Coluna Esplanada

Arquivo : Estados Unidos

Comunistas brasileiros visitam Cuba atrás de Fidel
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Leandro Mazzini

Foto: Folha / UOL

Foto: Folha / UOL

Presidente do PCdoB, a deputada federal Luciana Santos (PE), viaja amanhã com comitiva para Havana. Sonha se encontrar com o líder Fidel Castro, inspiração para os comunistas brasileiros, e se apresentar como primeira mulher a presidir o partido.

O séquito tem garantia de pelo menos apertar a mão do presidente Raúl Castro.

A presidente do partido diz que o novo momento de Cuba, com a abertura iminente e o fim do embargo comercial dos Estados Unidos, exige um olhar apurado e de perto do partido.

‘Há um fato novo, os EUA viram que a sua política não deu certo. É um momento de afirmação’.

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Sheik dos Emirados Árabes perde dinheiro com Petrobras
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Leandro Mazzini

A cúpula da Petrobras desconfia de que o Sheik de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, Mohammed bin Zayed bin Sultan Al Nahyan, está por trás da ação de investigação contra a estatal na Justiça dos Estados Unidos.

A diretoria da petroleira descobriu que uma das advogadas que toca a ação é norte-americana Theresa Farah, especialista em transações internacionais que representa o árabe em seus negócios americanos.

O príncipe comprou ações ADRs nível 2 da Petrobras na Bolsa de Nova York há alguns anos. ADRs são Recibos de Depósitos Americanos. É a forma em que a ação da estatal é negociada na Bolsa NY, via instituições financeiras de corretagem. Há muito bilionário investidor revoltado com a petroleira.

Com o caso de polícia na estatal, a queda no valor de mercado da empresa e das ações, Al Nahyan já teria perdido US$ 1 bilhão, segundo informações de bastidores.

Em suma, o caso deixa a Petrobras em polvorosa: o homem da ‘terra do petróleo’ caiu no conto da estatal brasileira.

AQUI E LÁ

A situação é delicada para a petroleira porque pode abrir precedente: se comprovada a ligação da corrupção com a queda das ações, espera-se enxurrada de processos de indenização.

Embora empresa estatal e de controle brasileiro, vale lembrar que a Petrobras tem capital aberto e milhares de investidores estrangeiros que perderam dinheiro.

PROSPECÇÃO JUDICIAL

Curiosamente, acontece hoje o GP de Abu Dhabi de F-1, também patrocinado pela Petrobras. Enquanto isso, o Departamento de Justiça dos EUA toca investigação: em nome dos acionistas, quer saber se houve pagamento de propinas na Petrobras, se alguém do país violou a lei anticorrupção na negociação da refinaria de Pasadena, e se isso afetou diretamente o desempenho da estatal.

O fato de a Petrobras e executivos serem novos alvos da operação Lava Jato e o adiamento do anúncio do balanço trimestral da petroleira semana passada irritaram profundamente investidores estrangeiros. Eles já teriam recebido o report trimestral da Petrobras e não gostaram nada dos números.

FOSTER FICA

A despeito de toda a encrenca, a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, fica no cargo. Ela é nome de confiança da presidente Dilma. Em tempo: há tanto investidor gringo que a estatal já pagou até 68% de seus dividendos na Bolsa de NY. Foi em 2008.


Correios vão operar bases na China e EUA. Alibaba será parceiro
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Leandro Mazzini

correios-uol

Wagner Pinheiro. Foto: Divulgação

De olho no crescimento do comércio eletrônico de produtos – a maioria comprados por brasileiros hoje vêm da China e Estados Unidos – os Correios firmaram um memorando com a gigante de comércio eletrônico chinesa Alibaba, que acaba de abrir capital na bolsa no maior IPO da História. O objetivo é fazer frente a concorrentes num setor cada vez mais disputado, e dar celeridade às entregas, diz o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro. ‘Pretendemos ter uma base na China para preparar a vinda de objetos, de produtos que o brasileiro compra’, diz o presidente.

Na esteira da mudança da marca, aos 350 anos, a estatal anuncia a entrada para valer no setor bancário, com atendimento do Banco Postal a pessoas físicas e jurídicas dentro de suas agências, e também no pessoal: gradativamente, os carteiros vão operar nas ruas com aparelhos nos quais poderão monitorar encomendas em tempo real.

Pinheiro reforça a negociação para a compra de 49,9% da Rio Linhas Aéreas, com o objetivo de criar a companhia aérea da estatal, sem descuidar da grande frota terrestre: a médio prazo, não será surpresa para a população ver diariamente as equipes de entregas com motonetas e carros elétricos. Revela que já conversa com as grandes operadoras de telefonia brasileiras para lançar o celular virtual, nos moldes do case de sucesso italiano, e lembra que a empresa se prepara desde já para a maratona que pode levar a estatal ao reconhecimento internacional, como operador logístico oficial dos Jogos Olímpicos de 2016. Leia mais nesta entrevista , concedida dia 27 de agosto e agora publicada, cujo resumo foi divulgado no programa Esplanada WebTV.

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O que motivou a mudança da marca , e o que significa para os Correios e para a população?

A nova marca é fruto de um processo que chamamos de revitalização dos Correios. A partir de uma mudança legal em 2011 realizada no Congresso Nacional (Lei 12.490), o governo ampliou o objeto social da empresa, podendo atuar em novos ramos de atividades. Com o objetivo de usar bem a sua presença nacional, a sua capilaridade e seu grande corpo funcional. Então hoje podemos trabalhar de maneira mais ativa o que chamamos de serviços postais eletrônicos.

Estamos ampliando muito a logística integrada, que é um trabalho que fazemos junto a empresas vendedoras de produtos e serviços da população de maneira que ajude no seu estoque, desde a fábrica até a entrega ao cliente. Com a aprovação da lei também pudemos ampliar nossa atuação no setor financeiro, e ao lado do Banco do Brasil estamos criando uma instituição financeira que oferecerá todos os serviços que uma instituição financeira oferece.

Então os Correios terão um banco?

Isso. Somos correspondente bancário hoje do BB. E ao lado do Banco do Brasil vamos criar um banco e oferecer todos os produtos, além da possibilidade de pagar contas, receber salários, benefícios de previdência; ter uma conta comum e você pegar um empréstimo pessoal, você vai poder fazer empréstimo consignado, empréstimo rural, capitalização , seguros…

Sob o guarda-chuva do BB. Por que o BB?

É o banco de quem somos correspondentes hoje em dia. Estudamos juntos a possibilidade dessa ampliação do serviço, e além de sermos correspondentes do BB, somos absolutamente uma empresa pública. É o Banco Postal.

E quando as agências do Banco Postal vão funcionar como banco? Haverá agências específicas?

Não, serão agências onde há agência dos Correios, ali dentro vai ter o Banco Postal, como é hoje. Em todas as nossas agências próprias temos ali o serviço de Banco Postal. Estamos num projeto piloto, oitenta agências trabalhando para que no máximo no início do ano a gente expanda para todo o Brasil. São mais de 6.500 agências, e entra junto a função da empresa pública. Temos mais de 1.600 municípios nos quais a única agência bancária é o Banco Postal, a agência dos Correios. E isso incrementa a economia, o comércio, ajuda a manter o dinheiro naquela comunidade.

Isso vai ao encontro do que o senhor falou, quando do lançamento da nova marca, sobre a redução das desigualdades regionais?

É nosso papel histórico de contribuir com a diminuição das desigualdades regionais. E junto com isso estamos ampliando o nosso trabalho em logística, para sermos uma grande empresa de logística, trabalhando para termos serviços postais eletrônicos. Vamos ter certificação digital, vamos ter uma prestação de correio digital para a população – na verdade para as empresas que necessitam dos Correios para que a gente encaminhe extratos bancários, contas de luz, telefone, cartão de crédito.

Vamos agregar valor a estes serviços procurando oferecer a um custo menor. É um projeto importante, vamos trabalhar ao lado da Valid, uma empresa de capital aberto dessa área de certificação e de soluções digitais, e em novembro ou dezembro já estaremos operando nos mercados.

O senhor diria que os Correios estavam ‘amarrados’ antes da aprovação da lei 12.490? Por exemplo, o CADE acabou de aprovar a compra de uma companhia aérea.

Nós teremos uma participação minoritária numa empresa aérea e o que vai nos ajudar é fortalecer esta parte de nossa infraestrutura de transporte de carga de maneira que a tenhamos o controle melhor, e uma segurança maior no transporte de carga em todo o Brasil. Podemos também operar no exterior. Estamos com um grupo de trabalho nos Estados Unidos atuando para que a gente tenha uma base para ajudar o exportador e importador brasileiro, ou o próprio cidadão brasileiro que compre aqui.

Firmamos um memorando de entendimento para trabalharmos juntos com a empresa chinesa Alibaba, que é uma grande de transporte e comércio eletrônico. Pretendemos ter uma base na China para preparar a vinda de objetos, de produtos que o brasileiro compra, e trazer para cá. Isso é o que tem por trás do que chamamos da nova marca, ela vem junto desses novos projetos que nascem a partir da mudança legislativa de 2011. Hoje em dia o mercado demanda muito a celeridade de entrega de produtos, o senhor tem vários concorrentes nacionais e internacionais, como no setor que envolve a compra eletrônica.

Assim que tiverem a fusão aprovada os senhores vão comprar mais aviões?

Teremos uma participação minoritária e o objetivo é sim comprar mais aeronaves, estamos inclusive em discussões com a Embraer que tem interesse enorme em ser nossa fornecedora. É uma empresa mundial de ponta, e já estamos em negociações com a Embraer no sentido de ampliar e modernizar a frota de aviões que a Rio Linhas Aéreas possui atualmente.

Já estão avançadas as negociações?

Com a Rio sim, mas com a Embraer não, há grande possibilidade (de compra)

Quantos aviões seriam necessários para atender a demanda ?

Certamente vamos ampliar. O primeiro passo será modernizar a frota aérea. Precisamos no plano de negócios ter aviões mais eficientes, que gastem menos combustível, que parem menos para manutenção, que a sejamos mais rápidos para competir no mercado que tem empresas nacionais, regionais, multinacionais.. é um mercado concorrencial. Não tem oligopólio. A gente disputa de maneira muito difícil com grandes empresas internacionais, mas somos líder de mercado para encomenda.

Eles têm sido mais ágeis?

Não na hora de entregar ao cliente, porque temos 95% de eficiência. Nós hoje trabalhamos firmes nesse mercado de encomendas . Tem empresa média, pequena,nacional, multinacional e tem os Correios que disputam esse mercado para atender a população, que é muito importante para nós.

Os Correios vão usar as agências conceito para ter um feedback do cidadão. Como será feita esta avaliação?

Nós temos uma agência conceito aqui em Brasília, no setor hoteleiro sul, e lá já temos um terminal de auto-atendimento: você pode comprar uma mercadoria de comércio eletrônico , você vai receber um torpedo com senha e contrassenha, vai ao local na data que informarem. Pode também despachar sozinho no auto-atendimento. O objetivo é no futuro colocar em locais de grande circulação para facilitar o acesso.

Sobre o Banco Postal, vai avançar. Há possibilidade de os correios terem caixa eletrônico 24h?

Não, no curto prazo não é a lógica.

Qual a grande novidade do Banco Postal a curto prazo?

O acesso a todos os serviços que o banco tradicional oferece. Pode ter crédito imobiliário, pode financiar uma casa; hoje já possui atendimento de crédito pessoal, mas pequeno. Estamos treinando os funcionários para isso, na universidade corporativa dos Correios, que tem formação cotidiana para todo nosso corpo funcional. O foco junto ao Banco do Brasil será a pessoa física que não possui acesso ao banco. Existem quase 50 milhões que não têm conta em banco. É uma coisa espantosa. É um mercado possível de ser alcançado.

Como é a interface dentro do governo com a Caixa? Vislubram a possibilidade de o Banco Postal, com o crescimento, se tornar um concorrente da Caixa e lotéricas?

Não creio que faremos concorrência. (A lotérica) é o correspondente bancário da Caixa como somos hoje em dia (Com o BB). Vamos ampliar o serviço. Não vamos delimitar os serviços. O cidadão vai poder brigar pelo preço menor para ele.

E o desafio de operar em parceria com organização dos Jogos Olímpicos?

Já estamos trabalhando diariamente com a organização das Olimpíadas no Rio, preparando nossa equipe, fazendo plano de negócios junto com a coordenação, e é um grande desafio e vamos cumprir como fizemos nos Jogos Panamericanos de 2007. Os Correios foram o operador logístico. As Olimpíadas são sete ou dez vezes maior que o Pan, mas é um primeiro passo para confirmar nossa capacidade de fazer nossa prestação de serviços. É um momento muito importante para o futuro dos Correios. Para que empresas de todo o mundo possam confiar no nosso trabalho de operador logístico.

Os Correios têm uma grande frota de veículos, mas há estudos para frota de carros elétricos. Isso será num futuro não muito longe?

É a nossa esperança. Entre carros, motos e caminhões são de 23 mil; 14 mil são motos. Já temos piloto com carro elétrico da Renault, piloto com motoneta elétrica, e a gente quer ter uma grande frota de carros e bicicletas elétricas. Trabalhamos em calçadões de grandes cidades do Brasil com uma espécie de minicontainer que o carteiro vai levando empurrando ou puxando, mas na verdade tem o motor elétrico. A questão ambiental é muito importante para nós. O carteiro usa o smartphone para atender a população e para rastrear objetos. Vai facilitar o trabalho e será mais ágil. Num trabalho de oito horas ele vai ganhar trinta minutos.

Naturalmente os Correios perderam volume de cartas com o advento da tecnologia.

É muito pouco o número de cartas pessoais remetidas pelos Correios. As encomendas crescem , puxadas pelo comércio eletrônico crescente , algo em 20% a 25% ao ano. E as cartas, ao contrário do que acontece nos EUA e Europa, onde caem 10% ao ano, aqui não caem, porque por conta da mudança sócio-econômica da população brasileira, tivemos mais de 30 milhões de pessoas que passaram a ter endereço próprio,conta de água, luz, telefone, abriram conta em banco. A queda não ocrorreu porque tivemos a inclusão no mercado consumidor nos últimos dez anos.

Há possibilidade de os Correios criarem uma companhia telefônica também?

Faremos em conjunto com o correio italiano , que tem uma empresa de telefonia virtual, toda a infraestrutura, tecnologia, know how, conhecimento. Tudo que existe no setor de telefonia. Vamos alugar, comprar de uma empresa de telefonia celular no Brasil. Uma das grandes, e já fizemos uma visita a eles; vamos comprar capacidade, e vender para as pessoas. É quase uma franquia, só com nosso nome.

E qual será a companhia que vai operar no Brasil com os Correios?

No Brasil a conversa será com uma das grandes. Vivo, Oi, TIM, Claro, eventualmente outra. Acreditamos em todas elas. Tivemos de parar o processo por três meses porque houve uma mudança nos Correios italiano , inclusive com a possibilidade de abertura de capital. O governo lá pensa em vender parte dos Correios ou até privatizar. Vamos voltar a conversar agora no início de outubro.


Onda do Batom no Poder pode chegar aos EUA
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Leandro Mazzini

Com Dilma reeleita ou Marina eleita presidente, Michele Bachelet no comando do Chile e Cristina Kirchner na Casa Rosada, os Estados Unidos podem se animar a entrar na onda e eleger sua primeira mulher commander-in-chief da História.

Os americanos acompanham com devida atenção o cenário sócio-político na América do Sul, vide os amplos espaços dados pelos grandes jornais, impressos e nas edições online, ao Brasil , Argentina etc.

Não por acaso, Hillary Clinton, até há pouco aliada próxima do presidente, já critica escancaradamente Barack Obama e sinaliza se lançar a presidente pelos Democratas.

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‘Wall Street’: Marina carrega ‘enormes incógnitas para a 7ª maior economia’
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Leandro Mazzini

marina-wsj

“Marina Silva começou a vida como a filha de seringueiros analfabetos marchando selvas da malária para coletar a seiva do látex em um canto remoto da Amazônia do Brasil”.

Destacando a figura humilde e de trajetória difícil, assim começa o artigo do jornalista John Lyons, publicado nesta quinta-feira (4) no The Wall Street Journal, o diário mais lido pelos investidores americanos e repercutido na Bolsa de Valores em Manhattan.

O texto disseca o perfil da candidata, com suas virtudes e contradições políticas, desafios e ameças daquela que pode ser “a primeira presidente negra” e “protestante” do Brasil.

Não alheio ao cenário eleitoral e ao dia-a-dia da campanha, o jornalista lembra que a figura de Marina “carrega enormes incógnitas para sétima maior economia do mundo”, e cita que é cobrada pelos apoiadores para “acabar com nepotismo e mazelas políticas”. Daí o bordão Nova Política ser tão impulsionador desta reviravolta da campanha.

O artigo destaca ainda os desafios de Marina na relação com o Congresso Nacional e a interface entre os Poderes, caso seja eleita: “Os críticos veem como uma ‘forasteira’ que seria mastigada pelo sistema multipartidário darwiniano do Brasil, adicionando ainda mais incerteza às perspectivas para a economia emergente”.

Marina cresce nas pesquisas, segundo a publicação, porque canaliza “a ansiedade do eleitor em meio a uma inversão chocante de perspectivas do Brasil”.

Leia a íntegra do artigo aqui

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Cuba leiloa com EUA e Rússia porto erguido pelo Brasil
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Leandro Mazzini

 

putin

Fonte: fotospublicas.com

Uma nova Guerra Fria, em novo contexto. É o que se depreende do episódio.

O governo do Brasil fez papel de bobo no Caribe, com o ‘aliado’ governo cubano. Bancou, via BNDES, e inclusive com R$ 240 milhões a fundo perdido, a construção do Porto de Mariel, com a esperada reabertura comercial e fim do embargo americano ao País de Fidel.

Mas quem vai faturar bonito são Estados Unidos e Rússia. Depois de os EUA fazerem oferta pela operação da área, agora foi o presidente russo, Vladimir Putin, quem avisou a Raúl Castro que pretende a área. Para isso, Putin perdoou dívida de US$ 35 bilhões dos cubanos. A revelação é do jornalista Marcelo Rech, de Brasília, editor do site InfoRel

As negociações para o perdão da dívida duraram 20 anos. Putin ainda avisou aos Castro que vai reinvestir em US$ 2,6 bilhões em Cuba – principalmente direcionados a Mariel. Putin correu para Cuba um mês depois de os americanos fazerem a oferta de operação do porto. Recomeçou, assim, uma nova ‘guerra fria’ entre EUA e Rússia.

CADÊ?

A presidente Dilma investe no discurso de que mais de 300 empresas brasileiras vão ser beneficiadas com o porto de Mariel, mas não há lista e ninguém sabe quais são.

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COISAS DO BRASIL 

Mal controla a atual, e o governo vai construir a segunda ponte entre Brasil e Paraguai, com início da obra previsto para 2015 e conclusão em 2017. Mas não tem agentes da Receita e da Polícia Federal para os postos de fronteira numa das cabeceiras. O mesmo ocorre na ponte em Oiapóque (AP) para cidadezinha da Guiana Francesa.

MICO INTERNACIONAL

Em Oiapóque, o lado brasileiro ficou inconcluso por falta de agentes e alfândega. A presidente Dilma pagou um mico internacional. No início do ano, o presidente francês François Hollande, que visitaria o País vizinho, disse a uma rádio da Guiana que não poderia inaugurar a obra porque o Brasil não fez a sua parte.

ÚLTIMA CHANCE?

Um exemplo claro de que nas próximas eleições presidenciais será um Deus nos acuda com a decisão do STF de barrar financiamento de empresas para comitês: O gasto dos três principais candidatos a presidente da República vai beirar R$ 1 bilhão de reais. Imagine se o STF determinasse a proibição de financiamento para este ano.

ALIADO É.. ALIADO 

O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), quando foi candidato em 2012, criticou a propaganda eleitoral nas ruas da Capital em cavaletes e santinhos. Hoje, apoiando Paulo Câmara (PSB) ao governo, mantém silêncio de aliado e não fala sobe a poluição visual.

OCCUPY JK

O povo sofreu com greve da maioria de empresas de ônibus ontem em Brasília, mas não faltou transporte para a turma dos BRICS. Desde terça, o pátio do Aeroporto JK está lotado de jatos Gulfstream e Challenger, de autonomia internacional. São dos empresários estrangeiros que vieram a reboque dos presidentes que eles bancam. Com a lotação do pátio no Terminal 2 do JK, mal sobra espaço para o embarque e desembarque dos aviões da AZUL.

PONTO FINAL

Fã de natação, que pratica, Putin está nadando de braçadas no mar do Caribe.


Cuba oferece aos EUA Porto de Mariel, erguido pelo Brasil
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Leandro Mazzini

castro

Thomas e Castro, em reunião em Havana, na sexta – milhares de empresas americanas querem operar no porto, e a Câmara de Comércio Americana pode dominar o local

Camaradagem é isso aí.

O Porto de Mariel, A nova ‘Jóia do Caribe’ – como classificam os cubanos capitalistas – construído com financiamento do governo brasileiro, que também doou R$ 240 milhões (!) para a obra, foi oferecido pelo presidente Raúl Castro para operação dos americanos, conforme reportagem do Clarin.

Os dois países dão como certo o fim do embargo dos Estados Unidos nos próximos anos. Na última sexta, o diretor da Câmara de Comércio Americana, Thomas Donohue, visitou Mariel com séquito de grandes empresários norte-americanos, e ouviu a proposta de parceria do presidente Raúl Castro.

mariel

Parte do Puerto del Mariel. Foto: cubadebate.cu

A proposta de parceria surge em meio à polêmica no Congresso sobre o investimento do governo brasileiro, com financiamento do BNDES, para a construção do porto pela Odebrecht. Mais ainda porque o Ministério do Desenvolvimento Econômico repassou R$ 240 milhões a fundo perdido para obras, na gestão de Fernando Pimentel. O contrato é sigiloso por 30 anos (leia aqui).

Mariel, construído pela Odebrecht, tem capacidade para operar 9 mil containers/dia e para receber os meganavios pos-Panamax. É muito superior aos portos brasileiros.

OLHOS DE ÁGUIA

A Câmara Americana é entidade privada que reúne mais de 1 milhão de empresas dos EUA, insaciáveis exportadores e importadoras de olho no porto. Uma das empresas patrocinadoras da empreitada de semana passada foi a americana Cargill, que tem unidade em Cuba.

QUASE LÁ

Os americanos pressionam o presidente Barack Obama pelo fim ao embargo. Um abaixo-assinado com 50 assinaturas de grandes empresários e artistas chegou à Casa Branca.

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MINEIRICES

julio

Foto: Memória EBC

 

Antes reticente, o deputado Julio Delgado (PSB) agora quer se lançar ao governo de Minas para abrir palanque para Eduardo Campos. Mas levou um fora do prefeito da capital BH, Marcio Lacerda, que é do seu partido. Lacerda é aliado de Aécio Neves e vai usar, como se diz no dito político, a ‘máquina municipal’ a favor do PSDB.

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IMAGINA NA COPA

Veja como a Copa da FIFA mexe com o imaginário popular, para o bem ou para o mal: Ontem à tarde a Asa Norte em Brasília ficou sem energia por quase duas horas. Correu a notícia que era para testes de luz no Estádio Nacional – que fica iluminado dia e noite para testes da FIFA. Mas foi um caminhão que bateu num gerador de energia e apagou parte da cidade.

DRIBLE

Agentes da PF não esquecem – e não vão perdoar – o drible que levaram de duas filhas de Paulo Roberto Costa, dia 17 de março, na sede da Costa Global no Rio, quando tentaram fazer buscas com mandado. Shanny e Ariana alegaram que as chaves do escritório estavam em casa e os agentes caíram na conversa. Quando voltaram, a sala estava depenada, porque outros dois amigos de Costa levaram documentos. Os detalhes estão na denúncia oferecida pelo MPF ao quarteto, indiciado.

3º TEMPO

A aposta do PSB e de Campos em Minas é o presidente do Atlético Mineiro, Alexandre Kalil. Ele disputará vaga de deputado federal e, acreditam, será puxador de votos.

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armando

Armando Monteiro – líder nas pesquisas, todo mundo quer ser vice dele. Foto: ABr

FREVO DOIDO

O presidente do PDT e prefeito de Caruaru (PE), José Queiroz, que avalizou a entrada do federal Paulo Ruben Santiago na legenda, está surpreso. Santiago articula para ser vice na chapa de Armando Monteiro (PTB) ao governo, líder nas pesquisas e aliado de Dilma. Mas Queiroz e o PDT não pretendem apoiar a presidente em Pernambuco.

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CAPIXABA ITALIANO 

O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) ganhou ontem a cidadania italiana em festa na embaixada em Brasília. Seu bisavô era o Signore Ferrazzo, que chegou de Verona. Mas não há qualquer intenção de Ferraço em disputar uma vaga no Parlamento em Roma.

COM O SEU, O NOSSO

Atualização Quinta, 5, 9h25 – O Itamaraty criou dois consulados honorários no Canadá vinculados ao Estado de Vancouver, em Calgary e em Saskatoom. (A Coluna errou em publicação anterior, não há gastos com consulados honorários).

VALHEI-NOS, DEUS!

Congressistas passaram tanto aperto num voo Porto-Alegre – Brasília há poucos dias que, na pior turbulência, um deles soltou: ‘Ai meu Deus, isso é praga de suplente!’.

LULA & VOTO

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dará palestra amanhã em Porto Alegre, no evento dos 10 anos da Revista Voto. Informações no www.revistavoto.com.br .

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Sugestões, pautas, denúncias: envie e-mail para pauta@colunaesplanada.com.br


Depois de PMDB e ‘Lulistas’, Dilma entra na mira da embaixadora dos EUA
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Leandro Mazzini

Não bastasse a crise com o rebelde PMDB e o movimento ‘Volta, Lula’ de parte do próprio PT, a presidente Dilma Rousseff virou alvo da nova embaixadora dos Estados Unidos em Brasília, Liliana Ayalde – que a criticou muito, mas diplomaticamente e reservadamente.

Em almoço na terça com o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) e o deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), a senhora Ayalde, citando repetidamente ‘a cúpula do governo’, disse que a relação esfriou muito, que o diálogo técnico vai bem, mas quando chega ao Palácio ‘nada anda’.

Os parlamentares foram convidados para o almoço por serem presidentes das Comissões de Relações Exteriores da Câmara e Senado.

Liliana Ayalde indicou que a intenção dos EUA é retomar a boa relação diplomática com o Brasil após a crise da espionagem. Lembrou que os negócios entre os dois países vão bem. Mas é importante para os norte-americanos, a pedido do presidente Barack Obama, retomar as conversações com Dilma.

A embaixadora também perguntou aos parlamentares sobre as dificuldades atuais das relações do Planalto com o Congresso na crise de governabilidade, sobre o Minha Casa e Minha Vida e mostrou-se muito curiosa sobre a entrada de cubanos no Brasil no programa Mais Médicos.

Os parlamentares juram que a embaixadora não assuntou a instalação da comissão no Congresso que terá acesso aos relatórios de espionagem da Abin e GSI – oficializada ontem.

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CORRIDA PARA O TCU

O governo deu aval para o senador Gim Argello (PTB-DF) ser o indicado para a vaga de Valmir Campelo no TCU. Já a ministra Ideli Salvatti, que deseja a outra vaga destinada ao Congresso, é dúvida – porque trata-se da vaga de José Jorge, egresso da oposição. Animados, Gim e Idelli já começaram campanha discreta no Senado para a futura sabatina. Almoçaram juntos com outros parlamentares na Terça, no gabinete da liderança do PTB.

‘PORTEIRA FECHADA’

Os tucanos abocanharam a Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Elegeram Eduardo Barbosa (MG), e terão direito a três vice-presidências: Duarte Nogueira (SP) e mais dois que serão eleitos. O PT, que acordou agora, trabalha para barrar.

GAROTINHO QUER CRESCER

O deputado Garotinho (PR) nega que será candidato ao Senado em qualquer chapa majoritária. O ex-governador garante que tem chances e disputará o governo do Rio.

CHARMINHO

Na segunda, após a posse dos ministros, Dilma chamou ao gabinete o governador aniversariante Jaques Wagner (63) e ordenou ao novo sexteto da Esplanada, presente na sala, que deem seguimento aos projetos na Bahia – em especial metrô e Minha Casa.

MESA ELEITORAL 

Uma mesa suprapartidária e bem animada chamou a atenção dos presentes na segunda à noite no Expand, em Brasília: Brizola Neto (PDT), Miro Teixeira (PROS), Lindebergh Farias (PT), Alessandro Molon (PT) e Stepan Nercessian (PPS).

SHEHERAZADE GANHA APOIO

Um grupo católico angariou 80 mil assinaturas de apoio a Rachel Sheherazade, no site citizengo.org, em defesa aos comentários da apresentadora do SBT, considerados por críticos muito conservadores e de direita.

CHOQUE NO POVO

O deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) vai protocolar ADI no STF para questionar a cobrança ilegal de impostos na conta de luz nos estados de São Paulo, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Segundo ele, os Estados estão cobrando o ICMS sobre 100% do valor da conta, e não sobre 80% com o desconto dado pela União.

SEGUREM A CARTEIRA!

A Universidade das Ilhas Cayman promove no paraíso fiscal até amanhã um encontro internacional com políticos sobre combate à corrupção e lavagem de dinheiro. Desde 2007, o Brasil já bloqueou US$ 3 bilhões em contas suspeitas de lavagem e de dinheiro de corrupção – US$ 2,5 bi dos casos Banestado e Operação Satiagraha.


“EUA não vão parar de espionar e não pedirão desculpas”, diz chanceler
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Leandro Mazzini

Figueiredo: ele entregou o jogo. Foto: EBC

Quatro dias antes de a presidente Dilma embarcar para Nova York, onde na última Terça-feira fez discurso ferrenho contra a espionagem americana no Brasil, o novo chanceler Luiz Alberto Figueiredo a colocaria numa saia-justa na ONU se suas falas vazassem oficialmente.

Na semana passada, Figueiredo deu mostras da impotência do Governo diante da situação e de que a indignação da presidente não vai passar do discurso.

‘(Os Estados Unidos) não vão parar de espionar, vão continuar, e não vão pedir desculpas’, disse Figueiredo em reunião sigilosa com oito deputados federais, em seu gabinete no Itamaraty.

Os deputados são membros ativos da Comissão de Relações Exteriores que visitaram o chanceler a seu pedido, após convite para ele ir à Câmara, do qual declinou. O encontro foi inédito nas relações entre o MRE e o Congresso, e Figueiredo marcou um ponto positivo, segundo parlamentares, porque se blindou.

Estavam na reunião o presidente da Comissão de Relações Exteriores, Nelson Pellegrino (PT-BA), e os integrantes Perpétua Almeida (PCdoB-AM), Carlos Zarattini (PT-SP), Hugo Napoleão (PSD-PI), Cláudio Cajado (DEM-BA), Eduardo Azeredo (PSDB-MG), Mendonça Filho (DEM-PE) e Alfredo Sirkis (PV-RJ).

O chanceler Luiz Figueiredo só vai se aproximar dos deputados. O Itamaraty não quer conversa com a comissão no Senado. Está revoltado pelo apoio do senador Ricardo Ferraço (PMDB), presidente da Comissão de Relações Exteriores, ao diplomata Eduardo Saboia, na fuga do senador Roger Molina para o Brasil.

Em nota enviada à coluna, o Itamaraty informou que ‘não tece comentários sobre declarações emitidas em reunião privada

ESQUECERAM DE MIM

Veja a que se resumiu o poder do ex-chanceler Antonio Patriota, indicado pela presidente Dilma para representante do Brasil na ONU. O pau quebra em Nova York, e Patriota desfilava ontem à tarde pelo Congresso em Brasília com dois assessores. Patriota ainda não tomou posse no cargo, precisa ser sabatinado, mas sua presença no Congresso causou estranheza e mostrou desprestígio justamente por esses dias em que Dilma está em NY com toda a comitiva diplomática.

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WAGNER MONTES VEM AÍ..

A cúpula do PMDB do Rio quer atrair para a legenda o apresentador Wagner Montes, hoje no PDT, e lançá-lo a deputado federal – seu projeto político. O ex-jurado de Silvio Santos tem um programa na Record local, líder em audiência, e pode ser um puxador de votos para o partido, projetam os pemedebistas. Montes também conversa com o PRB.

FESTA NO NINHO

Filiação em massa no PSDB de Brasília hoje, com presença de Aécio Neves e Maristela Kubitschek, filha de JK. O federal Luiz Pittiman troca o PMDB pelo ninho tucano, e leva a reboque Paulo Fernando Melo, líder católico, e outros 31 candidatos distritais.

SURPRESA DUPLA

O senador Gim Argello (PTB-DF) perdeu dois. O distrital Cristiano Araújo avisava de sua saída do partido, quando suplente bem votado entrou na sala para o mesmo.

CHAPA DO BANQUETE

O jantar de confraternização do Partido Solidariedade, de Paulinho da Força, na Terça em Brasília, contou com os senadores Aécio Neves (PSDB) e Lindbergh Farias (PT).

TEN$ÃO 

O SindiReceita, dos Analistas Tributários, acompanha a situação da Assefaz, o plano de saúde da Fazenda na mira do MP, do qual fazem parte. ‘Estamos preocupados, qualquer prejuízo é rateado para todos, mas a presença de promotora nas reuniões do conselho já é algo confortante’, diz Silvia Felismino, presidente do SindiReceita. A Assefaz registra déficit milionário e, apesar dos acertos contábeis, o fiscal está no limbo e coloca em risco o patrimônio de R$ 1 bi de 100 mil associados. O presidente Hélio Bernades deixou o cargo e seu superintendente financeiro, Rodrigo Vasconcelos, é considerado inexperiente para o cargo.

HÓSPEDE ILUSTRE

O senador boliviano Roger Molina, pivô da fuga que derrubou Patriota do Itamaraty, curte seus 160 dias de visto provisório do Conare. Está em Rio Branco (AC), hospedado na casa do senador Petecão (PSC), para rever sua família que cruzou a fronteira.

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O procurador (E) ao lado de B.Sá, ex-deputado federal do Piauí, em festa de 2011

SOCIALITE

Apontado pela PF como um dos integrantes do esquema dos pastinhas na Operação Miquéias, o procurador da Fazenda Manoel Felipe Rêgo era personagem constante nas colunas sociais de Oeiras (PI), sua terra, pelas festas que promovia. Na foto acima, Rêgo aparece ao lado de B.Sá (de branco), ex-prefeito de Oeiras e ex-deputado federal pelo Piauí, investigado pelo MP e PF por suspeita de receber propina para liberar emenda para empreiteira.

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CPI da Espionagem é alívio para o PT
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Leandro Mazzini

A CPI da Espionagem Americana, se de fato render, veio em boa hora para os governistas.

Ela enterra, por ora, a CPI do Erro Médico, já aprovada mas ainda não instalada porque o PT joga contra.

Embora mire em especial irregularidades em hospitais privados, os petistas temem que a uma eventual investigação atrapalhe o ‘Mais Médicos’ – neste momento delicado do programa – e atinja as pretensões eleitorais do ministro Alexandre Padilha, já escolhido por Lula para concorrer ao governo de São Paulo.

A CPI da Espionagem enterra também a CPI das Telefônicas e das Aéreas, já pedidas na Câmara, e que poderiam ser mistas. O lobby contra dos dois setores é forte.

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SÓ ELES

A presidente Dilma proibiu qualquer ministro que não seja José Eduardo Cardozo (Justiça) ou Luiz Alberto Figueiredo (Itamaraty) a falar sobre a espionagem dos EUA.

MARATONA LABIAL 

O clima esquentou na reunião a portas fechadas do COI com membros do comitê Rio 2016 na Segunda. Eduardo Paes, Sérgio Cabral e asseclas não concordaram com o relatório de riscos e com ‘zonas vermelhas’ detalhado. De fora da sala ouviam-se gritos. ‘Isso pode mudar do vermelho para o verde de um dia par o outro’, soltou Paes. Uma prova de que Cabral já prepara o vice, Luiz Pezão, para assumir no fim do ano sua vaga. Cabral o levou à reunião com o COI, o que não ocorreu de vezes anteriores. Todos vão para Buenos Aires, onde dia 9 será anunciada a sede dos Jogos de 2020. Em tempo, Tóquio é a favorita, contra Madri e Istambul, para sediar as Olimpíadas de 2020. Veneza até tentou, mas teme-se o afundamento da cidade com a quantidade de turistas.

RACHA DOS MONARQUISTAS

Chefe da Casa Imperial do Brasil, Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança se diz contra a criação do Partido Monarquista, previsto para a próxima Terça, com evento na Câmara de Vereadores paulistana, como adiantou a Coluna.

APARTE

Algumas bancadas preocupavam-se ontem com a derrubada do voto secreto para vetos presidenciais. Temem que o Congresso fique refém do Planalto para sempre.

DO ALÉM

Bancada por empresários, a Fundação Cacique Cobra Coral, cuja médium Adelaide Scritori faz trabalhos com o clima, vai esperar resposta dos EUA para continuar ou não a operação contra a seca no meio oeste. As lavouras deste ano lá vão bem.

TAMANHO DA CRISE

Veja a confusão que rende a sessão de absolvição do deputado Natan Donadon. A bancada evangélica decidiu ontem à noite representar no Conselho de Ética contra o deputado Edson Silva (PSB-CE). Ele disse que os evangélicos salvaram Donadon.

FAMÍLIA ESTÊVÃO

Dono do PRTB em Brasília e inelegível até 2022, o ex-senador Luiz Estêvão garantiu a interlocutor que ninguém da sua família será candidato em 2014. Para provar, ordenou a advogado que elabore documento, e esposa e filhos vão assiná-lo.

DOSSIÊS

Em meio à disputa pelo comando do Sindireceita, surge um processo trabalhista contra a presidente que tenta a reeleição, Silvia Felismino. Ex-funcionária pede reintegração e indenização de R$ 50 mil por assédio moral. Silvia nega e diz que fez remanejamentos para preservar o emprego da mulher, até ela ser demitida em Março, por corte de custo.

ARENA 2.0

Não só a Rede de Marina tenta. A nova Arena protocou também no TSE pedido de registro para oficializar candidaturas em 2014.

SPRAY PARLAMENTAR

Seguranças da Câmara dos Deputados estrearam ontem spray de pimenta em manifestantes. E incitam a polêmica sobre o uso por segurança patrimonial.

PONTO FINAL

Duas coisas que brasileiro não vê: cabeça de bacalhau e banda larga de internet.

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