Coluna Esplanada

Arquivo : março 2013

José Serra recusou presidência do PSDB
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Leandro Mazzini

foto arquivo

José Serra está chateado com a repercussão de seu jantar com o senador Aécio Neves, em São Paulo, na segunda-feira.

Ele disse a amigos ontem que apesar da conversa amistosa, em nenhum momento pediu ao colega tucano apoio para presidir o PSDB a fim de sair do ostracismo, como publicaram alguns jornais.

Admite que a cúpula do partido o sondou e ele recusou. Serra embarca para os Estados Unidos, onde passará período sabático de estudos.

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#MEDO

Sem oposição no plenário, lotado de petistas e nomes da Base, Mantega tomou coragem e previu o PIB de 2013 em 3%. Ele errou todas as previsões dos anos anteriores.

MIRO NO PÁREO

O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) confirma à coluna que há diálogo com o presidente do PDT, Carlos Lupi, num projeto de candidatura própria no Rio – para ser o palanque estadual de Aécio Neves, não de Dilma Rousseff. ‘Se o partido decidir, serei com honra, porque fortalece o meu nome. Trabalhei muito para o avô dele (Tancredo)”.

MAIS UM

Na onda de pré-candidatos, por ora 0 pastor Everaldo, presidente nacional do PSC,está convicto de seu lançamento ao Palácio do Planalto. Diz a próximos que será o candidato dos evangélicos e faz conta de 10 milhões de votos.

RISCO

Apesar da forte ligação de Lula e de Dilma com o governo do PMDB do Rio, não há certeza do apoio de Pezão (candidato do PMDB), Sérgio Cabral e Eduardo Paes ao PT se Lindberg Farias for lançado. O trio pode liberar a militância para apoiar Aécio. Sérgio Cabral, pouco antes da eleição de Lula, era tucano aguerrido. Cabral apoiou Geraldo Alckmin até o início do 2º turno de 2002, quando se bandeou para o petista.

 CURTO-CIRCUITO

Contrariado com atraso de uma hora de convidado da Aneel para audiência, o deputado Dudu da Fonte (PP-PE) passou um pito público no cidadão. Dudu da Fonte vai cobrar o MP Federal que entre no caso da devolução dos R$ 7 bilhões cobrados a mais de consumidores pelas elétricas, durante sete anos. O processo emperrou no TCU, onde há ministros próximos do setor.

AFUNDOU  

Travaram as negociações com o Planalto para Kátia Abreu assumir a Secretaria dos Portos. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, queria dois ministérios para o partido e que Kátia fosse incluída na cota da própria Dilma. Daí Kassab desistir de entrar na base. Com isso, Kassab espera o jogo se acertar e valoriza o passe do PSD. Só as pesquisas de Dezembro apontarão se fecha com Dilma, Aécio ou Campos. Ou com quem pagar mais.

CAMPANHA

O senador Lindberg Farias (PT) corre o Noroeste do Rio em visitas e palestras em faculdades. Ontem esteve na Unig de Itaperuna, hoje visita municípios da região.


Deputado fazendeiro prega a extinção da Funai
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Leandro Mazzini

Quartiero chuta viatura da PF durante protesto em Roraima, à ocasião da demarcação da Serra do Sol

Polêmico fazendeiro, eleito deputado federal em 2010 por Roraima, Paulo Cesar Quartiero (DEM-RR) é um notório desconhecido entre seus pares. Mais pela discrição com que circula no Congresso, porque nota-se facilmente sua verve aguerrida quando liga a metralhadora verbal.

Ele defende a extinção da Funai – Fundação Nacional do Índio. Na sua visão, a Funai “incorpora, na vida nacional, sentimentos como ódio racial, luta étnica, prejudica nossa economia e nossa soberania”.

Não bastasse a bomba solta, complementa que a entidade “cria guetos” e “os índios estão cada vez pior.”

Quartiero tem seus motivos pessoais para detestar a Funai. Ele é o polêmico agricultor que foi dono de vastos arrozais em Roraima, em especial no município de Pacaraima – que se estendiam até a fronteira com a Venezuela.

Conhecido da Polícia Federal, já foi detido em afrontas a agentes durante imbróglios nas invasões de nativos em suas fazendas – certa vez, para não ser preso, usou a estratégia de pular uma cerca. Se menos de um metro o separava do delegado, o mapa e a Constituição endossaram seu plano: estava no lado venezuelano.

Quartiero perdeu a briga judicial. Teve de vender suas terras, alvo da oficializada reserva Raposa Serra do Sol, mas ainda milionário comprou grandes áreas na Ilha de Marajó (PA), para onde migrou suas plantações e máquinas.

A mágoa com a situação permanece no seu ideário patriótico-pessoal. Para ele, todo o problema começou com a Constituição de 1988.  “Ali que foi começado o aparteid no Brasil. Começou quando foi aposentada a política do Rondon. E as ONGs influenciaram essa constituição cidadã que nós temos hoje”.

E conclui: “ A Funai cumpre seu papel de prejudicar o Brasil, de utilizar a questão indígena para trazer o neocolonialismo para o nosso Território”.

Detalhe: apesar do protesto, não há nenhum projeto em tramitação que trate do assunto no Congresso.

Com Maurício Nogueira

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Sem oposição em audiência no Senado, Mantega prevê PIB de 3%
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Leandro Mazzini

Foto Geraldo Magela/Ag. Senado

A presença do ministro da Fazenda, o mais importante representante do governo Dilma Rousseff, passou despercebida pela oposição no Senado hoje.

Somente o senador Álvaro Dias, líder do PSDB, fez contraponto aos dados e propostas apresentados por Mantega em três horas de sessão. Embora tucana, Lúcia Vânia, outra presente, fez coro aos senadores da base.

Livre da oposição e com senadores petistas e outros aliados no plenário, Mantega arriscou pela primeira vez este ano prever o PIB para fechar 2013: 3%. A exemplo de outros anos, embora tenha errado todos os prognósticos pessoais – ou revisto alguns durante os meses.

Presidenciável do PSDB, embora estivesse parte do tempo no Congresso, o senador Aécio Neves não compareceu. A assessoria informou que ele tinha outros compromissos, inclusive com a cúpula do partido, na capital.

O ministro participou de audiência pública conjunta das comissões de Assuntos Econômicos e de Infraestrutura, a convite dos senadores Humberto Costa (PT-PE), Dias (PSDB-PR), Eduardo Suplicy (PT-SP), Clésio Andrade (PR-MG).

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Presidente do PDT negocia palanque para o PSDB no Rio
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Leandro Mazzini

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, dá sinais de independência em relação à presidente Dilma, apesar de ter retomado conversas com ela e o ministério do Trabalho via Manoel Dias.

Uma semana antes da troca na pasta, ele almoçou a sós com Aécio Neves em Brasília, o pré-candidato do PSDB à Presidência. No cardápio, cenários para 2014.

No Sábado, após a posse de Manoel Dias no Planalto, Lupi voltou no jatinho do vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e revelou a possibilidade de aliança aos tucanos no estado.

Com o PSDB fraco no Rio, Aécio procura um partido com potencial no estado, caso do PDT – que pode se aliar aos tucanos ou até lançar candidato com vice do PSDB.

Antes disso ambos se fortalecem em seus partidos, o que poderá beneficiar diretamente o projeto de ambos de eventuais chapas regionais.

Lupi deve ser reeleito presidente na convenção nacional do PDT amanhã, em Luziânia (GO). O concorrente é o ex-governador gaúcho Alceu Collares.

Para controlar o partido e afastar qualquer pretensão de volta de José Serra, Aécio Neves já articulou e será alçado presidente do PSDB dia 19 de Maio.

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O “CORTE”

A despeito da limpa prometida pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-RN), o Senado tem dado jeitinho. Não tem havido demissão e sim extinção de funções para os comissionados. A manobra é simples: os gabinetes e diretorias estão economizando, como pretendido por Renan, ao cortar os milionários adicionais para os funcionários.

LEILÃO

Desde que anunciou saída do PSC, o deputado Cadoca (PE) virou alvo de leilão. Já foi procurado por PCdoB, através da líder Manuela Dávila, PDT, PP, PR e PTB. Ontem conversou com o vice-presidente Michel Temer.

TO BRABO

Cadoca estava insatisfeito com a intervenção do presidente do PSC, pastor Everaldo, no diretório de Pernambuco, ao realocar ex-desafeto e também aceitar filiação do prefeito de Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral. ‘Investi cinco anos no diretório’, lamenta.

COFRINHO

A despeito do bom currículo de Cadoca, o assédio é fruto da ambição política: é que quanto mais deputados, maior é o naco do fundo partidário para a legenda.

TELA DA FÉ

O pastor Valdomiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus, está perto de fechar a compra da CNT. Nas contas, em poucos anos gastaria com aluguel de grade o valor que pagará na rede. Mesmo que isso custe a venda do seu jato intercontinental.

COMEÇOU 2014

O senador Humberto Costa (PT-PE) mandou um recado para o governador Eduardo Campos, presidenciável do PSB e controlador do porto de Suape. Disse em audiência pública que a expansão do porto não é licitada para ‘favorecer a monopólios’.

OI E TCHAU

Condenado a 12 anos de prisão pelo STF no processo do Mensalão, o ex-diretor do BB Henrique Pizzolatto desfilou pelo Congresso ontem com comitiva (não policiais).


Dilma se irrita com lobby das grandes aéreas
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Leandro Mazzini

O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, terá nesta quinta o seu primeiro encontro com representantes das maiores aéreas do país, mas seguido de uma pequena turbulência na decolagem – as duas reuniões preparatórias num intervalo de poucos dias.

Recém-criada pelas quatro grandes companhias – TAM, Gol, Avianca e Azul – a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) protagonizou o deslize no taxiamento político.

A presidente Dilma Rousseff recebeu a contragosto, na segunda-feira passada (11) os integrantes da Abear no Planalto . Eles se encontraram primeiro com o ex-presidente Lula, na sexta-feira (8), e relataram a dificuldade para agendar com Dilma. O capo petista ligou para ela e a reunião ocorreu 72 horas depois.

No hangar presidencial, o fato é que a presidente quer tratar de igual para igual todas as companhias, em especial as pequenas. Daí a promessa de construir nos próximos anos 282 aeroportos regionais.

Em contraponto ao SNEA – Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, embora aliada, a Abear foi criada para representar as grandes nas negociações diretas com o governo federal.

Na reunião com Dilma, o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, apresentou a Agenda 2020. As aéreas têm meta estratosférica, digamos, para daqui a sete anos: transportar 200 milhões de passageiros por ano.

Sobre o encontro preparatório com o ex-presidente Lula, Sanovicz, um petista de carteira e ex-presidente da Embratur, prefere o silêncio. Diz que não deseja envolvê-lo. Com Dilma, nega rumores de que ela tenha cobrado posição da Gol sobre a demissão dos 850 funcionários da Webjet, com o fim da aérea.

Também membro do conselho da Agência Nacional de Aviação Civil, apesar do bom trânsito Sanovicz foi visto com desconfiança pelo Planalto. Tem os direitos políticos cassados por condenação no TJ-SP por improbidade administrativa quando presidiu o Anhembi, empresa municipal de São Paulo, entre 2001 e 2002.

Ele explica que o imbróglio judicial passa por um equivocado processo de contratação de funcionários. “O próprio juiz na sentença frisa que não há desvio de verba pública”. Ele aponta um grupo de 44 advogados demitidos como perseguidor de sua gestão e incitador do processo. À época, Sanovicz diz que demitiu 850 dos 1.072 empregados do Anhembi, “muitos deles fantasmas”.

A despeito disso, o presidente da Abear projeta céu de brigadeiro para o setor.

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Na onda da antecipação, instituto prevê Casagrande x Hartung e divulgará pesquisa
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Leandro Mazzini

Reprodução

As convenções partidárias só escolherão seus candidatos aos governos daqui um ano e dois meses, mas um instituto de pesquisa do Espírito Santo entrou na onda das antecipações do debate eleitoral.

A 19 meses da eleição, o Flex Consult promete para sexta-feira a divulgação num jornal de Vitória (ES) da primeira sondagem sobre intenções de voto para o governo do estado. Com pompa, divulga banner virtual até com montagem de fotos – de um lado o atual governador, Renato Casagrande (PSB), e de outro o ex, Paulo Hartung (PMDB), numa clara alusão sobre eventual polarização futura do pleito.

O cenário capixaba atual é curioso. Hartung e Casagrande são aliados – diante do crescimento de Casagrande à ocasião do debate de 2010, foi o ex-governador inclusive quem abriu mão de indicar ao cargo o seu predileto, Ricardo Ferraço (PMDB), que se elegeu senador.

Mas, hoje professor e conferencista, Hartung tem despontado nas ruas como eventual candidato. Um mistério o seu projeto. Ele próprio desconversa, incitado por este repórter em encontro recente em Vitória. Em mensagem ao blog na tarde desta quarta, Hartung diz que sua intenção é disputar a vaga ao Senado – e não ao governo.

O instituto também divulgará os números para os cenários Casagrande x Magno Malta (senador pelo PR) , e Casagrande x Ferraço.

Os quatro nomes têm potencial. Casagrande se esforça, e apesar do caixa apertado com mudanças nas regras da distribuição dos royalties e do ICMS de importação – um baque na receita do governo – tem tido boa aprovação. Os dois anos como senador com boa atuação no Congresso reforçaram o nome de Ferraço no PMDB nacional e o alçaram à presidência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional no Senado, uma boa vitrine.

Já Magno Malta, conhecido pelo apelo popular, vocabulário simples e combate à pedofilia, pode ter grande proximidade com as classes C e D no estado. Malta é a figura tão peculiar quanto curiosa, e o mais extrovertido entre os citados. Conhecido cantor gospel, roda o estado em shows. Quando ameaçado de morte por presidir a CPI do Narcotráfico no Congresso, passou a ser escoltado por policiais federais – um deles desabafou para fonte da coluna em certa ocasião que os agentes viraram staff: não aguentavam mais carregar caixa de som e participar de shows do senador.

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Com troca na Agricultura, PMDB tem disputa pelo cofre da Conab
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Leandro Mazzini

Apenas dois dias após a posse do ministro da Agricultura, Antônio Andrade, o PMDB entrou num discreto processo de autofagia na colheita.

Dois grupos disputam a vaga da bilionária diretoria financeira da Companhia Nacional de Abastecimento, reduto também do PTB. Os mineiros ligados ao ministro querem na vaga Pedro Magalhães, irmão do deputado João Magalhães (PMDB-MG). Mas há compromisso da cúpula do partido com o deputado Mauro Benevides (PMDB-CE) para emplacar seu filho homônimo.

Mauro Filho tem apoio da bancada pemedebista do Nordeste. Parte do Sudeste apoia Pedro Magalhães, que foi assessor especial da ex-vice-presidente Rose de Freitas.

Irmão de Pedro, o presidente da Comissão de Finanças, João Magalhães, é alvo da Operação João de Barro da PF e do MP por suspeita de desvio de emenda.

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PREJUÍZO NO CAMPO

Na cidade do agronegócio baiano, Luis Eduardo, uma lagarta devastou de 30% a 40% de todas as lavouras. A colheita começou nesta semana e já sentem o baque.

ARRUMAÇÃO 

Em meio ao curto-circuito com o Planalto, Oderval Duarte, ligado ao BTG Pactual,  assume a presidência da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia.

QUEBRADEIRA

Mais de 3 mil têm dificuldades de honrar Restos a Pagar e pagamento de servidores, revela a Confederação Nacional dos Municípios. A coluna adiantou a situação.

MINIRREFORMA

A Mesa Diretora da Câmara analisa hoje minirreforma esboçada pela 1ª Secretaria, de Márcio Bittar (PSDB-AC). Entre as propostas, a obrigação de os deputados contratarem servidores concursados como chefes de gabinetes – a exemplo do Senado. O presidente Henrique Alves quer um freio na farra de horas extras dos funcionários. Há suspeitas de abuso geral na Casa. Outro tópico da reunião de hoje é o pedido do PSDB de incluir na pauta projeto que põe fim ao voto secreto no plenário.

PAREDÃO OFICIAL

Compromisso de campanha de Henrique Alves, a aprovação da emenda impositiva virou impasse na CCJ. O presidente da Câmara ficou surpreso com os petistas João Paulo Cunha e Genoino, que pediram vistas do projeto, para agradar ao Planalto. Se virar lei, a emenda impositiva obrigará o governo a pagar até R$ 15 milhões de emendas por deputado, por ano, sem contingenciamentos. E há dúvidas se há dinheiro para isso.

SAUNÃO

Um dos destinos da Copa das Confederações dentro de dois meses, o aeroporto de Salvador está uma sauna. A desculpa constante no sistema de som é a manutenção.


Cresce adesão ao programa Empreendedor Individual, mostra Previdência
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Leandro Mazzini

O Ministério da Previdência comemora a crescente adesão de autônomos ao programa Empreendedor individual – aquele em que o cidadão paga 5% por mês sobre o mínimo. Os números de Março consolidados até agora apontam os quatro líderes: são 685 mil que aderiram em São Paulo, em SP, 341 mil no Rio, 292 mil em Minas, e 199 mil na Bahia.

Na lanterna, em outra ponta, estão os estados de Roraima (6 mil), Amapá (7,9 mil) e Acre (9mil), que apesar da proporcionalidade da população, ainda não vingaram.

Avanço também entre as donas de casa. São 364 mil até este mês em todo o país que pagam R$ 33,9 por mês. Ao contrário do cenário geral, supracitado, elas são maioria em estados do Norte e Nordeste: São 62 mil no Alagoas, o líder; 51,1 mil no Pará, 50 mil no Sergipe, apenas para citar os três primeiros no rank. Já os que não emplacaram são Amapá (44), Rondônia (45) e Tocantins (208).

Criticado por parlamentares e especialistas, o Fator Previdenciário, desde que criado em 1999, gerou economia de R$ 44,3 bilhões para a Previdência. No entanto, avança no Congresso – e ganha cada vez mais força no governo – a proposta do senador Paulo Paim (PT-RS) que extingue o Fator e implanta o sistema 85/95 – a aposentadoria seria permitida com a soma da idade e tempo de trabalho para mulheres (85) e homens (95).

O ministro Garibaldi Alves (PMDB) tem destacado que o reajuste para aposentados do INSS foi de 6,2%, acima do mínimo. Um impacto de R$ 9,2 bilhões no Orçamento.


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Dilma fez jogo duplo com ex e novos ministros
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Leandro Mazzini

Os ex-titulares dos três ministérios saíram chateados com a presidente Dilma.

Foram avisados na Sexta-feira, véspera da cerimônia de posse. A ponto de Brizola Neto (Trabalho) ligar para assessores próximos, horas antes da demissão, e avisar que não cairia.

Na Segunda passada, Dilma despachou com Wagner Bittencourt (Aviação Civil) e não disse nada sobre sua decisão. Além disso, pediu que ele criasse grupo de trabalho junto às aéreas. Mendes Ribeiro (Agricultura) queria ficar, a despeito do tratamento contra um câncer.

Já os novos ministros – Manoel Dias, Moreira Franco e Antonio Andrade sabiam, quatro dias antes, que ascenderiam na Esplanada. Na Terça passada, Moreira Franco (Aviação Civil) e Antonio Andrade (Agricultura) jantaram no apartamento do deputado Danilo Forte (PMDB-CE) e traçaram projetos.

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UAI, SÔ!

Cotado para ministro, o deputado Leo Quintão (PMDB-MG) avisou a Michel Temer que só aceitaria ministério se fosse o Transporte. Ficou no acostamento. Leo Quintão, que abriu mão da candidatura em BH para apoiar o PT e não virou ministro, deve ganhar uma relatoria importante de consolo na Câmara.

BAIXO CUSTO

Para economizar, a convenção do PDT que deve reeleger Carlos Lupi na Sexta será em Luziânia (GO). Delegados do partido ficarão em casas de aliados e pousadas.

ABAFA 

Há semanas, o vice-presidente orientou Moreira Franco que estudasse o setor aéreo, sem a certeza ainda da pasta. O agora ministro escalou assessores e foi a fundo. Mas precisa se entrosar mais. Na posse, não reconheceu o diretor-geral da Anac, Marcelo Guaranys, que levou alguns minutos na muvuca do beija-mão para se apresentar.

GANHOU NA LOTERIA 

O governo de Santa Catarina assina com a BMW documento que oficializa a primeira fábrica da alemã na América Latina. Será em Araquari, divisa com o Paraná. Serão R$ 1 bilhão de investimentos. A cidadezinha tem 24 mil habitantes e 5.555 automóveis.

AGORA VAI 

A volta de Carlos Lupi para o Trabalho – via Manoel Dias – sacramenta o retorno de Carlos Araújo, ex-marido de Dilma, ao PDT. Antes, a executiva estava reticente.

TRAVA 

Num país ainda sobre rodas, produtores de grãos, cujas safras crescem, sofrem com o escoamento. Semana passada, a BR 163 ficou bloqueada com 7 mil carretas em fila dupla. Era a fila para descarregar nos trens da ALL no Alto Araguaia (MT).


Eike, Lemann, Armínio e Troyjo no Conselho da Columbia no Brasil
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Leandro Mazzini

Uma das mais tradicionais universidades do mundo, a Columbia University (NY) garimpou no Brasil um seleto e eclético grupo para representá-la no conselho global para o país, que toma posse nesta segunda à tarde, no Palácio da Cidade, no Rio.

A unidade brasileira sediada no Rio integra uma rede de outros centros em Pequim, Paris, Amã, Santiago, Nairóbi, Mumbai e Istambul. Entre os conselheiros estão os investidores bilionários Eike Batista e Jorge Paulo Lemann, muito conhecidos dos americanos, o economista Armínio Fraga e o cientista político e diretor do BRICLab da Columbia, professor Marcos Troyjo (lista completa abaixo).

O Centro no Rio será dirigido pelo professor brasilianista Thomas Trebat. O Conselho do Centro Global no Brasil terá por função auxiliar na formação de parcerias entre a Columbia e instituições brasileiras em áreas como o intercâmbio acadêmico e a cooperação científico-tecnológica. Não por acaso, o portfólio da Columbia indica a importância que o Brasil ganhou junto à instituição com essa unidade: Já passaram pela Universidade quatro presidentes americanos e 82 agraciados com o Prêmio Nobel.

Estão no Rio para a posse o presidente e o reitor da Columbia, respectivamente Lee Bollinger e John Coatsworth. O grupo é ciceroneado pelo prefeito Eduardo Paes.

Os conselheiros:

Arminio Fraga, Presidente da Gávea Investimentos
Israel Klabin, Presid. do Conselho da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável
Ann F. Kaplan, Prof. da Columbia Busines School e Conselheira da Universidade
Claudia Costin, Secretária de Educação do Município do Rio de Janeiro
Paulo Lacerda, Vice-Presidente da Odebrecht
Maria Silvia Bastos Marques, Presidente da Empresa Olímpica Municipal do Rio
Jorge Paulo Lemann, Presidente do Conselho da Fundação Lemann
Marcos Troyjo, Prof. e Co-Diretor do BRICLab, Columbia, e Professor-Conferencista do Ibmec
Eike Batista, Presidente do Grupo EBX
Antenor Barros Leal, Presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro
Maria Teresa Fleury, Prof. e Diretora da Escola de Administração de SP da FGV
Marcelo Haddad, Diretor da Rio Negócios
Lilia Sales, Vice-Reitora de Pesquisa & Pós-Graduação, Universidade de Fortaleza
Ricardo dos Santos Jr., Diretor-Conselheiro da Springs Global