Coluna Esplanada

Arquivo : novembro 2014

Lava Jato: próximos alvos serão políticos
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Leandro Mazzini

Depois de mandar para a cadeia lobistas, executivos, diretores da Petrobras e grandes empreiteiros do País, a nova fase da operação Lava Jato, da Polícia Federal, vai cercar os políticos sem mandato – e pode ocorrer a partir de Fevereiro, quando alguns dos citados nas delações premiadas perderão o foro privilegiado.

São pelo menos 70 parlamentares, entre senadores e deputados, envolvidos até agora pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor da petroleira Paulo Roberto Costa.

O cenário explica a luta do deputado federal André Vargas, ex-PT, para se manter na Câmara e evitar a cassação. E

Pelos relatórios da PF, Vargas é o deputado escancaradamente citado por Youssef, que pagou até viagem de jatinho. Vargas não disputou eleição, e pode ser preso em Janeiro.

Outros alvos da PF são ex-deputados e atuais parlamentares que se despedem do Congresso este ano, a maioria deles do PP, que visitavam Youssef.


Deputado do PDT quer sexto mandato no comando da Assembleia de PE
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Leandro Mazzini

Uma briga de foice ocorre nos bastidores da Assembleia Legislativa de Pernambuco pelos cargos de presidente e secretário-geral, o que controla o caixa. Guilherme Uchoa (PDT) quer a reeleição pela 5ª vez consecutiva, mas há novas forças eleitorais.

O presidente Uchoa encontra a rejeição do governador eleito, Paulo Câmara (PSB), que deseja no cargo um deputado eleito pelo PSB, Waldemar Borges. Aluísio Lessa e Raquel Lyra também estão na briga.

Para Primeiro-secretário, o ex-secretário de Turismo Alberto Feitosa, PR, André Campos, PSB, querem os cargos e dividem a base.


Cresce violência contra idoso no DF
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Leandro Mazzini

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios vai apresentar a segunda edição do “Mapa da Violência contra a Pessoa Idosa no Distrito Federal”.

O número de denúncias saltou de 2.089, em 2012, para 3.052, em 2013, um aumento de 46%.

Nesta quinta, haverá um seminário sobre o tema promovido pelo MPDFT em Brasília.


Movimento Ocupe Estelita dá dor de cabeça a prefeito do Recife
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Leandro Mazzini

Faz barulho o movimento político ‘Ocupe o Estelita’, grade área central de 100 mil m² à beira mar no Recife, antigo cais.

O Consórcio Novo Recife, formado pelas construtoras GL, Moura Dubeux e Queiroz Galvão, redesenhou o projeto mas não conseguiu apresentá-lo em audiência pública convocada pela Prefeitura do Recife. Uma decisão judicial barrou.

Nova audiência foi remarcada para o próximo dia 27. Enquanto isso, invasores seguem ocupando o terreno pelas beiradas – há indícios de motivação política também.

As construtoras querem erguer no Estelita espigões de 40 a 45 andares, com apartamentos de luxo.


Lava Jato pode chegar a operação de aeroportos concedidos
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Leandro Mazzini

Altos funcionários da Infraero estão na expectativa de que a nova operação Lava Jato,da Polícia Federal, que levou para a cadeia os donos e executivos de empreiteiras, possa afetar diretamente as obras e operações de grandes aeroportos concedidos.

O ‘Clube’ que pagava propina a parlamentares e diretores da Petrobras assumiu pelo menos seis aeroportos nos leilões.

As empreiteiras tiveram vultosos empréstimos do BNDES a juros subsidiados. E há suspeitas, já em investigação, de que essas verbas públicas podem ter abastecido a quadrilha presa até há poucos meses.

Uma radiografia das atuais administradoras dos aeroportos leva aos nomes das empreiteiras cujos executivos foram alvos da PF.

A OAS opera o aeroporto de Cumbica (Guarulhos), o maior deles. A UTC ganhou o leilão por Viracopos (Campinas). A Engevix, braço dos argentinos da Inframérica, atua em São Gonçalo do Amarante (RN), considerado o novo aeroporto de Natal, e no JK, de Brasília. A Odebrecht cuida do Galeão (Rio) e a Andrade Gutierrez, de Confins (Belo Horizonte).

MEMÓRIA

A campanha pela privatização dos aeroportos lucrativos no Brasil foi capitaneada pela estatal alemã Fraport, em parceria com a construtora Queiroz Galvão, que teve sócios presos.

Até hoje os empregados da Infraero entendem que a decisão sobre as privatizações dos aeroportos não teve uma base técnica nem econômica e nem operacional.


Dilma já tem lista para escolha de diretor-geral da PF
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Leandro Mazzini

Troncon, o favorito por ora. Foto: EBC

Troncon, o favorito por ora. Foto: EBC

A presidente Dilma já tem a lista tríplice enviada pelos delegados federais, por decisão da classe, para a escolha do futuro diretor-geral da PF.

Estão na lista os delegados Roberto Troncon, superintendente em São Paulo; Sérgio Fontes, diretor de Gestão de Pessoal; e Sérgio Menezes, superintendente em Minas Gerais.

O favorito nos bastidores para a sucessão de Leandro Daiello no comando da PF é o delegado Troncon. Daiello é egresso da Superintendência paulista.


Por votos, Cunha atua para afagar bancada evangélica
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Leandro Mazzini

O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, fará nova tentativa de conquistar votos que possam alçá-lo à Presidência da Casa em fevereiro.

Ele prometeu ontem a aliados levar à reunião de líderes nesta terça à tarde o pedido de urgência na votação do PL 1057, do deputado Henrique Afonso (PV-AC).

O projeto fecha o cerco à FUNAI e cobra à entidade posições firmes contra o infanticídio e violência contra mulheres em aldeias indígenas – uma demanda antiga da bancada evangélica, que conta com mais de 70 deputados, da qual o líder faz parte.

Os índios são inimputáveis e os relatos de violência em várias etnias incomodam os parlamentares. ‘Isso é um absurdo’, disse Cunha ao receber relatos.

NEUTRALIDADE

Atualmente, a FUNAI informa que não pode interferir em casos de abuso sexual, pedofilia, maus tratos, estupro, infanticídio, etc porque ‘é a cultura dos índios’.

Há relatos de maus tratos contra os nativos idosos e de casos seguidos de infanticídio – o cacique, por motivações espirituais, decide se o recém-nascido deve viver ou não – e

O abuso sexual de adolescentes é o caso mais corriqueiro, em várias etnias. Há aldeias em que a menina é estuprada por vários homens quando menstrua pela primeira vez.

Em Brasília há 16 crianças de diferentes etnias protegidas pela entidade Atini – Voz pela Vida. Elas seriam assassinadas ou abusadas sexualmente em suas aldeias. Fugiram ou foram salvas por servidores da FUNAI.

CACIQUE QUATRO RODAS

Esse PL sobre a cultura indígena remete a caso tragicômico revelado pela Coluna em setembro de 2013.

Um cacique, cujo filho foi assassinado por um funcionário da FUNAI (também índio), perdeu a mulher, que morreu de desgosto. Ele escreveu carta para a FUNAI dizendo que só uma coisa o salvaria também da morte por depressão e o deixaria feliz: queria ganhar uma Hilux 4×4 zero km, para ajudar a sua aldeia.

A PF e o MPF investigam o caso.


‘Voo da vitória’ contou com 7 ministros e 19 assessores
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Leandro Mazzini

aliedo

Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com

Um grupo de 26 petistas – sete ministros e 19 assessores de gabinetes – lotou um jatinho da FAB a serviço do PT – e não do governo – no domingo da eleição do segundo turno.

Foi o Voo da Vitória, numa farra a bordo, para levar de volta a Brasília um grupo que foi a São Paulo votar.

Segundo registros da FAB, seriam 50 a bordo do avião C99, entre passageiros e tripulação (dois pilotos e um ajudante). Já a lista oficial do Ministério da Justiça, passada à Coluna, contou com 26 passageiros. Todos informaram que a viagem foi a serviço.

‘COMANDANTES’

O voo compartilhado no domingo (26), que decolou às 15h do Aeroporto de Congonhas, em SP, para Brasília, chegou a tempo de os passageiros comemorarem a vitória da presidente Dilma.

Os ministros a bordo foram José Eduardo Cardozo (Justiça), Aldo Rebelo (Esporte), Miriam Belchior (Planejamento), Aloizio Mercadante (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Articulação), Artur Chioro (Saúde) e Eleonora Menicucci (Mulheres).

VOO DA RESSACA

Na segunda, às 13h35, voo decolou com sete caroneiros da ministra Ideli (Direitos Humanos) de Brasília para Florianópolis. Foram à capital para a festa de Dilma.

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TSE avalia criação de 21 partidos, entre eles Pirata e Imperial
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Leandro Mazzini

Enquanto o Congresso Nacional discute a cláusula de barreira e fim das coligações proporcionais nas eleições, a fim de reduzir o número de partidos no Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral contabiliza neste momento pedidos de criação de mais 21 legendas.

Entre elas, a Ação Libertadora Nacional, o Partido Pirata do Brasil, Partido da Construção Imperial, Libertários, dos Servidores Públicos e Trabalhadores da Iniciativa Privada e o Partido da Organização da Vanguarda Operacional (POVO). E uma nova ARENA.

As novas legendas buscam as assinaturas, por determinação do tribunal, e já têm o registro em cartório de Estados.

Segue em análise já a conhecida REDE, de Marina Silva, que retomou a coleta nacional de assinaturas complementares para se validar. E o Partido Liberal Brasileiro, um novo PL.

Os ministros do Tribunal debruçam-se sobre os dados no momento em que o Congresso Nacional e entidades civis organizadas debatem a validade desse modelo : pesam sobre as pequenas legendas a suspeita de que são formadas para negociações nada republicanas para coligações nas eleições com os grandes partidos.

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A lista completa dos protocolados no TSE:

Ação Libertadora Nacional (ALN)
Aliança Renovadora Nacional (ARENA)
Libertários (LIBER)
Partido Cristão (PC)
Partido da Construção Imperial (PCI)
Partido da Defesa Social (PDS)
Partido da Mulher Brasileira (PMB)
Partido Novo (NOVO)
Partido da Real Democracia (PRD)
Partido de Representação da Vontade Popular (PRVP)
Partido dos Servidores Públicos e dos Trabalhadores da Iniciativa Privada do Brasil (PSPB)
Partido Federalista (FE)
Partido Liberal Brasileiro (PLB)
Partido Militar Brasileiro (PMB)
Partido Ordem e Progresso (POP)
Partido Pirata do Brasil (PIRATAS)
Partido Popular de Liberdade de Expressão Afro-Brasileira (PPLE)
Partido da Organização da Vanguarda Operacional (POVO)
Real Democracia Parlamentar (RDP)
Rede Sustentabilidade (REDE)
PARTIDO DA ORDEM, DA DEMOCRACIA E DA ÉTICA (PODE)


De olho em Olinda, deputada negocia cargo com governador eleito de PE
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Leandro Mazzini

A deputada federal Luciana Santos (PCdoB) estreou o day after da eleição deste ano no melhor estilo ‘Quero voltar’.

Além do Recife, que já vive um frevo pré-eleitoral municipal entre postulantes à Prefeitura na disputa de 2016, o processo também foi deflagrado em Olinda (PE).

Luciana, ex-prefeita, é candidatíssima para suceder o atual prefeito Renildo Calheiros, colega de partido.

Para se reaproximar da população e trabalhar os bastidores para futuras alianças, a deputada reeleita não quer ficar em Brasília.

Luciana Santos pediu ao governador eleito Paulo Câmara (PSB) um cargo numa secretaria do futuro governo para ficar mais perto dos olindenses. Ele ainda não deu respostas.