Coluna Esplanada

CIA: Com redes sociais, jovens terão mais Poder em 2030
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Leandro Mazzini

Divulgado na íntegra para poucos em Dezembro, o relatório de tendências globais do National Intelligence Council (NIC), setor de estudos estratégicos da CIA, indica que o mundo será composto em sua maioria pela Classe Média em 2030, com fácil acesso a bens de consumo duráveis.

O cenário vai ao encontro da política sócio-econômica do atual governo e animou autoridades brasileiras – entre eles ministros e embaixadores – que leem o relatório de cerca de 200 páginas.

Da avaliação de um membro do alto escalão do governo Dilma para a coluna, depreende-se que o mundo em 2030 não será de caos como previsto em filmes hollywoodianos, porém predominará ainda o capitalismo selvagem, o poder bélico como fator de persuasão, mas para o bem a internet será a arma popular. Confira alguns cenários:

  • Jovens terão mais espaço no Poder e Economia por causa da ascensão das redes sociais.
  • Não haverá uma terceira guerra mundial, mas o poder bélico será mais genérico, o atômico menos abrangente, e a tecnologia permitirá a construção de artefatos com alcance cirúrgico.
  • Países de população velha vão decair socialmente e economicamente. Especialmente grande parte da Europa.
  • A construção civil nas metrópoles seguirá uma linha mista de home-office. Milhares de torres de escritórios e residências serão erguidos daqui a  2030. E o mais assustador, na visão do NIC: na proporção do que foi construído no mundo desde o Antigo Egito até hoje, para suprir a demanda populacional e o novo estilo de vida.
  • Os Estados Unidos vão perder sua hegemonia para a China em todos os setores, preveem os próprios americanos. Isso foi revelado na divulgação do relatório em Dezembro. A outra novidade é que a renda per capita no país asiático subirá para US$ 15 mil. Atualmente, é um terço disso.

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Pesca quer criar o “Frango das Águas”
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Leandro Mazzini

O ministro da Pesca, Marcelo Crivella, embarca para Israel em março. Quer conhecer a tecnologia que produz a ração que engorda a tilápia em um quilo para cada quilo ingerido. Hoje, a proporção em cativeiros no Brasil é de um para quatro quilos ingeridos.

Crivella quer fazer do peixe o “Frango das águas”: o preço do quilo a R$ 4, em vez de até R$ 20 como no mercado hoje. Trabalha para incentivar a agricultura familiar a usar represa e açude que irrigam lavoura para criar peixes.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deu a largada, em sintonia com o ministério. Acaba de assinar decreto que libera de licença ambiental cultivo de peixe em espelho d’água com até cinco hectares (equivalente a cinco campos de futebol). Acima disso, a Cetesb dá licença especial.

Agora, o Ministério da Pesca faz pressão para que o governador de Minas, Antonio Anastasia, faça decreto similar a de Alckmin para autorizar pequenos parques aquícolas nas grandes represas de Furnas. O político mineiro ainda não respondeu.

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Inflação é temor de Dilma para 2014
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Leandro Mazzini

Já é certo que a presidente Dilma Rousseff é candidata à reeleição em 2014. O assunto é tratado discretamente no Palácio, e toma forma na agenda pelo interior do país que ela passou a tocar há dois meses.

Mas a presidente Dilma revelou para ministros próximos a sua preocupação não só para o governo, como para a campanha de 2014: aniquilar a inflação, que vem mostrando as garras.

Na opinião dos palacianos petistas, a eventual volta do Dragão com estatura acima da média ressuscitaria o ex-presidente Fernando Henrique, quem controlou os índices e estabilizou a economia.

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Esplanadeira
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Leandro Mazzini

O arquiteto Oscar Niemeyer, baforando após uma tragada de cigarro, clicado por Evandro Teixeira meses antes de morrer, em 2012.

Esplanadeira é a seção do blog em que o repórter publica imagens suas, sobre Brasília, ou inéditas e históricas do grande fotógrafo Evandro Teixeira, colaborador do blog.

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Estrangeiros já compraram US$ 60 bilhões em terras no Brasil
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Leandro Mazzini

O último relatório do Banco Central sobre investimentos no país, e documento sigiloso do setor agrário e da Abin nas mãos da presidente Dilma Rousseff, informam que estrangeiros já compraram US$ 60 bilhões em terras no Brasil.

A maioria deles é de empresários da China e Oriente Médio. As propriedades adquiridas concentram-se nas regiões Centro-Oeste e Norte.

A Agência Brasileira de Inteligência tem informes de que agora os chineses, para driblar eventual desconfiança sobre seus interesses, têm usado argentinos como ‘laranjas’.

Atualização Segunda, 21,20h10 – A assessoria do BC informou nesta segunda, 21, que não há dados sobre o caso na última nota externa do órgão sobre IED – Investimento Estrangeiro Direto. Em resposta enviada há dias à coluna, a assessoria do BC informa que  ''As informações sobre investimentos estrangeiros no país estão disponíveis mensalmente na nota do setor externo, quadro 18''.  A coluna ratifica que há dados oficiosos sobre o tema no Planalto, por se tratar de questão de soberania nacional.

Atualização Terça, 22, 12h – Mais detalhes sobre o informe nas mãos da presidente Dilma:

  •  Depois da onda dos japoneses e americanos, há forte movimento de empresas argentinas comprando terras e negócios agrícolas no Brasil. O surpreendente é que os hermanos têm usado capital chinês. Os argentinos são apenas executivos.
  • De acordo com o BC, somente ano passado os estrangeiros investiram US$ 1  bilhão no agronegócio brasileiro.
  • A presidente leu relatórios do Banco Central, em combinação com informações de mercado, de que os chineses vêm entrando com bastante agressividade na agricultura da Argentina. E investido no Brasil através de executivos argentinos e tradings.
  • O Palácio do Planalto não vê esse movimento sino-argentino ou a triangulação como ruim. São novos negócios não lesivos à economia do país.
  • Para o mercado, os maiores investidores em terras no Brasil são chineses, argentinos, japoneses e americanos.

 

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TELA QUENTE

Em março, vence parcela de R$ 1 bilhão do empréstimo que as Organizações Globo fizeram com o BNDES, para saldar rombo internacional.

RECORDE

O Conselho Nacional de Justiça pelo visto virou o sonho de consumo dos ‘concurseiros’. Recebeu mais de 98 mil inscrições para as provas.

BOCA DE SIRI

Esperto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao contrário de outros anos não previu ainda o grande crescimento do PIB para 2013.

MÁSCARA NEGRA

De informante da coluna na 25 de Março, em SP, e no Saara, no Rio: as máscaras de carnaval de Joaquim Barbosa, presidente do STF, lideram as vendas (40%), seguidas das do craque Neymar (25%). As de Lula e Dilma (5%, cada) encalham.

JUSTICEIRO DA FOLIA

A grande aposta das lojas é a venda casada: colocar a capa negra, como a do Batman, e a máscara do Joaquim. As máscaras dos condenados no Mensalão, como José Dirceu e José Genoino, também encalham.

CAPITAL DAS MAQUIAGENS

Na capital das maquiagens de números, não seria diferente para a beleza. A alta demanda deu nisso: faltam 3 mil profissionais nos salões de beleza de Brasília, revelou o Sindicato dos Salões e Instituto de Beleza.

PASTO & PREÇO

Olha no que deu a estiagem no pasto dos últimos meses. Os preços do boi gordo subiram Dezembro, revelou a Confederação Nacional da Agricultura, por causa do atraso das chuvas. Em Goiás, a arroba ficou em R$ 88,21, 6,2% maior.

PONTO FINAL

Com as compra de terras no Brasil, os chineses inventam a ‘colonização’ do século 21.

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Nova sede: Integração pode pagar R$ 100 milhões por 10 anos de aluguel
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Leandro Mazzini

A assessoria do Ministério da Integração confirmou que há cláusula no contrato de aluguel da nova sede do Ministério da Integração, em Brasília, que permite a prorrogação por mais cinco anos caso interesse à pasta. Neste caso, o contrato de aluguel atual de R$ 50 milhões – como noticiou a coluna – pode dobrar.

Oficiosamente, servidores do alto escalão ligados ao ministro Fernando Bezerra (PSB) não descartam a prorrogação.

O suntuoso prédio de ferro, concreto armado e vidro foi erguido em poucos meses há dois anos. O contrato foi assinado em Outubro de 2011, mas a mudança gradativa da equipe começou após 120 dias e se finalizou há dois meses, com a chegada do ministro Bezerra.

São R$ 750 mil mensais (R$ 45 milhões em cinco anos), mais tarifas de água, luz e IPTU o que elevará o gasto para além de R$ 50 milhões.

A despeito do período de contrato, a nova sede é criticada nos bastidores do Poder em Brasília. Por três motivos: o que garante a existência da pasta numa eventual derrota eleitoral do atual governo em cinco ou dez anos. E se a mudança e o valor se justificam. O ministério deixou três andares vazios no Bloco E da Esplanada, onde funcionava, para reformá-los – há licitação em andamento. Alegou segurança dos funcionários. Mas no mesmo prédio funciona ainda o Ministério da Ciência e Tecnologia, em outros três andares.

O contrato surge num momento delicado para a pasta. Em que o ministério ainda deve repasses de verbas para combates a desastres causados por chuvas em centenas de cidades, e as obras de transposição do Rio São Francisco estão devagar, com trechos parados por decisão unilateral de empreiteiras.

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Vossas Excelências!
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Leandro Mazzini

Essa aconteceu na cobertura presidencial em São Bernardo do Campo, só os seguranças da ocasião sabem e era 'segredo de Estado', pelo menos para a turma.

Numa bela tarde ensolarada de domingo, o então presidente Lula, torcedor apaixonado pelo Corinthians, vestiu o bonezinho, camiseta, chinelões e subiu para o terraço com a latinha de cerveja gelada para assistir ao jogo. Mas não encontrava o canal. Apertava aqui e ali o controle e… nada. Canal não encontrado, nem no pay per view.

Aí chamou os seguranças para o ajudarem e ninguém conseguiu. Àquela altura o jogo já começara, o homem bufava de raiva e gritos de ordens. Houve aquela correria de ajudantes sem saber o que fazer. A primeira-dama Dona Marisa subia a escada para ver o que ocorria e voltou no sapatinho ao ver que sobraria também para ela.

Quando descobriram que o ecônomo presidencial esquecera de comprar o pacote de jogos do fim de semana. Sobrou para ele.

Charge de Aliedo.

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Enterro dos Ossos: Governo investiga dupla
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Leandro Mazzini

A Comissão da Verdade e a Comissão de Mortos e Desaparecidos da Secretaria de Direitos Humanos estão consternadas com as ossadas de duas crianças entre as de ex-guerrilheiros sob a tutela do Governo em Brasília. Miram uma ex-guerrilheira e o filho de um ex-militante.

Para autoridades que tocam as investigações no âmbito governamental, a comunista Crimeia Almeida incluiu as duas ossadas na expedição de 2001 a Xambioá, no Araguaia (TO). Na mesma expedição, Paulo Fonteles Filho pegou numa igreja ossos de um adolescente e os levou numa mala.

Agora, o governo – que tentou manter segredo – prepara a devolução das ossadas das crianças com dois problemas: não sabe quem são e como enterrar.

INVESTIGAÇÃO

A Secretaria de Direitos Humanos vai pedir à Advocacia Geral da União e à Justiça Federal autorização para traslado dos ossos e enterro em Xambioá. Mas o mistério da identidade continua. E cabe à Comissão de Mortos e Desaparecidos a investigação.

DEFUNTO ERRADO

Fonteles Filho é alvo do PCdoB, que bancou sua campanha para vereador em Belém (PA). É que descobriu-se que ‘seu morto’ era um jovem falecido em 1990. Procurado por telefone, ele não retornou.

MEMO-DRAMA

Criméia foi presa grávida de sete meses na década de 70 em São Paulo. E foi protegida por militares de alta patente. O rebento era filho do ex-guerrilheiro André Grabois. Através da SDH, a coluna tentou contato com Crimeia, sem sucesso.

A SÓS

Sem coincidência: A presidente Dilma recebeu há dias o presidente da Comissão da Verdade, Cláudio Fonteles. A reunião continua um mistério.

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Caso Araguaia: Governo descobre ossadas de crianças e prepara devolução
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Leandro Mazzini

Crédito: FAB.mil.br

Técnicos do grupo de trabalho da comissão de mortos e desaparecidos, numa recente incursão em Xambioá

O governo prepara delicada e sigilosa operação para devolver a Xambioá, no Araguaia (TO), as ossadas de duas crianças de 10 anos e um jovem, de 16.

Foram descobertas no inventário feito recentemente pela Polícia Federal e avalizadas pelo Instituto Médico Legal de Brasília, junto aos ossos de outros 23 ex-guerrilheiros, guardados numa sala-cofre do Hospital Universitário da UnB.

A comissão de Mortos e Desaparecidos da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) vai pedir à Advocacia Geral da União e à Justiça Federal autorização para a operação.

O caso entra para o rol de mistérios envolvendo a guerrilha, seus desaparecidos e o que aconteceu com os mortos? As crianças não foram identificadas, e as autoridades investigam a ação de uma ex-guerrilheira que teria incluído os ossos no material da expedição de 2001, comandada pelo ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT), sem seu conhecimento.

À frente da operação está Gilles Gomes, o coordenador da Comissão na SDH, que confirma a autenticidade das ossadas. A operação também envolverá os Ministérios da Defesa e da Justiça.

DESCONHECIDOS

Segundo Gilles, não há marcas de tiros nos crânios. E à época da expedição nas quais foram recolhidas, não havia, como hoje, a tecnologia e o cuidado no reconhecimento.

23 NO COFRE

Desde 1991, a comissão, em seguidas expedições, procura os corpos de 64 guerrilheiros desaparecidos. Agora, em vez de 25 ossadas, oficialmente são 23 sob sua tutela.

CERCO NO CEMITÉRIO

Gilles garante que as expedições se empenham nas escavações com informações precisas e pesquisas antropológicas. E vai continuar a investigar o caso das crianças.

A VOLTA

As duas ossadas provavelmente serão enterradas no cemitério de Xambioá, como indigentes, até que se concluam as investigações de quem são.

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Ministério da Integração aluga nova sede por R$ 50 milhões
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Leandro Mazzini

Enquanto centenas de cidades esperam mais verbas de prevenção contra chuvas e as obras de Transposição do Rio São Francisco correm devagar, parando, o Ministério da Integração (MI) vai irrigando cofres de uma construtora em Brasília.

O ministério alugou nova sede por cinco anos a R$ 50 milhões, com dispensa de licitação. É um luxuoso edifício espelhado, de três andares, a 4km do Bloco E na Esplanada – onde a equipe deixou três andares vazios.

O suntuoso prédio de ferro, concreto armado e vidro foi erguido em poucos meses no final de 2011. O contrato foi assinado em Outubro de 2011, mas a mudança gradativa da equipe começou após 120 dias e se finalizou há dois meses, com a chegada do ministro Fernando Bezerra. São R$ 750 mil mensais (R$ 45 milhões em cinco anos), mais tarifas de água, luz e IPTU o que elevará o gasto para além de R$ 50 milhões. O contrato tem cláusula que permite a prorrogação por mais cinco anos, se for de interesse da pasta ou necessidade – o que pode elevar o investimento para R$ 100 milhões.

O prédio é da Base, conhecida empreiteira de Brasília.

A nova sede tem cerca de 10 mil metros quadrados de área construída. No mercado em Brasília, o custo de uma obra do tipo é de R$ 2,5 mil por metro quadrado. Ou seja, com R$ 25 milhões o Ministério construiria um anexo no terreno da União atrás do Bloco E na Esplanada, a exemplo de outros no setor.

TCHAU!

O ministério mantém três seguranças (um para cada andar vazio) no Bloco E. Informa que os andares serão ‘reformados e readequados’ para a volta do ministro e equipe.

A entrada do antigo gabinete do ministro no Bloco E na Esplanada: pó, divisórias e silêncio à espera da reforma

MISTÉRIO

Pelos dados, a reforma de três andares vai demorar cinco anos. Todo o Palácio do Planalto foi reformado em dois anos.

TÁ BOM..

O MI avaliou 14 edifícios e a escolha foi do ministro Bezerra. A Superintendência do Patrimônio da União e laudo da Caixa avalizaram o prédio para aluguel.

LOGO ALI

O pagamento do aluguel começou após os 120 dias do contrato assinado. O MI avaliou critérios como localização (4km da Esplanada!?) e preço do metro quadrado.

O Bloco E na Esplanada, onde a Integração ocupava os três últimos andares. No local funciona a Ciência e Tecnologia

HOMENAGEM

Curiosamente, o edifício da nova sede se chama Celso Furtado, em homenagem ao saudoso economista brasileiro. Na sua última entrevista, Furtado disse que um governo de esquerda não teria margem de manobra. Pelo visto, o ministério encontrou uma brecha.

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