Coluna Esplanada

Arquivo : joaquim levy

Levy e Barbosa apelam a Renan por pauta do Governo
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto de arquivo. ABr

Foto de arquivo. ABr

Com a prisão do líder do Governo, senador Delcídio do Amaral (PT-MS), a presidente Dilma agiu rápido.

Os ministros da Fazenda e Planejamento, Joaquim Levy e Nelson Barbosa, respectivamente, telefonaram para o presidente do Senado, Renan Calheiros, e fizeram um apelo: “a pauta não pode parar”.

A preocupação é latente. O Congresso Nacional tem só mais seis sessões para encerrar o Ano Legislativo. É preciso aprovar com urgência a nova meta fiscal, senão Dilma será acusada em 2016 de nova “pedalada” e sua situação piora.

O Governo quer aprovar na terça-feira na sessão do Congresso um relaxamento da meta fiscal que permita déficit de R$ 119 bilhões para ano que vem. E a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Na sessão do Senado, o esforço será pela aprovação da repatriação dos recursos do exterior não declarados – quem topar, não será processado em caso de não ter informado a conta à Receita Federal, mas terá de pagar o imposto.

Na Câmara, segue agonia de Eduardo Cunha: não consegue quorum, com a obstrução dos grandes (ex-aliados) partidos. O cenário, porém, não deve se repetir na sessão do Congresso.

O Blog no Twitter e no Facebook


Em brincadeira, Levy comenta com evangélicos citação sobre impostos
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto: Jovem Pan/UOL

Foto: Jovem Pan/UOL

Anfitrião no Palácio do Planalto de encontro da presidente Dilma com os bispos líderes das principais igrejas evangélicas, há duas semanas, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) ouviu dias depois, do ministro da Fazenda, Joaquim Levy:

“Senador, Dai a Cesar o que é de Cesar”.

A conhecida citação bíblica, como notório, fala de pagamento de impostos. E como se sabe, por lei as igrejas são isentas de pagamentos de muitos impostos e tributos, principalmente sobre arrecadação – ou seja, o dízimo.


Governo interrompe farra de licenças de servidores federais
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto: EBC

Foto: EBC

O Governo – leia-se o ministro da Fazenda, Joaquim Levy – barrou semana passada, com recado direto no Diário Oficial da União, centenas de licenças não remuneradas de servidores, de 12 e 24 meses.

É um ato recorrente entre servidores de todas as repartições. A turma da licença ganharia muito mais no mercado, para trabalhar na sua especialidade, do que na gestão pública.

A justificativa da Fazenda, por exemplo, é que precisam de contingente para aumentar a arrecadação para o Tesouro.

O Blog no Twitter e no Facebook


‘Não’ de Levy para Temer foi gota d’água para vice deixar Articulação
Comentários Comente

Leandro Mazzini

levy
Um episódio constrangedor para Michel Temer, na última quarta-feira, foi o estopim para o vice-presidente da República deixar a função de articulador político do Palácio do Planalto – o que ele já cogitava há semanas.

O caso revela o poder dos empresários de transporte coletivo junto ao Congresso Nacional e o esforço descomunal do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pelo ajuste fiscal.

Em viva-voz, Levy disse um baita ‘Não’ a um pedido de Temer, que recebia 10 senadores no Palácio do Jaburu.

Os senadores pediam que o Governo mantivesse a desoneração das alíquotas da folha de pagamento para o setor de transportes. Temer ligou na hora para Levy, e ouviu o “fora”.

Numa saída elegante, embora constrangido e vermelho, o vice-presidente desligou e afirmou que, com o não do ministro, enviaria uma Medida Provisória da Casa Civil para desoneração do setor para a Câmara.

Não foi preciso. O Senado aprovou na mesma noite a proposta da Câmara, mantendo a desoneração para o setor com alíquota menor em detrimento de outros setores. Mas o episódio marcou como Levy tem sido rifado.

Os senadores, pressionados pelos donos de empresas de ônibus, alegam que a oneração da folha pode aumentar o preço da passagem.

O Blog no Twitter e no Facebook


Ninguém ajuda o capitão Levy
Comentários Comente

Leandro Mazzini

foto extraída do sindicatoseguradoras.com.br

foto extraída do sindicatoseguradoras.com.br

A arrogância de Luiz Inácio Lula da Silva em não reconhecer anos atrás uma crise mundial que afetaria diretamente o Brasil – “é marolinha” – e a petulância de igual tamanho da atual presidente da República, Dilma Rousseff, em recorrer a atos precipitados sem saber ouvir o mercado – tampouco os conselheiros próximos – deu no que deu: O Brasil mergulhou numa crise com recessão e economia estagnada que, no melhor dos cenários poderá dela sair em dois anos, especulam empresários.

Foi chamado então um homem de mercado e ligado aos bancos que seguram o País, Joaquim Levy, como salvador da Pátria. Mas desde que assumiu, o que Levy encontra é uma série de obstáculos dentro do próprio Governo que o convocou.

Exímio navegador das (sujas) águas da Baía da Guanabara, sua terra natal, Levy usou da metáfora para explicar o seu cenário: é preciso evitar que o barco vá para os rochedos. O que não quis dizer, para não causar tumultos na praça, é que o barco está à deriva e já costeia as rochas. O Brasil pode quebrar se não seguir à risca o pacote esboçado por ele para recolocar a nau no rumo. Mas ninguém, ninguém ajuda o capitão.

A presidente Dilma, que contratou o especialista e lhe deu carta branca, não manda mais no próprio Governo. Este possui três ministros da Fazenda – Levy, o oficial, e outros dois que se metem a dar palpite demasiado na sua pasta: os economistas Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Nelson Barbosa (Planejamento). Barbosa, aliás, fechado com Mercadante, meteu os dedos no rascunho feito pelo inquilino da Fazenda no corte do Orçamento de 2015 e desagradou a Levy. Foi Barbosa quem foi aos holofotes anunciar com pompas o plano do colega de Esplanada. Um episódio lamentável.

E quando o problema não vem do Palácio do Planalto ou colegas de escalão, aparece do Congresso Nacional. Levy tem pacote sério de ajuste fiscal que recoloca o Brasil no eixo do desenvolvimento em dois anos.

Mas não esperava entraves surpreendentes nas duas Casas dos nobres parlamentares. Por mero capricho e interesses não muito claros, os deputados e senadores desfiguram suas propostas – essenciais para reforçar o caixa do Tesouro. Impõem ‘condições’, ora ao Planalto (cobrando liberação de emendas num Governo sem caixa), ora beneficiando setores que bancam suas campanhas, como no caso da manutenção da desoneração da folha de pagamento – o projeto original onera para todos os 56 setores outrora beneficiados, mas alguns, por benesses dos deputados e interesses obscuros, escaparam do aumento da alíquota sobre faturamento.

Presidente do Senado, Renan Calheiros piorou o cenário. Primeiro, informou a Levy que vai derrubar todos os acordos dos deputados nesta questão da folha. Beleza. Volta tudo ao projeto original. Mas o que parecia sensatez tornou-se, aos olhos do Governo, outra jogada: o senador vai esticar para o fim do segundo semestre legislativo a votação do projeto, que renderia este ano R$ 12 bilhões para a União. Conota que, ao derrubar o projeto da Câmara, Renan quer iniciar renegociação com os lobistas dos setores que pedem manutenção das bondades. Um acordo agora pelo Senado.
Com aliados assim, o ministro da Fazenda não precisa de inimigos.

Um Congresso assaltante, uma presidente sem poder, e colegas puxando o seu tapete.

O Blog no Twitter e no Facebook


Palestra de Levy na Firjan será bússola para empresários
Comentários Comente

Leandro Mazzini

mf

O ex-ministro das Cidades e diretor da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) Marcio Fortes organiza com esmero, há um mês, a palestra do ministro da Fazenda Joaquim Levy amanhã na cidade.

A nata da economia no Estado e alguns investidores – entre eles estrangeiros – vão ao auditório para ouvir o economista e conhecer uma radiografia da situação.

Em suma, o clima está assim: quem não tem dinheiro, quer uma orientação ou solução. E quem tem dinheiro, pouco ou muito, segura com receio de investir no País. A palavra do ministro será o norte.


O encontro de Mangabeira e Levy – e a reaproximação de Dilma com Obama
Comentários Comente

Leandro Mazzini

manga

Foto: Planalto

O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, terá um encontro esta semana a sós com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

A próximos, Mangabeira não quis informar a pauta. Mas pelo andar cambaleante da carruagem presidencial, a economia será o tema principal.

Mangabeira é próximo do presidente americano Barack Obama, para quem seu filho trabalhou na campanha presidencial do democrata. Ainda neste mês, a presidente Dilma e Obama terão uma reunião na Cúpula das Américas, na Cidade do Panamá, numa tentativa de reaproximação.

Mangabeira regressou no domingo dos Estados Unidos. Egresso de Harvard, onde se graduou em 1971, ele tem casa nos EUA – onde Levy é PhD pela Chicago University.

 


Na série de crises, falta a CPI da Barrinha de Cereal no Senado
Comentários Comente

Leandro Mazzini

O ministro não disfarçou o tédio em alguns momentos na CAE. Foto: ABr

O ministro não disfarçou o tédio em alguns momentos na CAE. Foto: ABr

Com a recessão na economia e o resultado da Operação Lava Jato cercando parte do Congresso Nacional, é feia a crise (também a moral).

O sumiço da barra de cereais do ministro Joaquim Levy (Fazenda), o único ‘lanchinho’ servido a ele nas exaustivas sete horas de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos, é prova da crise.

À ocasião do mico, parlamentares optaram pela ironia de que o corte de gastos chegou ao Senado, para não admitirem a vergonhosa segunda opção – outra brincadeira dos bastidores: algum larápio levara a barrinha, o que não se descarta pelo perfil de parte da Casa.


Para congressistas, sobram ministros da Fazenda
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Barbosa, no destaque, ao lado de Levy. Foto: UOL

Barbosa, no destaque, ao lado de Levy. Foto: UOL

As recentes incursões do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, por mansões sedes sociais das bancadas da base governista em Brasília, para explicar o pacote fiscal da presidente Dilma, expuseram para os parlamentares o esforço do núcleo palaciano em convencer aliados pelas mudanças pró-Tesouro.

Mas também mostraram – e ainda revelam – segundo parlamentares que participaram dos banquetes que há pelo menos três ministros da Fazenda do segundo governo Dilma Rousseff: o oficial, Joaquim Levy, e dois extra-oficiais, os economistas Mercadante e Nelson Barbosa, o titular do Planejamento.

Na avaliação dos congressistas, ficou evidente que cada um deles quis – e continuam querendo, a cada aparição pública – mostrar que entendem do que falam. Por ora, não desafinaram no discurso. E aqui está o risco. Se um deles contradizer o outro, a situação desanda ainda mais.

Em suma, os parlamentares dão ouvidos aos três, no esforço do trio em explicar a condução da política econômica.


Levy assume papel de articulador político e ofusca Pepe Vargas
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto: Ag. Senado

Foto: Ag. Senado

A visita de Joaquim Levy ontem ao presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-RN), contribuiu para amenizar o clima tenso entre o Palácio do Planalto e o Legislativo – e provou que o ministro da Fazenda assumiu a função de articulador do ministro palaciano Pepe Vargas, com quem a cúpula do Congresso não dialoga.

Semana passada, por telefone, Levy desabafou para Renan: ‘Só aceitei (a interlocução) porque me disseram no Palácio que tudo seria aprovado no Congresso’. E o presidente rebateu: ‘Não, aqui não é assim, as pessoas vão querer aprimorar, ou modificar..’

A chegada de Levy para negociar a mudança na correção na tabela do Imposto de Renda, que resultou no acordo, foi vista com bons olhos por Renan Calheiros e os senadores da base governista e oposição. Um sinal de que o Palácio enviou o emissário certo, e com humildade, para retomar a interlocução.

A cada dia mais nulo na interlocução com o Legislativo, o ministro Pepe Vargas ganhou novos apelidos nas Casas: ‘É o rei da ingenuidade’, conta um senador. Apesar do esforço do ministro em tomar à frente da articulação com as Casas, há um desdém imposto por Renan e principalmente pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Este é o destaque da Coluna de hoje, enviada ontem (10/03) às 19h para os jornais da rede Esplanada