Coluna Esplanada

Arquivo : eduardo cunha

Cunha desdenhou de última proposta do Planalto
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Leandro Mazzini

A presidente Dilma não foi surpreendida. Eduardo Cunha e os ministros palacianos ficaram toda a quarta-feira em contato, sem acordo.

No fim do dia, ao fim dos cinco minutos de solitária introspecção, na iminência do anúncio do acolhimento da denúncia, o presidente da Câmara foi interrompido por um esbaforido André Moura (PSC-SE), seu fiel escudeiro.

Moura tentou entrar no gabinete, e erguia o celular: “Tem um importante telefonema para o presidente!”. Cunha desdenhou: “Já decidi! Não quero ouvir mais”.

Na linha estava o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner. A proposta é um mistério.


Planalto aposta nos ‘300 deputados de Dilma’
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Leandro Mazzini

edu

Chegou a hora de o Governo cobrar a fatura.

Com o acolhimento da denúncia para a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma, os ministros do Palácio, Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Governo), vão cobrar a fidelidade dos 300 deputados e da maioria dos senadores que conquistaram nos últimos meses para barrar a queda da presidente Dilma.

O número é suficiente para aniquilar o processo. Os ministros distribuíram cargos em estatais nos Estados para os parlamentares e acabam de liberar R$ 4 bilhões em emendas.

APROXIMAÇÃO

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, voltou a se aproximar da oposição. Antes de anunciar o impeachment, ele avisou aos líderes do DEM, PSDB e PPS. Acabou a paquera com o PT, com quem tinha esperança de acordo para que os três deputados petistas no Conselho de Ética votassem a seu favor. O caso chegou a rachar a bancada.


Levy e Barbosa apelam a Renan por pauta do Governo
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Leandro Mazzini

Foto de arquivo. ABr

Foto de arquivo. ABr

Com a prisão do líder do Governo, senador Delcídio do Amaral (PT-MS), a presidente Dilma agiu rápido.

Os ministros da Fazenda e Planejamento, Joaquim Levy e Nelson Barbosa, respectivamente, telefonaram para o presidente do Senado, Renan Calheiros, e fizeram um apelo: “a pauta não pode parar”.

A preocupação é latente. O Congresso Nacional tem só mais seis sessões para encerrar o Ano Legislativo. É preciso aprovar com urgência a nova meta fiscal, senão Dilma será acusada em 2016 de nova “pedalada” e sua situação piora.

O Governo quer aprovar na terça-feira na sessão do Congresso um relaxamento da meta fiscal que permita déficit de R$ 119 bilhões para ano que vem. E a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Na sessão do Senado, o esforço será pela aprovação da repatriação dos recursos do exterior não declarados – quem topar, não será processado em caso de não ter informado a conta à Receita Federal, mas terá de pagar o imposto.

Na Câmara, segue agonia de Eduardo Cunha: não consegue quorum, com a obstrução dos grandes (ex-aliados) partidos. O cenário, porém, não deve se repetir na sessão do Congresso.

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Aliado leva recado de Cunha ao Planalto
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Leandro Mazzini

O deputado federal André Moura (PSC-SE), fiel escudeiro do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tem sido a ponte de conversas com o Palácio do Planalto.

Numa última tentativa de conquistar os votos dos três petistas no Conselho de Ética para se salvar da cassação, Cunha alertou os ministros palacianos que pode prorrogar por mais 60 dias as CPIs do BNDES e Fundos de Pensão, e criar na Câmara as CPIs do Carf e do Futebol – a exemplo das que correm no Senado.

Os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) ainda não responderam. Como notório, as CPIs incomodam os grandes e principais financiadores de campanha do PT.

Sem os votos dos três petistas no Conselho de Ética, Cunha não alcança a maioria para se salvar. O trio tornou-se o fiel da balança. O Conselho tem 21 votos – Cunha hoje conta 9.

O prazo termina na semana que vem, crucial para os dois lados, diante da iminência do recesso legislativo. A bancada do PT, como antecipou a Coluna, já avisou a Wagner que não vota a favor de Cunha.

Eduardo Cunha soltou para os aliados que já tem sua decisão para os sete pedidos de impeachment de Dilma, e anuncia na terça-feira. Pode estar blefando, ou não, para pressionar o Planalto.

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PT avisa a Wagner e Lula que votará contra Cunha
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Leandro Mazzini

wagner

No jantar com a bancada do PT na casa do deputado Paulo Pimenta, na última segunda-feira, o chefe da Casa Civil do Planalto, Jaques Wagner, descobriu que não há como controlar o grupo.

Ainda havia uma tímida tentativa de convencer parte da bancada de apoiar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a fim de preservar a presidente Dilma Rousseff em duas frentes – contra o impeachment dela e pela pauta positiva do Governo na Casa.

Os alvos eram os membros da corrente “Mensagem ao Partido”.

Os petistas mantiveram-se unidos no discurso e peitaram Wagner, com recado ao ex-presidente Lula. Não vão ajudar o presidente da Câmara. Todos saíram do indigesto encontro com a decisão de respaldar o voto dos três deputados do PT contra Cunha no Conselho de Ética.

A bancada ficou rachada com a tentativa de intervenção de Wagner e Lula, com recados sobre apoio a Cunha. Ameaçou até divulgar carta sobre a divisão, entre os que seguiriam a recomendação e os que prometem independência. Isso motivou o jantar derradeiro.

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Vidente do Poder envia e-mail para Cunha e pede renúncia: fatos novos virão
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Leandro Mazzini

A conhecida médium Adelaide Scritori, criadora da Fundação Cacique Cobra Coral, teve visão de nuvens cinzentas que se forjam com “novos fatos” perturbadores para Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados.

Não titubeou em enviar-lhe um e-mail e sugeriu que ele renuncie, antes que seja tarde e vire alvo para valer do STF.

Adelaide é conhecida do circuito do Poder, no eixo Brasília-SP-Rio. Anuncia que sua fundação faz trabalhos espirituais de controle do tempo, e manteve parcerias (diz sem remuneração) com o Ministério de Minas e Energia e Prefeitura do Rio, entre outros clientes mundo afora.

Ficou famosa ao recomendar ao então presidente José Sarney que evitasse uma viagem programada no avião presidencial porque poderia sofrer um acidente. Cauteloso e supersticioso, Sarney acolheu a dica. A FAB teria descoberto depois uma falha numa peça da aeronave.


Pressão por apoio a Cunha racha bancada do PT
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Leandro Mazzini

Parte da bancada do PT no plenário. Foto: pt.org

Parte da bancada do PT no plenário. Foto: pt.org

A pressão do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, a mando do ex-presidente Lula sobre o partido rachou a bancada do PT na Câmara dos Deputados.

A maioria dos deputados não aceita fechar acordo com o presidente da Casa, Eduardo Cunha, como pretendem os caciques.

Os três federais petistas integrantes do Conselho de Ética pediram para sair, mas a executiva nacional os forçou a ficar. Se o trio for obrigado a absolver Cunha no conselho, a bancada ameaça divulgar uma carta aberta sobre a divisão no partido.

De grão petista: hoje, pelo menos 65% dos deputados do PT não querem o acordo com Cunha. Wagner e Lula articulam com Cunha o enterro do impeachment de Dilma.


Cunha pede ao Ministério da Justiça que PF apure ameaças a relator
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Leandro Mazzini

oficio-cunha

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vai pedir à Justiça que a Polícia Federal abra inquérito para investigar supostas ameaças ao deputado Fausto Pinato (PRB-SP), relator do processo de cassação de Cunha no Conselho de Ética.

Cunha enviará na tarde desta quinta (19) ofício ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, alegando ameaças a Pinato e a sua família.

As revelações surgiram na manhã de hoje pelo próprio Pinato, antes e durante a reunião polêmica do Conselho de Ética, que causou impasse porque a Ordem do Dia no plenário havia sido aberta (por regimento da Casa, todas as comissões devem cessar suas atividades até 10 minutos depois da Ordem aberta).

Deputados e o próprio Pinato – que não relatou de público quais seriam as ameaças – solicitaram ao presidente escolta policial para o parlamentar e sua família.


Sem holofotes, presidente da Câmara recua na agenda de viagens
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Leandro Mazzini

cunha

A luz apagou para Eduardo Cunha.

Até dois meses atrás, enquanto suspeitas o cercavam de ligação com lobistas da operação Lava Jato, o presidente da Câmara circulava com desenvoltura pelo País em agendas de almoços empresariais, palestras, visitas a entidades.

A agenda de Eduardo Cunha de viagens e de participação em solenidades não é mais a mesma. Ele recuou na Câmara Itinerante (a última visita a Assembleias foi em Goiás, em agosto). Há (poucos) convites em aberto.