Coluna Esplanada

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Calote de concessionárias de aeroportos chega a R$ 2,3 bilhões
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Leandro Mazzini

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Cinco concessionários sócias da Infraero em aeroportos estão em atraso com suas parcelas de repasse à União e devem, juntas, cerca de R$ 2,3 bilhões – sem contar as multas, que somadas já alcançam aproximadamente R$ 52 milhões em valores de hoje – além dos ainda não calculados juros pela taxa Selic.

Os dados são da assessoria da ANAC.

As concessionárias Triunfo (Viracopos), que tem UTC de sócia, e Invepar (Guarulhos), com a OAS – ambas as empreiteiras enroladas na Lava Jato – não pagaram as parcelas vencidas na última segunda-feira (11).

O ‘boleto’ de Viracopos é de R$ 173,7 milhões e o de Guarulhos chega a R$ 1,1 bilhão.

As concessionárias dos aeroportos internacionais do Rio (Galeão), que tem a Odebrecht como principal sócia, e de Belo Horizonte (Confins) da BH Airport, devem R$ 933,4 milhões e 74,4 milhões respectivamente.

A parcela da Inframérica, que administra o de Brasília (JK), vence dia 24 de julho, no valor de R$ 246,5 milhões. Parte da parcela do aeroporto de São Gonçalo do Amarante (Natal) foi depositada.

NO MPF

Ontem, a Associação Nacional de Empregados da Infraero, a ANEI, decidiu protocolar no Ministério Público Federal denúncia sobre o calote.

A entidade lembra que, com as concessões, houve pressão para demissões voluntárias na Infraero, transferências forçadas de funcionários para a administração das concessionárias e acusam desmonte da estatal.

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UTC & TCU : Para Lava Jato, ordem das letras não altera o ‘produto’
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Leandro Mazzini

Sede do TCU em Brasília. Foto: portal TCU

Sede do TCU em Brasília. Foto: portal TCU

Pelo visto, a ordem das letras não altera o ‘produto’: UTC e TCU estão enrolados e na mira da Operação Lava Jato.

Mas alguns ministros do Tribunal de Contas da União lançam suspeita contra delações de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC, sobre eventual propina ao ministro Raimundo Carreiro.

A revelação surgiu após Pessoa implicar primeiramente o ministro Aroldo Cedraz, ex-presidente da Corte administrativa, através do seu filho Tiago Cedraz. Não é segredo nos corredores do TCU que Carreiro e Aroldo se detestam.

Difícil saber quem é inocente ou quem está falando a verdade, de todos os lados.

Aliás, não é de hoje que pairam suspeitas sobre os ministros, em especial Aroldo Cedraz. A Coluna revelou que o escritório de advocacia de seu filho ganhou o contrato de defesa da usina binacional Itaipu após uma visita do ministro ao setor jurídico da estatal no Paraná.

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Cunha, relator da CPI e UTC são vizinhos de salas no Rio
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Leandro Mazzini

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Luiz Sérgio – vizinhos poderosos no Rio. Foto: divulgação pessoal

O escritório do relator da CPI da Petrobras, deputado federal Luiz Sérgio (PT-RJ), fica no conhecido Edifício Rodolpho De Paoli, no Centro do Rio.

Curiosamente, é o mesmo prédio onde o presidente da Casa, Eduardo Cunha, e a UTC Engenharia – enrolada no Petrolão – têm suas salas.

O parlamentar petista é acusado e investigado pelo PM de manter por dois anos funcionária fantasma na base – ou seja, no escritório supracitado, onde ela deveria bater ponto. Mas mora a 300 km de distância, na Serra do Rio.

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Com empreiteiras na mira, Queiroz e UTC apostam e levam petróleo
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Leandro Mazzini

Ricardo Pessoa - de casa ele comanda o grupo

Ricardo Pessoa – de casa ele comanda o grupo

Com suas empreiteiras na mira da operação Lava Jato, os grupos Queiroz Galvão ( lembre aqui e aqui) e a UTC Engenharia ( aqui ) apostam na exploração de petróleo – ramo justamente pelo qual se enrolaram com a Justiça, no esquema de corrupção descoberto com os contratos com a Petrobras.

É tentativa de dar sobrevida financeira às holding. Com “nomes limpos” na praça, os braços do grupo para o setor petroleiro conquistaram na sexta-feira o direito de exploração em blocos leiloados pela Agência Nacional de Petróleo.

Foram leiloados 266 blocos em terra, numa área total de 122 mil quilômetros quadrados.

A Queiroz Galvão adquiriu dois blocos pela QGEP Participações S.A. A UTC Exploração e Produção S.A. conquistou os três blocos para os quais apresentou ofertas. A UTC pertence ao delator e um dos principais alvos da Lava Jato, Ricardo Pessoa, que já tem autorização da Justiça para trabalhar.

Além das brasileiras, vão explorar petróleo por aqui multinacionais do Canadá, França, Panamá, China, Argentina e Bermudas. São 17 empresas ao todo (confira)

O BTG Pactual, o jovem banqueiro André Esteves, conquistou a exploração de três blocos com a sua BPMB Parnaíba S.A. Ele já tem boa fatia de exploração na África adquirida dos campos da Petrobras.


Com dono fora da cadeia, UTC avança em licitação da ANP
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Leandro Mazzini

Pessoa, quando preso, chegando com autoridade à PF. Foto: Folha-UOL

Pessoa, quando preso, chegando com autoridade à PF. Foto: Folha-UOL

Atualização Quarta, 9, 17h – Figura central no esquema de corrupção na Petrobras, o presidente afastado da UTC, mas dono da empresa, Ricardo Pessoa, parece mandar muito ainda fora da cadeia, em regime domiciliar de prisão. E justamente no setor alvo de investigação na Lava Jato.

Ainda longe do carimbo de inidoneidade junto à União, a despeito de toda a encrenca no Petrolão, a UTC continua operando sem problemas com o Governo.

A empresa acaba de ser pré-qualificada na 13ª rodada de licitações realizada pela Agência Nacional do Petróleo para exploração de petróleo. Está na lista com outras 22 companhias, como também a Queiroz Galvão Exploração e Produção S/A.

A UTC é um dos principais alvos da Lava Jato, operação policial-judicial que já bloqueou também R$ 160 milhões da Queiroz Galvão. 

Mas as empreiteiras disputam a licitação com dois “braços” dos grupos, com outros CNPJs, dispostas a manter o poder dos grupos no setor de petróleo.

Print da classificação da UTC e Queiroz Galvão na página da ANP

Print da classificação da UTC e Queiroz Galvão na página da ANP

Em alguns casos, mesmo sem experiência no setor, estas empresas participam do leilão para oferecer a operação a outras parceiras. Um negócio bilionário.

De acordo com o site da própria ANP, a empresa está apta para os contratos: “As sociedades empresárias cujas solicitações de inscrição foram aprovadas cumpriram todos os requisitos previstos na seção 4 do edital e estão aptas a participar da licitação”.

Confira aqui a lista de empresas pré-selecionadas.


Lava Jato taxia e pode aterrissar nos aeroportos concedidos
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Leandro Mazzini

O Galeão, no Rio - nas mãos da Odebrecht

O Galeão, no Rio – nas mãos da Odebrecht

Os experientes e bem informados empregados da Infraero, que conhecem os ‘hangares’ das concessões de lucrativos terminais e defendem uma CPI para investigá-las, indicam que a Operação Lava Jato está taxiando e pode aterrissar nas pistas controladas agora pelas empreiteiras – todas elas investigadas pela Justiça e PF.

Alvos recentes, a Andrade Gutiérrez opera o Aeroporto de Confins (Belo Horizonte) com a Camargo Corrêa, e Odebrecht comanda o Galeão (Rio de Janeiro), dois lucrativos aeroportos.

Completam esse check-in a Engevix (JK, em Brasília, e Natal), UTC (Viracopos, Campinas) e OAS (Cumbica, em Guarulhos).

UTC, Engevix e OAS fizeram obras nos terminais de seus aeroportos com suas próprias tabelas de preço, dizem os técnicos da estatal, financiados pelo BNDES e com Infraero cobrindo 49% dos custos como sócia.

A Associação Nacional de Empregados da Infraero já enviou carta ao ministro da Aviação reforçando pedido de apoio a uma CPI das Concessões no Congresso.

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Lava Jato aniquila as concorrentes da Odebrecht
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Leandro Mazzini

O que as grandes empreiteiras OAS, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, UTC e Mendes Junior têm em comum? São megaconstrutoras que têm o governo federal como principal cliente e a Odebrecht como a grande concorrente.

Apesar dos contratos bilionários com a Petrobras nas mesmas problemáticas diretorias alvos da PF, a construtora baiana ficou imune.

A PF pediu prisão de dois diretores da Odebrecht, mas o juiz Sérgio Moro negou. Isso pode indicar também que não se descarta uma nova e direcionada grande operação.

Os anais dos bastidores da Lava Jato futuramente mostrarão que a Operação da PF aniquilou as adversárias da construtora da Bahia, aliadíssima do governo PT.

 

O próximo capítulo é a inclusão das empreiteiras enroladas na lista suja da Controladoria-Geral da União: elas ficarão proibidas de fechar contratos com o governo federal, deixando o caminho livre para a Odebrecht.

A Odebrecht é aliada e grande financiadora de campanhas do PT desde a gestão Lula, e líder em doação milionária de campanhas para a base aliada.


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