Coluna Esplanada

Arquivo : Dilma

Dilma cogita retomar o ‘Café com a Presidenta’ na rádio
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Leandro Mazzini

Com a popularidade em baixa, a presidente Dilma Rousseff consultou os ministros palacianos sobre a viabilidade de retomar o programa de rádio na EBC ‘Café com a Presidente’.

O programa, com ampla distribuição em rede nacional, atinge o público alvo eleitor do PT, e era divulga com afinco pelo ex-presidente Lula, que o gravou de segunda a sexta durante seus dois mandatos.

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Dilma recusa Conselho de ex-presidentes
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Leandro Mazzini

dilma
Com o sinal de alerta ligado no Palácio do Planalto desde os mega protestos de domingo, ministros palacianos e senadores governistas deram ontem uma humilde sugestão à presidente Dilma Rousseff: sentar à mesa com ex-presidentes da República para tentar ofuscar a crise.

Seria um pedido público de apoio num espírito patriótico. A ideia é passar a imagem de que é hora de união, sem picuinhas partidárias.

Mas Dilma recusou. Teme levar um ‘não’ do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

FHC é o menor dos problemas. Pior cenário seria a foto com José Sarney, cuja família foi chutada do Governo do Maranhão e com popularidade em baixa, e os enrolados Lula e Fernando Collor, alvos da Lava Jato.

Dilma deu ordem aos ministros da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, e da Casa Civil, Jaques Wagner, para investirem no diálogo com aliados e conter debandada no Congresso Nacional.

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PMDB devolve ao Governo presidências da Embratur e Eletrosul
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Leandro Mazzini

Foto: pmdb da Câmara

Foto: pmdb da Câmara

O PMDB começou a desembarcar, em parte, do Governo Federal. E o pontapé começou com o diretório de Santa Catarina. Reunidos em Florianópolis, os deputados e senadores decidirem devolver as presidências da Embratur e Eletrosul – além de uma diretoria na estatal elétrica.

A decisão foi confirmada à Coluna nesta noite pelo deputado federal Mauro Mariani, presidente do diretório estadual catarinense.

Participaram do Dia do Desembarque, em reunião em Florianópolis na tarde desta segunda-feira, o vice-governador Eduardo Moreira, o senador Dário Berger, o ex-senador Casildo Maldaner, e os defenestrados dos cargos Djalma Berger (que hoje deixa o comando da Eletrosul), o diretor Paulo Afonso Vieira e Vinícius Lummertz, que deixa a Embratur.

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O grupo reunido no diretório do PMDB

“O Brasil precisa de um novo caminho e nós, do PMDB catarinense, estamos dando o primeiro passo efetivo, rumo à independência. Escolhemos o lado da sociedade. Este governo não tem mais condições de propor nada”, diz Mariani.

O deputado garante também que o PMDB vai desembarcar do apoio ao Governo Dilma em abril: “Não há mais jeito!”

Segundo Mariani, os apadrinhados políticos do grupo peemedebista, que deixarão a partir de hoje os importantes cargos, foram consultados sobre a decisão da executiva estadual do partido e não declararam objeção. “Eles compreenderam que é o melhor a fazer”, conclui o deputado.

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O ‘neutro’ PMDB mostra sua velha face: ficar no Poder, com quem for
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Leandro Mazzini

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O atual PMDB mostrou hoje a sua velha face – ele prega independência, se diz neutro, mas está sempre no Poder desde a redemocratização. O partido é PhD nesse item político: faz suspense, grita para o povo, mas nos gabinetes e jantares afaga presidentes da República há 30 anos. Atualmente, o beija-mão é para Lula e Dilma, e assim a legenda mantém os sete ministérios.

O partido é o retrato da instabilidade política do País – não sabe para onde vai.

O PMDB só sai do Governo se não mais houver Poder – fica até 2018 pela coalizão eleita, ou pula fora se a presidente Dilma cair. Neste cenário, se o vice Michel Temer assumir, o partido faz festa. Se cai a chapa toda, o partido cola em quem assumir o Palácio.

E por que o PMDB anunciou hoje em sua convenção que precisa de mais 30 dias para decidir se desembarca do Governo ou mantém a aliança?

Este é o período que os expoentes do partido precisam para sentar à mesa dos ministros Palacianos Ricardo Berzoini (Governo) e Jaques Wagner (Casa Civil) para fechar a indicação do deputado Mauro Lopes na Secretaria de Aviação Civil e atender a demanda da ala majoritária das bancadas no Congresso. São pedidos de cargos importantes e estratégicos em estatais nos Estados. Só isso. Este é o PMDB em suas entranhas.

Essa demanda para apadrinhados políticos vem especialmente dos deputados. Desde antes da recondução do líder Leonardo Picciani (RJ) na Câmara.

Agora, o controle do som do megafone peemedebista para a população está nas mãos de Berzoini e Wagner. Depende apenas dos dois ministros petistas e do aval da presidente Dilma Rousseff que rumo o por ora aliado vai tomar.

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NO MURO

Na convenção nacional de hoje, o PMDB vai reforçar o perfil que o notabilizou nas últimas décadas – em cima do muro, com um pé em cada lado do Poder, na base e na oposição.

Os peemedebistas são experts, e por isso estão sempre no Governo. O falatório contra o Governo Dilma estava combinado. Realmente há um grupo minoritário que prega o rompimento. Alguns dos expoentes são Marta Suplicy, a ex-senadora petista, que disputará a prefeitura de São Paulo, e o ex-ministro de Lula Geddel Vieira Lima.

Ambos não atendidos em suas pretensões políticas. Marta, que foi ministra de Dilma após pedir, queria ser a indicada de Lula para a Presidência. Geddel não teve o apoio do PT baiano para disputar o Senado.

Um cacique garante que o partido “não vai deliberar, ficará neutro”. Em suma, não vai cravar apoio incondicional a Dilma, mas também não pregará a saída do Governo. Por fim, está eleita a executiva nacional e suas regionais. Era o dever de casa neste sábado. Reconduzir Michel Temer ao comando.

2018

O documento ‘em cima do muro’ que será divulgado é sinal para os dois lados, PT ou anti-PT – a disputa que se vislumbra em 2018. O PMDB assim se garante em um deles.

Não há consenso no PMDB para lançar candidato ao Planalto, mas cresce o grupo que prega a candidatura. Se assim for, o preferido é o senador José Serra, que está prestes a se filiar ao partido, conforme desejam os caciques – Serra balança.

O prefeito do Rio , Eduardo Paes, propalado como o pré-candidato do PMDB ao Planalto, é balão de ensaio. Paes é candidatíssimo ao Governo do Estado.


Pedido de prisão de Lula e perdão a mensaleiros incendeiam o domingo
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Leandro Mazzini

Milhares são esperados na Esplanada dos Ministérios neste domingo, a exemplo das edições passadas.

Milhares são esperados na Esplanada dos Ministérios neste domingo, a exemplo das edições passadas.

A faísca foi atirada no palheiro.

Não bastassem, há semanas, as mobilizações de prós e contra o Governo Dilma Rousseff num clima de Fla x Flu para o próximo domingo, dois fatos recentes incendeiam os debates nas redes sociais e podem repercutir nas ruas: o pedido de prisão do ex-presidente Lula feito pelo Ministério Público de São Paulo e o perdão da pena de dois mensaleiros do PT, pelo Supremo Tribunal Federal – com vistas a se estender a outros sete mensaleiros.

O pedido de prisão do ex-presidente Lula pode melar todo o cuidadoso trabalho do juiz Sérgio Moro de não contaminar o processo. O caso de Lula no MP paulista, sobre lavagem de dinheiro no tríplex, não tem nada a ver com a denúncia que segue na Lava Jato em Curitiba – de tráfico de influência.

Mas a força tarefa da Lava Jato teme que agora, a despeito de a juíza de SP acolher ou não o pedido de prisão de Lula, o Partido dos Trabalhadores possa inflamar a militância e movimentos sociais contra a operação de Curitiba. O estrago pode ser maior, nas ruas e na condução do processo.

No STF, o plenário seguiu o relator ministro Luís Roberto Barroso e perdoou as penas do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Estão livres, leves e soltos. O ministro acolheu decreto presidencial de Dilma Rousseff, e o plenário seguiu.

O caso já repercute nas redes sociais e virou mais um motivo de revolta para os cidadãos irem às ruas no domingo clamar por Justiça contra a corrupção. O cenário pode ser ampliado – o STF poderá perdoar mais sete mensaleiros na esteira de decisão que beneficiou Cunha e Delúbio, entre eles ex-deputados como Pedro Corrêa (PP) – enrolado também no Petrolão – e Roberto Jefferson  (PTB)

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NO CONGRESSO

Foi em tom raivoso que senadores petistas reagiram ao pedido de prisão do ex-presidente Lula.

“É o ápice da provocação. Não vamos ficar parados”, ameaçou Paulo Rocha (PT-PA). Os petistas começaram a mobilizar sua militância em Brasília.

A ainda desconhecida senadora Maria Regina Souza (PT-PI), ao mirar o MP, virou sua metralhadora verbal para o plenário: “Por que a Polícia Federal não investigou o caso da cocaína apreendida no helicóptero da empresa de um senador (Zezé Perrela)? É clara e abusiva perseguição (contra o Lula)”.


Turma do ‘deixa disso’ tenta convencer Lula e Dilma
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Leandro Mazzini

A despeito da gritaria da presidente Dilma e do ex-presidente Lula contra a condução coercitiva e os rumos judiciais da Operação Lava Jato, há dentro do PT uma minoria que, timidamente, tenta convencer a dupla a recuar nas críticas à Polícia Federal e ao Ministério Público.

Lançam mão de uma evidência de que Lula e Dilma se esquecem de que ‘pariram a crise’: foi ele quem fortaleceu e deu mais independência à PF, na gestão do ministro Marcio Thomaz Bastos.

E ela quem sancionou a lei que instituiu a contribuição premiada – e por esta abriram a boca Paulo Roberto Costa, Ricardo Pessoa e Delcídio do Amaral, que complicaram o PT e seus personagens.

Ou seja, o que o grupo tenta explicar a eles é que não adianta chorar. A PF reforçou sua independência sob Lula e agora pede autonomia. E a presidente Dilma que aguente agora o que há por vir com as delações.

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Ex-homem forte do PT, Tarso se distancia de Lula e Dilma
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Leandro Mazzini

Ex-homem forte do Partido dos Trabalhadores, ex-governador e ministro da Justiça como um dos braços fortes de Lula, com quem tinha relação diária, Tarso Genro não fala com o ex-presidente da República há mais de três meses.

Com a presidente Dilma, revela ele próprio, só a viu no dia da posse do segundo mandato, e nunca mais.

No último dia 2 de março, o petista conversou com a Coluna e cravou que o PT precisa fazer uma grande reflexão.


Tarso Genro: ‘O PT tem que fazer uma grande reflexão’
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Leandro Mazzini

 

tarso

Ex-ministro da Educação, da Justiça e de Relações Institucionais do governo Lula, além de ex-governador do Rio Grande do Sul, o petista Tarso Genro circulou há dias sem ser notado pelo Salão Verde e corredores da Câmara dos Deputados. Por motivos óbvios – emagreceu muito, e usa barba grisalha.

Indagado pela Coluna sobre o processo de impeachment da petista, o ex-ministro é taxativo ao afirmar que seria “a pior das soluções para o País”. Sobre o futuro político, Tarso confessa: “Sou incapaz de prever o que vai acontecer. Mas reafirmo que o PT tem que fazer uma grande reflexão”.

Com salão lotado, recebeu nada mais de que quatro cumprimentos durante o trajeto, sempre chamado de “meu líder”.

O ex-governador mostrou-se de um pessimismo latente e afirmou que o atual momento do partido é mais complicado que à época do mensalão. Foi o próprio Tarso Genro quem assumiu a presidência do PT quando eclodiram as denúncias de pagamentos de propina para partidos aliados ao governo em 2005. Tínhamos, àquela época, apoio dos movimentos sociais e um projeto administrativo consolidado. Hoje o cenário é outro, bem diferente”, resume.

Tarso Genro também afirmou que está distante do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais ainda da presidente Dilma Rousseff: “Falei com ela no dia da posse para parabenizá-la e com o Lula há três meses”.

O petista não foi à festa em comemoração aos 36 anos do partido no Rio de Janeiro e adianta que vai se dedicar à advocacia e militância por meio das redes sociais, blogs e revistas de “perfil esquerdista”.

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Colaborou Walmor Parente


“Seria missão que abraçaria”, diz cotado para MJ ligado a Wagner e PGR
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Leandro Mazzini

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Wellington Cesar (D) em reunião com Jaques Wagner na Bahia. Foto de arquivo

Procurador chefe do Ministério Público do Estado da Bahia de 2010 a 2014, Wellington César Lima e Silva nega ter recebido convite por parte da presidente Dilma Roussef para para assumir o Ministério da Justiça no lugar do Ministro Eduardo Cardozo, mas em conversa com a Coluna revela que não hesita se for chamado:

“Servir meu País, neste momento em que se faz necessário muita tranquilidade e sobriedade , seria uma missão que abraçaria com determinação”.

Há notícias de que ele embarcou de Salvador para Brasília no início desta tarde de segunda-feira.

Circula no alto escalão do Governo federal que o procurador é apadrinhado pelo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e também avalizado pela Procuradoria Geral da República, onde tem bom trânsito. Um representante do MP no ministério cai como uma luva para o Governo e para a instituição neste momento.

Os ministros Wagner e Cardozo (MJ) estão reunidos desde a manhã desta segunda-feira com a presidente Dilma Rousseff no gabinete presidencial no Planalto. Eles devem esperar a chegada de Wellington Cesar, para conversar ainda nesta tarde.

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PERFIL

Wellington Cesar é formado em Direito pela Universidade Federal da Bahia, é Mestre em Ciências Criminais , Doutorando em Direito Penal . É tido na Bahia como o mais hábil procurador chefe dos últimos tempos no Estado.

Amigos próximos citam que soube “enxergar com sabedoria todas as limitações do Estado sem nunca perder de vista a o obrigação do MP”, principalmente suas vertentes mais carentes e necessitadas. Ainda de acordo com amigos, é hábil negociador e respeitado nas mais variadas correntes do PT no Estado da Bahia.