Coluna Esplanada

Arquivo : lava jato

Baiano entregou à PGR Iphone com mensagens comprometedoras
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Leandro Mazzini

Foto: UOL

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No dia 24 de setembro do ano passado, dez dias após assinar a delação premiada, o lobista Fernando Baiano entregou um “Iphone 3, 16GB, preto” para a força-tarefa da operação Lava Jato, consta em registro de Apenso na Procuradoria Geral da República.

É peça-chave da investigação, com mensagens comprometedoras.

A Polícia Federal tem tecnologia para rastrear o WhatsApp, mas ainda não há como desbloquear o aplicativo Telegram. Por isso, nas últimas fases da operação, os agentes têm recolhido todos os celulares de alvos.

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Lava Jato faz devassa na comunicação e patrocínios da Petrobras
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

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Segue em estágio avançado o pente-fino da Polícia Federal sobre supostas fraudes em contratos da assessoria de comunicação da Petrobras. O foco está em preços superfaturados de agências de publicidade.

A próxima devassa da PF será centrada nos patrocínios culturais. A força-tarefa da Lava Jato quer identificar e prender quem fez “arte” com dinheiro público.

Vale lembrar que a própria Petrobras iniciou uma enxugada nos seus quadros na área da Comunicação.

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Dilma manda base governista blindar Wagner contra CPIs
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

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Em meio ao recesso parlamentar os principais líderes governistas receberam telefonemas do Palácio do Planalto, a mando da presidente Dilma Rousseff, com missão de blindar o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, de convocações na CPI dos Fundos de Pensão.

Também foram orientados a ficarem vigilantes em outras comissões para evitar manobras-surpresa da oposição.

Dilma não quer perder outro ministro denunciado por suspeitas de corrupção. Erenice Guerra e Antonio Palocci, suas indicações para o cargo, foram defenestrados assim.

Causa estranheza a ministros palacianos que as denúncias de envolvimento de Wagner com a UTC e OAS tenham surgido depois que ele criticou o próprio PT.

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Colaborou Walmor Parente

 


Sem verba do PAC, Andrade Gutierrez descarrila em obra de ferrovia na Bahia
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Leandro Mazzini

A Andrade Gutierrez (AG) deixou obras do lote 4 da ferrovia Oeste-Leste em Brumado (BA) sob risco de quebrar a cadeia produtiva da cidade, da quitanda às subempreiteiras contratadas.

Apenas uma empreiteira, a Conep, segundo consta na praça, tem crédito de R$ 3 milhões. Mais de dez empreiteiras pequenas tinham contratos com a AG para motoristas e equipamentos, e levaram calote.

Em nota, a Andrade Gutierrez “esclarece que a construção da Ferrovia Oeste-Leste está paralisada desde julho de 2015 por falta de recursos financeiros federais suficientes para sua continuidade”. A empresa jura que não deve ninguém: “A Andrade Gutierrez afirma ainda que não há dívidas com subcontratadas”.

A AG tocava a obra em consórcio com a Barbosa Mello e a Serveng. Para o trecho de 178,28 km, levaram da União R$ 739,8 milhões.

A obra é uma locomotiva de empreiteiras enroladas na Lava Jato. Outros lotes são tocados, desde 2010, pela Mendes Junior, Galvão Engenharia e OAS. A obra tinha previsão de conclusão até início de 2013, mas avançou pouco.

A ferrovia foi idealizada pela Valec, braço do Ministério dos Transportes, para escoar grãos e minério do Oeste baiano e do Tocantins até o litoral sul da Bahia. Ao custo de R$ 4,2 bilhões, a ferrovia descarrilou na crise econômica. Para piorar, mais de 8 mil operários foram demitidos e o motivo da obra, o porto de Ilhéus, não saiu.

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‘SWAT’ brasileira na residência de Cunha: era o uniforme novo
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Leandro Mazzini

Foto: UOL

Foto: UOL

Muita gente estranhou o COT – Comando de Operações Táticas, a SWAT brasileira, pela primeira vez numa operação da Lava Jato. Foi na residência oficial do presidente da Câmara, há semanas, durante busca e apreensão.

Além de a PF dar o ar da graça ciente da vitrine nacional – e até internacional – apresentou ao mundo os equipamentos no traje e o uniforme novo do grupo.

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Paulo Roberto Costa tem escolta de oito agentes federais
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Leandro Mazzini

Foto: Ag. Senado

Foto: Ag. Senado

Ex-diretor da Petrobras, primeiro e principal delator da Operação Lava Jato até agora, Paulo Roberto Costa tem oito policiais federais na escolta que se revezam 24 horas na sua casa, no Rio de Janeiro, em duas viaturas.

Estima-se que os custos devem alcançar R$ 300 mil por mês na escolta da prisão domiciliar. Até nisso o delator dá prejuízo.

As informações de Paulo Costa contribuíram para a Justiça encarcerar e condenar alguns graduados empreiteiros e políticos outrora intocáveis.

Temendo por suas vidas, os delatores Nestor Cerveró (a ser solto ano que vem) e Fernando Baiano, já libertado e residindo na Barra da Tijuca, devem ganhar escolta.

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Se depender da Câmara, Cunha terá sobrevida de dois meses
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Leandro Mazzini

Alvo no STF e do processo da Lava Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), terá uma sobrevida de quase dois meses, pelo regimento da Casa, para não ser limado da presidência como querem seus opositores.

Dia 10 de fevereiro, na quarta-feira de cinzas, encerra-se o prazo para o deputado apresentar sua defesa ao Conselho de Ética. E o deputado Marcos Rogério (PDT-RO), relator do processo de cassação, avisa que tão logo receba a defesa, apresentará um plano de trabalho de 40 dias – “claro e transparente”- para não pairar brechas para questionamentos sobre o processo.

Para quem espera Cunha fora do cargo logo em fevereiro só resta a decisão do pleno do STF, que avaliará o pedido de afastamento proposto pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

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Para Renan, ‘PMDB se preocupou muito com RH’
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Leandro Mazzini

Renan Calheiros (PMDB-AL) anda às favas com seu partido e o vice-presidente Michel Temer.

“O PMDB se preocupou muito com o RH”, critica, em ataque ao histórico e notório fisiologismo do partido, em seguidos governos federais, desde a redemocratização.

O presidente do Senado jura que não tem cargos. Neste Governo.  Apesar de negar veementemente, até as portas dos gabinetes do Senado apontam seu apadrinhamento para Sérgio Machado na direção da Transpetro, subsidiária da Petrobras, enquanto durou o reinado do cearense no órgão.

Em tempo, o STF determinou a quebra de sigilos fiscal e bancário do senador, na esteira da investigação do processo da Lava Jato.

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Com Walmor Parente


Nenhum senador visita Delcídio na cadeia, outrora bajulado no Congresso
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Leandro Mazzini

O líder do Governo no Congresso, em tempos de Poder em plenário. Foto: Folha/UOL

O líder do Governo no Congresso, em tempos de Poder em plenário. Foto: Folha/UOL

Até há poucas semanas bajulado por líderes partidários do Congresso Nacional, senadores e lobistas, com fila na porta, o ainda senador Delcídio do Amaral (PT-MS) não recebeu visita de nenhum colega na cadeia – além dele, o PT tem mais 13 mandatários na Casa Alta.

Apenas um pequeno grupo de deputados estaduais do Mato Grosso do Sul, aliados fiéis da base eleitoral, passou pela cela da Polícia Federal para um papo. O petista foi transferido para uma sala no quartel general da Polícia Militar do Distrito Federal.

Acusado de maracutaias em contratos de empresas com a Petrobras, Delcídio foi detido sob acusação de tentativa de obstrução da Justiça em investigações no processo da operação Lava Jato, após ter conversa gravada pelo filho do ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

Ele já foi diretor da empresa na gestão do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, e na Era Lula é apontado como um dos principais padrinhos do ex-diretor Ceveró, também preso.

Um interlocutor muito próximo avisou à Coluna que ele será novamente bajulado. Em questão de dias. Delcídio fechou delação premiada com a Justiça Federal.

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Para petistas, elite da PF na residência de Cunha foi espetaculosa
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Leandro Mazzini

Adversário figadal de Eduardo Cunha, até o PT achou estranha a operação da Polícia Federal que cercou o presidente da Câmara. Petistas têm repetido veladamente que foi desproporcional a outras que assistiram.

O deputado Wadih Damous (PT-RJ), adversário do presidente da Câmara, criticou os holofotes da nova fase da operação Lava Jato: “Espetaculosa. Eduardo Cunha não tem o perfil de quem esconde documentos e provas em casa”.

Com Walmor Parente