Coluna Esplanada

Arquivo : PF

PDT faz desagravo e convoca militância a defender Lula
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Leandro Mazzini

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, convocou a excecutiva nacional do partido para encontro de desagravo ao ex-presidente Lula nesta terça, pela manhã, na sede do partido em Brasília.

“Foi ilegal a condução coercitiva de Lula pela Polícia Federal (na última sexta, 5, na operação Lava Jato) Brizola reagiria contra isso”, diz Lupi.

O presidente do PDT foi ministro do Trabalho durante o Governo Lula e parte do primeiro Governo da presidente Dilma.


Ministro vai trocar sete diretores da pasta e área de Logística da PF
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Leandro Mazzini

A sede da PF em Brasília. Mudanças à vista.

A sede da PF em Brasília. Mudanças à vista.

Mal entrou no cargo e o novo ministro da Justiça, Wellington César Lima, pediu na última quarta-feira informações à direção da Polícia Federal sobre o departamento de Logística da corporação. O ministro também entrou na sede do MJ fazendo mudanças. Vai trocar o comando de sete importantes diretorias – trouxe seus fiéis seguidores da Bahia.

Na PF, a Logística é responsável pelo bom andamento das operações sigilosas da PF, como a ocorrida na sexta-feira, que levou em condução coercitiva o ex-presidente Lula.

Os policiais a consideram a alma das investigações, por envolver sigilo máximo, a inteligência e deslocamento de agentes e delegados para cumprir os mandados atrás de provas.

A alegação de que não vai haver mudanças imediatas é balela. Ligado ao chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, o novo ministro da Justiça vai substituir ainda neste mês de março os diretores do MJ.

A secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, já entregou o cargo na última sexta-feira. A Coluna antecipou que o diretor-geral da PF fica no cargo até Agosto.

Atualização segunda, 7, 14h30 – A assessoria de Regina Miki informa que ela continua à frente da Senasp e tocando os programas.

A Coluna ratifica que ela deixou o cargo à disposição do novo ministro, e que desde o fim do ano passado avalia deixar o ministério por questões pessoais.

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Juízes, procuradores e delegados revoltados com declarações de Lula
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Leandro Mazzini

Revoltou juízes, procuradores e delegados federais o discurso de ‘perseguido’ feito pelo ex-presidente Lula após seu depoimento à Polícia Federal. Meses atrás os integrantes da Força Tarefa da Lava Jato já sabiam que, se ocorresse uma operação tendo o petista como alvo, ele lançaria mão deste discurso para inflamar os movimentos sociais. Não sabiam, porém, as proporções que tomariam.

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), pela qual o juiz Sérgio Moro é representado, soltou nota dura.

“A Justiça Federal brasileira e os integrantes do Ministério Público, da Receita Federal e da Polícia Federal agiram nos estritos limites legais e constitucionais, sempre respeitando os direitos de ampla defesa e do devido processo legal, sem nenhuma espécie de abuso ou excesso”.

“Logo, não se trata de espetáculo midiático, nem há enfoque político por parte dos agentes estatais incumbidos desta tarefa, mas o absoluto cumprimento das funções públicas”.

Ainda de acordo com a associação, não há incoerência nas investigações, e a nota reafirmou a importância da consolidação e seriedade das instituições públicas do País.

“A Ajufe e as associações regionais e seccionais que legitimamente representam os magistrados federais do Brasil não se intimidarão com qualquer tipo de ameaça e reforçam a confiança e o apoio aos agentes públicos, em especial aos juízes e servidores da Justiça Federal, para continuarem a agir nos termos legais e constitucionais, sem se afastar do seu destino maior de servir à sociedade e distribuir justiça”.

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Congresso apreensivo: Plantão de Teori e mobilização da PF no Nordeste
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Leandro Mazzini

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Atualizada domingo, 6, 20h57 – Congressistas enrolados com a Justiça, alvos de investigação do Supremo Tribunal Federal, estão apavorados neste domingo com a notícia do plantão do ministro Teori Zavascki, relator do processo da Operação Lava Jato na Corte.

Não só ele, mas todo o núcleo duro do STF, com altos funcionários de outros ministros, ficou de plantão durante este domingo.

Soma-se a este misterioso cenário a mobilização, desde ontem, de mais de 100 policiais federais que desembarcaram em quatro capitais, duas delas no Nordeste. Outros 100 estão de plantão, segundo fonte, conforme revelou a Coluna.

Causou estranheza em colegas o fato de o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), antecipar em horas seu voo para Maceió na última quinta-feira, quando vazou para a imprensa a delação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) – vale lembrar que certo dia, meses atrás, Renan provocou: quem sabe da Petrobras é Delcídio.

(O presidente do Congresso nega, mas é dado como público o seu apadrinhamento ao então diretor da Transpetro, Sérgio Machado, que deixou o cargo pressionado ano passado).

Na sexta pela madrugada a Coluna revelou a reunião na quinta à noite do PGR Rodrigo Janot, que precedeu a operação de condução coercitiva do ex-presidente Lula ( detalhes aqui ).

A apreensão entre congressistas neste fim de semana é notória pelo fato de ter sido numa reunião de plantão noturno, comanda pelo ministro Teori, a decisão de autorizar prender o senador Delcídio.

O senador petista está em São Paulo neste momento.

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LAVA JATO E ZELOTES

O ministro Teori já voltou para casa, onde está reunido com a família, mas sua força-tarefa continua na sede do STF.

Há rumores de que o plantão deve-se à homologação da delação premiada do senador Delcídio – o ministro vai acolher o conteúdo em parte, com vetos ( veja aqui ). Embora também haja uma suspeita de que o ministro possa autorizar uma operação policial nesta segunda-feira envolvendo mandatários.

A PF também atua forte em outra frente, numa investigação que atinge em cheio a República congressista – a Operação Zelotes. Na última fase, os agentes descobriram uma lista bombástica, na casa de um funcionário público. A lista de propinas de empresas para servidores e políticos.


Vem mais aí: Polícia mobiliza agentes em quatro Estados
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Leandro Mazzini

As proporções que tomaram as investigações contra a corrupção no País, em várias frentes e instâncias – e ininterruptas, vale lembrar – causam apreensão em representantes de vários setores e inevitáveis alertas para qualquer movimentação oficial ou extraoficial que possa parecer precedência de um cerco.

Não foi diferente neste sábado. Cerca de 100 agentes da Polícia Federal desembarcaram em quatro capitais, contam fontes, e outra centena está de sobreaviso neste fim de semana.

Sinal de que pode haver uma grande operação policial e judicial na próxima segunda-feira. Se desdobramentos de alguma das atuais, ainda mistério.

Vale lembrar o que revelou o diretor-geral da Polícia Federal em entrevista exclusiva à Coluna há 17 meses: à época, havia 200 grandes investigações especiais em andamento na corporação, a grande maioria delas contra corrupção.

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‘Operação Lula’ começou no gabinete do PGR Janot
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Leandro Mazzini

A operação Aletheia da Polícia Federal prenderia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas a cúpula da Justiça e o núcleo duro da Lava Jato, reunida na Procuradoria Geral da República, decidiu que uma condução coercitiva dele neste momento seria o mais importante para ele esclarecer a ligação de empreiteiras do ‘Petrolão’ nos gastos no sítio em Atibaia e no apartamento triplex no Guarujá.

A condução coercitiva foi rascunhada no gabinete do PGR Rodrigo Janot há dias, e na noite desta quinta-feira ele reuniu a força-tarefa dos investigadores de emergência – a Coluna revelou a reunião nesta madrugada.

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Agentes da Operação Zelotes descobrem o mapa da propina
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Leandro Mazzini

carf

Um mandado de busca e apreensão na nova fase da Operação Zelotes, semana passada, descobriu o mapa da mina do esquemão dentro do CARF – Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.

Na residência de um servidor, agentes da Polícia Federal acharam o tesouro: um caderninho com anotações de quais empresas pagam propina para se livrarem de multas e processos, quanto pagam e, principalmente, a quem.

A lista tem nomes de vários escalões do CARF e da Receita Federal. Vem devassa aí nos gabinetes.

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Delegados temem ingerência política na Lava Jato e na PF
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Leandro Mazzini

A saída de José Eduardo Cardozo do cargo de ministro da Justiça, como divulgado nesta segunda em vários meios de imprensa, preocupa os delegados federais em meio ao turbilhão que vive a operação Lava Jato no âmbito judicial. A Associação Nacional dos Delegados de PF soltou nota hoje informando que a classe está preocupada com os rumos do ministério, ao qual a PF é subordinada. A nota conota que os delegados temem tentativas de ingerências políticas na investigação.

Eis a nota:

“Os Delegados da Polícia Federal receberam com extrema preocupação a notícia da iminente saída do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em razões de pressões políticas para que controle os trabalhos da Polícia Federal.

O Delegados Federais reiteram que defenderão a independência funcional para a livre condução da investigação criminal e adotarão todas as medidas para preservar a pouca, mas importante, autonomia que a instituição Polícia Federal conquistou.

Nesse cenário de grandes incertezas, se torna urgente a inserção da autonomia funcional e financeira da PF no texto constitucional.

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal permanece compromissada em fortalecer a Polícia Federal como uma polícia de Estado, técnica e autônoma, livre de pressões externas ou de orientações político-partidárias.
Contamos com o apoio do povo brasileiro para defender a Polícia Federal”.


O voo de Santana para Curitiba: silêncio e semblante tenso
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Leandro Mazzini

Foto: Gazeta do Paraná

Foto: Gazeta do Paraná

Os sorrisos do marqueteiro João Santana e da mulher, Mônica Moura, ao desembarcarem no aeroporto no Paraná na terça-feira foram fachada.

Durante toda a viagem de São Paulo a Curitiba a dupla manteve-se em silêncio sepulcral. Santana suava frio, contam agentes testemunhas.

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Delegados mandaram recado para ministro sobre Lava Jato
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Leandro Mazzini

A tensão vivida nos últimos meses pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre o andamento da Operação Lava Jato e o cerco se fechando a integrantes do Governo Federal não se limita à pressão de Lula e da presidente Dilma para que tenha ingerência na Polícia Federal, sob o comando do Ministério da Justiça.

Zeladores da credibilidade da corporação, os delegados federais fizeram chegar ao ministro o seguinte recado: na primeira ligação que fizesse para interferir na operação, Cardozo ouviria voz de prisão por tentativa de obstrução de investigação.

Obviamente nunca passou pela cabeça do ministro essa tentativa, ele mesmo avisa aos holofotes e à equipe palaciana da presidente Dilma. Sustenta que a PF é independente, a despeito da subordinação ao MJ. Mas o recado foi dado.

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