Coluna Esplanada

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Gramado do Congresso se transforma em comunidade alternativa
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Leandro Mazzini

churras

Uma comunidade alternativa.

Transformou-se numa minicidade o acampamento dos jovens pró-impeachment de Dilma no gramado do Congresso Nacional.

Primeiro, as barracas; depois, lojinha. Na sexta-feira havia mercadinho e até churrasqueira soltava fumaça.

Uma portaria de anos atrás, da gestão de Aécio Neves na presidência da Câmara dos Deputados, proíbe ocupação no gramado.


O rei da cela e os súditos na carceragem da Lava Jato
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Leandro Mazzini

Odebrecht, de mãos no bolso, à frente de Alexandrino (já solto). O funcionário estava algemado. Foto: epoca.com

Odebrecht, de mãos no bolso, à frente de Alexandrino (já solto). O funcionário estava algemado. Foto: epoca.com

Após o terceiro pedido de prisão pelo juiz federal Sérgio Moro, o comportamento do empreiteiro Marcelo Odebrecht mudou no complexo médico-penal de Pinhais (PR), com a suspeita de que não sairá tão cedo do lugar.

O empresário dono do maior grupo do País vive turrão, desobedece regras da carceragem e faz ar de deboche para agentes, segundo relatos de policiais. Em alguns casos, cruza os braços em vez de posicioná-los à frente do corpo, quando os detentos andam em fila.

As retaliações para o comportamento solitário são banho frio e atraso na entrega das refeições para todos os presos.

Apesar dos castigos impostos pelos agentes, nenhum colega de cadeia de Odebrecht ousa reclamar com os carcereiros ou enquadrar o detento-rei.

O consenso entre os lobistas e executivos presos é que um dia todos serão soltos, e eles sabem do poder político e econômico de Odebrecht aqui fora. O tratam como reizinho da cela.


Emenda em projeto do Planalto livra Cunha de crime por conta na Suíça
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Leandro Mazzini

Cunha e o fiel escudeiro Manoel Junior.

Cunha e o fiel escudeiro Manoel Junior.

Relator aliado de Cunha reinseriu parágrafo para beneficiar presidente. Se passar, texto também salva investigados da Lava Jato e Swissleaks

Atualizada terça, 27, 20h18 – O clima esquentou hoje em Brasília, desde cedo na reunião dos líderes da base governista, e o ambiente de guerra deve chegar ao plenário na noite desta quarta-feira.

O relator Manoel Junior (PMDB-PB), um dos principais aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reinseriu no projeto de lei 2960 um parágrafo polêmico que exime de punibilidade criminal quem tem conta no exterior não declarada à Justiça brasileira – é o caso de Cunha, dos investigados na Lava Jato e de muitos brasileiros listados no Swissleaks (há contas legalizadas no HSBC do país europeu).

Em suma, o parágrafo 5º do PL 2960 livra todos os que têm conta secreta não declarada no exterior de supostos crimes como evasão de divisas e ocultação de bens. Estava previsto para ir a plenário hoje à noite, mas Cunha encerrou a sessão deliberativa às 20h13, por trata com os parlamentares, e a votação está prevista para esta quarta.

Os líderes do PSDB e PSB decidiram peitar Cunha: na votação, vão pedir análise em separado do parágrafo polêmico.

O PL trata da criação do RERCT e é conhecido como a proposta da repatriação de dinheiro, tocado pela Casa Civil e o Ministério da Fazenda, embora essa repatriação não seja obrigatória.

A Coluna alertou para o presentão que saiu do forno do Planalto, em setembro. O projeto original continha a extinção de punibilidade no Parágrafo 3º, mas a presidente Dilma mandou excluí-lo. Porém o relator Manoel Junior o reinseriu no Parágrafo 5º no relatório final na Comissão Especial que discutiu a proposta.

Ferrenho opositor de Cunha, o deputado Silvio Costa (PSC-PE) já diz que a ‘gambiarra’ do compadrio é titulada ‘Parágrafo Cunha’. Embora, se a proposta passar, o projeto beneficie todos os citados na Lava Jato e no Swissleaks com contas no exterior.

A oposição articula para tentar excluir o Parágrafo em votação no plenário. Se a proposta for aprovada na íntegra na Câmara, segue para tramitação no Senado.

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Gasolina e Serguei, veteranos de cela, têm muito a ensinar aos da Lava Jato
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Leandro Mazzini

O detento 'Gasolina' com a máscara com a qual tentava escapar. Foto: UOL

O detento ‘Gasolina’ com a máscara com a qual tentava escapar. Foto: UOL

Vez ou outra aparecem nas redes sociais charges ou textos espirituosos sobre os empreiteiros detidos em Curitiba, na operação Lava Jato da Justiça Federal. Combinam construir um túnel para a fuga em massa, mas nunca dá certo porque até nisso eles tentam ‘superfaturar a obra’.

Piada à parte, os presos de Curitiba têm muito a aprender com os do Centro-Oeste, aos quais sobra criatividade. Para citar apenas dois casos:

Para quem achou surreal a tentativa de fuga, com máscara de mulher, de Clodoaldo ‘Gasolina’ em Aparecida de Goiânia (GO), não lembra de César dos Santos.

Em abril de 2001, Dos Santos rendeu carcereiros com faca, emendou dois canos e tentou atravessar o muro do Instituto Penal de Campo Grande (MS) num salto com vara.

Não é exagero dizer que os dois presidiários deram com a cara no chão. Literalmente. Dos Santos passou a ser apelidado de Sergei Bubka, o grande atleta croata medalhista olímpico na modalidade.


Moro autoriza ida de Youssef à CPI dos Fundos de Pensão
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

Muitos congressistas já reservaram voo para desembarcar amanhã cedo em Brasília.

O juiz Sérgio Moro autorizou o pedido do presidente da CPI dos Fundos de Pensão, deputado Efraim Filho (DEM-PB), e o doleiro Alberto Youssef será ouvido na comissão.

Os deputados já coletaram informações suficientes de outros depoentes para fechar o cerco a Youssef. Querem saber se ele operou com dinheiro da Petros, Previ, Funcef e Postalis.


Delação de baiano: seis senadores e dez deputados do PT e PMDB
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Leandro Mazzini

baiano

Foto: UOL

Vem aí uma nova lista do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, de políticos denunciados no escandaloso esquema do ‘Petrolão’ – os desvios de recursos em contratos da Petrobras envolvendo empreiteiros, lobistas e políticos.

Quem acompanhou a nova delação do lobista Fernando Baiano no processo da Lava Jato diz que ele delatou pelo menos seis senadores e dez deputados federais, do PT e PMDB.

O partido nega, mas investigadores já apontam Baiano como o operador do PMDB no esquema.

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Cunha: ‘Não tenho o que fechar com o Planalto’
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Leandro Mazzini

cunha
O presidente da Câmara no olho do furacão da Lava Jato se mostra irritado nos bastidores com boatos de que vai se aliar ao Governo para se manter no Poder e evitar seu afastamento do cargo.

“Não fechei com ninguém, e nem vou fechar. Até porque não tem o que fechar”, diz Eduardo Cunha à Coluna.

Cunha vai manter a linha opositora ao Planalto. Para aliados, ele já tem a estratégia para ganhar tempo: vai segurar o quanto puder os pedidos de impeachment da presidente Dilma. Assim neutraliza por ora a ira da base governista.

Em outra frente, o presidente afaga a oposição. Para manter o apoio, dirá que analisará com calma o novo pedido de impeachment que Reale Jr. apresenta na sexta-feira.

Enquanto ganha tempo, Cunha vai atuar entre gabinetes na sua defesa contra a denúncia que chegou ao Conselho de Ética. É o único lugar onde não tem maioria na Casa.


Com empreiteiras na mira, Queiroz e UTC apostam e levam petróleo
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Leandro Mazzini

Ricardo Pessoa - de casa ele comanda o grupo

Ricardo Pessoa – de casa ele comanda o grupo

Com suas empreiteiras na mira da operação Lava Jato, os grupos Queiroz Galvão ( lembre aqui e aqui) e a UTC Engenharia ( aqui ) apostam na exploração de petróleo – ramo justamente pelo qual se enrolaram com a Justiça, no esquema de corrupção descoberto com os contratos com a Petrobras.

É tentativa de dar sobrevida financeira às holding. Com “nomes limpos” na praça, os braços do grupo para o setor petroleiro conquistaram na sexta-feira o direito de exploração em blocos leiloados pela Agência Nacional de Petróleo.

Foram leiloados 266 blocos em terra, numa área total de 122 mil quilômetros quadrados.

A Queiroz Galvão adquiriu dois blocos pela QGEP Participações S.A. A UTC Exploração e Produção S.A. conquistou os três blocos para os quais apresentou ofertas. A UTC pertence ao delator e um dos principais alvos da Lava Jato, Ricardo Pessoa, que já tem autorização da Justiça para trabalhar.

Além das brasileiras, vão explorar petróleo por aqui multinacionais do Canadá, França, Panamá, China, Argentina e Bermudas. São 17 empresas ao todo (confira)

O BTG Pactual, o jovem banqueiro André Esteves, conquistou a exploração de três blocos com a sua BPMB Parnaíba S.A. Ele já tem boa fatia de exploração na África adquirida dos campos da Petrobras.


João Augusto, a eminência parda do PMDB na Petrobras
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Leandro Mazzini

As bancadas do PMDB estão encrencadas se João Augusto Henriques decidir fazer a delação premiada.

Eminência parda da legenda na Petrobras, ele era o diretor internacional de fato da estatal, padrinho da indicação de Jorge Zelada no cargo.

Peemedebistas contam que foi um dos seus, da bancada de Minas, quem apresentou João Augusto como o nome da bancada para a vaga, mas a então chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o barrou. João Augusto então indicou o seu amigo Jorge Zelada para o cargo. 

Zelada foi o nomeado, mas quem passou a controlar a diretoria Internacional foi João Augusto, como ponte das bancadas do PMDB de Minas e do Rio de Janeiro.

João Augusto e Zelada atuaram como os apadrinhados do PMDB, em especial no segundo governo do presidente Lula. Neste momento ambos batem ponto na cela da Polícia Federal em Curitiba.

A situação ficou mais tensa no fim da sexta para o partido. O juiz Sérgio Moro prorrogou a prisão de João Augusto.

 


Políticos apontam lobista ligado a Zelada como homem-bomba da Lava Jato
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Leandro Mazzini

Rebuliço no Congresso. Para muitos parlamentares o “homem bomba” não foi Paulo Roberto Costa, não é Fernando Baiano e não será Marcelo Odebrecht.

Na Lava Jato o nome aguardado para depor é o de João Augusto Rezende, lobista que tem supostas contas rastreadas no exterior, ligado ao ex-diretor internacional da Petrobras Jorge Zelada.

Era Zelada quem cuidava de contratos de locação de navios e plataformas.

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