaba de protocolar no Ministério Público do DF e Territórios um “comunicado” sobre a situação da entidade. Nele, informa a recusa de uma funcionária de assinar o relatório financeiro de 2012.

Nos bastidores, o script dá o tom do problema. Ele aponta Rosana Ribeiro, demitida há 10 dias, responsável pelo rombo de R$ 35 milhões – valor que a entidade nega, mas o novo conselho deliberativo já levantou e investiga. Já demitida, revoltada, Rosana recusou-se a assinar o Balanço de 2012, alegando que estaria maquiado.

O conselho de administração também fecha o cerco a Bernardes, que a manteve no cargo nos últimos cinco anos. O grupo não é pouca coisa, formado por graduados da Fazenda, CGU, AGU e outras. Eles pressionaram Bernardes a demitir a colaboradora ou sofreria impeachment da presidência.

A crise na Assefaz chegou ao auge com o protocolo. A coluna vem citando o rombo desde meados do ano passado. Procurada, a assessoria resume: ‘Tal comunicado foi protocolado para que o órgão tome ciência do fato, uma vez o responsável pela fiscalização das Fundações’.

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DA TORRE

 

Com bela vista para o Lago Norte, pequeno grupo se reuniu ontem no gabinete do senador Gim Argello (PTB) para falar de sua reeleição e do eventual apoio a Agaciel Maia – ex-diretor do Senado – para a Câmara Federal.

 

COINCIDÊNCIA INDIGESTA

 

O PSDB ‘comemorou’ discreto. No Dia do Consumidor, órgãos de pesquisa de preços revelam que a desoneração da cesta básica naufragou. Houve aumento. “Anunciada com estardalhaço pela presidente, foi um tiro no pé”, criticou o senador Aloisio Nunes. Representantes de produtos da cesta anunciam que não poderão reduzir os preços em 9,25% pelo menos em oito produtos. O café não barateia.

 

RECHEIO DO BOLO

 

O senador Walter Pinheiro (PT-BA), relator, diz ser grande a expectativa de votar a nova tabela do FPE dia 19. A matéria tramita há meses. Ele explica que se trata ‘da distribuição e não do incremento’, nem tão pouco do aumento do bolo.

 

REVOLTA POPULAR 

 

Embora tenha saído dos holofotes da imprensa, continua onda de violência em Salvador. Principalmente por brigas de traficantes. Na quarta, uma quadrilha invadiu QG de chefão e matou por engano sua sobrinha de sete anos.

 

CHICO DA FRONTEIRA

 

Em visita a Porto Alegre em 80, João Paulo II fez graça e disse: ‘O Papa é Gaúcho’. Como o escolhido desta vez é argentino, houve quem brincasse: ‘Agora o Papa é quase gaúcho’. E completam: ‘Mas Deus ainda é brasileiro’.

 

CIUMEIRA

 

Ciumeira nos bastidores amazônicos de prefeitos de Parintins, Taquatiara e Maracapuru, três polos além-Manaus, sobre a pequena Coari, de 77 mil habitantes. Esta recebeu R$ 312 milhões de royalties por causa do gasoduto, em cinco anos. O trio, R$ 5 milhões. A queixa aberta pela, digamos, distribuição torta, vem do deputado Franciso Praciano (PT-AM). Em qualidade de educação, Coari é o 56º no rank nacional.


Dilma se despe de Dilma, e repete antecessores no jogo pelo Poder
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Leandro Mazzini

Durou dois anos e três meses a figura de gerentona independente da presidente Dilma Rousseff, a que não governa com a faca no pescoço de aliados famintos por cargos.

Um ano após fechar o ciclo de demissões de seis ministros enrolados, os quais por pouco não desfilaram pelas páginas policiais dos jornais, Dilma Rousseff se despiu da figura de faxineira e repete atos políticos dos antecessores ao trocar três ministros pela simples pressão de partidos aliados.

Desta vez, com uma diferença básica para os outros presidentes: ela não estava ameaçada pelo que chamam de ausência de governabilidade.

Como a maioria dos antecessores, a presidente Dilma cansou e se entregou ao jogo eleitoral, revelou assim o pacto pelo Poder – e não pela gestão – e gratuitamente troca ministros apenas para agradar a aliados visando ao seu projeto de reeleição.

Se fica evidente a manobra eleitoreira em plena metade de seu mandato, o jogo jogado consolida seu palanque daqui a 18 meses, por ora. A volta de Carlos Lupi ao Ministério do Trabalho, na figura de Manoel Dias, amarra o partido com o PT e enterra as pretensões do grupo que propala candidatura própria ao Planalto.

A entrada de Antonio Andrade na Agricultura prende o PMDB de Minas ao projeto de governo do ministro Fernando Pimentel (PT), candidato ao Palácio da Liberdade, e evita fuga da bancada mineira para o palanque de Aécio Neves (PSDB), eventual opositor de Dilma.

E a decolagem de Moreira Franco, até então apagado na Esplanada, é um afago pessoal da presidente ao vice Michel Temer – e paralelamente agrada a todo o PMDB. Moreira é da cota de Temer e agora comandará as concessões bilionárias de mais aeroportos.

O PMDB nunca foi tão feliz. E, pelo visto, Dilma nunca foi Dilma.

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Caso dos royalties vira perigo eleitoral para Dilma no Rio
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Leandro Mazzini

O silêncio da presidente Dilma sobre a derrubada do veto dos royalties pode trazer estragos sérios à sua tentativa de reeleição com votos do estado do Rio. Não bastasse a insatisfação do governador Sérgio Cabral (PMDB), os deputados federais, cobrados pelos prefeitos que perderão receitas, estão furiosos e pregam o troco ano que vem. “Dilma precisa do Rio , porque ela não tem Minas e São Paulo. Foram os votos do Rio que a salvaram no Sudeste em 2010”, argumenta um parlamentar do PMDB.

Neste caso crescem as chances de pulverização de votos no estado, onde Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), se candidatos, vão investir nos prefeitos e deputados.

Se a situação não mudar, Dilma será obrigada a fechar com o PMDB do Rio e sacrificar a tentativa de candidatura de Lindberg Farias (PT), para evitar mais confronto.

Já o senador petista tem equipe montada à espera da confirmação. Diz ter aval de Dilma e Lula. E já teria a maioria dos delegados do PT para sacramentá-lo em convenção.

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REDE ‘ N RIO

Marina Silva faz grande evento no Circo Voador da Lapa, no sábado à tarde, para lançar a sua Rede Sustentabilidade. Visa os jovens. Ela teve boa votação na cidade em 2010.

VALE ESSA?

Carlos Brandão (PSDB-MA) apresentou na Câmara projeto que dá direito à contraprova aos motoristas submetidos ao bafômetro. Teriam novo exame em 20 minutos.

ASCENSÃO (na internet) 

A coluna verificou. No Google na Quarta à noite, logo após o anúncio do novo Papa, o nome Jorge Bergoglio tinha 500 mil citações. Ontem às 18h já eram 903 milhões (!) de citações na internet, e 43,4 milhões para ‘Papa Francisco’.

ADIOU  

Foi adiada, mas a conversa vai acontecer. Eduardo Campos e Marcio Lacerda não se reuniram em Brasília como previsto. A reunião estava na agenda do governador, mas o prefeito teve de ficar em BH para os 80 anos da Fiemg.

AZEDOU O ABACAXI 

O Ibama aplicou multa de R$ 50 milhões no Incra em Mato Grosso, em 2008. Como o Incra não paga, mais de mil produtores estão impedidos de ter crédito agrícola.

CAMPANHA NO AR 

Duas famílias que disputam poder no Oeste catarinense resolveram investir em rádios. As dos deputados Valdir Colatto e Celso Maldaner, do PMDB, que não se bicam.


Collares disputará presidência do PDT contra Lupi
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Leandro Mazzini

O Ex-Governador Alceu Collares, do Rio Grande do Sul, vai disputar a presidência do PDT com o atual ocupante do cargo, Carlos Lupi, que tentará a reeleição.

O PDT decide dia 22 quem vai presidir o partido e seus rumos. A legenda está rachada entre o grupo de Lupi e o do ministro do Trabalho, Brizola Neto, que lançou Collares.

Trabalhista histórico, Collares tem o apoio também da deputada estadual Jualiana Brizola . O ex-governador é próximo da presidente Dilma Rousseff – ela trabalhou em seu governo gaúcho.

A eleição pode definir a posição do PDT nas eleições de 2014. O grupo de Lupi – ele ainda magoado com a presidente Dilma por ter sido demitido do ministério – quer lançar um candidato a presidente ou compor com o eventual candidato Eduardo Campos (PSB).

Já o grupo de Collares, bancado por Brizola, fortalece o ministro no cargo, fecha com o PT para 2014 e pode autorizar a volta de Carlos Araújo, ex-marido de Dilma, que tenta retornar ao partido. Isso vai depender também da composição da Executiva Nacional, que endossa a entrada, ou não.


Governadores do Amazonas e Ceará se estranham em reunião
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Leandro Mazzini

A turma do deixa disso entrou em cena. Na terça, no encontro de governadores para discutir o pacto federativo em Brasília, Omar Aziz (PSD), do Amazonas, e Cid Gomes (PSB), do Ceará, se estranharam à mesa.

Omar criticou obras federais. “Há hospitais sem médicos e equipamentos”. Apesar de a sua obra ser estadual, Cid Gomes se sentiu atingido sobre o hospital que inaugurou sem médico em Sobral, e rebateu que não foi a Brasília ouvir “ladainha”.

Na ‘inauguração’, Cid contratou show de Ivete Sangalo. O show é a nova dor de cabeça do governador cearense. Já Ivete se queimou na classe artística pelo cachê exagerado, R$ 650 mil – o que poderia ser investido no hospital.

Embora Omar tenha generalizado o comentário, Cid saiu ofendido da reunião pensando ser indireta. Ambos são de temperamentos fortes e firmes nas convicções.

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BODE NA SALA

Apesar dos protestos dos grupos GLBT, o PSC conseguiu o apoio da maioria dos líderes e vai manter pastor Feliciano (SP) na Comissão de Direitos Humanos.

EM CAMPANHA 

Em apoio a Rio e Espírito Santo, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), defendeu em Brasília compensação a estados produtores e a manutenção de contratos. Para Marconi Perillo (PSDB-GO), ele falou como candidato.

AFUNDOU 

O embate verbal aguerrido da senadora Kátia Abreu com portuários na audiência pública recente pode ter afundado as negociações do PSD para fazê-la ministra.

ôH, DONA

Mais de dois anos tentando audiência com a presidente Dilma, o embaixador Bake, do Iraque, se despede de Brasília sem conseguir o encontro. Queria apenas presenteá-la.

PACIÊNCIA DE CHALITA  

O deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) priorizou conversas com expoentes da Câmara e se defende de ter contas pagas por grupo educacional. “Paciência. Não tenho o que fazer. O que eu tenho a meu favor é a consciência tranquila”.

DEMAGOGIA CANALIZADA

Do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), em contraponto à inauguração do Canal do Sertão, pela presidente Dilma, em Alagoas. “Um jornal diz que a obra é de 1982. Essas idas são demagógicas”. Jarbas, ex-governador de Pernambuco, completa: “Viajei para o interior do estado. Vi várias carcaças de animais. É a maior seca que já vi.”

PONTO FINAL 

Papa mais pop: sai o estilizado ‘Bento XVI’, entra o ‘Chico Primeiro’.


“Menina, onde fez a sobrancelha?”, pergunta militante GLBT a Feliciano
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Leandro Mazzini

Se a polêmica viesse à tona há menos um mês, certamente marchinhas de Carnaval apareceriam com a polêmico sobre o pastor Marco Feliciano, deputado pelo PSC de São Paulo e novo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.

O conservador parlamentar, crítico aberto da comunidade GLBT e de seus direitos adquiridos na Justiça, tem sido alvo há duas semanas de protestos no Congresso, em especial com cartazes criativos. Um deles, na quinta-feira passada, foi flagrado por fonte da coluna: “Menina, me diz onde fez essa sobrancelha!?” , mostrou um militante gay.

Ontem, na Câmara, mostra a foto do colaborador da coluna Vinicius Tavares, mais protestos na escadaria do salão branco, na Chapelaria.

O PSC manteve posição e não vai tirar o deputado do cargo. Em ordem tradicional pelo regimento, de acordo com o tamanho das bancadas, os partidos têm direito a escolher um deputado e indicá-lo para a presidência de tal comissão.

A despeito da figura polêmica do pastor, dois partidos que tinham esse direito abdicaram de indicar um nome, por considerarem a comissão não importante para seus interesses. Deu no que deu: as consequências do descarte tomaram demasiado tamanho e atenção da midia a ponto de ofuscar até a votação do Orçamento.