Coluna Esplanada

Arquivo : Dilma

Osmar fica no BB
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Leandro Mazzini

O ex-senador Osmar Dias (PDT) teve a confirmação da própria presidente Dilma Rousseff de que ficará na vice-presidência do Banco do Brasil.


Com Armando no MDIC, Dilma tenta segurar empresários e PTB
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Leandro Mazzini

Agora, a conta.

A decisão da presidente Dilma de nomear Armando Monteiro ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio indica que vai cobrar a fatura em duas frentes: que ele acalme o setor produtivo e segure o PTB com a base governista.

Armando foi presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a turma anda irritada com as políticas econômica e de desonerações da presidente: a primeira, porque o País continua em recessão; e a segunda, porque afaga apenas alguns setores, e não todos.

A estreia de Monteiro também é estratégica política. A direção do PTB iniciou conversas com o PSDB do senador Aécio Neves, potencial candidato ao Palácio do Planalto em 2018.

Armando na Esplanada é afago à bancada do PTB do Senado, entre eles Fernando Collor. Mas a bancada da Câmara, maior e mais importante, se sentiu desprestigiada.


Para Dilma, Cid tem carta branca e pode escolher ministério
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Leandro Mazzini

cid

Foto extraída de blogs.diariodonordeste.com.br

Cid pode escolher Educação, ou o que ele quiser.

O governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), está em alta cota com a presidente Dilma. Ela o recebeu na terça-feira dia 4 e ofereceu a Cid o Ministério da Educação. Ou a pasta que ele escolher.

O movimento político de Dilma tem motivações puramente eleitorais. Cid, um ex-aliado do saudoso Eduardo Campos, derrotou Eunício Oliveira (PMDB), antes favorito ao governo, e emplacou Camilo Santana (PT).

Entregou ao PT um dos principais colégios eleitorais do Nordeste. E Dilma também deseja conquistar a bancada do recém-nascido PROS, que paquerou a oposição.

NA CONTA 

O PROS tem uma bancada tímida no Congresso, embora possa ter votos decisivos em votações para o Planalto. Serão 15 deputados e um senador a partir de 2015.

O partido nasceu da articulação do deputado Givaldo Carimbão (AL), ex-PSB, com as bênçãos dos irmãos Cid e Ciro Gomes, que o fortaleceram no Ceará e outros Estados do Nordeste.

QUAL DELES?

Com o potencial eleitoral do PROS e o domínio do Ceará, os irmãos saíram lucrando. Se Cid não quiser ministério, a opção pode ficar para o irmão Ciro Gomes, que já foi ministro de Lula e colega de Dilma na Esplanada.

DANÇOU 

Quem saiu perdendo no PT, mesmo com a vitória de Camilo, foi a ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins. De grupo interno rival, ela ficou praticamente neutra.


Dilma negocia saída honrosa para ministro Gilberto
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Leandro Mazzini

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, acionou este repórter por telefone, pela assessoria, na tarde desta quinta-feira (13), a fim de esclarecer aos leitores que não teria sido demitido pela presidente Dilma Roussef no início da semana, conforme o noticiado.

O ministro explicou que a última vez que esteve pessoalmente com a presidente foi quinta-feira da semana passada, durante o ato de condecoração da Medalha do Mérito Cultural, e que não foi demitido por ela. “Causa espanto e profunda decepção”, esclarece o ministro, “darem mais valor a uma fofoca anônima do que à insistente declaração da Assessoria de Imprensa da Secretaria-Geral”.

O ministro Carvalho refere-se a uma nota enviada por sua assessoria na quarta-feira, quando a Coluna o procurou para pedir esclarecimentos sobre a informação de fonte palaciana de que a presidente dispensou-o, depois de uma conversa ríspida.

SAÍDA HONROSA

É público que a presidente Dilma jamais manteve afinidades com o ministro Gilberto Carvalho. Ele é homem de confiança do ex-presidente Lula. Desde as manifestações de junho de 2013, os atritos entre eles só vêm aumentando.

Nas duas últimas semanas, a presidente vem apertando o torniquete sobre os ministros dos quais quer se livrar. Ela quer mudar todo o ministério. Com alguns ministros, manteve conversas duras. Marta Suplicy foi a primeira a sair – e saiu atirando.

Também teve uma conversa ríspida dias atrás com Gilberto Carvalho. Ele deu uma entrevista à BBC Brasil , publicada no domingo, dizendo que faltou maior diálogo da Dilma com movimentos sociais. Ela ficou furiosa. Segundo fonte palaciana, Carvalho teria negociado uma saída honrosa. Vai sair junto com todo o ministério.

DEMISSÃO COLETIVA

Reeleita, Dilma já anunciou que agora vai fazer um governo “do meu jeito”. Dias atrás, foi convencida pelo ministro Aluízio Mercadante, da Casa Civil, a mandar todos os ministros, sem exceção, colocarem seus cargos à disposição.

Deste governo, ela só gostaria de aproveitar Mercadante e Arthur Chioro, da Saúde, que são da sua confiança. Talvez o chanceler Luiz Alberto Figueiredo – que tem seguido à risca a linha Dilmista. Essa demissão coletiva deve ser anunciada depois que a presidente retornar da cúpula do G-20.

Dilma quer começar a dar posse aos novos ministros ainda este ano, assim que as negociações com os partidos políticos forem fechadas.

 


Eduardo Cunha ganha apoio do G-10 nanico na Câmara
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Leandro Mazzini

É grande e real a preocupação da presidente Dilma Rousseff com a ascensão do nome do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) como potencial candidato a presidente da Câmara em fevereiro.

Cunha é tido como um peemedebista independente – e em claro confronto com o Planalto em alguns temas. Ele tem trabalhado, e com excelente retorno, nos bastidores.

Há dias o líder do PMDB reuniu 24 deputados de 10 partidos ‘nanicos’ – já chamado de G-10 após o encontro. Cunha conseguiu o voto do bloco, e em contrapartida prometeu atuar contra a regulação da imprensa e contra qualquer tentativa de lei a favor do aborto.

Participaram da reunião deputados do PSL (1), PTC (2), PTN (4), PMN (3), PTdoB (1), PHS (5), PRP (3), PSDC (2), PEN (2) e PRTB (1). A reunião foi a pedido de Eduardo Cunha em território neutro, na última quarta-feira, na liderança do PTB na Câmara. A maioria era da bancada cristã e conservadora.

Além do acordo fechado, os deputados ainda se comprometeram a serem cabos-eleitorais de Cunha e atuarem para converter votos de eleitores de eventual candidato do PT.


Dilma ordena, e agências reguladoras arrecadam
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Leandro Mazzini

O governo nunca arrecadou tanto em multas, daí parte da grita dos empresários com a presidente Dilma.

A ordem da chefe da nação para diretores das agências reguladoras é multar e arrecadar de qualquer setor. Descumpriu regulamentos e metas, multa aplicada.

As operadoras de telefonia, aliás, têm sido os principais alvos. Apesar de algumas negociações, saem perdendo, e muito.


Clima esquentou entre Lula e Dilma, mas voltaram às boas
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Leandro Mazzini

Lula e a presidente Dilma ficaram rompidos por dias, contam fontes palacianas.

Uma pequena mostra foi a breve aparição do ex-presidente no palanque da vitória no domingo da eleição. Depois, ele se foi e Dilma discursou sozinha.

A razão da pendenga é a que todos pensam: ele capitaliza as duas vitórias dela e quer opinar mais; e Dilma quer independência – pelo menos no segundo governo.

Dilma soltou um ‘Desta vez será do meu jeito’, para ministros palacianos. Há poucos dias, ela e Lula tiveram uma conversa numa tentativa de afinação.

 

Tags : Dilma Lula


Dilma lança a modalidade de inauguração On-Off em Belo Monte
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Leandro Mazzini

Foto: Ichiro Guerra

Foto: Ichiro Guerra

Há dois meses a presidente Dilma estrelou a cerimônia de inauguração da primeira das turbinas da hidroelétrica de Belo Monte, no Pará.

Só jogo de cena. Assim que os jornalistas deram as costas, a turbina foi desligada.

A turbina só deverá estar pronta para funcionamento pleno em dezembro de 2015. Na melhor das hipóteses. Ontem, a Coluna denunciou o atraso nas linhas de transmissão, diante de exigências dos chineses, que lideram o consórcio vencedor do leilão.

Atualização segunda, 3, 19h45 – Informa a assessoria de Belo Monte que ‘nunca houve cerimônia de inauguração da primeira turbina da Usina Hidrelétrica Belo Monte. A maior obra de infraestrutura em andamento no Brasil encontra-se com 64% das obras civis concluídas, e as primeiras turbinas estão em fase de montagem eletromecânica’.


Chineses pressionam Dilma para driblar lei nas linhas de Belo Monte
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Leandro Mazzini

A usina de Belo Monte, no Pará, deve inaugurar as três primeiras turbinas daqui um ano, de acordo com as previsões oficiais, mas outra obra do PAC tão importante está emperrada: as linhas de transmissão do Norte para o Sudeste.

Sem as linhas não adianta a usina gerar energia. O consórcio vencedor do leilão das linhas, liderado pela estatal chinesa State Grid Brazil Holding (com Eletronorte e Furnas), não ergueu um poste ainda no trajeto.

Nos bastidores, os chineses pressionam o governo a burlar a lei e contratar operários em regime de Pessoa Jurídica, e não por CLT. E o pior: agora exigem que dois terços dos operários sejam chineses.

A presidente soube da pressão no meio da campanha eleitoral, e escalou Adhemar Palocci, irmão do ex-ministro da Casa Civil, para negociar com os chineses. Palocci 2 é diretor de Planejamento da Eletronorte.

Os chineses são majoritários no consórcio (51%), com Furnas e Eletronorte sócias – 24,5% para cada.

PORTUGUÊS COM MANDARIM

Palocci 2 foi encarregado pela presidente Dilma de convencer os chineses de que não haverá ‘trabalho escravo’ no Brasil – ou seja, um eufemismo para evitar contratos com trabalhadores via PJ (Pessoa Jurídica) – ainda por cima de chineses, o que tiraria mão de obra local.

O governo tenta convencer os chineses de que a legislação brasileira exige a aplicação da CLT em todas Sociedades de Propósitos Específicos(SPE), como no caso dessa obra.

Já os executivos asiáticos, em conversas com o governo, querem fazer do seu jeito – como em seu país – e alegam que aqui os custos trabalhistas seriam altíssimos, sem margem de lucro. Um detalhe: a obra envolverá nada menos que 12 mil empregos diretos.

O custo das linhas envolve compra e instalação de 28 transformadores e 25 mil quilômetros de fios e 4,5 mil torres que sustentam os cabos.

Por três dias a Coluna tentou resposta da assessoria da Eletronorte, que concentrou a demanda pelo consórcio, mas a empresa não se pronunciou. Nesta sexta à tarde, procurou por telefone Adhemar Palocci, no escritório, e não o encontrou.

SOBERANIA

Não é de hoje que os militares alertam o Planalto para a questão de soberania nacional sobre a produção e transmissão de energia. Ou seja, a transmissão de energia da futura usina de Belo Monte está nas mãos do governo da China.

As obras, orçadas em R$ 5 bilhões, deveriam ter iniciado em abril deste ano, a tempo de ligar Belo Monte às linhas da Chesf em 2 mil quilômetros, para futuramente abastecer o Sudeste.

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Votos do Sul e Sudeste deram vitória a Dilma, e não Norte e Nordeste
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Leandro Mazzini

Ao contrário do que avaliam muitos marqueteiros e ‘especialistas’, não foi o Nordeste e o Bolsa Família de regiões pobres quem elegeram a presidente Dilma este ano, e sim os votos dos eleitores das regiões Sul e Sudeste.

A presidente Dilma teve maiores percentuais de votos contra Aécio Neves (PSDB) no Norte e Nordeste, mas a maior quantidade de votos para a petista, curiosamente, vieram do Sul e Sudeste.

Nordeste (20,1 milhões) e Norte (3,9 milhoes) renderam à petista 24.142.213 votos. Já o Sudeste (19,8 milhões) e o Sul (6,7 milhões) deram-lhe 26.627.802 de votos – exceto a proporcionalidade de votantes nas regiões, evidente, fica claro que se não fosse o contingente de eleitores petistas no Sul e Sudeste – onde os tucanos acreditavam levar vantagem – Dilma não teria essa diferença a favor.

MINAS

Se Aécio Neves (PSDB) tivesse alcançado 62,76 % dos votos em Minas estaria eleito, ou seja 1.731.000 votos a mais – desde que tivesse tirado de Dilma o mesmo número de eleitores. Neste caso, ela terminaria arredondando 52.770.000 votos, ele somaria 52.772.000 votos.

Minas, mesmo assim, ainda teria dado menos votos a Aécio do que São Paulo, onde 64,31 % dos paulistas sufragaram o tucano.