Coluna Esplanada

Arquivo : impeachment

Wagner sinaliza com bandeira branca para Cunha
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Leandro Mazzini

Wagner com Cunha, em cerimônia de condecorações das Forças Armadas neste ano

Wagner com Cunha, em cerimônia de condecorações das Forças Armadas neste ano

Eram quase dez horas da noite de sábado quando o celular do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tocou muitas vezes.

Na linha, o chefe de gabinete da presidente Dilma, Giles Azevedo, passou para o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner.

Conversas amenas, numa primeira tentativa de bandeira branca com o opositor. O plano é uma aproximação de Cunha com o Planalto, especificamente com Jaques Wagner – em razão de o deputado não ter se afinado com a presidente (por ora).

A presidente Dilma e Lula, o mentor da orquestração, apostam as fichas no tom conciliador de Wagner e no respeito suprapartidário com o qual desfila o ex-governador da Bahia e ex-ministro.

À ocasião da ligação, os palacianos já esperavam esperançosos que a estratégia de barrar o rito do impeachment fosse decidida por liminares monocráticas no Supremo Tribunal Federal – como ocorreu com decisões de Rosa Weber e Teori Zavascki.

Os ministros acolheram mandado de segurança impetrado pelo PT contra sessão de ritual do impeachment lido por Cunha há semanas, peça de defesa escrita pelo deputado Wadih Damous – que se tornou o Defensor-Geral do Planalto.


Suplente, ex-presidente da OAB-Rio se torna o Defensor-Geral do Planalto
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Leandro Mazzini

Wadih chegou há cinco meses e já 'sentou na janela', mas por competência num partido perdido no Congresso. Foto: UOL

Wadih chegou há cinco meses e já ‘sentou na janela’, mas por competência num partido perdido no Congresso. Foto: UOL

Cresceu no PT o nome de Wadih Damous, o suplente ex-presidente da OAB do Rio que chegou há três meses e tornou-se o melhor defensor de Dilma, do Governo e até de Lula na tribuna da Câmara.

É Wadih quem tem falado no tempo do líder Sibá Machado – a pedido do próprio. E foi uma peça jurídica dele para o STF que barrou o avanço do impeachment de Dilma.

Wadih tomou posse em maio deste ano, no lugar do eleito Fabiano Horta, que assumiu secretaria num município do Estado do Rio. Wadih, ligado a Lula, já está cotado para assumir a liderança do PT na Câmara ano que vem.


DEM e Solidariedade cobram posição de Cunha sobre impeachment
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Leandro Mazzini

Paulinho - ele está irado com a neutralidade do PMDB e de Cunha. Foto: Ag. Câmara

Paulinho – ele está irado com a neutralidade do PMDB e de Cunha. Foto: Ag. Câmara

Atualizada quinta, 24, 14h40 – A oferta aceita pela bancada do PMDB na Câmara para assumir dois ministérios, com articulação velada do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), irritou a oposição que estava alinhada com ele nos pedidos de impeachment da presidente Dilma.

Opositor declarado do Governo, Cunha foi cobrado a sós por Paulinho da Força (Solidariedade) e o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), nesta quarta-feira. Eles são os entusiastas do impeachment.

No mais, a manutenção dos vetos presidenciais na sessão de terça-feira, um dos pontos do acordo com o PMDB, mostrou que o partido se engajou na defesa de Dilma e não há contingente com votos para o processo de impedimento.


Reale enterra empolgação do PSDB: não há motivo para impeachment
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Leandro Mazzini

A proposta de impeachment da presidente Dilma Rousseff é praticamente nula.

É o recado que a cúpula do PSDB no Congresso deu em reunião na manhã desta quinta-feira para afinar o discurso com as bancadas na Câmara e Senado. Parte dos deputados (principalmente eles) e senadores propalava a intenção do pedido contra a presidente.

Contratado pelo partido para um parecer, o jurista Miguel Reale Jr, ex-ministro do governo Fernando Henrique, avisou ao presidente do PSDB, senador Aécio Neves – o porta-voz do recado às bancadas – de que não há por ora motivação para o protocolo.

O PSDB pediria o impeachment baseado nas delações do doleiro Alberto Youssef – já condenado pela Justiça Federal em alguns crimes – mas cujas investigações sobre o esquema do Petrolão ainda continuam. Youssef já revelou repasses de dinheiro de fraudes em contratos da Petrobras para o ex-tesoureiro do PT, Vaccari Neto, que teriam sido usados na campanha presidencial de Dilma e pelo PT.


Deputados tucanos pressionarão Aécio, Cunha e FHC por impeachment
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Leandro Mazzini

O líder Carlos Sampaio -entre a cautela e a pressão dos deputados. Foto: psdb.org

O líder Carlos Sampaio -entre a cautela e a pressão dos deputados. Foto: psdb.org

Os deputados tucanos vão pressionar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a rever sua posição. Cunha tem repetido aos holofotes que não vê motivos para um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O séquito também fará agenda junto ao senador Aécio Neves, presidente do partido, e ao ex-presidente Fernando Henrique para convencê-los.

Os parlamentares tucanos que se reuniram na última sexta (25) em Brasília, para debater o assunto, tomaram todas as providências para se blindarem e evitar vazamentos. Os áudios das reuniões temáticas foram apagados, e todas as anotações, inclusive rascunhos, triturados.


Em reunião, bancada do PSDB na Câmara defende impeachment
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Leandro Mazzini

O pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff foi consenso em reunião da bancada do PSDB da Câmara dos Deputados realizada no Instituto Israel Pinheiro, em Brasília, na sexta-feira, com a presença de 29 dos 54 parlamentares.

Embora consenso, a disposição ficou dividida entre os que defendem uma peça bem embasada juridicamente, para já, e os que preferem a cautela – mas endossam o pedido. Todos se respaldam nas delações dos investigados na operação Lava Jato, de que houve triangulação de verba pública em contratos da Petrobras que pararam no caixa de campanha do PT em 2014. Além das chamadas ‘pedaladas fiscais’ nas contas do Governo em redirecionamento de verbas entre estatais para maquiar gastos e déficits.

A partir de hoje, os deputados vão pressionar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a rever sua posição. Cunha tem repetido aos holofotes que não vê motivos para um pedido de impeachment. O séquito também fará agenda junto ao senador Aécio Neves, presidente do partido, e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para convencê-los.