Coluna Esplanada

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Fator Moreira pesou no apoio do Planalto a Rodrigo Maia
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Leandro Mazzini

moreira

Há um fator político-familiar não destacado na vitória de Rodrigo Maia (DEM-RJ) eleito presidente da Câmara dos Deputados, como um dos nomes preferidos do Palácio do Planalto.

Ele é genro do ministro Moreira Franco, um dos fiéis escudeiros do presidente Michel Temer. O outro fator foi o ineditismo da aliança política com o PT – por falta de opção – porque a bancada não aceitou votar no opositor de Maia no 2º turno, chamado de ‘golpista’ por ter tocado a comissão de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O Planalto então lançou dois candidatos para ter a certeza da vitória: Rogério Rosso (PSD-DF), apadrinhado por Tadeu Filippelli; e Maia, o nome de Moreira. Filippelli e Moreira são amigos de longa data do chefe da nação e conselheiros de Temer no Planalto.

Temer precisava de um nome de confiança na Câmara, que barrasse uma eventual abertura de processo de impeachment contra ele – a comissão não foi instalada porque líderes não indicam nomes e o presidente da Casa pode arquivar.

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Cúpula do PMDB defende coalizão, mas prepara rompimento com elegância
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Leandro Mazzini

Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses, é o porta-voz da mudança programática. Foto: ABr

Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses, é o porta-voz da mudança programática. Foto: ABr

Fundador da legenda, um dos expoentes do PMDB e maior conselheiro do vice-presidente Michel Temer, o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Wellington Moreira Franco, entregou para o senador Romero Jucá (RR) a tarefa de redigir o programa de Governo do partido para 2018 e apresentá-lo no congresso da legenda em outubro.

Embora todos neguem aos holofotes, é o pontapé para o rompimento gradativo com o PT, com elegância e sem traumas – ao contrário do perfil de Eduardo Cunha (que, aliás, está agradando a todos: o partido precisa de um pitbul sem coleira).

“Temos programação com o objetivo de realizar o sonho grande da maioria dos militantes de eleger pelo voto secreto e direto o presidente da República”, adianta Moreira Franco.

Para isso, Moreira – ex-deputado e ex-governador do Rio – lança mão dos números que sustentam o PMDB como o maior partido do Brasil. São milhares de prefeitos e vereadores, cabos-eleitorais que podem fazer a diferença em 2018. O que não ocorreu até agora, desde Orestes Quércia, porque o partido decidiu se aliar a PSDB e depois PT. Mas em 2018, garante Moreira, será diferente.

Numa radiografia inédita do PMDB, Moreira Franco descobriu que o partido é forte na ponta, nas bases, mas não sabe transferir esse poder eleitoral para o cume. Traçou estratégia para 2016 que passa pela filiação de nomes de peso nas capitais e cidades com mais de 200 mil habitantes, para candidatos a vereador e prefeito. Aposta neste grupo para reforçar uma candidatura em 2018 ao Planalto. “Isso é fundamental para consolidar o projeto”.

Não fala em potenciais candidatos. “Cada dia com sua agonia. Lançar um nome agora significa queimá-lo”. Conota, nesta tese, que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, é um balão de ensaio. Hoje Paes é candidatíssimo ao Governo do Estado.

Moreira pesquisou também a atuação do PMDB nas redes sociais, e descobriu uma atuação lastimável. Vai investir pesado na internet para as duas próximas eleições. Acredita no poder da rede que atinge todas as classes e idades.

Porém como gritar pela independência do partido em 2018 sem melindrar o vice-presidente e manda-chuva Michel Temer, aliado máximo do PT e da presidente Dilma Rousseff? A grita do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é uma válvula de escape direcionada e bem desenhada. Não que essa guerra declarada dele tenha sido planejada, mas o respeito à decisão de Cunha passa pelo “espaço democrático” que o PMDB preza e que estará no novo estatuto.

“Cunha é militante, tem muita presença no partido, tem o ponto de vista pessoal dele. A democracia interna, o direito ao debate e ao contraditório só fortalece o partido”, encerra o conselheiro do partido.


De olho em 2018, PMDB vai reformular o programa partidário
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Leandro Mazzini

Moreira Franco - ele fez um esboço em jantar no Rio. Foto: EBC

Moreira Franco – ele fez um esboço em jantar no Rio. Foto: EBC

Após duas décadas sem candidato a presidente da República, embora sempre no Poder, o PMDB prepara o esboço para o lançamento de um nome ao Planalto em 2018. Embora não aponte a intenção por ora, passa pela reformulação do programa do partido, conduzido pelo ex-ministro Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses Guimarães.

O anúncio das diretrizes será em setembro, quando acontecerá em Brasília o Congresso Nacional. ‘Haverá modificações, mas a base será preservada, principalmente em relação aos pontos que defendem os direitos humanos, a liberdade de expressão, os direitos dos cidadãos’, explica Moreira.

Em agosto acontece uma prévia, no encontro do partido para comemorar os 50 anos do MDB, que deu vida ao PMDB.

Moreira fez uma análise do que virá no programa num jantar no Rio, na última quinta (14), à mesa com o ex-deputado federal Aloysio Maria Teixeira e o jornalista Rogério Monteiro, ambos dos quadros do PMDB fluminense.

Nas rodinhas do Poder, a cúpula do PMDB evita falar em candidatura para não melindrar o PT (e o ex-presidente Lula). Mas há cotados: Eduardo Paes, Sérgio Cabral e Eduardo Cunha – não necessariamente nesta ordem.


“No aeroporto, sua vida é entregue a Deus”, diz ministro da Aviação
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Leandro Mazzini

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Moreira Franco, no debate ontem no Encontro Nacional de Editores da Coluna Esplanada. Foto de Marcos Brandão

Do ministro Moreira Franco, da Aviação Civil: ‘Não há previsão de novas concessões após Confins (BH) e Galeão (Rio)’, porque deve-se se caminhar a ‘passos de jegue’, ‘devagar e pisando firme’, testando o caminho.

‘Não se preocupem com a Copa,’ garantiu, sobre a eficiência dos aeroportos, porque ‘as obras são para atender bem ao brasileiro’.

O ministro foi duro na autocrítica – mas em relação às aéreas e Infraero: ‘Hoje você entra no aeroporto e sua vida é entregue a Deus’. Em especial, ele se referiu aos serviços de informação desencontrados, tanto do aeroporto quanto das companhias.

O ministro complementou: ‘O passageiro deve ser tratado como cliente e não é’, na crítica às aéreas, com bilhetes caros.

Para aliviar o bolso do turista e baixar as tarifas, o governo criará rotas exclusivas para cidades-sedes, revelara Moreira no evento e publicado em primeira mão pelo UOL Esporte, mais tarde confirmado pelo ministro da Justiça.

As revelações foram feitas no I Encontro Nacional de Editores da Coluna Esplanada, que reuniu na Quinta-feira jornais de 21 capitais que a reproduzem, num debate com cinco ministros em um hotel de Brasília. O evento foi patrocinado pela Caixa, Souza Cruz, BrasCrédito, com apoio da ADPF e Portal UOL como media partner.

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QUERO O MEU

A intervenção nas linhas de ônibus de Valmir Amaral há meses deu pontos para a gestão de Agnelo (PT) mas o deixou na mira. Ex-senador, Amaral colocou o broche de parlamentar bate ponto desde Terça no Cafezinho da Casa Alta. Convenceu cinco líderes a assinarem a CPI do DFTrans e CTB, a estatal de transporte coletivo.

TÁ EXPLICADO

Valmir Amaral tem seus motivos. Enquanto o GDF alegou descumprimento de contratos da Via Amaral – como de fato houve – o empresário diz que quer honrar o pai e a família. É que o governo hoje embolsa até… R$ 600 mil por dia com as linhas.

ENTENDEU?

O presidente do PPS, deputado Roberto Freire, acusa o prefeito de SP Fernando Haddad: Depois do abuso cometido com aumento do IPTU, quer se passar por combatente da corrupção no intuito diversionista de que o aumento seja esquecido.

TURMA DA PAUTA

De Flávio Dino, presidente da Embratur: nada menos que 20 mil jornalistas estrangeiros são esperados para credenciamento para cobrir a Copa.

ÁGUAS DE 2033

Mês que vem Ministério das Cidades lança o Plano Nacional de Saneamento, e apresenta dados de avanço. O plano prevê 100% de água encanada até 2033 no País.

DESCARRILOU

O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, não descarta um VLT em São Luís (MA), depois da lambança do ex-prefeito João Castelo (PSDB). Ele instalou um vagão na praça e prometeu a obra, mas não combinou com ninguém – só com o bobo do eleitor.

BOBO DA REDE

O governador Cid Gomes, que vive na lua, precisa de um consultor de imagem para redes sociais. Sua estreia no Facebook foi com foto de criança no seu colo, dirigindo, sem cinto. No Twitter, postou de Israel foto de banquete de rei, para cearenses babarem.

CARTEIRA ONLINE

Vem aí a carteira de trabalho virtual, diz o ministro do Trabalho, Manoel Dias. O cidadão ou empregador registram pedido no site do MTE e recebem por Correios. Outro serviço na linha, literalmente, será o 0800 por telefone para tirar dúvidas sobre direitos.

NADA ANDOU

Foi tensa a reunião entre representantes do alto escalão da União e do governo do Paraná. Dilma quer construir o metrô de Curitiba, mas Beto Richa pediu uma ferrovia para o Porto de Paranaguá para escoar a produção agrícola do Estado, celeiro do País. A construtora de olhos, dedos e mãos na licitação do metrô de Curitiba, com verba da União e Paraná, é a Triunfo, bem conhecida das prefeituras do PT sulista.

PONTO FINAL 

‘Não podemos fazer Copa organizada por Marinha, Exército e Aeronáutica’
De Flávio Dino, presidente da Embratur, sobre a possibilidade de os Black blocs ocuparem as ruas em 2014.


Autor de “Who cares”, presidente do STF prepara refúgio em Miami
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Leandro Mazzini

Atualizada Quinta, 4 de Julho, 15h33  – Não conotou apenas desdém a expressão ‘Who cares’, usada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, sobre a promulgação no Congresso da PEC que cria os quatro TRFs.

O linguajar é cada mais força de hábito: O ministro comprou apartamento em Miami, na Flórida, um quarto e sala com financiamento imobiliário.

É onde se refugia com cada vez mais frequência, reconhecido por compatriotas.

Miami, aliás, pode ser um refúgio pós-Supremo. Por aqui, com suas posições contundentes e provocadoras, o ministro Barbosa coleciona inimigos entre juízes e advogados.

Barbosa foi considerado desrespeitoso com juízes de classes durante audiência no STF. Sobre outra provocação, advogados entraram no time dos insatisfeitos ao ouvirem que ‘acordam às 11h’.

O presidente do Supremo não está sozinho no time dos poderosos brasileiros que têm apartamento em Miami. Entram no escrete alguns senadores e deputados, sempre vistos por lá durante feriados prolongados.

Assessores explicam que Barbosa já estudou nos Estados Unidos muitos anos atrás e opta por descansar esporadicamente em Miami. Esteve na cidade duas vezes em 2013, e que não recorre a staff do governo.

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‘QUEREMOS AS PLANILHAS!’

Não é de hoje que o empresário detido com R$ 465 mil no Aeroporto JK, Eduardo Lemos, é citado com referências a Marcelo Sereno – o homem forte de José Dirceu. Na transição dos governos FHC e Lula, o staff de Sereno, que Lemos integrava, ligou para a cúpula da Fazenda: ‘Queremos as planilhas! Todas!’, conta ex-funcionária. Por ‘As planilhas’ entendiam-se as listas de nomeados em cargos de confiança nos fundos de pensão do Governo, onde posteriormente Dirceu fez seu domínio. Entram nisso Funcef, Petros, Previ etc. Onde, aliás, petistas graúdos ainda mandam.

OS NELSONS 

Com a saída de Nelson Barbosa da Fazenda, um grupo da cúpula defende a volta de Nelson Machado como secretário-executivo. Mesmo gabaritado, ele saiu em 2010 chamado por Dilma Rousseff, diz-se nos bastidores, de ‘aquele contadorzinho’. É que Dilma não perdoa Nelson por ele ter apadrinhado Lina Vieira na Receita Federal, que à época colidiu com a então ministra da Casa Civil, já pré-candidata.

TROCO GEOGRÁFICO

O PT do Rio tem discurso ensaiado para não fechar com o PMDB de Luiz Pezão na disputa pelo governo, e lançar o senador Lindbergh Farias. É troco certo: Os petistas lembram que o PMDB tentará o cargo de Tarso Genro (PT), que disputará a reeleição no RS.

CONCESSÃO A JATO 

O ministro Moreira Franco, da Aviação Civil, revelou à coluna que já entregou ao Conselho de Desestatização mais sugestões de aeroportos para concessão. Se haverá leilão além de Confins (BH) e Galeão (Rio), deixa mistério: ‘Talvez sim, talvez não’. Moreira não informou quais aeroportos entram no próximo leilão. A decisão cabe aos ministros Fernando Pimentel – que tutela o Conselho -, Gleisi Hoffmann e à presidente Dilma, que já têm a lista. Apostas do mercado para os terminais de Recife e Salvador.

PROJETO EXECUTIVO, UM FILÃO

Desde o PAC, projetos executivos tornaram-se bem mais caros, com padrão internacional. O fator ambiental ganhou prioridade. Mas sem técnicos experientes, muitas prefeituras contratam escritórios que ganham milhões nessa consultoria. ‘Mas um projeto bem feito pode evitar que toda uma obra seja refeita’. Quem revela é o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro: ‘Se os prefeitos entregassem projetos como eram feitos antes, eu não executaria hoje nem 10% do Orçamento’.

PONTO FINAL

Na onda de Mr. Barbosa: The Mensalão is on the table.

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PMDB cobra cargos na Infraero e Petrobras
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Leandro Mazzini

O PMDB ainda não está satisfeito com o aumento de espaço no governo Dilma Rousseff, e pede mais.

Apesar de promovido a Ministro da Aviação Civil, Moreira Franco quer controlar a Infraero – que não entrou na negociação com o Planalto. Gustavo do Vale, presidente da Infraero, balança no cargo. Moreira Franco vai se reunir com diretores e decidirá quem fica. A palavra final, porém, é da presidente Dilma.

Na Petrobras, o partido reivindica de volta a Diretoria Internacional, há mais de um ano vaga. A diretora interina é ninguém menos que Graças Foster, presidente da estatal. A revelação é do líder na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), um dos porta-vozes do partido. ‘O diretor pediu demissão há um ano, a vaga é do PMDB’, justifica sobre a Petrobras.

O líder critica o cunho fisiológico dado à legenda. ‘Quando o PT pede, é normal. Quando é o PMDB, estampam manchetes de fisiologista’.

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PRO$PECÇÃO 

Em quatro dias de visita a São Paulo, Aécio Neves (PSDB) teve sete reuniões com diferentes setores do empresariado. Em todos os encontros, levado pelas mãos do ex-presidente Fernando Henrique. As reuniões foram sigilosas, nas quais ele detalhou aos figurões – potenciais financiadores – seu projeto de governo para o País. A priori, antes do lançamento do senador tucano ao Planalto, a estratégia de FHC e Aécio é evitar o erro de José Serra em 2010. No fim de 2009, estes setores procuraram Serra para conversar e ele esnobou, demorou a decidir.. e os grupos apoiaram o PT.

O TESTE 

Marqueteiro indicado por Sérgio Cabral a Aécio, o PSDB vai testar Renato Pereira nas inserções de TV de Maio. No Rio, o tucano vai protagonizar 60% das chamadas.

PALANQUE 

A presidente Dilma deve aparecer no Congresso semana que vem para promulgar a PEC das Domésticas. Foi convite ontem do presidente da Câmara, Henrique Alves.

EM CAMPO 

O deputado Vicente Cândido (PT-SP), que foi relator da Lei Geral da Copa, apresentou projeto para mudar a Timemania. Quer repasse ainda maior da bolada para os clubes, em situação cada dia piores.

PRÉ-CAMPANHA 

O senador Randolfe (PSOL), que tem sido alvo de suposta espionagem, é cotado para o governo do Amapá. Só que iniciou reaproximação com o governador Capiberibe (PSB), que tentará a reeleição. Já o grupo opositor é da família Valdez, do ex-governador e ex-prefeito, presos pela PF há dois anos.

JOGADA 

A interdição do estádio Engenhão no Rio, por falhas na cobertura, é necessária. Mas corre no Rio a suspeita de que a oposição a Cesar Maia vai propor CPI na Câmara de Vereadores. A obra foi abandonada pela famigerada Delta, na sua gestão na prefeitura.

MAKING OFF 

A sofisticada cobertura do Engenhão, que corre risco de desabar, ganhou documentário de 1h no canal NatGeo, exibido em mais de cem países, durante a construção.

GUARDIÃO

A Dígitro esclarece: o sistema Guardião só é negociado para órgãos de segurança pública com poder de investigação. E o software não grampeia. Recebe dados de escutas autorizadas pela Justiça, analisa e transcreve.

PONTO FINAL 

Mundo louco, este. Pastor Feliciano protagonizando novela, e Fernanda Montenegro fazendo política, ao beijar mulher.


Dilma se irrita com lobby das grandes aéreas
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Leandro Mazzini

O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, terá nesta quinta o seu primeiro encontro com representantes das maiores aéreas do país, mas seguido de uma pequena turbulência na decolagem – as duas reuniões preparatórias num intervalo de poucos dias.

Recém-criada pelas quatro grandes companhias – TAM, Gol, Avianca e Azul – a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) protagonizou o deslize no taxiamento político.

A presidente Dilma Rousseff recebeu a contragosto, na segunda-feira passada (11) os integrantes da Abear no Planalto . Eles se encontraram primeiro com o ex-presidente Lula, na sexta-feira (8), e relataram a dificuldade para agendar com Dilma. O capo petista ligou para ela e a reunião ocorreu 72 horas depois.

No hangar presidencial, o fato é que a presidente quer tratar de igual para igual todas as companhias, em especial as pequenas. Daí a promessa de construir nos próximos anos 282 aeroportos regionais.

Em contraponto ao SNEA – Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, embora aliada, a Abear foi criada para representar as grandes nas negociações diretas com o governo federal.

Na reunião com Dilma, o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, apresentou a Agenda 2020. As aéreas têm meta estratosférica, digamos, para daqui a sete anos: transportar 200 milhões de passageiros por ano.

Sobre o encontro preparatório com o ex-presidente Lula, Sanovicz, um petista de carteira e ex-presidente da Embratur, prefere o silêncio. Diz que não deseja envolvê-lo. Com Dilma, nega rumores de que ela tenha cobrado posição da Gol sobre a demissão dos 850 funcionários da Webjet, com o fim da aérea.

Também membro do conselho da Agência Nacional de Aviação Civil, apesar do bom trânsito Sanovicz foi visto com desconfiança pelo Planalto. Tem os direitos políticos cassados por condenação no TJ-SP por improbidade administrativa quando presidiu o Anhembi, empresa municipal de São Paulo, entre 2001 e 2002.

Ele explica que o imbróglio judicial passa por um equivocado processo de contratação de funcionários. “O próprio juiz na sentença frisa que não há desvio de verba pública”. Ele aponta um grupo de 44 advogados demitidos como perseguidor de sua gestão e incitador do processo. À época, Sanovicz diz que demitiu 850 dos 1.072 empregados do Anhembi, “muitos deles fantasmas”.

A despeito disso, o presidente da Abear projeta céu de brigadeiro para o setor.

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Dilma fez jogo duplo com ex e novos ministros
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Leandro Mazzini

Os ex-titulares dos três ministérios saíram chateados com a presidente Dilma.

Foram avisados na Sexta-feira, véspera da cerimônia de posse. A ponto de Brizola Neto (Trabalho) ligar para assessores próximos, horas antes da demissão, e avisar que não cairia.

Na Segunda passada, Dilma despachou com Wagner Bittencourt (Aviação Civil) e não disse nada sobre sua decisão. Além disso, pediu que ele criasse grupo de trabalho junto às aéreas. Mendes Ribeiro (Agricultura) queria ficar, a despeito do tratamento contra um câncer.

Já os novos ministros – Manoel Dias, Moreira Franco e Antonio Andrade sabiam, quatro dias antes, que ascenderiam na Esplanada. Na Terça passada, Moreira Franco (Aviação Civil) e Antonio Andrade (Agricultura) jantaram no apartamento do deputado Danilo Forte (PMDB-CE) e traçaram projetos.

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UAI, SÔ!

Cotado para ministro, o deputado Leo Quintão (PMDB-MG) avisou a Michel Temer que só aceitaria ministério se fosse o Transporte. Ficou no acostamento. Leo Quintão, que abriu mão da candidatura em BH para apoiar o PT e não virou ministro, deve ganhar uma relatoria importante de consolo na Câmara.

BAIXO CUSTO

Para economizar, a convenção do PDT que deve reeleger Carlos Lupi na Sexta será em Luziânia (GO). Delegados do partido ficarão em casas de aliados e pousadas.

ABAFA 

Há semanas, o vice-presidente orientou Moreira Franco que estudasse o setor aéreo, sem a certeza ainda da pasta. O agora ministro escalou assessores e foi a fundo. Mas precisa se entrosar mais. Na posse, não reconheceu o diretor-geral da Anac, Marcelo Guaranys, que levou alguns minutos na muvuca do beija-mão para se apresentar.

GANHOU NA LOTERIA 

O governo de Santa Catarina assina com a BMW documento que oficializa a primeira fábrica da alemã na América Latina. Será em Araquari, divisa com o Paraná. Serão R$ 1 bilhão de investimentos. A cidadezinha tem 24 mil habitantes e 5.555 automóveis.

AGORA VAI 

A volta de Carlos Lupi para o Trabalho – via Manoel Dias – sacramenta o retorno de Carlos Araújo, ex-marido de Dilma, ao PDT. Antes, a executiva estava reticente.

TRAVA 

Num país ainda sobre rodas, produtores de grãos, cujas safras crescem, sofrem com o escoamento. Semana passada, a BR 163 ficou bloqueada com 7 mil carretas em fila dupla. Era a fila para descarregar nos trens da ALL no Alto Araguaia (MT).


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