Coluna Esplanada

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Quando tudo começou – o cerne do Iphan no caso Geddel
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Leandro Mazzini

Para entender o imbróglio que causou a queda do ministro Geddel Lima é preciso recordar um pouco da história política da Bahia – ou seja, por que o Iphan no cerne da crise.

Em 1972, o então governador Antonio Carlos Magalhães desapropriou a mansão de Clemente Mariani, seu adversário político e dono do Banco da Bahia, ao saber, segundo contam testemunhas dos bastidores, que ele vendeu a instituição para o Bradesco em vez de dar preferência para o banco dos Calmon de Sá, amigos dos Magalhães.

ACM ainda conseguiu a canetada do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) à época e tombou todo o conjunto no chamado Morro do Clemente. O resto é que o que se sabe desde ontem.

Caso suba (está na base), o prédio de Geddel é o único do bairro que vai devassar a vista da chácara com mata atlântica intacta há mais de 40 anos. E os Mariani não querem especulação por ali.

O Morro do Clemente fica em área nobre, com 100 mil metros quadrados de vegetação nativa e em frente ao Yacht Club.

Em tempo, o falecido patriarca, Clemente Mariani, foi mais longe politicamente que Geddel. Foi ministro da Educação (Governo Dutra) e ministro da Fazenda (Governo Jânio).

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Novo presidente do Benin, Talon mira agronegócio baiano
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Leandro Mazzini

talon

O novo presidente do Benin, Patrice Talon, que acaba de assumir o governo, é um dos maiores empresários da África.  Talon venceu o candidato do ex-presidente Bonnie Yaoi com 70% dos votos válidos.  E daí?

Daí que há uma seleta comitiva de empresários brasileiros na capital Porto Novo há dias. E Talon disse ao grupo que pretende estreitar os laços com o Brasil – em especial com a Bahia, onde tem amigos. Hoje ele recebe o embaixador do Brasil no Benin.

Os negócios de interesse entre o Brasil e Benin concentram-se na compra e venda de Petróleo, e na exportação de commodities agrícolas do cinturão do município de Luís Eduardo Magalhães.

Em tempo, a Petrobras adquiriu poços na costa do país africano em 2011, investiu US$ 66 milhões em prospecção mas não encontrou óleo. A Shell adquiriu a área, num desinvestimento da petroleira brasileira, e também não obteve êxito.

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“Seria missão que abraçaria”, diz cotado para MJ ligado a Wagner e PGR
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Leandro Mazzini

cesar

Wellington Cesar (D) em reunião com Jaques Wagner na Bahia. Foto de arquivo

Procurador chefe do Ministério Público do Estado da Bahia de 2010 a 2014, Wellington César Lima e Silva nega ter recebido convite por parte da presidente Dilma Roussef para para assumir o Ministério da Justiça no lugar do Ministro Eduardo Cardozo, mas em conversa com a Coluna revela que não hesita se for chamado:

“Servir meu País, neste momento em que se faz necessário muita tranquilidade e sobriedade , seria uma missão que abraçaria com determinação”.

Há notícias de que ele embarcou de Salvador para Brasília no início desta tarde de segunda-feira.

Circula no alto escalão do Governo federal que o procurador é apadrinhado pelo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e também avalizado pela Procuradoria Geral da República, onde tem bom trânsito. Um representante do MP no ministério cai como uma luva para o Governo e para a instituição neste momento.

Os ministros Wagner e Cardozo (MJ) estão reunidos desde a manhã desta segunda-feira com a presidente Dilma Rousseff no gabinete presidencial no Planalto. Eles devem esperar a chegada de Wellington Cesar, para conversar ainda nesta tarde.

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PERFIL

Wellington Cesar é formado em Direito pela Universidade Federal da Bahia, é Mestre em Ciências Criminais , Doutorando em Direito Penal . É tido na Bahia como o mais hábil procurador chefe dos últimos tempos no Estado.

Amigos próximos citam que soube “enxergar com sabedoria todas as limitações do Estado sem nunca perder de vista a o obrigação do MP”, principalmente suas vertentes mais carentes e necessitadas. Ainda de acordo com amigos, é hábil negociador e respeitado nas mais variadas correntes do PT no Estado da Bahia.


Água de lastro e óleo de navios podem ser outro problema no mar da Bahia
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Leandro Mazzini

Uma das imagens aéreas do litoral sul da Bahia de quando surgiu a suspeita de lama: indícios de despejo de líquido em rota marítima

Uma das imagens aéreas do litoral sul da Bahia de quando surgiu a suspeita de lama: indícios de despejo de líquido em rota marítima

Sumiu do noticiário a suspeita de lama da mineradora Samarco no mar de Abrolhos e nas praias de Trancoso, no litoral Sul da Bahia – a algumas centenas de quilômetros acima da foz do Rio Doce no Espírito Santo.

É que as autoridades atiraram no que viram e acertaram outro problemão, e não sabem como revelar diante do trabalho que vai dar.

Descobriram que há óleo e água de lastro suja despejados por navios cargueiros e transatlânticos no mar do Sul da Bahia. E não é de hoje que isso ocorre na rota marítima.

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Sem verba do PAC, Andrade Gutierrez descarrila em obra de ferrovia na Bahia
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Leandro Mazzini

A Andrade Gutierrez (AG) deixou obras do lote 4 da ferrovia Oeste-Leste em Brumado (BA) sob risco de quebrar a cadeia produtiva da cidade, da quitanda às subempreiteiras contratadas.

Apenas uma empreiteira, a Conep, segundo consta na praça, tem crédito de R$ 3 milhões. Mais de dez empreiteiras pequenas tinham contratos com a AG para motoristas e equipamentos, e levaram calote.

Em nota, a Andrade Gutierrez “esclarece que a construção da Ferrovia Oeste-Leste está paralisada desde julho de 2015 por falta de recursos financeiros federais suficientes para sua continuidade”. A empresa jura que não deve ninguém: “A Andrade Gutierrez afirma ainda que não há dívidas com subcontratadas”.

A AG tocava a obra em consórcio com a Barbosa Mello e a Serveng. Para o trecho de 178,28 km, levaram da União R$ 739,8 milhões.

A obra é uma locomotiva de empreiteiras enroladas na Lava Jato. Outros lotes são tocados, desde 2010, pela Mendes Junior, Galvão Engenharia e OAS. A obra tinha previsão de conclusão até início de 2013, mas avançou pouco.

A ferrovia foi idealizada pela Valec, braço do Ministério dos Transportes, para escoar grãos e minério do Oeste baiano e do Tocantins até o litoral sul da Bahia. Ao custo de R$ 4,2 bilhões, a ferrovia descarrilou na crise econômica. Para piorar, mais de 8 mil operários foram demitidos e o motivo da obra, o porto de Ilhéus, não saiu.

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Após ‘bronca’ do MMA, secretário da Bahia encontra mancha no mar
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Leandro Mazzini

Após distribuir por e-mail e whatsapp uma nota oficial, com fotos aéreas de Abrolhos, garantindo que o arquipélago está livre da lama da Samarco ( veja aqui ), o secretário de Meio Ambiente do Governo da Bahia, Eugênio Spengler, recuou no fim do dia e, em entrevistas, disse que viu manchas no mar próximo ao santuário marinho.

Ele não soube classificar, porém, se era a lama da mineradora que rompeu em Minas Gerais e chegou ao mar do Espírito Santo, estado que faz divisa com a Bahia.

Spengler mudou a versão após aterrissar em Salvador e receber telefonemas das equipes do Ministério do Meio Ambiente que monitoram as consequências do desastre ambiental. Ele teria levado uma ‘dura bronca’ da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Na quinta-feira, a presidente do Ibama informara que havia fortes indícios de que a lama teria alcançado Abrolhos e outra parte do litoral baiano.

As fotos de Abrolhos, com água limpa, foram enviadas por uma equipe da secretaria sem a devida autorização prévia do secretário. Ele avistou uma mancha no mar numa faixa a 100km de Abrolhos, no Sul da Bahia.

A água foi coletada para exames, cujos resultados devem sair em até 15 dias.

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Lama da Samarco não atingiu Abrolhos e Trancoso, informa governo da Bahia
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Leandro Mazzini

Foto de Manu Dias - Gov. da Bahia

Foto de Manu Dias – Gov. da Bahia

A lama da barragem rompida da Mineradora Samarco não atingiu o litoral Sul da Bahia – em especial o arquipélago de Abrolhos e as praias de Trancoso e Arraial D’Ajuda.

É o que informa a assessoria do Governo da Bahia, que divulgou fotos da região de Abrolhos nesta tarde de sexta (8). Segundo a assessoria, a equipe técnica “não identificou nenhum tipo de sedimento visível”.

A suspeita de que a água na região já teria sido contaminada pela lama foi levantada oficialmente pelo Ibama, circulou nas redes sociais e acendeu o alerta na Secretaria de Meio Ambiente. O secretário Eugênio Spengler sobrevoou o litoral Sul baiano por três horas e não constatou manchas na água. Haverá ainda coleta de amostras para exames.

Atualização sexta, 8, 17h43 – O secretário encerrou por volta das 17h o sobrevoo no litoral sul e a assessoria informou que Abrolhos e Trancoso estão a salvo. Foi constatada uma faixa de mancha num trecho do litoral sul, próximo ao Espírito Santo, mas bem longe do arquipélago. A água foi coletada para exames e o resultado sai em 15 dias.

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Foto de Manu Dias - Gov da Bahia

Foto de Manu Dias – Gov da Bahia

 


Citação de César Borges para Casa Civil irrita o PR baiano
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Leandro Mazzini

Bacelar - Presidente do PR na Bahia diz que Cesar não representa o partido

Bacelar – Presidente do PR na Bahia diz que Cesar não representa o partido

O burburinho na Esplanada de que o ex-senador baiano César Borges (PR) é um dos cotados para assumir a Casa Civil do Planalto foi rebatido de pronto pelo deputado federal conterrâneo João Carlos Bacelar, presidente do diretório do PR na Bahia.

“Se ele entrar no Governo por uma porta o PR sai da base por outra”, disse em nota oficial.

O ex-senador, hoje um dos vice-presidentes do Banco do Brasil, perdeu espaço no diretório estadual. Sua situação já era ruim quando a bancada na Câmara pediu sua cabeça à presidente Dilma no Ministério dos Transportes – ele foi substituído pelo senador Antônio Carlos (PR-SP).


União vai ajudar Governos do PT e PMDB com reforma agrária ‘complementar’
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Leandro Mazzini

Com dinheiro rubricado para reforma agrária, apesar da crise no País, a União decidiu ajudar os Estados governados pelo PT num repasse adicional de verba através de reforma agrária “complementar”.

Não é só o Piauí que entrará no processo, como antecipou a Coluna. Bahia e Ceará, administrados por petistas, e Rio Grande do Sul e Sergipe, tocados pelo aliado PMDB, estão na fila.

O plano consiste na compra de terras pelo INCRA nestes Estados onde já existem assentamentos, com terras outrora compradas pelos governos estaduais.

Foi a maneira encontrada para a União ajudar os caixas dos Estados em dificuldades: federalizar suas reformas agrárias.

No Piauí, agrônomos do INCRA estão se recusando a avaliar as fazendas indicadas pelo Interpi, o órgão estadual de reforma agrária. São diretores indicados pelo PT quem tocam o plano.

Outro desafio para estes Estados comprovarem a legalidade da negociação: além de já serem classificados como assentamentos, há muitos títulos definitivos com os lavradores.

No Piauí, o INCRA pode pagar ao Estado R$ 60 o metro quadrado nas terras. Bem mais que os R$ 5 pagos pela União a proprietários de terras por onde passa a ferrovia TransNordestina.

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