Coluna Esplanada

Arquivo : obras

Sem caixa, Infraero paralisa obras de R$ 100 milhões em aeroportos
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Leandro Mazzini

Cabeçalho do Memorando enviado a todas as diretorias. Reprodução

Cabeçalho do Memorando enviado a todas as diretorias. Reprodução

O corte no Orçamento e a concessão de aeroportos deixaram a Infraero sem caixa.

A estatal paralisou obras orçadas em R$ 100 milhões em vários aeroportos, por ordem da Diretoria de Engenharia, no Memorando Circular 7910 do último dia 9 de Junho.

Somente as obras do PAC executadas pela União, que somam R$ 1 bilhão, avançam a toque de caixa.

A Infraero confirma que suspendeu contratos dos ‘investimentos Não PAC’, entre eles a reforma da administração do Aeroporto de Londrina (PR) e o novo prédio da Seção de Combate ao Incêndio no de Joinville (SC).

Segundo a estatal, as obras não foram paralisadas nos aeroportos concedidos, por entrarem na rubrica ‘investimentos PAC’.

Trecho do documento que cita a dificuldade financeira da estatal. Reprodução

Trecho do documento que cita a dificuldade financeira da estatal. Reprodução

A Infraero garante que as operações dos aeroportos não serão afetadas, e que reavalia contratos, ‘planejando a retomada de cada investimento dentro da realidade financeira’.

Obras da Infraero nos aeroportos concedidos de Guarulhos, Brasília e Viracopos já foram concluídas, complementa a assessoria. No Galeão (Rio) ainda continuam.


Deputado quer batizar Transnordestina de Ferrovia Eduardo Campos
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Leandro Mazzini

Obras da ferrovia se estendem por anos, e por bilhões

Obras da ferrovia se estendem por anos, e por bilhões

O deputado federal Heráclito Fortes (PSB-PI) está de boa intenção, mas arrumou uma encrenca dupla.

Apresentou projeto de lei para batizar de ‘Governador Eduardo Campos’ a Ferrovia Transnordestina. A polêmica é dupla porque nem foi concluída. E outra, quem manda na estatal que controla a Transnordestina hoje é o ex-desafeto do finado Campos, Ciro Gomes.

O deputado Júlio César (PSD-PI), um dos maiores estudiosos das obras federais, passou lupa nos repasses e e já fez, meses atrás, uma radiografia da decana e inacabada mega ferrovia. A situação é de descarrilar locomotivas.


Terceirização ajudará obras do PAC e linhas de Belo Monte
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Leandro Mazzini

A linha de transmissão Porto Velho - Araraquara 2, liberada pelo Ibama. A de Belo Monte Pará-Minas terá 2 mil km. Foto: Ibama

A linha de transmissão Porto Velho – Araraquara 2, liberada pelo Ibama. A de Belo Monte Pará-Minas terá 2 mil km. Foto: Ibama

A despeito de mudanças no Senado no PL 4430, que regulamenta as terceirizações no mercado de trabalho, um dos maiores beneficiados será a chinesa State Grid Brazil Holding (51%), sócia da Eletronorte (24,5%) e Furnas (24,5%) na construção das linhas de transmissão da futura usina de Belo Monte.

As obras de ligação entre o Pará e Minas Gerais estão atrasadas 12 meses. Entre outros fatores, principalmente porque os chineses, visando lucro, exigem do Governo autorização para driblar a lei e contratar operários fora do regime de CLT – e ainda trazer milhares de operários da Ásia para o serviço, revelou a Coluna em novembro.

Charge de ALIEDO - http://aliedo.blogspot.com

Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com

O governo tenta convencer os chineses de que a legislação brasileira (por ora) exige a aplicação da CLT nas Sociedades de Propósitos Específicos, como no caso dessa obra. Agora, com o avanço do PL no Congresso, há possibilidade de a State driblar a CLT e trazer até dois terços de asiáticos para a obra – que não tem um poste fincado ainda.

A presidente faz cara feia, o ex-presidente Lula e CUT gritam contra, mas a terceirização regulamentada pode destravar dezenas de obras do PAC no País, em especial no Centro-Oeste e Sul, onde empreiteiras utilizam mão de obra de bolivianos e paraguaios nos canteiros.


Paes, COI e empreiteira: uma maratona de debates tensos
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Leandro Mazzini

paes

As reuniões entre os representantes das organizadoras da Olimpíada do Rio têm sido uma maratona de debates e caras feias.

Os integrantes do Comitê Olímpico Internacional (COI) estão surpresos com o prefeito do Rio, Eduardo Paes. Ele bate pé e tem peitado a entidade, que apresenta custos aditivos a cada reunião, na tentativa de empurrar para a Prefeitura alguns gastos antes acordados com a entidade privada organizadora dos Jogos do Rio.

O prefeito também decidiu soltar o verbo na mídia contra a empreiteira Queiroz Galvão, enrolada no processo da Operação Lava Jato e responsável por obras no Complexo Esportivo de Deodoro, na Zona Oeste do Rio, onde serão realizadas as provas de canoagem e hipismo, entre outras.

Para o prefeito, a empresa demitiu funcionários para fazer pressão no pedido de adiantamento de repasses de verbas garantidas. Paes diz que não topa e que as obras estão adiantadas, e a empresa nega a pressão.


Paraguai também quer verba do BNDES para obras
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Leandro Mazzini

Com a generosa oferta presidencial, com o talonário do BNDES, para obras em países de governos amigos – como Cuba e alguns da África – não seria surpresa que o apetite das empreiteiras e de outros chegasse a Brasília.

Agora é a vez dos paraguaios reivindicarem um lugar na lista das benesses. Baixaram ontem em Brasília os ministros da Indústria, Gustavo Leite, e de Obras Públicas, Ramón Jiménez. Segundo boletim de suas assessorias, ‘manteriam várias reuniões a fim de captar recursos para o País’ vizinho.

O périplo dos ministros ontem e hoje envolve em especial a sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a sede do BNDES. A incursão à CNI naturalmente suscita uma agenda de interesses comerciais e empresariais, mas ao bancão remete ao apetite por fomentos diretos.

A novidade é que de anos para cá todas encontraram no BNDES e no aval da Presidência da República – sob as gestões de Lula e a atual, de Dilma Rousseff – a anuência para financiamentos bilionários nem sempre transparentes, como é o caso do porto de Mariel, em Cuba, que recebeu US$ 682 milhões do bancão via Odebrecht. A América Latina vive uma efusão de grandes obras públicas, muitas delas tocadas por grandes empreiteiras brasileiras como OAS, Odebrecht, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa.

Para citar dois casos, a Odebrecht amplia o metrô de Caracas, na Venezuela; Pepe Mujica, presidente do Uruguai, abriu licitação para construção via PPP de uma penitenciária em Montevidéu, e brasileiras entraram na disputa. Equador, Bolívia e Colômbia completam o rol de obras das brasileiras que recorrem ao banco. Os paraguaios sabem onde pisam e querem entrar para a patota.

A vinda dos ministros é mais um passo da tentativa de aproximação do novo presidente, Horácio Cartes, com a presidente Dilma. Cartes é um figurão bilionário no país hermano. Dono da Tabesa, tarimbada na lista secreta das autoridades policiais brasileiras na remessa de cigarros contrabandeados para o Brasil. Concorrentes brasileiras indicam que a empresa de Cartes sonega descaradamente uns R$ 3 bilhões por ano em impostos no Brasil – imagine, então, quanto deve faturar.

Um detalhe, na posse de Cartes ano passado baixou em Assuncion no jatinho do clube o então presidente do Barcelona, Sandro Rosell, que caiu esta semana. São amigos de longa data. Em suma, é plausível dizer que a relação de Cartes com Rosell é tão misteriosa quanto a doação do BNDES para obras no exterior.

PONTO FINAL

No País da piada pronta: Sobre o golpe de R$ 20 milhões na Educação do Governo do DF, em 2004, 10 anos atrás, a Polícia Civil já desconfiava de encomenda de creche de 1.900 fraldas em….açougue. Mas a investigação só começou em 2011 e só ontem a quadrilha foi presa.

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Piada do prefeito do Rio irrita membros do COI
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Leandro Mazzini

Conhecido como carioca extrovertido, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), fez uma piada fora de hora numa tensa reunião com membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) e irritou os integrantes.

O episódio ocorreu na última Segunda, no Rio, durante a apresentação de relatório sigiloso pelo COI no qual a entidade se mostrou muito preocupada com atraso de obras de mobilidade urbana mas principalmente do complexo olímpica.

Um deles, o jornalista israelense Alex Gilady, ex-presidente do canal NBC americano, reclamou que faltam hotéis no Rio, e os que existem não são bons. Segundo ele, não há hotel ‘de categoria’.

Paes, meio à brinca mas irritado, soltou para o interlocutor: ‘Da próxima vez que o senhor vier aqui, pode ficar na minha casa’. Mas ninguém riu, e o clima azedou de vez.

Como publicou a coluna, a reunião do Comitê do Rio com o COI a portas fechadas foi em clima tenso. Ninguém da prefeitura ou governo fala mais da prometida despoluição da Baía da Guanabara. A prefeitura agora já defende as provas de canoagem em Foz do Iguaçu, no Paraná, e de iatismo em Búzios, na Região dos Lagos.

Procurada ontem pela manhã, até o momento a assessoria do prefeito não se pronunciou.

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FALTA A CERCA ELÉTRICA..

A Câmara vai reformar as entrada de todos os anexos, para dificultar o acesso de manifestantes. Líderes foram consultados. Trocas de portas de vidros por grades.

PREFEITO DOS BAIXINHOS

Aperta-se o cerco ao prefeito de Coari (AM), Manoel Pinheiro. A Comissão de Segurança Pública da Câmara enviou ofício (126/13) ao Ministro Joaquim Barbosa, Presidente do STF e do CNJ, para que averigue a ‘tramitação dos processos’ nos quais Pinheiro é acusado ‘de ser o maior estuprador/pedófilo do Brasil’. Pinheiro foi indiciado pela PF em operação de combate à Pedofilia, resultado da CPI, no Senado, que revelou uma quadrilha no Oeste amazonense. No sábado, jornais de Dalas, nos Estados Unidos, publicaram matérias. Procurada há dias, o assessor não retornou.

PISTA LIVRE

Recém-integrada ao poderoso Conselho Antipirataria do Ministério da Justiça, a presidente do SindiReceita (Analistas tributários), Silvia Felismino, vai para a reeleição como favorita. A entidade hoje comanda 16 mil servidores, entre ativos e inativos. Silvia fortaleceu-se nos dois últimos anos com a interface do sindicato com MJ, Receita, Fazenda e PF. Tem oposição apenas das regionais de Rio, Minas, Pará e Goiás.

MANÉ! JR.

O deputado Manoel Junior (PMDB-PB) publicou no Twitter foto da sua tela de votação: ‘Veja como votei na PEC do Voto Aberto’. Faltou mostrar o voto do caso Donadon.

CONVERSA DE LIVRARIA 

Os senadores Randolfe (PSOL-AP) e Cristovam (PDT-DF) se encontraram numa livraria na Terça. O socialista revelou que pretende se candidatar ao governo. E Cristovam, gaiato: ‘Você não tem idade pra ser comandante da PM’. Gargalharam.

A REFORMA DE WAGNER

O governador Jaques Wagner, da Bahia, prepara reforma administrativa para Dezembro. Aproveitará a saída dos secretários-candidatos às eleições – a maioria para deputados – e inicia novo secretariado para até o fim do governo. Wagner concluirá o mandato. O governador, que comanda 31 pastas, avalia se funde de cinco a sete secretarias ou deixa o plano para o sucessor. Ele tem meta de economizar R$ 350 milhões até Dezembro. As primeiras medidas saíram dia 1º de Julho.

FÉ NO TURISMO

A bancada religiosa estranhou e vai cobrar explicações do Ministério do Turismo a portaria 112/13 que excluiu da plataforma o turismo religioso. Querem saber do ministro Gastão Vieira se foi esquecimento ou discriminação.

JÁ COMEÇOU

O PSD perdeu mais um deputado, desta vez no Tocantins, por briga local. Ele se desentendeu com a senadora Kátia Abreu por candidaturas em 2014.

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‘Aloprado’ do dossiê contra Serra vai coordenar R$ 200 milhões em obras da União
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Leandro Mazzini

A visita da presidente Dilma Rousseff ao ABC Paulista, no dia 19 de Agosto, coroou sem ela saber a ressurreição do petista Hamilton Lacerda, apontado na campanha de 2006 como um dos “aloprados” que comprariam dossiê falso contra José Serra, que disputava o governo contra Aloizio Mercadante (PT).

Lacerda voltou à política pelas mãos do prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, e assumiu no fim de Julho a diretoria de Projetos do Consórcio Intermunicipal do ABC. É ele quem vai cuidar de R$ 200 milhões da União prometidos para a região para 2014.

Foi Marinho quem resgatou Hamilton do ostracismo político e o readmitiu no PT, depois da geladeira que tomou da legenda desde o episódio. Lacerda era coordenador da campanha de Mercadante ao governo de SP em 2006.

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SÓ FUTEBOL UNE

Domingo, o tucano José Aníbal e o ‘lulista’ Gabriel Chalita (PMDB), potenciais candidatos ao Senado, ficaram a poucos metros um do outro no Corinthians x Fla.

MANOBRANDO

Fundo de pensão federal é favorito para comprar o Terminal-Garagem Menezes Cortes, Centro do Rio. Os donos seriam um herdeiro político e um figurão com mandato.

PÉ NA ESTRADA & CARA NA TELA

Pré-candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves aproveitou a visita a Campina Grande (PB), com o senador Cássio Cunha na Quinta à noite, e gravou para o programa de TV do partido. Depois, decolou para visitar obras paralisadas da transposição do Rio São Francisco em Mauriti (CE), ao lado de Tasso Jereissati, e mais gravações.

UM SHOW DE SECRETÁRIO..

Cartazes anunciam na Zona da Mata de Minas o Catolic Fest amanhã. A estrela é Eros Biondini, o católico deputado federal licenciado e secretário de esporte do Estado.

CABRAL 2.0

A saída de Sérgio Cabral do governo dia 31 de Dezembro, como adiantou a Coluna, abre caminho para seu filho, da Juventude do PMDB, se candidatar a deputado federal.

BATALHA NO PRTB

Reviravolta no processo que Jorge Periquito, afastado da direção do PRTB/MG, move contra o presidente da legenda, Levy Fidelix. Um juiz pediu a ficha de filiação da mãe de Levy e descobriu que é filiada há poucos meses, e não há 12 anos. É que Periquito acusa Fidelix de manter a mãe na Executiva nacional do PRTB embora, por anos, tenha sido filiada ao PP do Espírito Santo. Ela foi candidata a vereadora no estado capixaba na década de 80. Levy nega e também investiga o acusador.

INFOGLOBO & CADE

O CADE obrigou InfoGlobo (O Globo, Extra, Expresso) a pagar R$ 1,9 milhão por política de publicidade comercial lesiva a concorrentes no Rio. A ação foi impetrada em 2005 pelo extinto JB e pel’O Dia, prejudicados pelo nicho de mercado formado.

‘JOGOS’ 2016

Até no COI tem politicagem. O relatório sobre riscos do Rio 2016 ajuda a atual chefe da Comissão Coordenadora dos Jogos, Nawal Moutwakel, candidata à presidência.

FALOU.. E OUVIU

O governador Tarso Genro (PT) prevê que a economia gaúcha crescerá em 2014 o dobro da do Brasil. Foi a vez dos professores cobrarem o piso salarial e atrasados.

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