Coluna Esplanada

Arquivo : infraero

Pedido pela Infraero, despejo do Aeroclube do Brasil aterrissa no STJ
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Leandro Mazzini

Enquanto briga na Justiça com a Infraero, o Aeroclube do Brasil, no Rio, está há meses sem interventor nomeado pelos associados.

A Infraero pediu o despejo dos dois hangares ocupados desde os anos 70, porque pretende alugar para empresas aéreas.

A estatal estuda também abrir rotas comerciais no Aeroporto de Jacarepaguá, pertinho do parque Olímpico e da Barra da Tijuca, alvo do empresariado. ( lembre aqui o impasse judicial )


Lava Jato taxia e pode aterrissar nos aeroportos concedidos
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Leandro Mazzini

O Galeão, no Rio - nas mãos da Odebrecht

O Galeão, no Rio – nas mãos da Odebrecht

Os experientes e bem informados empregados da Infraero, que conhecem os ‘hangares’ das concessões de lucrativos terminais e defendem uma CPI para investigá-las, indicam que a Operação Lava Jato está taxiando e pode aterrissar nas pistas controladas agora pelas empreiteiras – todas elas investigadas pela Justiça e PF.

Alvos recentes, a Andrade Gutiérrez opera o Aeroporto de Confins (Belo Horizonte) com a Camargo Corrêa, e Odebrecht comanda o Galeão (Rio de Janeiro), dois lucrativos aeroportos.

Completam esse check-in a Engevix (JK, em Brasília, e Natal), UTC (Viracopos, Campinas) e OAS (Cumbica, em Guarulhos).

UTC, Engevix e OAS fizeram obras nos terminais de seus aeroportos com suas próprias tabelas de preço, dizem os técnicos da estatal, financiados pelo BNDES e com Infraero cobrindo 49% dos custos como sócia.

A Associação Nacional de Empregados da Infraero já enviou carta ao ministro da Aviação reforçando pedido de apoio a uma CPI das Concessões no Congresso.

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Em outdoors por Brasília, servidores da Infraero pedem CPI das concessões
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Leandro Mazzini

Um dos outdoors distribuídos por pontos estratégicos da capital.

Um dos outdoors distribuídos por pontos estratégicos da capital.

A Associação Nacional dos Empregados da Infraero (ANEI) pagou a publicação de outdoors por vias estratégicas do Distrito Federal, com imagem de passageiros desolados nos terminais, e a frase: ‘Desapontado com os aeroportos? Pela Sobrevivência da Infraero, CPI já!’.

O grupo pede uma CPI na Câmara dos Deputados para investigar as concessões.

O presidente da ANEI, o servidor Alex Fabiano, enviou carta de duas páginas de protesto para o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, relatando o que considera desmonte da estatal com as concessões dos mais lucrativos aeroportos para grandes grupos – nos consórcios aparecem conhecidas empreiteiras.

No início de junho o servidor registrou ofício em cartório de Brasília no qual diz temer por sua vida por fazer denúncias contra a diretoria da empresa. Desde então a assessoria da Infraero tem avaliado a situação com o departamento jurídico.


Autor de denúncias, servidor da Infraero registra em carta temer pela vida
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Leandro Mazzini

Trecho final do documento de quatro páginas. Reprodução

Trecho final do documento de quatro páginas. Reprodução

Presidente da Associação Nacional dos Empregados da Infraero (Anei), o servidor Alex Fabiano Costa registrou documento em cartório de Brasília no qual relata temer pela sua vida e da namorada, também funcionária. Por denunciar supostas irregularidades na estatal.]

A Anei faz pressão no Congresso para que parlamentares apresentem uma CPI da privatização dos aeroportos, ‘a fim de dar ampla publicidade ao pedido de socorro dos cerca de 13 mil trabalhadores, indignados com o descaso’, informa o servidor.

A Infraero informa que não há histórico na trajetória da empresa sobre ameaças a funcionários, e o jurídico vai tomar medidas cabíveis no caso do presidente da Anei.


Presidente da Infraero vira alvo de servidores por viagem a BH
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Leandro Mazzini

Vale - alvo de todos os lados. Foto: divulgação

Vale – alvo de todos os lados. Foto: divulgação

Empregados da Infraero revoltados com o desmonte da estatal apostam que o presidente da empresa, Gustavo do Vale, cruzeirense azul marinho, viajou para Belo Horizonte no último dia 17, com passagem paga pela empresa, para assistir à semifinal do Campeonato Mineiro entre Cruzeiro e Atlético.

Documento de posse da Coluna comprova que a diretoria da Infraero pagou cerca de R$ 586 em bilhetes de ida e volta no trecho Brasília-Confins-Brasília entre 17 de abril e 22 de abril.

A Infraero informa que houve agenda a trabalho. Mas os registros são apenas do dia 22, após Vale visitar obras no Aeroporto de Confins. Detalhe, o Cruzeiro perdeu de virada.

A situação na estatal é de desconforto. Gustavo do Vale já está na mira da presidente Dilma , e agora é alvo dos servidores.

A Infraero teve dois aeroportos (Santos Dumont-RJ e Congonhas-SP) escolhidos entre os melhores do País por passageiros, em pesquisa realizada pela Secretaria de Aviação Civil, mas sofre, segundo funcionários, o desmantelamento administrativo com as concessões dos mais lucrativos aeroportos que caem nas mãos de grandes empreiteiras.

A estatal tem perdido receitas sucessivas com as concessões, mas desde ano retrasado parte da diretoria não desistiu de fechar um contrato milionário com a Inframérica, que administra o Aeroporto JK, para mudar a sede da estatal para o antigo hangar da TransBrasil.


Presidentes dos Correios, Chesf, Conab e Infraero na guilhotina de Dilma
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Leandro Mazzini

Dilma cumprimenta Lages, antes da malsucedida reunião entre eles. Foto: UOL

Dilma cumprimenta Lages, antes da malsucedida reunião entre eles. Foto: UOL

Um episódio no gabinete presidencial há exatos sete dias revelou que cargos de direção de pelo menos quatro poderosas estatais estão na mira de Dilma Rousseff – e a guilhotina preparada para seus titulares.

Na última quinta-feira (16), depois da posse de Henrique Alves no Ministério do Turismo, a presidente Dilma aproveitou a ausência do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), e chamou ao seu gabinete Vinícius Lages, apadrinhado do senador que passou a vaga, a contragosto dele.

Dilma pediu a Lages que escolhesse a presidência dos Correios, Conab, Chesf ou Infraero – irrecusáveis para dez entre dez políticos. ‘Fica que em dez dias eu convenço o Renan’, disse a presidente. Lages declinou das propostas, sorriu e deixou o gabinete.

Lages contou o caso logo depois da reunião para Renan, que ficou enfurecido, mas agradeceu a fidelidade do apadrinhado – e o nomeou para chefe de gabinete no Senado. O episódio serviu para piorar a relação entre Dilma e Renan que já estava ruim (daí a ausência dele na posse de Alves no Planalto).

Ao declinar, o ex-ministro do Turismo explicou para a presidente que tem compromisso com Renan, nada pode decidir sem ele, e que é a favor da redução de ministérios.


Perda de receita e gastos excessivos podem levar Infraero à falência
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Leandro Mazzini

Com a concessão dos seus principais e lucrativos aeroportos a Infraero está rumo ao desmonte. A estatal, que apesar de sócia das novas administradoras perde muita receita, recorre ao Tesouro para sobreviver.

Para piorar, a direção da empresa tem gastos excessivos apesar do novo cenário. Fechou contrato de aluguel para nova sede por R$ 380 mil mensais em Brasília e deixou sede própria.

Também sem que graduados funcionários de carreira entendessem, a cúpula da estatal, em vez de reduzir custos, criou mais três diretorias: Jurídica (antes uma assessoria), Planejamento e.. Aeroportos? A ‘Aeroportos’ tirou atribuições da Diretoria de Operações.

A estatal se sustentava apenas com os recursos das tarifas de voos, passageiros e carga aérea. Agora, recorre a empréstimos com a própria União.

A boa receita de Viracopos (Campinas), Cumbica (Guarulhos) e Galeão (Rio), e o equilíbrio financeiro de oito aeroportos (Manaus, DF, Curitiba, Salvador, Recife, Porto Alegre, Santos Dumont-RJ e Congonhas-SP) sustentavam os demais terminais brasileiros.

A estatal tem repetido a estratégia de defesa: precisa alocar funcionários na nova sede com mais espaço atenta à qualidade dos serviços e melhores condições de trabalho para os servidores.

 


O rasante de Efromovich em Jacarepaguá
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Leandro Mazzini

A turma do histórico Aeroclube do Brasil, que sofre ação de despejo da Infraero no aeródromo de Jacarepaguá (RJ), aponta nos bastidores o empresário German Efromovich, dono da Avianca, por trás do lobby pela desapropriação.

A Infraero pretende reutilizar os dois hangares para alocar pessoal transferido do Aeroporto do Galeão, após a concessão, mas nada a impede de alugar os hangares para uma companhia aérea.

A Avianca, aliás, assim como Gol e TAM, fazem pressão para operar no aeroporto de Jacarepaguá com voos comerciais, por ser ‘dentro’ da lucrativa Barra da Tijuca e ‘colado’ no futuro Parque Olímpico de 2016.


Aeroclube do Brasil será despejado dia 18 em Jacarepaguá
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Leandro Mazzini

Muitos pilotos estão sem teto, literalmente, para decolar.

O AeroClube do Brasil (ACB) foi intimado e será despejado dia 18 de outubro dos hangares do Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio, depois de impasse judicial com a Infraero, que ocupará o local com funcionários remanjeados do Aeroporto Internacional do Rio, Galeão.

Fundado por Alberto Santos Dumont há 103 anos, o ACB foi escola da grande maioria dos pilotos das companhias aéreas que operam no Brasil.

Leia mais sobre o caso aqui

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