Coluna Esplanada

Arquivo : Congresso

Deputado se declara preso e vira herói de colegas no Congresso
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Leandro Mazzini

hildo

É mesmo um Congresso pitoresco, circo sem picadeiro.

O deputado federal Hildo Rocha (PMDB-MA) se deu voz de prisão na Casa. Isso mesmo – e pelo ocorrido, pela coragem no episódio, foi muito cumprimentado pelos seus pares, que também não deixaram de ironizá-lo.

Na última terça-feira, ao saber que o motorista e assessor foram detidos pela Polícia Legislativa numa confusão, ele se apresentou ao chefe da Polícia no Senado e, ao ter pedido de soltura da dupla negado, declarou: “Então eu me prendo!”.

E Hildo ficou na sala-cela com os subordinados, de braços cruzados e beiço, até pegar o telefone e ligar para o “advogado” Renan Calheiros.

Ocorreu o seguinte: na pressa para ver a presidente Dilma Rousseff na sessão de abertura do Ano Legislativo, o deputado ordenara ao motorista que furasse o bloqueio da viatura da Polícia Legislativa já no perímetro do Congresso, e ele desviou o carro passando pelo gramado.

Hildo subiu correndo, mas os assessores foram detidos em seguida. O impasse só terminou, sem auto de infração, com o ‘habeas corpus’ concedido pelo presidente do Congresso, após a ligação do aliado, e a Legislativa os liberou, mesmo contrariada.

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Dilma cobra apoio da base a ministro da Fazenda
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

Ciente do perigo de Nelson Barbosa ganhar a antipatia gratuita do PT e outros partidos da base, a exemplo do surrado Joaquim Levy, a presidente Dilma Rousseff agiu rápido.

Mandou mensagens para os líderes do Governo no Congresso e Câmara, e recebeu a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), presidente da Comissão Mista de Orçamento.

O recado para os três foi o mesmo: precisa de apoio incondicional ao ministro da Fazenda, Nelson Barbosa; de afinidade das bancadas na aprovação a tudo o que o ministro pedir ao Congresso, sob risco de muito pouco avançar, como aconteceu com o antecessor.

Pouco antes do encontro com Dilma, a senadora engrossou a lista dos insatisfeitos com a escolha: “Ele terá que trabalhar muito para alcançar a credibilidade” (de Levy).

Dilma sabe que Levy foi alvo da implicância gratuita da ala majoritária do PT, e a antipatia ecoou em outros partidos. Levy fez o que pode. Mas a base não ajudou.

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Com Walmor Parente


Lewandowiski manda uma direta para Cunha: ‘intempestivo’
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Leandro Mazzini

A reunião de 30 minutos entre os presidentes da Câmara e do Supremo Tribunal Federal (STF), Eduardo Cunha e Ricardo Lewandowiski, foi recheada de constrangimentos.

Ao informar que irá apresentar “embargos de declaração” dia 1º de fevereiro, quando a Corte e o Congresso Nacional retomam as atividades, Cunha levou uma dura do ministro.

“A corte avalia como intempestivo apresentar embargos antes da publicação do acórdão”, complementou Lewandowiski, com semblante sério.

Cunha refere-se a dúvidas que eventualmente possa ter a respeito da decisão do pleno do STF, semana passada, sobre o rito do processo de impeachment que a Câmara tentou abrir contra a presidente Dilma Rousseff.

Como notório, a reunião de Cunha com o presidente do STF foi aberta à imprensa, por determinação de Lewandowiski.

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Com Walmor Parente


‘Clima está bom, o Brasil não está paralisado’, diz líder do Governo
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Leandro Mazzini

guimaraes

Provou que vive em outro mundo o líder do Governo na Câmara, o petista José Guimarães (CE):

“O clima está bom; o Brasil não está paralisado”, disse a um interlocutor no Salão Verde, no dia em que a PF fez a limpa contra investigados na Lava Jato.

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Planalto aposta nos ‘300 deputados de Dilma’
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Leandro Mazzini

edu

Chegou a hora de o Governo cobrar a fatura.

Com o acolhimento da denúncia para a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma, os ministros do Palácio, Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Governo), vão cobrar a fidelidade dos 300 deputados e da maioria dos senadores que conquistaram nos últimos meses para barrar a queda da presidente Dilma.

O número é suficiente para aniquilar o processo. Os ministros distribuíram cargos em estatais nos Estados para os parlamentares e acabam de liberar R$ 4 bilhões em emendas.

APROXIMAÇÃO

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, voltou a se aproximar da oposição. Antes de anunciar o impeachment, ele avisou aos líderes do DEM, PSDB e PPS. Acabou a paquera com o PT, com quem tinha esperança de acordo para que os três deputados petistas no Conselho de Ética votassem a seu favor. O caso chegou a rachar a bancada.


Clima de guerra: aliado de Cunha representa contra líder do PT
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Leandro Mazzini

sostenes

Sóstenes, em primeira plano, com Cunha ao fundo na Mesa Diretora

Um dos principais aliados do presidente da Câmara, o deputado evangélico Sóstenes , representou ontem contra o líder do PT, Sibá Machado, no Conselho de Ética da Casa. O fato ocorreu poucas horas depois de Eduardo Cunha ser alvo de manifestante que lhe atirou notas falsas de dólar.

A guerrilha petista prometida pelo líder Sibá Machado (AC) que iria “para o pau”, segundo o deputado, já desembarcou no Congresso.

Ativistas do PT rasgaram painel pró-impeachment da presidente Dilma no Salão Verde. A tensão continuará nas próximas semanas, porque há duas semanas há um grupo de manifestantes oposicionistas acampados nas dependências da Câmara. Eles defendem o impeachment de Dilma.

Cunha não nega a aliados também sua ira com a manifestação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra em frente à residência oficial no feriadão. Há suspeitas de que as ofensivas são bancadas pelo PT para desestabilizá-lo.


Os laços de família na Operação Zelotes
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Leandro Mazzini

A Operação Zelotes, que investiga as bilionárias maracutaias dos conselheiros do Carf, funcionários da Receita, lobistas e empresários, começa devagar a colocar um pé no Congresso Nacional.

O lobista Alexandre Paes dos Santos, preso pela PF na nova fase da Operação Zelotes-Carf, é co-cunhado do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), casado com a irmã da esposa do parlamentar. Não há na operação até aqui algo que ligue o lobista a Eunício.

Ontem, o presidente da CPI do Carf no Senado, Athaídes de Oliveira (PSDB-TO), avisou que vai investigar se as edições de três medidas provisórias (duas na gestão Lula e uma na de Dilma) – pivôs da nova fase de prisões ontem – têm digitais de parlamentares, relatores ou não.

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Câmara vai tipificar drogas sintéticas: Missão da PF e Anvisa
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Leandro Mazzini

Fotomontagem extraída do portal ne10.com

Fotomontagem extraída do portal ne10.com

O projeto de lei 4852 de 2012, que tipifica as drogas sintéticas, deve ir a plenário nesta terça-feira

O PL é de autoria do líder do PP, deputado Dudu da Fonte (PE).  O texto dá poder e respaldo ao laboratório de criminalística da Polícia Federal, já considerado um dos melhores do mundo em tecnologia, para tipificar as drogas sintéticas. O trabalho terá associação e aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Atualmente, numa apreensão em flagrante, o traficante não é enquadrado no código penal porque não há reconhecimento da droga sintética na legislação, tamanha a variedade de substâncias novas.

O projeto ainda determina que a PF e Anvisa tenham lista atualizada dessas drogas, assim que reconhecidas criminalmente, entregue às secretarias de segurança pública dos Estados.

Se passar na Câmara, a proposta segue para comissões no Senado Federal.