Coluna Esplanada

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Governo desmonta a Polícia Federal na Lava Jato; Corporação nega
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Leandro Mazzini

O Governo desmobilizou a Polícia Federal na Operação Lava Jato em Curitiba.

Nos últimos três meses, houve gradativa troca de subordinados dos investigadores, ‘convites’ para direções em superintendências e remanejamentos forçados de delegados.

Márcio Ancelmo, o coordenador, é o último bastião da equipe e foi convidado para ocupar um alto cargo na direção da corporação. Érika Marena, a ex-chefe do grupo – e que deu nome à operação – acaba de ser remanejada contra sua vontade para Florianópolis.

Nos últimos meses foram remanejados da equipe os delegados Eduardo Mauat, Duílio Mocelin e Luciano Flores (o que levou o ex-presidente Lula da Silva sob condução coercitiva).

O clima azedou entre os delegados, porque alguns fecharam os olhos.

Dois jovens delegados (abaixo dos 30 anos) e com menos de dois anos de PF entraram na equipe, animados para mostrar trabalho, mas não têm a experiência dos que saíram, segundo colegas e investigadores.

Agora, a bola do jogo continua com a equipe intacta do Ministério Público Federal, sob comando de Deltan Dallagnol. Aliás, a Lava Jato é das poucas operações onde MP e PF se afinam.

Atualizada Quinta, 24, 17h32 e 20h32 – A Assessoria de imprensa da DPF contatou a Coluna e informou que a informação não é a realidade nos âmbitos da corporação e questionou a nota.

Nesta noite, a PF enviou uma nota oficial, que reproduzimos:

“A Polícia Federal repudia veementemente o teor da nota “Governo desmonta a Polícia Federal na Lava Jato em Curitiba”, veiculada hoje (24/11) pela Coluna Esplanada.

Ao contrário do informado pelo jornalista Leandro Mazzini, não ocorreram remanejamentos forçados de delegados.

Conforme nota divulgada durante a deflagração da 31ª fase da operação em julho deste ano e amplamente divulgada pela imprensa, os delegados Eduardo Mauat da Silva e Duílio Mocelin Cardoso retornaram às suas unidades de origem e foram substituídos por autoridades policiais com larga experiência em investigações internacionais que envolvam crimes financeiros e lavagem de dinheiro.

Os delegados Luciano Flores e Érika Marena aceitaram espontaneamente os convites feitos, respectivamente, pelos superintendentes regionais no Espírito Santo e em Santa Catarina para assumirem funções importantes nas unidades mencionadas. Ambos se sentiram honrados com os novos trabalhos.

Sobre o delegado Márcio Ancelmo, não é verdade que ele tenha recebido convite para ocupar “um alto cargo na direção da corporação”.

A PF também rejeita a afirmação de que a equipe passou a contar com delegados jovens e inexperientes. A formação e capacitação dos policiais federais é referência mundial. No caso da Operação Lava Jato, é fato público e notório o alto grau de capacidade técnica de todos os servidores envolvidos na investigação”.

Com informações de bastidores e pessoas próximas supracitados, mantemos o publicado.

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‘Memórias do Cárcere’ da Lava Jato revelam cotidiano dos presos
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Leandro Mazzini

As celas do Complexo Médico Penal de Pinhais (PR), próximo a Curitiba, são palco das memórias do cárcere em tempos modernos, para a turma da Operação Lava Jato.

Fonte da Coluna com acesso aos detidos relata: José Dirceu ganhou apelido de Bibliotecário – lê compulsivamente (já condenado também na Lava Jato a 23 anos de prisão, faz resenhas para diminuir a pena).

Esposa do marqueteiro João Santana – este, de pouco papo – Mônica Moura sumiu com o sorriso e só masca chicletes, cabisbaixa.

‘Comilão’, o ex-deputado do PT André Vargas pega o queijo e sobremesa dos pratos dos colegas – e continua a organizar rodadas de poker, das quais participa Marcelo Odebrecht e outros empreiteiros.

Outro condenado, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari veste uniforme com letreiro ‘Faxina’ – e limpa as celas e área comum a fim também de reduzir a sua pena.

Para sobreviver, a grande maioria lança mão de antidepressivos diariamente, e todos reclamam do notório frio de Curitiba.

Atualização segunda, 1.ago, 11h – Sérgio Moro, juiz federal do caso, autorizou a soltura de Mônica Moura e do marido João Santana nesta segunda, conforme advogados.

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Temer proíbe ministros palanqueiros de entrarem nas campanhas
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Leandro Mazzini

Certo de que vai permanecer no cargo após o processo de impeachment de Dilma Rousseff no fim de agosto, o presidente interino Michel Temer mandou recado para os ministros.

Proibiu os membros do primeiro escalão da Esplanada de entrarem em campanhas nos seus estados, para evitar rachas na base no Congresso e prejudicar votações de projetos importantes.

Está em perigo, assim, o projeto de Poder da família do ministro da Saúde, Ricardo Barros. A sua filha, a deputada estadual Maria Victória, é candidata a prefeita de Curitiba pelo PP. A esposa de Barros, Cida Borghetti, é vice-governadora do Paraná e marcará presença em vários palanques.

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Vereadores de Curitiba querem cassar honrarias a Bernardo e advogado
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Leandro Mazzini

Vereadores de Curitiba propõem cassar as honrarias da Casa ao ex-ministro Paulo Bernardo (Cidadão Honorário), em 2007, e ao advogado Guilherme Gonçalves (Vulto Emérito), no ano seguinte.

As condecorações foram concedidas por dois edis do PT.

A dupla, como notório, foi presa pela Polícia Federal e depois solta por decisão liminar do ministro Dias Toffoli, do STF.

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Delegada da Lava Jato lidera lista tríplice para diretora da PF
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Leandro Mazzini

Atualizada terça, 31, 14h05 – Delegada da Lava Jato que deu nome à Operação, Érika Marena, de Curitiba, lidera lista tríplice da Associação Nacional dos Delegados de PF para diretora-geral da PF. A Coluna antecipou ontem que ela é a favorita da classe para comandar a corporação.

A lista acaba de ser anunciada, na qual votaram mais de 2.500 delegados associados. Érika obteve 1.065 votos.

Por lei, o cargo de diretor deve ser de um delegado federal de classe especial, e a categoria oferece uma lista par escolha do presidente da República.

Os outros votados, nesta ordem, que completam a lista, são Marcelo Eduardo Freitas (924 votos) e Rodrigo de Melo (685 votos) Teixeira, ambos da Superintendência de Minas Gerais. Não é tradição que o ministro e o presidente da República escolham o mais votado da lista.

A lista será submetida à avaliação do presidente Temer e do ministro da Justiça, Alexandre Moraes. O atual DG da PF, Leandro Daiello, segundo informações de bastidores, deve sair em Agosto após os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Enquanto isso, a Federação dos Policiais Federais avisou que também quer ter espaço na escolha do futuro DG.

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O voo de Santana para Curitiba: silêncio e semblante tenso
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Leandro Mazzini

Foto: Gazeta do Paraná

Foto: Gazeta do Paraná

Os sorrisos do marqueteiro João Santana e da mulher, Mônica Moura, ao desembarcarem no aeroporto no Paraná na terça-feira foram fachada.

Durante toda a viagem de São Paulo a Curitiba a dupla manteve-se em silêncio sepulcral. Santana suava frio, contam agentes testemunhas.

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Gasolina e Serguei, veteranos de cela, têm muito a ensinar aos da Lava Jato
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Leandro Mazzini

O detento 'Gasolina' com a máscara com a qual tentava escapar. Foto: UOL

O detento ‘Gasolina’ com a máscara com a qual tentava escapar. Foto: UOL

Vez ou outra aparecem nas redes sociais charges ou textos espirituosos sobre os empreiteiros detidos em Curitiba, na operação Lava Jato da Justiça Federal. Combinam construir um túnel para a fuga em massa, mas nunca dá certo porque até nisso eles tentam ‘superfaturar a obra’.

Piada à parte, os presos de Curitiba têm muito a aprender com os do Centro-Oeste, aos quais sobra criatividade. Para citar apenas dois casos:

Para quem achou surreal a tentativa de fuga, com máscara de mulher, de Clodoaldo ‘Gasolina’ em Aparecida de Goiânia (GO), não lembra de César dos Santos.

Em abril de 2001, Dos Santos rendeu carcereiros com faca, emendou dois canos e tentou atravessar o muro do Instituto Penal de Campo Grande (MS) num salto com vara.

Não é exagero dizer que os dois presidiários deram com a cara no chão. Literalmente. Dos Santos passou a ser apelidado de Sergei Bubka, o grande atleta croata medalhista olímpico na modalidade.


Empreiteiros passam frio na cadeia em Curitiba
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Leandro Mazzini

Os empreiteiros e lobistas detidos no presídio de Curitiba estão passando frio à noite, conta um dos advogados que visitou cliente.

Em especial no banho. O aquecimento é por paineis solares numa cidade onde o sol pouco aparece. Os presos pediram às esposas para levarem cobertores.

A turma da Lava Jato também tem se encontrado mais na área livre e conversado muito entre eles.


Fila da ducha é o sofrimento para empreiteiros na carceragem da PF
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Leandro Mazzini

Sede da PF em Curitiba. Foto: Gazeta do Povo

Sede da PF em Curitiba. Foto: Gazeta do Povo

A situação já era ruim na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, com os ex-deputados Luiz Argôlo e André Vargas deprimidos e outros 12 detidos, entre eles o doleiro Alberto Youssef.

Mas ficou pior desde ontem, sábado. Com instalações pequenas para a quantidade de gente encarcerada – são agora 19 milionários detentos – só é permitido um banho em todo o fim de semana. Um sacrifício para quem se acostumou a banheiros de luxo com hidromassagem em casa.

As celas abrigam até três detentos, e têm sanitário e pia. Mas só existem dois banheiros com ducha para todo o grupo. Os agentes organizam o cronograma e a fila da turma, e cada um tem um limite de tempo para se banhar.

 


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