PSB dificulta palanque de Eduardo Campos em Minas
Leandro Mazzini
Presidenciável em discreta ascensão nas pesquisas, Eduardo Campos (PSB) tem dificuldades para consolidar seu palanque em Minas Gerais, segundo colégio eleitoral do País e onde pode ganhar terreno.
Além de ser reduto forte do adversário Aécio Neves (PSDB), o partido está sem identidade: presidente do diretório socialista destituído, o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia consolidou o jogo local do ex-presidente Lula, seu amigo. O atual presidente, o deputado federal Júlio Delgado, é aliado local de Aécio.
Para piorar o cenário de Campos em Minas, o seu maior cabo eleitoral no Estado, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio de Lacerda (PSB), diz que seus ‘gurus’ são Ciro Gomes – ex-aliado de Campos que hoje o ataca – e o senador tucano candidato a presidente.
Campos não convenceu Lacerda a se lançar ao governo para lhe dar palanque. Apelou ao presidente do Clube Atlético Mineiro, Alexandre Kalil, que concorrerá ao Senado.
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TURMA DO COLDRE
1.373 foram às urnas e a maioria reelegeu o presidente da Associação de Delegados da PF, Marcus Leôncio, por 762 votos (55%), contra 589 de Fernando Segóvia.
LEI SECA NA TELA
Entrou na fila na Câmara projeto de lei do Dr. Rosinha (PT-PR) que proíbe comercial de qualquer tipo de bebida alcoólica em meios de comunicação. Foi apresentado este mês e visa incluir o tema na lista proibida das propagandas, como o cigarro. Mais perto da Copa pareceria campanha de proteção a anunciantes da Fifa, mas não é.
FÁBRICA DE LUCRO
Veja como os bancos às migalhas conseguem o lucro líquido semestral: O Itaú Unibanco lucrou R$ 7,055 bilhões no 1º semestre; O Bradesco lucrou R$ 5,86 bilhões. Os grevistas terão de trabalhar 1 hora a mais por dia e perderão prêmios.
DISPUTA NO PT
Uma enquete sobre intenção de votos feita para militantes do PT no Facebook deu vantagem a Paulo Teixeira contra o atual presidente, Rui Falcão, na disputa de Novembro pelo comando da legenda: 28,53% contra 27,58%.
MUY AMIGO
Em artigo na Carta Capital, Ciro Gomes desancou Marina Silva e Eduardo Campos, seu ex-aliado. Diz que ‘o cimento da união’ é o ódio contra a presidente Dilma.
URUCUBACA NAS LETRAS
A turma de escriba que voltou da feira de Frankfurt está com a urucubaca. Ziraldo passou mal, e Cony tomou tombo no hotel. Recuperam-se bem, pela nação.
CURIOSIDADE & TRAGÉDIA
A curiosidade coletiva causou o naufrágio no Amapá: quando um passageiro quis pular para outro barco menor, emparelhado com o maior, lotado. Os passageiros correram para o mesmo lado da embarcação para ver o que ocorria, e ela virou com o peso. Para um país que tem memória curta, quem lembra é o leitor José Arcângelo, da mesma Macapá: o maior desastre fluvial do País foi ali, em 6 de Janeiro de 1981, nas águas do Cajarí, Sul do Estado. Foram mais de 400 vidas afogadas por excesso de peso.
MAIS JORNALISTAS
Enquanto envia médicos, Cuba não aprecia o ‘Mais Jornalistas’. Mario Driggs, David Montero e William Díaz, detidos sem denúncia Sábado, foram soltos na Segunda. Também libertaram Denis Noa e Pablo Marchán, da pequena agência Hablemos Press.
TENSÃO NO CONTRA-CHEQUE
Centenas de efetivados do Senado, frutos do ‘trem da alegria’ de 1984 sub judice, estão em polvorosa. O processo subiu para o TRF em Brasília e pela sentença, bem amparada, é questão de tempo (e tramitação) que a turma perca a estabilidade e a aposentadoria. Entre os beneficiários do trem de 84, há um mordomo de um famoso senador. O processo foi motivado por ação popular e o MP Federal acompanha com lupa.