Coluna Esplanada

Arquivo : Dilma

Governo cogitou chamar Janine de volta ao MEC
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Leandro Mazzini

Foto: EBC

Foto: EBC

Após a encrenca em que se meteu o ministro Aloizio Mercadante, ao ter conversa gravada e divulgada pelo assessor do senador Delcídio do Amaral (Sem partido-MS), os ministros palacianos pensaram em sondar o ex-ministro Renato Janine Ribeiro para voltar à Educação.

Três motivos os fizeram recuar. A presidente Dilma deu aval para Mercadante continuar no Governo; o ministro foi ofuscado – para sua sorte – por encrenca maior, a entrada sub judice de Lula como ministro; e porque emissários na USP enviaram alertas de que o professor Janine recusaria novo mico.

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Valdemar escolheu os nomes do PR na Comissão do Impeachment
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Leandro Mazzini

valdema

É do alto de uma das torres do complexo Brasil 21 em Brasília que o mensaleiro perdoado pela Justiça Valdemar da Costa Neto manda no PR, apesar de o presidente (figurativo) ser Alfredo Nascimento. O entra e sai de parlamentares da sala é frequente.

Foi de um manuscrito improvisado de Valdemar que saiu a lista de deputados que integram a comissão do impeachment: Édio Lopes (PR-RR), José Rocha (PR-BA), Zenaide Maia (PR-RN) e o fiel líder Maurício Quintella Lessa (PR-AL).

Se a turma até a última sessão vai votar com Dilma ou contra ainda é um mistério. O PR sempre foi aliado do PT desde o primeiro governo Lula – daí Valdemar ter se enrolado no mensalão. O partido ainda mantém o controle do Ministério dos Transportes e os comandos regionais do DNIT.

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PMDB, PRB e PP aproveitam crise e colocam faca no pescoço de Dilma
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Leandro Mazzini

Os ministros palacianos – em especial Jaques Wagner (Gabinete) e Ricardo Berzoini (Governo) – estão surpresos com a posição ‘independente’ ou de oposição de deputados que eram aliados.

Coube à dupla palaciana nos últimos meses liberar emendas e cargos nos Estados para apadrinhados dos partidos da base.

Agora, com a crise crescente no Governo, as bancadas e direções do PMDB, PP e PRB põem a faca no pescoço de Dilma, cientes de que serão chamados pelo ministro Lula para resolver pendências. Assim, podem (ou não) mudar os votos contra Dilma na comissão do impeachment. Tudo vai depender das próximas reuniões.

 


PT sonda as Forças Armadas
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Leandro Mazzini

Ag. Senado

Ag. Senado

Com a entrada do ex-presidente Lula no Governo (nomeado ontem à noite) e a efervescência popular dos protestos contra a presidente Dilma, o Partido dos Trabalhadores enviou seus principais expoentes para sondar o quadro nas Forças Armadas nos últimos dois dias.

O suspense aumentou muito ontem com a revelação do grampo da conversa de Lula com Dilma.

Altos oficiais do Exército têm informado aos petistas, entre eles o senador Jorge Viana (AC), que acompanham a situação e não vão interferir em cenário que cause desestabilização democrática, a não ser que sejam convocados a cumprir com o seu dever.

Viana é membro titular da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Procurada, a assessoria do senador não se pronunciou.

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Delegados federais repudiam cobrança de Lula a ministro da Justiça
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Leandro Mazzini

As revelações do áudio e transcrição da conversa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao telefone, sobre cobrar ‘pulso firme’ do novo ministro da Justiça – em alusão ao controle da Polícia Federal – revoltaram os delegados federais nesta noite de quarta-feira.

A Associação dos Delegados de PF, instituição que representa mais de dois mil filiados, soltou nota de repúdio. Leia a íntegra abaixo.

A PF há anos lançou campanha por autonomia da corporação e maior independência nas investigações. A campanha foi reforçada semana passada.

“Os Delegados de Polícia Federal, representados pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), vêm a público manifestar total indignação e repulsa diante dos trechos, revelados pela imprensa, da conversa entre o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a respeito do Subprocurador-Geral da República, Eugênio de Aragão, recém-nomeado para o cargo de Ministro de Estado da Justiça.

Na gravação, já tornada pública pela 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, fica clara a intenção de que o nomeado interfira nas ações da Polícia Federal.

É lamentável constatar que atos de ingerência política estão em curso para impedir a continuidade de uma das mais importantes investigações em curso no país.

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal já havia alertado sobre o risco de interferência política na Polícia Federal em razão da falta de autonomia da instituição. Restou comprometida, desta forma, a indicação de Eugênio Aragão para o cargo de Ministro da Justiça, diante da demonstração de que sua indicação teve por finalidade controlar as ações da Polícia Federal.

Ante esses estarrecedores fatos, reiteramos urgência da aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 412/2009 (PEC 412/2009), que estabelece a Autonomia para a Polícia Federal, garantindo que continuará a atuar de forma republicana e firme no combate ao crime organizado e à corrupção”.

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No Palácio, povo canta hino, insulta Lula e cobra renúncia de Dilma
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Leandro Mazzini

Foto: Walmor Parente - Imagem de celular

Foto: Walmor Parente – Imagem de celular

Os ânimos se acirraram no Congresso Nacional e na Praça dos Três Poderes nas últimas duas horas depois que o juiz federal Sérgio Moro liberou as gravações do grampo da Polícia Federal no telefone do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mais de 3 mil pessoas tomaram a Praça nesta noite.

Numa conversa com a presidente Dilma, fica claro que eles atuam para que Lula tenha um documento de nomeação como ministro para barrar qualquer tentativa de prisão do petista. Para a PF e o juiz Moro, Dilma atuou diretamente para impedir as investigações e a eventual detenção do aliado.

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Parlamentares da oposição engrossam o coro em frente ao Palácio. Com palavras de ordens e cartazes, eles cobram a renúncia da presidente Dilma. Os mais exaltados insultam Lula, já nomeado como novo chefe da Casa Civil, com a frase “Lula Cachaceiro, do Povo Brasileiro”.

A presidente Dilma convocou rapidamente a Polícia do Exército e a tropa cercou todo o Palácio para evitar invasão.

Entre os opositores está o deputado federal e militar Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pré-candidato a presidente da República.

Os manifestantes ganham apoio de alguns motoristas que buzinam ao passarem devagar por uma faixa liberada da pista. Deputados da oposição distribuíram 50 livros da Constituição e os manifestantes empunham a obra.

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Colaborou Walmor Parente.


Defensores públicos da União cobram Dilma nomeação da diretoria
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Leandro Mazzini

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A Defensoria Pública da União ocupa uma bonita sede em Brasília, uma torre inteira na Asa Norte, mas está sem comando há dois meses. A presidente Dilma ainda não nomeou os três cargos diretivos da instituição. A lista está com ela desde outubro.

Desde 16 de janeiro, o Conselho Superior da DPU definiu o defensor público Lúcio Guedes para comandar interinamente a instituição. Os cargos de Subdefensor Público-Geral e de Corregedor-Geral estão vagos desde novembro de 2015.

“É difícil compreender como o Poder Executivo pode dispensar tamanho menosprezo à instituição incumbida de prestar assistência jurídica aos cidadãos carentes”, desabafa a presidente da Associação Nacional dos Defensores, Michelle Leite.

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Para Dilma, Mercadante fica, e só sai se quiser
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Leandro Mazzini

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Aloizio Mercadante está revoltado com o que considerou vazamento ontem na imprensa de parte da conversa gravada pelo assessor do senador Delcídio do Amaral.

Repete para aliados e ministros que em certo momento disse ao assessor do senador que nada poderia fazer nem interferir na investigação.

O ministro da Educação se explicou à presidente Dilma ontem à tarde, antes da coletiva – na qual apareceu muito abatido.

A chefe deu aval para ele permanecer no Governo, desde que seja convincente nas explicações públicas.

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Lula surge como salvador da Pátria e 4º andar será bunker para 2018
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Leandro Mazzini

O quadro de salvador da Pátria nunca foi tão favorável para Lula, apesar de investigado.

Ele chega ao Palácio do Planalto na Casa Civil sem ter que lidar diretamente com dois desafetos do PT.

José Eduardo Cardozo, o Advogado Geral da União, e Aloizio Mercadante, o ministro da Educação, se distanciaram do quarto andar, onde fica o gabinete do ainda ministro Jaques Wagner.

Aliados e opositores no Congresso Nacional não têm dúvidas de que Lula usará o gabinete como bunker para preparar, desde já, sua candidatura à sucessão de Dilma – que terá papel figurativo no Poder a partir de hoje.

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Dilma terá reunião com Lula no Alvorada
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Leandro Mazzini

A presidente Dilma Rousseff e o ex Luiz Inácio Lula da Silva terão uma reunião no Palácio da Alvorada nesta noite. Dilma decidiu que seria o melhor lugar para conversarem a sós.

Lula deve assumir nos próximos dias o comando da Secretaria de Governo no lugar de Ricardo Berzoini.

Sua missão será a de reunificar a base governista no Congresso Nacional para tentar manter a governabilidade de Dilma até 2018. Mas saberá que, assim que assumir o cargo, transformará Dilma numa ‘rainha da Inglaterra’.

Segundo fontes do Palácio ouvidas nesta tarde, a revelação de detalhes da delação premiada de Delcídio do Amaral não deve mudar os planos de oficializar a entrada de Lua no Governo.

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