Coluna Esplanada

Arquivo : brasilia

ANTT atropela Dilma e renova aluguel por R$ 120 milhões
Comentários Comente

Leandro Mazzini

antt
Não existe crise para o dinheiro público, a despeito de a presidente Dilma prometer enxugar custos. Os órgãos do próprio Governo continuam a abusar dos gastos com aluguel.

A direção da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) esnobou indicação da Secretaria de Patrimônio da União para ocupar imóvel sem custos, e renovou o contrato de aluguel de edifício que ocupa, no apagar das luzes de dezembro.

Serão mais de R$ 2.068.546,97 por mês, para mais 60 meses – a agência vai pagar R$ 120 milhões nos próximos cinco anos, além dos custos com manutenção. Para manter o contrato lucrativo, a dona do imóvel ainda diminuiu o valor.

O 3° Termo Aditivo ao Contrato nº 1/2010 foi fechado no último dia 29 de dezembro, retroativo a julho de 2015. O edifício é da JN Venâncio Administração de Imóveis e o aluguel foi fechado em 2010 na gestão de Bernardo Figueiredo, amigo próximo da presidente Dilma. Há dois anos ele foi barrado pelo Senado à recondução ao cargo, e tornou-se consultor de investimentos ferroviários.

O Blog no Twitter e no Facebook

OUTROS CASOS

A ANTT não é caso isolado no Governo. A Infraero paga R$ 380 mil mensais para ocupar a antiga sede da Transbrasil, no Aeroporto JK, mesmo possuindo prédio próprio na Asa Sul. Atualização segunda, 11.01 – A estatal revogou o contrato no dia 5 de janeiro de 2015

A FUNAI, que já aluga prédio de 15 andares por R$ 700 mil por mês, tem comissão para estudar construção de nova sede.

No segundo semestre de 2015, em meio ao anúncio dos cortes de Dilma, a Defensoria Pública da União e a Procuradoria Geral da Fazenda concluíam suas mudanças para duas torres novas, alugadas da Confederação Nacional do Comércio por mais de R$ 1 milhão cada.

 


General manda recado para Dilma: Forças podem ajudar na estabilidade
Comentários Comente

Leandro Mazzini

villas

Comandante do Exército Brasileiro, o general Eduardo Villas Bôas não titubeou em mandar uma direta para a presidente Dilma Rousseff e o vice, Michel Temer, no almoço com as Forças Armadas há poucos dias em Brasília.

Diante da presidente Dilma, o comandante soltou: “As Forças Armadas não são exaltadas pela busca do protagonismo e estão firmemente dedicadas a contribuir para a estabilidade institucional”.

Aliás, anda só institucional a relação entre Dilma e o vice Temer. Durante o recatado almoço na caserna, trocaram poucas palavras. Almoçaram na mesma mesa, e mal se olharam. Mas deixaram o Clube do Exército juntos. Cada um com sua comitiva.

A presidente Dilma deixou a confraternização com militares das Forças sob som da canção ‘Caçador de Mim’ , de Milton Nascimento. Trechos da letra: “A vida me fez assim / Doce ou atroz, manso ou feroz”.

O Blog no Twitter e no Facebook

Com Walmor Parente

 

 


PSB se desdobra para empregar ‘herdeiros’ de Campos em Brasília
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Há um esforço descomunal da Executiva do PSB para manter em cargos importantes a turma do falecido Eduardo Campos.

Após sair em debandada do Ministério da Ciência & Tecnologia, o grupo pernambucano aportou no Governo do Distrito Federal, capitaneados por Alexandre Navarro, que comanda a bilionária Terracap.

O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) avalizou a nomeação de Navarro, que era fiel escudeiro de Campos no Ministério da Integração, em especial na gestão de Fernando Bezerra.

A migração socialista deu-se assim: O PSB de Campos ocupou o MCT na Era Lula, a Integração na Era Dilma e agora aporta no GDF.

O Blog no Twitter e no Facebook


PT perde apoio incondicional: Processo de Dilma racha Igreja em Brasília
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Dom Sérgio da Rocha. Foto: Arquivo ABr

Dom Sérgio da Rocha. Foto: Arquivo ABr

Outrora aliada fiel do Partido dos Trabalhadores, a Igreja Católica não se mostra tão unida mais em relação ao partido. A despeito de a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) não se posicionar oficialmente, há um racha escancarado na Cúria – em especial em Brasília.

O arcebispo do DF, Dom Sérgio da Rocha, sofreu constrangimento público num inédito embate político na última segunda-feira (7) à noite, a ponto de encerrar antes do programado uma palestra.

Grupos católicos pró e contra impeachment discutiram no auditório onde ele discursava. O embate se estendeu também pelas redes sociais, com notas oficiais de apoio ou oposição ao processo de impeachment na Câmara.

Não é só na capital federal. Os embates, mais velados, se repetem nas Cúrias em todas as capitais.

O Blog no Twitter e no Facebook


O “camarote” de Sanchez na porradaria na Esplanada
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto de Maurício Nogueira

Foto de Maurício Nogueira

Talvez seja a iminente conquista do campeonato brasileiro pelo seu Corinthians – o qual já presidiu; ou a boa fase na Câmara dos Deputados, para onde foi eleito e onde transita tranquilo sem confusões. Ou apenas o bom ar vespertino de um sol fraco na tarde de quarta-feira.

Nada tirou o sossego de alguns minutos do deputado federal Andrés Sanchez (PT-SP), sentado numa cadeira na frente do Congresso Nacional, de frente para o gramado, compenetrado em seu smartphone, enquanto a confusão rolava logo em frente na briga entre manifestantes pró e contra o impeachment, e manifestantes cercados pela tropa de choque.

Sanchez nem se mexeu. Talvez porque estava cercado por quatro policiais legislativos. A área externa do plenário da Câmara é conhecida como o novo ‘fumódromo’, é o escape dos parlamentares fumantes.

Questionado nesta quinta pelo repórter onde será a festa do título, Sanchez foi seco, e resumiu-se a dizer: “Não sei, quem manda lá o (Roberto) Andrade”.


Acidente com jato do Bradesco torna-se grande mistério para Aeronáutica
Comentários Comente

Leandro Mazzini

jato

O jatinho do Bradesco que caiu: seminovo, tecnologia de ponta e pilotos experientes.

O acidente com o jatinho no Bradesco na semana passada já é um mistério para a Aeronáutica, que investiga o caso através do Cenipa – Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos. Nada contribui para a queda: o avião era seminovo e com revisão em dia, com tecnologia de ponta, pilotos experientes e o tempo era bom.

A 36 mil pés, sumiu repentinamente do radar – e nos minutos que antecederam o choque, na relação velocidade-altitude, nenhum contato dos pilotos com as torres de comando.

Não há na história de registros da Cessna dois acidentes com seus jatos em apenas 14 meses. Em agosto passado, foi a queda de uma aeronave da fabricante americana que matou o presidenciável Eduardo Campos e a equipe em Santos (SP). Em tempo, o Cenipa está em fase de conclusão do relatório das causas deste acidente.

O local da queda, apenas fuselagem, fogo e corpos carbonizados

O local da queda, apenas fuselagem, fogo e corpos carbonizados

A cúpula do Bradesco foi pega de surpresa com a viagem dos executivos Lúcio Flávio de Oliveira (Vida & Previdência) e Marco Antônio Rossi (Seguros) que morreram na queda do jatinho. Há uma recomendação interna para que altos executivos não compartilhem o mesmo voo – privado ou comercial, conta um ex-executivo da instituição.

Horas antes do acidente fatídico, os executivos visitaram a Esplanada. Ambos estiveram com Tarcísio Godoy, secretário executivo do Ministério da Fazenda. Sozinho, Rossi também passou na Casa Civil para um café com o ministro Jaques Wagner, para apresentar os projetos da Bradesco Seguros.

CASO BAMERINDUS

O acidente do jato do Bradesco só tem um similar no histórico destes casos no Brasil: a que vitimou a morte dos comandantes do então banco Bamerindus.

A queda de um bimotor modelo Piper Seneca em 24 de julho de 1981 matou seis pessoas, no interior do Paraná. Além do piloto, o presidente do banco, Thomaz Edison de Andrade Vieira, seu irmão e vice-presidente, Cláudio Enoch de Andrade Vieira e os três filhos deste.

Reprodução da capa de um jornal da época

Reprodução da capa de um jornal da época


Gramado do Congresso se transforma em comunidade alternativa
Comentários Comente

Leandro Mazzini

churras

Uma comunidade alternativa.

Transformou-se numa minicidade o acampamento dos jovens pró-impeachment de Dilma no gramado do Congresso Nacional.

Primeiro, as barracas; depois, lojinha. Na sexta-feira havia mercadinho e até churrasqueira soltava fumaça.

Uma portaria de anos atrás, da gestão de Aécio Neves na presidência da Câmara dos Deputados, proíbe ocupação no gramado.


Protesto de servidores da Justiça: vuvuzelas irritam e food truck lucra
Comentários Comente

Leandro Mazzini

food

O protesto (irritante para quem trabalha no Senado Federal) dos servidores do Judiciário contra o veto presidencial pró-reajuste salarial transformou-se num grande negócio para food truck.

Ontem, pelo menos 40 carros estacionaram ao lado do Congresso Nacional para vender alimentos aos servidores que se acumularam nos gramados da Esplanada.

Há semanas, centenas deles se distribuem por todos os lados do Congresso com vuvuzelas, apitos e, conforme este vídeo, até banda para samba.

protesto

Eles protestam contra o veto da presidente Dilma ao PLC 58/15, aprovado nas duas Casas, que prevê aumento escalonado de salários que variam entre 53% a 78,56%, dependendo da categoria.

Tanto os índices quanto o lobby e protesto são muito criticados por parlamentares da base governista, neste momento de crise na economia, com desvalorização salarial também em vários setores, e neste cenário no qual o Governo precisa economizar.

Os protestos vão continuar até semana que vem. O presidente Renan Calheiros agendou para a próxima terça-feira (6) a análise dos vetos presidenciais em sessão do Congresso – e a pressão é latente.

Dezenas de servidores do Judiciário conseguem liminares para transitar pelo salão verde, na Câmara, e pressionar os parlamentares com faixas e gritos de ordem.

O Blog no Twitter e no Facebook


Invasão em hotel de Brasília por sem-teto contou com picapes de luxo
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto: Jornal de Brasília

Foto: Jornal de Brasília

A invasão de um hotel na capital federal está cercada de mistérios. Seguranças de imóveis vizinhos ao Hotel Saint Peter, em Brasília, testemunharam a chegada de duas picapes de luxo, com mantimentos, na madrugada da invasão dos sem-teto semana passada.

O hotel, que está fechado por decisão judicial, foi desocupado com coordenação do Governo do DF anteontem, e os sem-teto levados para um assentamento.

O Saint Peter tem um recente histórico trágico de administração. Era do deputado Sérgio Naya, falecido anos atrás, e foi leiloado pela Justiça, adquirido por um empresário do setor de comunicação de São Paulo. Ano passado, foi invadido por um homem com arma e bomba falsos, rendido após negociação com a polícia.


A vida simples de Saboya, o libertador de Molina
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto: UOL/Folha

Foto: UOL/Folha

Eduardo Saboya, o diplomata que libertou o senador boliviano Roger Molina da clausura em La Paz, leva vida simples em Brasília.

Atualmente assessor da Comissão de Relações Exteriores do Senado, é visto diariamente no metrô rumo à Esplanada, com mochila nas cotas. No Itamaraty, segue em sigilo o processo disciplinar sobre o caso que protagonizou.