Coluna Esplanada

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Com articulação em SP, chefe do PT manda recado a insatisfeitos
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Leandro Mazzini

O quiprocó sobre a permanência ou não da ex-ministra e senadora Marta Suplicy no PT tornou-se assunto prioritário na cúpula do partido – leia-se Luiz Inácio Lula da Silva, Rui Falcão e também a presidente Dilma Rousseff, que pode ser afetada diretamente, assim como o partido. Não apenas pelo desgaste escancarado nas relações entre os petistas, naturais pelos 12 anos de Poder nacional, mas em especial pela equação no Senado Federal.

Desde quando presidente da República, Lula se empenhou pessoalmente em controlar a bancada governista na Casa Alta, desde a eleição até a composição da base no início dos Anos Legislativos (contava, evidente, com a união do PT). Com Marta insatisfeita, a dúvida agora é se ela, independentemente do tempo que permanecer na legenda, vai votar com o governo no plenário ou se pode ser contabilizada na oposição – tanto nos votos quanto nos discursos.

Perder o apoio de uma senadora com significativa vitrine e representante do principal Estado do Brasil não estava nos planos do PT até poucas semanas atrás. A preocupação agora da cúpula do PT é se a gritaria de Marta, pela imprensa, passará despercebida pelos correligionários e colegas de partido, ou se ganhará eco, mesmo que velado, nos gabinetes de estrelados petistas – esse sim o risco não calculado por Lula.

Daí Lula voltar à ativa mais cedo do que o esperado, do alto de seu gabinete no Instituto em São Paulo que leva o seu nome, em telefonemas e recados, para neutralizar Marta. A senadora é aliada de primeira hora do ex-presidente, já o defendeu publicamente, mas isso não lhe garante imunidade no partido para girar a metralhadora contra Dilma e o governo a ponto de atingir também o projeto de Poder do partido. O retorno de Lula, discreto mas forte nas articulações, já soa entre os petistas um recado claro do chefe de que não quer discórdia entre mandatários e nas hostes.

Por isso Lula deu o primeiro passo. Ao saber que Marta iniciou um namoro com o PMDB paulistano, um partido atrás de bons nomes e que nem sempre é ‘aliado’, Lula fez uma jogada de mestre. Determinou ao prefeito Fernando Haddad que abrisse espaço no secretariado (e não qualquer cargo) para o PMDB. Haddad não só obedeceu como o nome certo, articulado, foi um golpe em Marta: Gabriel Chalita na Educação, como publicamos ontem, é um obstáculo no projeto de Poder de Marta. Se ela pensava em se candidatar à prefeitura pelo PMDB ano que vem, já repensa. Marta tornou-se um túmulo verbal desde o último artigo no qual criticou Dilma e o governo.


Marta Suplicy e o PMDB
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Leandro Mazzini

Charge de ALIEDO - http://aliedo.blogspot.com

Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com

Com a metralhadora giratória verbal na ativa, com o PT como alvo, a senadora e ex-ministra Marta Suplicy está a um passo de se filiar ao PMDB para se lançar candidata à Prefeitura de São Paulo ano que vem. Convites sobram de outros partidos da base e oposição ao governo. Ela ainda não decidiu.

O PMDB deseja Marta em seus quadros, embora às claras não tenha o aval do vice-presidente da República – e manda-chuva do partido – Michel Temer, aliadíssimo do PT e da presidente Dilma, os alvos figadais de Marta.

Revoltada com a atual situação do PT (em especial no noticiário negativo e nos desmandos do governo), a ex-prefeita paulistana, ao mirar a legenda que ajudou a fundar e ainda a acolhe, dá sinais de que a insatisfação é apenas o passo inicial para a debandada de seu pequeno séquito para outro partido. E que, alijada do governo Dilma, é capaz hoje de trilhar sozinha seu caminho sem as bênçãos do PT e do ex-presidente Lula, a quem admira e defende, conforme entrevista recente ao Estadão.

Ex-prefeita de São Paulo não reeleita, Marta tem um significativo potencial de votos na capital paulista, o mesmo que a levou ao Senado Federal em 2010. Tem pouco a perder: seu mandato eletivo na Casa Alta vai até 2019, e uma vez candidata, independentemente do partido, mesmo que eventualmente não vença a eleição, ela mantém o nome na vitrine no maior PIB brasileiro e no mais importante reduto eleitoral do País.

Mas uma recente movimentação política na capital, veladamente patrocinada pelo ex-presidente Lula, o conselheiro do prefeito Fernando Haddad (PT), envolveu o PMDB e pode ser um entrave num eventual projeto de Marta se filiar ao partido para se candidatar.

Gabriel Chalita, o quadro mais provável do PMDB para uma candidatura municipal, aliou-se ao prefeito Haddad como secretário de Educação. Os sinais são claros: É incoerente um secretário recém-empossado e a um ano da eleição se lançar contra o atual alcaide. O próximo ano pode evidenciar outro pré-acordo: Chalita é potencial candidato a vice na chapa de reeleição de Haddad, o que, obviamente, inviabilizaria uma candidatura de Marta.

Os próximos meses mostrarão quando Marta vai se desarmar, parar de atirar e concentrar-se num projeto político pessoal, independentemente do partido que escolher. Sua saída do PT é considerada inevitável por suas recentes declarações. A conferir.

Procurada através de sua assessoria, Marta não se pronunciou.


Seguro: Planalto estuda reduzir de 18 para 12 os meses trabalhados
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Leandro Mazzini

A equipe da presidente Dilma Rousseff já tem o plano B para o recuo na MP que reforma o sistema trabalhista e mexe no Seguro Desemprego.

Em vez de 18 meses (hoje são 6 meses), no mínimo, de trabalho com carteira para o(a) cidadão(a) requisitar o direito, a exigência do governo pode cair para 12 meses. Os números ainda assim são animadores para a equipe econômica do governo: mesmo com esta nova alteração, a União economizaria de imediato cerca de R$ 2 bilhões.

Os estudos já estão na mesa da presidente Dilma – e abrangem também um plano C, para redução da exigência também para 10 meses. A palavra final será da presidente. A resposta pode sair em poucos dias, como uma blindagem ao governo.

A pressão trabalhista veio forte. As centrais sindicais, em especial a CUT e a Força Sindical, programaram para hoje manifestação em Brasília. Negociavam ainda ontem se o alvo seria o Ministério do Trabalho ou o do Planejamento (para a porta do Palácio ninguém falou em ir).

A despeito do cenário, o governo acerta sua blindagem em duas frentes. Bem orientada pelo marqueteiro João Santana, a presidente Dilma, que andava sumida e calada desde a posse, encontrou o termo certo para propalar sobre a mexida no Seguro Desemprego, o que causou maior alvoroço nas ruas: ‘medidas corretivas’ – o que de fato são – e não retirada de direitos trabalhistas. Na reunião ministerial ontem, na Granja do Torto, conclamou os 39 ministros a defender seu governo contra boatos na ‘batalha da comunicação’.

Em outra frente atua veladamente o ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), que tem procurado a direção das centrais para pedir cautela e abrir o diálogo, a fim de minorar o que pode ser um eventual estrago na imagem do governo as manifestações na Esplanada programadas para hoje.

O provável e iminente anúncio do Planalto sobre o recuo nas mudanças do Seguro Desemprego pode ajudar no trabalho de Dias.

Em tempo, nos planos B e C do governo, se o governo decidir reduzir de 18 para 12 ou 10 meses o período mínimo exigido de trabalho para acesso ao Seguro, haverá naturalmente um efeito cascata na proposta original. Por ela, para segunda solicitação do Seguro, o trabalhador deve trabalhar 12 meses, e para a terceira, 6 meses. Vale repetir, pelas regras atuais, 6 meses de trabalho já garantem o benefício ao brasileiro.

O RECADO DE DILMA

Na reunião ministerial, a presidente Dilma disse que elencou como uma das prioridades junto ao Congresso este ano uma lei para fazer do caixa 2 um crime.

Em entrevista à TV Cultura em 2005, o então presidente Lula negou o Mensalão, mas admitiu caixa 2 no PT.

O então líder do PT na Câmara no início de 2014, José Guimarães (CE), em entrevista à REDEVIDA de TV em Brasília, disse que não acreditava no fim do caixa 2 mesmo com a reforma política.

O RECADO DO LADRÃO

Deu no Blog do Rigon: bandidos levaram R$ 20 mil de um cofre de uma farmácia em Maringá (PR), e de quebra, telespectadores dos programas policiais das TVs locais, mandaram recado para os apresentadores: :Parem de meter a boca nos bandidos e falem mal da Dilma e dos prefeitos que roubam.

Este caso lembra outro, surreal, revelado pela Coluna no início do ano passado, ocorrido em Paraipaba, litoral do Ceará. Na madrugada de 29 de Outubro de 2013, um bando explodiu os caixas da única agência bancária, e acordou o povo.

Na colheita do que sobrou do dinheiro arremessado aos ares, os ladrões pouco pegaram e o restante do ‘trabalho’ foi feito por moradores eufóricos.

Dias depois, conta um amigo próximo dos investigadores, chegou à delegacia uma carta dos criminosos. Nela, eles disseram que não voltam mais: ‘Gastamos R$ 71 mil com o assalto e só recolhemos R$ 36 mil. Esse povo da cidade é muito ladrão!’.

A polícia fez uma varredura na cidade. Foram devolvidos por ‘moradores-assaltantes’ um computador e uma TV Led levados no entra e sai na agência do Bradesco.


O PT escancara sua autofagia
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Leandro Mazzini

dom

Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com

Conhecido desde sua fundação pela coerência programática e aliança ideológica incondicional entre seus pares, o Partido dos Trabalhadores chegou a 2015 surrado por um 2014 que começou a mostrar as entranhas de uma legenda rachada entre Dilmistas – os seguidores da presidente da República – e Lulistas, o séquito fiel ao ex-poderoso comandante em chefe da nação. Entre eles, as duas maiores estrelas hoje do PT se aceitam, se admiram, discutem, embora nos bastidores se estranhem também, contam aliados próximos, o que é natural no jogo do Poder. Fato é que inevitavelmente o PT passou a escancarar sua inédita autofagia aos holofotes do País.

E isso causou consequências. Drásticas e imediatas. O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, mal saiu da cadeia, publicou em seu blog recados de que a economia vai mal porque o governo erra na política de juros e aumento de impostos. Uma semana antes, a ex-ministra da Cultura Marta Suplicy já dera o seu, em entrevista ao Estadão: em outras palavras, o PT acaba se continuar assim.

Ela sabe o que acontece das hostes à cúpula do partido, e em especial referiu-se veladamente a este racha entre dilmistas e lulistas. Marta já não se dava bem, sem segredos, com o chefe da Casa Civil Aloizio Mercadante, seu rival direto na disputa pela prefeitura ou governo de São Paulo. Além das críticas na entrevista ao governo, já saíra soltando veneno contra a presidente Dilma na nota oficial de seu pedido de demissão.

Foi Marta escancarar o embate interno para Paulo Vannuchi, o fiel escudeiro de Lula, vir a público dizer o que pensava em gabinetes fechados: Ela agiu de maneira sórdida, disse em entrevista.

Aliás, outro que usou entrevista para desabafar contra o jeito Dilma de ser, o então ministro Gilberto Carvalho, o olheiro de Lula no Palácio do Planalto, mandou na lata que faltava competência ao governo. E quem governa? A chefe na sala colada à dele. Foi chamado às falas e demitido dias depois da entrevista, em conversa ríspida com a comandante em chefe. Ele negou, negou veemente a demissão, que se confirmou no último dia do ano.

Sobe a cortina e luz no palco petista: em cena, a disputa pela indicação do candidato a presidente do País e do controle do partido a partir de 2018. Desde já, fica evidente que Dilma, ao imprimir o seu modelo de governo com sua equipe 100% escolhida por ela, torna-se uma figura de peso dentro do PT para indicar um candidato, ao passo que Lula, se não for candidato, também o fará. Obviamente Lula e Dilma não disputarão (espera-se) esse troféu de quem vai escolher o candidato; mas, voltemos ao teatro petista, o embate entre dilmistas e lulistas vai colocar fogo no palco.

Lula pode bater no peito e falar em alto e bom som, do jeito que gosta: Nunca antes na história deste País o PT brigou tanto pela imprensa.

OAB X DIRCEU

Após o Conselho Federal segurar e empurrar para São Paulo o caso, a seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil deu seguimento à tramitação de um processo de cassação da carteira de advogado José Dirceu – protocolado quando era apenado, há mais de ano.

A OAB deu prazo de 15 dias, a partir do último dia 16, para Dirceu apresentar sua defesa, e então marcará o julgamento.

Ainda cumprindo pena, agora em regime aberto, Dirceu conta com o registro para advogar e até como credencial para consultoria – pela revelação de sexta, a atividade de abre-portas no governo para empreiteiras amigas tem rendido milhões.

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Esqueceram de mim (na cadeia) – com João Paulo Cunha e o PT
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Leandro Mazzini

cunha

Foto extraída do jornaltabloide.com

As frustradas tentativas de deixar a prisão valem ao ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (PT) um papel num filme tragicômico parodiando ‘Esqueceram de mim’. O PT o ‘esqueceu’ no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília. Saíram das celas felizes os mensaleiros José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoino. Ficou João Paulo, triste, desolado e petista solitário.

A exemplo do trio supracitado, os ex-deputados Valdemar Costa Neto (PR), Bispo Rodrigues (PR) e Pedro Henry (PP) também já cumprem em regime aberto suas penas. Outros dois, além de João Paulo, pediram progressão de pena ao STF, ainda sem sucesso. Os ex-deputados Romeu Queiroz (PTB) e Pedro Corrêa (PP).

Mas João Paulo é o caso mais emblemático. Sem solidariedade dos colegas e do partido, ‘mofa’ na cela, onde já leu mais de 60 livros. Está deprimido desde antes da prisão, contam amigos. E dos estrelados petistas condenados pelo famigerado mensalão, foi um dos menos problemáticos: um saque de R$ 50 mil e contratos irregulares de publicidade durante a gestão da presidência da Câmara – ‘fichinha’ perto do esquema no geral.

João Paulo paga, no entanto, pelo conjunto da obra. Quando o Jornal do Brasil denunciou o esquema na manchete ‘Planalto paga mesada a deputados’, em 2004, o petista arquivou em poucas horas uma investigação pedida pela oposição. Todos estes mensaleiros devem a ele a gratidão por ter blindado a bandidagem – a mesma que agora o abandonou. O mundo caiu quando, abandonado pela quadrilha, o também culpado Roberto Jefferson (PTB) abriu a boca em entrevista à Folha de S.Paulo. Jefferson está preso no Rio, mas tem esperança de ganhar regime aberto em fevereiro (Da cadeia coordenou a condução da filha Cristiane Brasil ao comando do PTB há poucos meses).

Antes de ser condenado e preso João Paulo ainda se esforçou. No cargo de deputado, investiu do bolso a confecção de livretos com sua tese de defesa, distribuiu para autoridades e deputados. Visitou ministros do Governo na Esplanada na tentativa de que usassem suas amizades com os amigos do STF para sensibilizá-los. Em vão.

João Paulo pagou parte de sua multa de R$ 373.511,12 com sobras da campanha de arrecadação feita pelo PT, depois que Dirceu, Genoíno e Delúbio, com prioridade, se livraram com a ‘vaquinha’. Mas só isso não foi suficiente. Ele continua na cadeia porque a multa total é de R$ 536.440,55, valor estipulado pela Vara de Execuções Penais do DF.

Faltam por baixo uns R$ 160 mil. Cunha está falido, diz a defesa. Ninguém mais no PT se mexeu por ele. Nenhuma campanha nas redes sociais, tampouco solidariedade em ‘vaquinha’ entre amigos partidários que outrora dividiam mesas fartas com os melhores vinhos com o petista.


Lula fez tratamento sigiloso e controlou novo câncer
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Leandro Mazzini

aliedo-domingouol

Charge de ALIEDO – aliedo.blogspot.com

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva combateu de um ano para cá um novo câncer e o controlou, dizem fontes ligadas ao petista. Lula se curou da doença na laringe, mas foi acometido de um câncer em um órgão vital, que teria sido descoberto no início de 2014. O ex-presidente passou a visitar esporadicamente o Hospital Sírio Libanês em São Paulo durante a madrugada, entrando de carro pela garagem privativa do corpo clínico para evitar boataria. E tomou um forte medicamento para evitar a quimioterapia.

Há dois meses o repórter teve acesso a informações sigilosas sobre o estado de saúde do ex-presidente, e desde então confirmou a informação com quatro fontes distintas, que pediram anonimato – um médico do Sírio, que não compõe a equipe que cuida de Lula; um diretor do PT; um assessor especial do Palácio do Planalto; e um parlamentar amigo de Lula.

O ex-presidente não faz tratamento intensivo no hospital – onde se curou do primeiro câncer – porque estaria tomando diariamente um medicamento importado dos Estados Unidos, que custa cerca de R$ 30 mil por mês (ainda não comercializado no Brasil). Seria uma versão mais recente e potente do popular Avastin, que ameniza o quadro clínico e a dor, e evita a quimioterapia.

O quadro de saúde impediu Lula de intensificar a agenda de campanha junto à presidente Dilma Rousseff, embora tenha feito visitas a algumas capitais, mas sempre sob orientação e cuidados médicos. A presença do médico Roberto Kalil na festa da vitória de Dilma, no Palácio da Alvorada, onde Lula se encontrava na noite do dia 26 de outubro, não seria mera visita à amiga que também combateu a doença sob os cuidados do mesmo médico de Lula.

Questionada há mais de um mês, a assessoria do Instituto Lula, que responde por assuntos pessoais do ex-presidente, negou veementemente a nova doença, e informou que só se comunicaria oficialmente diante de nota do Hospital Sírio e Libanês. Procurada para uma nota oficial, a assessoria do hospital informou que não vai se pronunciar – e assim não confirmou, mas também não negou.

Neste sábado (3), a Coluna conseguiu contato com mais dois médicos do Sírio. Um repórter colaborador conversou com o médico de Lula, Dr. Roberto Kalil. Indagado sobre a nova doença, ele avisou que não se pronunciaria, e citou o último boletim médico de Lula como o único informe oficial a respeito da saúde do líder petista e paciente.

O documento porém não cita novo câncer, e apenas informa que o quadro de Lula é bom. Uma outra fonte ligada ao hospital confirmou as visitas de Lula pela madrugada, e informou que o ex-presidente passará a fazer seus check-ups a cada seis meses a partir de agora.

Atualizado domingo, 4, às 18h – O Sírio Libanês soltou nota hoje em seu site ( aqui ). Informa que o quadro de saúde de Lula é normal. Em nenhum momento, até agora, desmente o que a coluna publicou, conforme supracitado: que ele teve novo câncer, se tratou e o controlou.

Leia também – Médium cuida da saúde de Lula

CENÁRIO PARA 2018

A situação da saúde do maior líder político do Brasil na atualidade pode mudar todo o cenário político-eleitoral para a próxima eleição presidencial em 2018.

Apesar de negar que será candidato a presidente, Lula o é, desde agora, porque o PT balança no Poder: o País está como nunca rachado ao meio entre petistas e não-petistas, e o partido não tem uma figura nacional de peso eleitoral para concorrer à Presidência no pós-Dilma. O PT vai depender da saúde de Lula, para se lançar, ou para endossar um novo nome.

Nomes não faltam, e veladamente iniciam involuntariamente uma disputa dentro do PT: Sem Lula no futuro cenário, os pré-candidatos ao Planalto hoje são os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Jaques Wagner (Ministro da Defesa) e Patrus Ananias, de volta ao Governo, no Ministério do Desenvolvimento Agrário.

O mais forte – o que dependerá de sua atuação – vive fora de Brasília, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel. Ele é amigo de décadas de Dilma, são confidentes, foi ministro bem avaliado e comanda o segundo maior colégio eleitoral do Brasil.

 


Direção da CUT de olho no Ministério do Trabalho
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Leandro Mazzini

Uma disputa PT x PDT por uma poderosa pasta na Esplanada.

José Lopez Feijó, presidente da CUT entre 2009 e 2012, faz campanha velada junto a graduados petistas para ocupar o Ministério do Trabalho no lugar de Manoel Dias, do PDT.

A pasta desde 2004, na gestão Lula, é da cota do PDT. Fiel a Dilma apesar da queda do cacique Carlos Lupi.


Vaccari,a lobista: Empreiteiros ‘não aguentaram e entregaram tudo!’
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Leandro Mazzini

Num cantinho à meia luz do bar vazio do Meliá Hotel em Brasília, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, recebeu na terça-feira um lobista e ambos desandaram a reclamar da presidente Dilma e do momento vivido pelo partido.

Vaccari, supostamente citado na delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, reclamou em especial dos executivos envolvidos no ‘Petrolão’: ‘Não aguentaram uma pressãozinha e já entregaram tudo!’, desabafou para o interlocutor, sobre a prisão dos empreiteiros na recente fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

#TAMOJUNTO..

Vaccari, no encontro, citou com o lobista andamento de obras no Nordeste, e ouvia dele: ‘conosco não é assim, e pode contar conosco sempre. Do que você precisar’.

.. #TAMOFU

O lobista ainda emendou com um cenário sombrio para o tesoureiro do PT: ‘E prepare-se para dias mais difíceis do que já passamos até agora’.

DESCEU ARDENDO

O serviço secreto da Coluna constatou que nem o uísque com pedras de gelo que Vaccari tomava o acalmou na reunião de bar com o lobista.

SEM SONO

A maioria dos empreiteiros presos, acostumados a camas Queen Size e travesseiros de plumas de gansos, na agrura da cadeia decidiu pela delação a mofar na cadeia.


Ideli pode voltar para o Ministério da Pesca e acalmar parte do PT
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Leandro Mazzini

Surgiu nos corredores do Ministério da Pesca, ontem, a notícia de que Ideli Salvatti (PT-SC), ex-ministra da pasta e atual titular da Secretaria de Direitos Humanos, foi convidada pela presidente Dilma a voltar para o ministério – hoje nas mãos do PRB e o ministro Eduardo Lopes, suplente do senador Marcelo Crivella.

A eventual volta de Ideli para o comando da Pesca compensaria parte do PT e da corrente que ela representa. Os petistas vão perder bons espaços em outras pastas que ficarão com partidos aliados. A Pesca, maior que Direitos Humanos, acolheria uma turma maior.

Já Crivella é cotado para o Ministério do Esporte. Com o aumento da bancada do PRB na Câmara e excelente capital eleitoral apesar da derrota (apertada) para o governo do Rio de Janeiro, o ex-ministro da Pesca está nos planos de Dilma.

Há três semanas, em reunião no Planalto, a presidente Dilma pediu um nome do Rio ao prefeito Eduardo Paes e ao governador Luiz Fernando Pezão para o Esporte. Não necessariamente do PMDB, partido de ambos, mas que fosse costura suprapartidária. Ela quer um representante do Estado na pasta por causa das Olimpíadas de 2016.

SALDO 

O PRB entrará 2015 no Congresso com 21 deputados federais – entre eles Celso Russomano (SP), o mais votado do Brasil. Ainda elegeu pelo País 31 deputados estaduais.

 


Para Dilma, Cid tem carta branca e pode escolher ministério
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Leandro Mazzini

cid

Foto extraída de blogs.diariodonordeste.com.br

Cid pode escolher Educação, ou o que ele quiser.

O governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), está em alta cota com a presidente Dilma. Ela o recebeu na terça-feira dia 4 e ofereceu a Cid o Ministério da Educação. Ou a pasta que ele escolher.

O movimento político de Dilma tem motivações puramente eleitorais. Cid, um ex-aliado do saudoso Eduardo Campos, derrotou Eunício Oliveira (PMDB), antes favorito ao governo, e emplacou Camilo Santana (PT).

Entregou ao PT um dos principais colégios eleitorais do Nordeste. E Dilma também deseja conquistar a bancada do recém-nascido PROS, que paquerou a oposição.

NA CONTA 

O PROS tem uma bancada tímida no Congresso, embora possa ter votos decisivos em votações para o Planalto. Serão 15 deputados e um senador a partir de 2015.

O partido nasceu da articulação do deputado Givaldo Carimbão (AL), ex-PSB, com as bênçãos dos irmãos Cid e Ciro Gomes, que o fortaleceram no Ceará e outros Estados do Nordeste.

QUAL DELES?

Com o potencial eleitoral do PROS e o domínio do Ceará, os irmãos saíram lucrando. Se Cid não quiser ministério, a opção pode ficar para o irmão Ciro Gomes, que já foi ministro de Lula e colega de Dilma na Esplanada.

DANÇOU 

Quem saiu perdendo no PT, mesmo com a vitória de Camilo, foi a ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins. De grupo interno rival, ela ficou praticamente neutra.