Coluna Esplanada

Arquivo : PSB

Sem Campos, PSB se aproxima do PSDB em Estados importantes
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Sem a presença do líder Eduardo Campos, as novas lideranças do PSB em Estados importantes e com grande colégio eleitoral ensaiam uma aproximação com o PSDB que pode se tornar nacional nas eleições de 2018.

É cada vez mais latente entre socialistas os elogios ao sucesso da chapa PSDB-PSB em São Paulo, onde o ex-deputado Márcio França tornou-se vice-governador.

Em Minas, segundo maior colégio eleitoral do País, o presidente do diretório, deputado federal Júlio Delgado, é próximo do senador e presidente do PSDB Aécio Neves. No Rio Grande do Sul, por causa das feridas da campanha de 2014, o ex-deputado Beto Albuquerque tem simpatia pelos tucanos.

O que já se discute discretamente nos dois partidos é uma aliança em 2018, com dois cenários: cada partido terá seu candidato ao Planalto. Ou se unem numa chapa presidencial, com o PSDB na cabeça – com Geraldo Alckmin ou Aécio candidato.


‘Política do Rio precisa se oxigenar’, diz deputado do PSB
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto: psb.org

Foto: psb.org

Foto: UOL

Foto: UOL

Um comitê de líderes do PSB decidirá na próxima terça-feira com quem ficará o comando do diretório no Estado do Rio de Janeiro.

Eleito com apoio de 96% dos delegados, o deputado federal Glauber Braga tem o posto ameaçado pelo senador Romário, que recorreu a cláusula estatutária para reivindicar a presidência, pelo seu poder de votos.

A decisão sairá do grupo formado pelo senador Fernando Bezerra (PE), Carlos Siqueira (presidente do PSB), Renato Casagrande (ex-governador do ES e presidente da Fundação João Mangabeira), Rubens Bontempo (prefeito de Petrópolis), e os próprios Glauber e Romário.

O ‘Baixinho’ quer ser candidato à prefeitura do Rio. Glauber, não. Outrora notório falastrão (em campo), o ex-jogador Romário evita comentar.

‘Espero que os diretórios municipais do partido sejam respeitados’, diz o eleito Glauber. ‘Algo precisa oxigenar a política no Rio’, completa o deputado.

Há uma preocupação na Executiva Nacional do partido e no diretório com a aproximação declarada de Romário com o PMDB fluminense, agora com o ex-governador Sérgio Cabral e o atual, Luiz Fernando Pezão, investigados pelo STJ.


Autofagia assusta o PSB
Comentários Comente

Leandro Mazzini

A morte do líder Eduardo Campos causou um efeito imediato no PSB, que começa a vir à tona: o racha nos diretórios.

Sem o conciliador comandante, os diretórios do PSB de Pernambuco e do Rio de Janeiro, para citar dois exemplos, estão desunidos pela atuação de grupos que pretendem se cacifar.

O diretório do Rio foi ocupado pela Juventude do partido na quarta-feira, que cobra o comando para o deputado federal Glauber Braga (PSB-RJ), eleito para o cargo. O senador Romário reivindicava o controle por causa do seu poder eleitoral. A Executiva Nacional do PSB decidiu deixar a vaga com o ‘Baixinho’ – que disputará a prefeitura do Rio, revelou neste sábado Monica Bergamo.

Em Pernambuco, o governador Paulo Câmara e o senador eleito Fernando Bezerra não conversam mais. Andam se estranhando desde que Câmara prometeu o controle de uma secretaria para o senador e recuou, por telefone.

A Executiva Nacional do PSB se esforça para controlar os egos. A batalha não é só pelo controle do partido nos Estados, mas pela indicação para a candidatura a prefeito das capitais.


Primogênito de Campos ensaia candidatura em 2016
Comentários Comente

Leandro Mazzini

O primogênito do saudoso presidenciável Eduardo Campos, João Campos, planeja sua estreia na política dois anos após o desastre que vitimou o líder do PSB, afirmam aliados.

Filiado ao partido e membro da Executiva local, João é incentivado a lançar uma candidatura a vereador no Recife ou a entrada como vice na chapa do prefeito Geraldo Júlio, que tentará a reeleição ano que vem.

O PSDB, hoje aliado do PSB e ocupando cargos no governo, também planeja lançar candidato à Prefeitura e deve deixar a gestão em 2016.

À Coluna, João disse que não é hora de falar de política, que sua prioridade é o curso de Engenharia Civil na UFPE e que por ora não concederá entrevistas.


Solidariedade e PSB patrocinam blocão para lançar candidato em 2018
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Um Blocão para 2018.

O PPS, PSB, Solidariedade e o PV lançaram uma frente suprapartidária. Em nível federal, estadual e municipal.

No âmbito da Câmara aglutina 67 deputados. E cerca de 10 mil vereadores espalhados pelo Brasil.

Segundo o deputado federal Paulinho da Força Sindical (SDD), o idealizador, a ideia é definir o nome do bloco para disputar o Planalto em 2018.

Para ele, há vácuo a ser preenchido: ‘54 milhões votaram em Dilma, 51 milhões votaram em Aécio e 3 milhões não votaram em ninguém’.

Consta no bloco o PSB, que disputou com Marina Silva neste 2014. Mas daqui a quatro anos muita coisa pode mudar. No plano federal, diz o vice-presidente do PSB, deputado Beto Albuquerque (RS), o partido continuará independente para decidir ‘que rumo tomar em 2018’.


Primogênito de Campos, João pode concorrer para vereador no Recife
Comentários Comente

Leandro Mazzini

O primogênito do saudoso Eduardo Campos, João, garante que não vai se candidatar nas próximas eleições.

Entrou na Executiva do PSB em Pernambuco para aprender. Tido como herdeiro político da família, será o secretário de Organização do partido.

Nos bastidores não é segredo que João Campos vai se candidatar a vereador no Recife em 2016. A família tem espólio de votos a explorar para a Câmara.


Amaral coleciona derrotas no PSB
Comentários Comente

Leandro Mazzini

O ex-presidente do PSB Roberto Amaral, alinhado com o PT, acumulou derrotas sucessivas nas estratégias pelo poder.

Dissidente da posição do partido em apoiar o PSDB de Aécio Neves, Amaral vai para a campanha de Dilma só agora. Também não apoiou Eduardo Campos na disputa presidencial. Fez vista grossa para a candidatura do aliado, embora negue aos holofotes.

Após a tragédia que vitimou Eduardo Campos, Amaral ensaiou reunião da Executiva Nacional do PSB para definir os rumos e se associar ao PT. Perdeu novamente com o lançamento de Marina Silva candidata, a quem só apoiou da boca pra fora.


Aécio está disposto a aceitar condições de Marina
Comentários Comente

Leandro Mazzini

O candidato a presidente Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) se falaram ao telefone pelo menos duas vezes desde segunda. Aécio indicou para Marina que está disposto a aceitar as suas condições para tê-la na sua coalizão.

Os comandos do PSDB e PSB ainda não esboçaram um ato conjunto de apresentação Aécio-Marina. Tudo é costurado com cautela para não caírem em contradições. O tucano quer investir numa imagem ao lado de Marina e apostar nessa dobradinha em materiais de campanhas para TV, folders, outdoors e principalmente nas redes sociais.

PSB e PSDB também negociam a entrada da viúva de Eduardo Campos, a economista Renata, na campanha de Aécio. O convite partiu dos tucanos, e do próprio candidato. Ontem, Aécio também capitalizou o apoio de Pr. Everaldo (PSC) e Eduardo Jorge (PV). O trio estava afinado desde o 1º turno. Tudo combinado há meses.

O apoio inédito do PSB ao PSDB causa uma ruptura séria na histórica aliança dos socialistas com o PT, e enfraquece a coalizão da presidente Dilma Rousseff.


Virada de Aécio salva sua candidatura do próprio PSDB
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Aécio Neves salvou sua candidatura para este ano ou 2018 – e tem chances de ser eleito no segundo turno contra a presidente Dilma Rousseff.

Os poucos 7 pontos que os separam são perigosos. E ainda pode angariar os votos dos eleitores de Marina Silva que estão insatisfeitos com o governo e querem a mudança.

O grande desafio de Aécio para a segunda etapa é ter perdido Minas Gerais, a maior vitrine para seu discurso de campanha, estado que governou por dois mandatos e segundo maior colégio eleitoral do País.

Aécio terá de se escorar em São Paulo, com Geraldo Alckmin, Paraná, com Beto Richa, Espírito Santo, com Hartung, e tentará conquistar parte do Rio, com Pezão – que aos holofotes apoiará Dilma, mas com o PMDB inteiro em apoio ao tucano.

Caso Aécio não passasse para o segundo turno seria uma grande derrota para ele dentro do próprio PSDB, que lhe tomaria a candidatura de 2018.

Hoje, sem o governo de Minas e apenas seria o presidente do PSDB, com José Serra eleito senador por São Paulo, e Geraldo Alckmin no quarto mandato de governador por São Paulo, o maior PIB do País, com os maiores financiadores de campanha no maior colégio eleitoral do Brasil.

Alckmin naturalmente é o forte concorrente para Aécio na disputa pela Presidência, caso o tucano não vença a eleição.

TRANSFERÊNCIA 

Pesquisas recentes indicam que Marina Silva transfere votos para Aécio Neves. Mesmo que fique neutra – provavelmente o que ela deve fazer. Numa das sondagens, 58% dos votos de Marina num segundo turno sem ela vão para Aécio, e 24% para a presidente Dilma.

Aécio vai trabalhar os votos dos jovens, dos insatisfeitos e buscará conquistar em especial os ‘sonháticos’.

MARINA E A REDE

Marina Silva vai trabalhar a partir de hoje para criar a sua REDE, que não teve registro autorizado pelo TSE este ano, pois não conseguiu validar assinaturas necessárias a tempo.

Ela deve sair do PSB – já em chamas internas – nos próximos meses, assim que tiver a certeza das assinaturas que faltam para oficializar o seu partido. Era o trato com Eduardo Campos caso não vencessem a eleição. E assim será.

Marina se afastará da cúpula do PSB e não tomará parte ou lado na briga pelo comando do partido entre Roberto Amaral e Beto Albuquerque.
Risco passado

A MEIRELLIZAÇÃO DA CAMPANHA

Pode aparecer um fator surpresa neste segundo turno. Até há poucas semanas houve uma disputa sigilosa entre os três maiores partidos nesta campanha – PT, PSB e PSDB – atrás de Henrique Meirelles, o chefão do Banco Central na Era Lula – e quem realmente segurou o País na crise internacional.

Meirelles é nome reconhecido e respeitado internacionalmente, dá segurança a investidores e traria a credibilidade que o Brasil perdeu nos últimos anos. Meirelles sumiu. Pode ser o coringa tanto de Aécio quanto Dilma, se decidir tomar lado. Hoje, o ex-presidente do BC é conselheiro da JF Holding, do grupo da JBS.

DISPUTA POR GOVERNADORES

Será tão grande a disputa de Dilma e Aécio por palanques estaduais que a presidente já marcou para amanhã uma reunião, em Brasília, com os governadores eleitos da base, e os potenciais que foram para o segundo turno. Aécio fará o mesmo, mas visitando cada um deles.