Coluna Esplanada

Arquivo : delúbio soares

Mensalão redivivo: PF leva para passeio de camburão Silvinho e Delúbio
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Leandro Mazzini

A 27ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “Carbono 14” – provavelmente sobre a origem dos escândalos na Era PT – levou para a cela nesta sexta-feira pela manhã Silvinho Pereira, com mandado de prisão, e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, com condução coercitiva.

Também foi preso o empresário Ronan Maria Pinto, da Expresso Santo André – que já foi investigado no caso da morte do prefeito Celso Daniel em 2002.

A fase é um desdobramento de investigações do início da Lava Jato, quando em março de 2014 os agentes apreenderam documentos que indicam ligações de Silvinho e Delúbio com o empréstimo do BNDES ao pecuarista José Carlos Bumlai, ligado ao ex-presidente Lula.

À ocasião, foram encontrados contratos de mútuo que indicam suspeita de repasses de R$ 6 milhões, envolvendo a 2S Participações Ltda, o publicitário preso Marcos Valério e a Expresso Nova Santo André.

A PF vai conceder coletiva em São Paulo para explicar os avanços da investigação.

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Pedido de prisão de Lula e perdão a mensaleiros incendeiam o domingo
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Leandro Mazzini

Milhares são esperados na Esplanada dos Ministérios neste domingo, a exemplo das edições passadas.

Milhares são esperados na Esplanada dos Ministérios neste domingo, a exemplo das edições passadas.

A faísca foi atirada no palheiro.

Não bastassem, há semanas, as mobilizações de prós e contra o Governo Dilma Rousseff num clima de Fla x Flu para o próximo domingo, dois fatos recentes incendeiam os debates nas redes sociais e podem repercutir nas ruas: o pedido de prisão do ex-presidente Lula feito pelo Ministério Público de São Paulo e o perdão da pena de dois mensaleiros do PT, pelo Supremo Tribunal Federal – com vistas a se estender a outros sete mensaleiros.

O pedido de prisão do ex-presidente Lula pode melar todo o cuidadoso trabalho do juiz Sérgio Moro de não contaminar o processo. O caso de Lula no MP paulista, sobre lavagem de dinheiro no tríplex, não tem nada a ver com a denúncia que segue na Lava Jato em Curitiba – de tráfico de influência.

Mas a força tarefa da Lava Jato teme que agora, a despeito de a juíza de SP acolher ou não o pedido de prisão de Lula, o Partido dos Trabalhadores possa inflamar a militância e movimentos sociais contra a operação de Curitiba. O estrago pode ser maior, nas ruas e na condução do processo.

No STF, o plenário seguiu o relator ministro Luís Roberto Barroso e perdoou as penas do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Estão livres, leves e soltos. O ministro acolheu decreto presidencial de Dilma Rousseff, e o plenário seguiu.

O caso já repercute nas redes sociais e virou mais um motivo de revolta para os cidadãos irem às ruas no domingo clamar por Justiça contra a corrupção. O cenário pode ser ampliado – o STF poderá perdoar mais sete mensaleiros na esteira de decisão que beneficiou Cunha e Delúbio, entre eles ex-deputados como Pedro Corrêa (PP) – enrolado também no Petrolão – e Roberto Jefferson  (PTB)

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NO CONGRESSO

Foi em tom raivoso que senadores petistas reagiram ao pedido de prisão do ex-presidente Lula.

“É o ápice da provocação. Não vamos ficar parados”, ameaçou Paulo Rocha (PT-PA). Os petistas começaram a mobilizar sua militância em Brasília.

A ainda desconhecida senadora Maria Regina Souza (PT-PI), ao mirar o MP, virou sua metralhadora verbal para o plenário: “Por que a Polícia Federal não investigou o caso da cocaína apreendida no helicóptero da empresa de um senador (Zezé Perrela)? É clara e abusiva perseguição (contra o Lula)”.


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