Coluna Esplanada

Arquivo : agosto 2016

Senador Eunício pede o divórcio, e Dilma nem viu
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Leandro Mazzini

O Brasil assistiu nesta noite o primeiro caso latente de ‘traição’ política, num desses episódios que dão calça-justa por causa das intimidades protagonizadas pelo Poder por conveniência.

O senador do PMDB Eunício Oliveira (CE)  fazia questão de mostrar em Brasília e no Ceará ser amigo de Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.

A ponto de o senador convidar e a presidente aceitar ser madrinha de casamento da filha de Eunício, numa mega festa que reuniu meia república em Brasília. Semanas depois o feliz genro do senador, sem experiência no setor, foi nomeado pela presidente para diretor da ANAC. Uma lua de mel escancarada.

Nesta noite de terça (30), Eunício esperou Dilma sair do Senado para discursar na tribuna e desancar o seu governo – mostrando, evidente, o cenário melancólico.

Não teve coragem de olhar para a madrinha da filha e dizer que vota pelo impeachment. E Dilma muito provavelmente não quis ficar para ver e ouvir do senador que não existe amizade na política .

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Lula planeja a Caravana contra o ‘golpe’
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Leandro Mazzini

O ex-presidente Lula da Silva, que acompanha a defesa da presidente afastada Dilma Rousseff em Brasília, decidiu comandar uma nova caravana pelo País – desta vez, ao contrário dos anos 90, será para denunciar ‘o golpe’ contra o mandato dela.

Segundo petistas próximos, ele vai capitanear arrecadação de fundos junto a militantes e simpatizantes do PT para bancar as viagens. O material da campanha já está pronto e a mobilização será centrada em redes sociais.

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Para chineses, Renan é o profeta (do caos). Agora tem chance de se redimir
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Leandro Mazzini

Quando Renan Calheiros pisou na China na última vez, em 1987, ao lado do governador de Alagoas, Fernando Collor, o anunciou aos empresários chineses como o futuro presidente do Brasil.

Renan volta a Pequim ao lado de Michel Temer na próxima semana. Os chineses, com bilhões de dólares na conta e ávidos por investimentos no Brasil, querem ouvir o profeta sobre 2018.

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Michel Temer com o discurso pronto
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Leandro Mazzini

Às vésperas de ser efetivado na Presidência da República, Michel Temer, que se arrisca em versos nos raros momentos livres, redige do próprio punho o pronunciamento que fará à nação horas depois de o Senado selar o calvário da ex-aliada e hoje desafeta Dilma Rousseff.

No pré-roteiro do texto, o peemedebista evita citar adversários, mas fala em “superação do ‘passado de incertezas e crise”.

Michel Temer espera a fidelidade de senadores votantes para liberar nomeações de apadrinhados em muitas estatais. Itaipu Binacional, por exemplo, vive curto-circuito entre indicados de partidos aliados.

 

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Após 10 anos como xerife do Rio, Beltrame dá adeus ao cargo
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Leandro Mazzini

beltrame

O mais longevo secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, o policial federal José Mariano Beltrame, deixa o Governo após dez anos no cargo.

A saída está prevista para entre os dias 20 e 30 de setembro. O nome escolhido para substituí-lo é do delegado da Polícia Federal Antônio Roberto Sá, atual subsecretário de Planejamento da secretaria e um dos principais assessores de Beltrame.

Beltrame vai entrar num período sabático por anos, e será consultor do mercado privado. Segundo amigos, estuda convites para palestras no Brasil e exterior.

O secretário de segurança se notabilizou pela implantação das Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs, nas principais favelas do Rio, com o objetivo de inibir o tráfico de drogas, prender traficantes e retirar as armas de circulação nas comunidades. O programa é alvo de elogios e críticas há anos.

A despeito de estar afastado por problemas de saúde, será do governador licenciado Luiz Fernando Pezão a decisão da substituição.

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Operação da PF em confederações no Rio partiu do Ministério do Esporte
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Leandro Mazzini

picci

A Operação da Polícia Federal desta semana que cercou a diretoria das confederações brasileiros de Tiro e Taekwondo, no Rio de Janeiro, partiu de informações do próprio Ministério do Esporte, revela o ministro Leonardo Picciani em entrevista à e-webtv da Coluna.

“Justamente foi o Ministério, ao receber série de denúncias, quem encaminhou à Polícia Federal para investigar”, diz Picciani. O trecho sobre este caso está ao fim deste bloco exibido ( assista aqui ou clique na imagem )

O ministro ressalta que as irregularidades alvos da investigação não envolvem o ministério, e sim as verbas federais repassadas para programas administrados pelas confederações.

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House of Feliciano & Lelisgate: aparecem o intermediário do Rio e dinheiro
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Leandro Mazzini

> Carioca que aparece como intermediário de negociação aparece e avisa à Polícia que vai entregar o dinheiro

> Origem do dinheiro ainda é mistério, assim como o porquê do pagamento pelo silêncio da garota

> Inquérito de SP foi remetido para a PGR, que analisa pedido de investigação de Feliciano ao STF

> Entrada da PGR não livra Patrícia Lélis do indiciamento por extorsão e falsa comunicação em SP. Feliciano continua na moita e não explica por que pagaria pelo silêncio.

> Patrícia e Emerson garantem – e vídeo também mostra – que Feliciano sabia que chefe de gabinete negociava com garota

 

A Polícia de São Paulo localizou o carioca Arthur Mangabeira, que se passou por agente da Abin, segundo relatou Patrícia Lélis em seu depoimento, para ajudá-la num acordo malfadado com o deputado Pr. Feliciano (PSC-SP), como um ‘procurador’ da jovem.

Segundo a investigação, ele recebeu R$ 50 mil das mãos do próprio chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, pelo silêncio da mulher que acusa o deputado de agressão e tentativa de estupro. Bauer teria ido de carro de São Paulo ao Rio para entregar o dinheiro.

Mas desde que recebera o dinheiro, há mais de um mês atrás, Arthur sumiu do mapa com o dinheiro. O caso virou um seriado de trapalhadas de todos os envolvidos – a garota, o assessor político, o deputado e este ‘agente’ que agora aparece.

Arthur já conversou com o delegado Luis Hellmeister, do 3º DP de SP, por telefone, agendou oitiva e prometeu aparecer com o dinheiro. A Coluna tentou contato com Arthur em dois telefones, mas ele não respondeu. O advogado do jovem, de acordo com o delegado, mantém contato com a polícia.

MISTÉRIO DO DINHEIRO

A polícia já apreendeu R$ 20 mil com um ex-amigo de Patrícia, Emerson Biazon, que entregou o esquema quando veio a público a negociação em SP. O inquérito do 3º DP foi remetido para a PGR em Brasília, a pedido do próprio procurado-geral Rodrigo Janot.

Em depoimentos à Polícia em SP, Patrícia e Emerson Biazon garantiram que o deputado Feliciano sabia a todo momento que Bauer negociava o silêncio da garota. Em um vídeo, revelado pela Coluna, Bauer anuncia ‘Marco’ ao telefone. Era o deputado, que falou com Patrícia e pediu para ela gravar vídeo a seu favor, de acordo com depoimentos.

DENÚNCIAS

Patrícia é a jovem que acusou o deputado de agressão, assédio sexual e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional em Brasília. Ela viajou para SP e passou de vítima a vilã ao ser flagrada negociando muito dinheiro com o assessor de Feliciano por seu silêncio.

A Coluna revelou os prints de uma negociação que envolveria R$ 300 mil em seis parcelas de R$ 50 mil. E depois veiculou a íntegra de um vídeo em que ela aparece negociando com chefe de gabinete do deputado. Em SP, Patrícia foi indiciada por falsa comunicação de crime – ao fazer B.O. se dizendo vítima de sequestro – e extorsão.

Já o deputado Feliciano está na mira da Procuradoria Geral da República, que deve pedir a investigação à Polícia Federal, caso denuncie o caso ao Supremo Tribunal Federal. Caso abra inquérito, a PF terá a oportunidade de investigar a origem do dinheiro apreendido e porquê desse montante em negociação com a garota.

Também poderá rastrear os sinais de celulares do parlamentar e da jovem que o acusa, para averiguar se em algum momento eles se encontraram. A advogada de Patrícia também aposta na perícia nos aparelhos dos dois, para mostrar a veracidade ou não das evidências de provas apresentadas da troca de mensagens entre o política e a jovem pelo Telegram.

 

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Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assista o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Leia aqui os prints das conversas sobre negociação de R$ 300 mil

Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

Veja aqui o cronograma da denúncia


Deputado coleta assinaturas para nova CPI do CARF, que blindou banqueiros
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Leandro Mazzini

O deputado João Carlos Bacelar (PR-BA) não se conformou e até ontem coletou mais de 250 assinaturas para pedir uma nova CPI do CARF, a fim de enquadrar industriais e banqueiros que se livraram das convocações por dribles de deputados que financiam.

“Um dos fatos determinados, além do não compartilhamento das informações, é a prisão de um conselheiro do CARF em Brasília agenciando sentença”, justifica Bacelar.

A CPI, que havia sido prorrogada, foi derrubada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), num acordo para sua eleição. Foi forte o lobby dos banqueiros e industriais envolvidos com suas bancadas que, literalmente, bancam.

Esses empresários se livraram da CPI, embora ainda estejam na mira da Polícia Federal na Operação Zelotes – que motivou a comissão parlamentar na Câmara.


O roteiro de Dilma para o Senado e o media training para não se irritar
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Leandro Mazzini

O roteiro do depoimento da presidente afastada Dilma Rousseff é desenhado no Palácio da Alvorada. Ela faz media training diariamente para controlar a raiva e não cair em armadilhas provocativas dos adversários.

Dilma dedicará cerca de 20 minutos rebatendo as denúncias; os outros dez serão permeados pela alegação de que é vítima de um golpe que “a história julgará”.

Um dos pontos do roteiro traçado pelos petistas incluía Dilma e o ex-presidente Lula da Silva, e outros aliados, descendo a rampa do Congresso de braços entrelaçados, na tentativa de passar imagem para a História de que foram vítimas de um golpe e expulsos pelo Congresso.

Mas Lula e a esposa Marisa Letícia acabam de ser indiciados pela Polícia Federal, no caso do triplex no Guarujá (SP), e o plano deve mudar.