Coluna Esplanada

Arquivo : governo

Governo cogitou chamar Janine de volta ao MEC
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Leandro Mazzini

Foto: EBC

Foto: EBC

Após a encrenca em que se meteu o ministro Aloizio Mercadante, ao ter conversa gravada e divulgada pelo assessor do senador Delcídio do Amaral (Sem partido-MS), os ministros palacianos pensaram em sondar o ex-ministro Renato Janine Ribeiro para voltar à Educação.

Três motivos os fizeram recuar. A presidente Dilma deu aval para Mercadante continuar no Governo; o ministro foi ofuscado – para sua sorte – por encrenca maior, a entrada sub judice de Lula como ministro; e porque emissários na USP enviaram alertas de que o professor Janine recusaria novo mico.

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PMDB, PRB e PP aproveitam crise e colocam faca no pescoço de Dilma
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Leandro Mazzini

Os ministros palacianos – em especial Jaques Wagner (Gabinete) e Ricardo Berzoini (Governo) – estão surpresos com a posição ‘independente’ ou de oposição de deputados que eram aliados.

Coube à dupla palaciana nos últimos meses liberar emendas e cargos nos Estados para apadrinhados dos partidos da base.

Agora, com a crise crescente no Governo, as bancadas e direções do PMDB, PP e PRB põem a faca no pescoço de Dilma, cientes de que serão chamados pelo ministro Lula para resolver pendências. Assim, podem (ou não) mudar os votos contra Dilma na comissão do impeachment. Tudo vai depender das próximas reuniões.

 


PT sonda as Forças Armadas
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Leandro Mazzini

Ag. Senado

Ag. Senado

Com a entrada do ex-presidente Lula no Governo (nomeado ontem à noite) e a efervescência popular dos protestos contra a presidente Dilma, o Partido dos Trabalhadores enviou seus principais expoentes para sondar o quadro nas Forças Armadas nos últimos dois dias.

O suspense aumentou muito ontem com a revelação do grampo da conversa de Lula com Dilma.

Altos oficiais do Exército têm informado aos petistas, entre eles o senador Jorge Viana (AC), que acompanham a situação e não vão interferir em cenário que cause desestabilização democrática, a não ser que sejam convocados a cumprir com o seu dever.

Viana é membro titular da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Procurada, a assessoria do senador não se pronunciou.

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No Palácio, povo canta hino, insulta Lula e cobra renúncia de Dilma
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Leandro Mazzini

Foto: Walmor Parente - Imagem de celular

Foto: Walmor Parente – Imagem de celular

Os ânimos se acirraram no Congresso Nacional e na Praça dos Três Poderes nas últimas duas horas depois que o juiz federal Sérgio Moro liberou as gravações do grampo da Polícia Federal no telefone do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mais de 3 mil pessoas tomaram a Praça nesta noite.

Numa conversa com a presidente Dilma, fica claro que eles atuam para que Lula tenha um documento de nomeação como ministro para barrar qualquer tentativa de prisão do petista. Para a PF e o juiz Moro, Dilma atuou diretamente para impedir as investigações e a eventual detenção do aliado.

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Parlamentares da oposição engrossam o coro em frente ao Palácio. Com palavras de ordens e cartazes, eles cobram a renúncia da presidente Dilma. Os mais exaltados insultam Lula, já nomeado como novo chefe da Casa Civil, com a frase “Lula Cachaceiro, do Povo Brasileiro”.

A presidente Dilma convocou rapidamente a Polícia do Exército e a tropa cercou todo o Palácio para evitar invasão.

Entre os opositores está o deputado federal e militar Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pré-candidato a presidente da República.

Os manifestantes ganham apoio de alguns motoristas que buzinam ao passarem devagar por uma faixa liberada da pista. Deputados da oposição distribuíram 50 livros da Constituição e os manifestantes empunham a obra.

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Colaborou Walmor Parente.


Para Dilma, Mercadante fica, e só sai se quiser
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Leandro Mazzini

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Aloizio Mercadante está revoltado com o que considerou vazamento ontem na imprensa de parte da conversa gravada pelo assessor do senador Delcídio do Amaral.

Repete para aliados e ministros que em certo momento disse ao assessor do senador que nada poderia fazer nem interferir na investigação.

O ministro da Educação se explicou à presidente Dilma ontem à tarde, antes da coletiva – na qual apareceu muito abatido.

A chefe deu aval para ele permanecer no Governo, desde que seja convincente nas explicações públicas.

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Lula consegue o seu terceiro mandato, com ou sem ministério
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Leandro Mazzini

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu se tornar ministro da presidente Dilma na última quinta-feira, quando começou a esquadrinhar o novo Governo.

Chamou a São Paulo para conversar o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e se inteirou das ações na política econômica. Neste ao, elevou Dilma a rainha da Inglaterra.

A partir de agora, com ou sem ministério para tocar, ele passou a mandar no País. Deslegitimou o mandato da apadrinhada, e é com Lula quem os aliados – e até adversários – vão querer dialogar.

Somado a isso, Lula convocou os líderes do MST e das principais centrais sindicais e pediu uma trégua nas ruas e nas estradas. Para os aliados dos movimentos sociais, foi sinal de que Lula voltaria a mandar no País, batendo ponto no Palácio do Planalto.

Atualização quarta, 16, 12h05 – Em reunião nesta quarta no Planalto com a presidente Dilma, ficou acordado que Lula vai assumir a chefia da Casa Civil do Palácio, que fica no quarto andar – espera-se agora mais visitado que o terceiro, onde fica a chefe da nação.

Não há certeza de que Barbosa e Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, fiquem na Fazenda e no BC. O sonho de Lula é trazer de volta Henrique Meirelles, se ele aceitar. Só Meirelles dá confiança ao mercado internacional.

Uma vez no cargo, a missão do ex-presidente será reunificar a base no Congresso, para segurar a governabilidade até 2018.

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Dilma terá reunião com Lula no Alvorada
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Leandro Mazzini

A presidente Dilma Rousseff e o ex Luiz Inácio Lula da Silva terão uma reunião no Palácio da Alvorada nesta noite. Dilma decidiu que seria o melhor lugar para conversarem a sós.

Lula deve assumir nos próximos dias o comando da Secretaria de Governo no lugar de Ricardo Berzoini.

Sua missão será a de reunificar a base governista no Congresso Nacional para tentar manter a governabilidade de Dilma até 2018. Mas saberá que, assim que assumir o cargo, transformará Dilma numa ‘rainha da Inglaterra’.

Segundo fontes do Palácio ouvidas nesta tarde, a revelação de detalhes da delação premiada de Delcídio do Amaral não deve mudar os planos de oficializar a entrada de Lua no Governo.

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Dilma recusa Conselho de ex-presidentes
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Leandro Mazzini

dilma
Com o sinal de alerta ligado no Palácio do Planalto desde os mega protestos de domingo, ministros palacianos e senadores governistas deram ontem uma humilde sugestão à presidente Dilma Rousseff: sentar à mesa com ex-presidentes da República para tentar ofuscar a crise.

Seria um pedido público de apoio num espírito patriótico. A ideia é passar a imagem de que é hora de união, sem picuinhas partidárias.

Mas Dilma recusou. Teme levar um ‘não’ do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

FHC é o menor dos problemas. Pior cenário seria a foto com José Sarney, cuja família foi chutada do Governo do Maranhão e com popularidade em baixa, e os enrolados Lula e Fernando Collor, alvos da Lava Jato.

Dilma deu ordem aos ministros da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, e da Casa Civil, Jaques Wagner, para investirem no diálogo com aliados e conter debandada no Congresso Nacional.

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PMDB devolve ao Governo presidências da Embratur e Eletrosul
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Leandro Mazzini

Foto: pmdb da Câmara

Foto: pmdb da Câmara

O PMDB começou a desembarcar, em parte, do Governo Federal. E o pontapé começou com o diretório de Santa Catarina. Reunidos em Florianópolis, os deputados e senadores decidirem devolver as presidências da Embratur e Eletrosul – além de uma diretoria na estatal elétrica.

A decisão foi confirmada à Coluna nesta noite pelo deputado federal Mauro Mariani, presidente do diretório estadual catarinense.

Participaram do Dia do Desembarque, em reunião em Florianópolis na tarde desta segunda-feira, o vice-governador Eduardo Moreira, o senador Dário Berger, o ex-senador Casildo Maldaner, e os defenestrados dos cargos Djalma Berger (que hoje deixa o comando da Eletrosul), o diretor Paulo Afonso Vieira e Vinícius Lummertz, que deixa a Embratur.

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O grupo reunido no diretório do PMDB

“O Brasil precisa de um novo caminho e nós, do PMDB catarinense, estamos dando o primeiro passo efetivo, rumo à independência. Escolhemos o lado da sociedade. Este governo não tem mais condições de propor nada”, diz Mariani.

O deputado garante também que o PMDB vai desembarcar do apoio ao Governo Dilma em abril: “Não há mais jeito!”

Segundo Mariani, os apadrinhados políticos do grupo peemedebista, que deixarão a partir de hoje os importantes cargos, foram consultados sobre a decisão da executiva estadual do partido e não declararam objeção. “Eles compreenderam que é o melhor a fazer”, conclui o deputado.

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O ‘neutro’ PMDB mostra sua velha face: ficar no Poder, com quem for
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Leandro Mazzini

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O atual PMDB mostrou hoje a sua velha face – ele prega independência, se diz neutro, mas está sempre no Poder desde a redemocratização. O partido é PhD nesse item político: faz suspense, grita para o povo, mas nos gabinetes e jantares afaga presidentes da República há 30 anos. Atualmente, o beija-mão é para Lula e Dilma, e assim a legenda mantém os sete ministérios.

O partido é o retrato da instabilidade política do País – não sabe para onde vai.

O PMDB só sai do Governo se não mais houver Poder – fica até 2018 pela coalizão eleita, ou pula fora se a presidente Dilma cair. Neste cenário, se o vice Michel Temer assumir, o partido faz festa. Se cai a chapa toda, o partido cola em quem assumir o Palácio.

E por que o PMDB anunciou hoje em sua convenção que precisa de mais 30 dias para decidir se desembarca do Governo ou mantém a aliança?

Este é o período que os expoentes do partido precisam para sentar à mesa dos ministros Palacianos Ricardo Berzoini (Governo) e Jaques Wagner (Casa Civil) para fechar a indicação do deputado Mauro Lopes na Secretaria de Aviação Civil e atender a demanda da ala majoritária das bancadas no Congresso. São pedidos de cargos importantes e estratégicos em estatais nos Estados. Só isso. Este é o PMDB em suas entranhas.

Essa demanda para apadrinhados políticos vem especialmente dos deputados. Desde antes da recondução do líder Leonardo Picciani (RJ) na Câmara.

Agora, o controle do som do megafone peemedebista para a população está nas mãos de Berzoini e Wagner. Depende apenas dos dois ministros petistas e do aval da presidente Dilma Rousseff que rumo o por ora aliado vai tomar.

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NO MURO

Na convenção nacional de hoje, o PMDB vai reforçar o perfil que o notabilizou nas últimas décadas – em cima do muro, com um pé em cada lado do Poder, na base e na oposição.

Os peemedebistas são experts, e por isso estão sempre no Governo. O falatório contra o Governo Dilma estava combinado. Realmente há um grupo minoritário que prega o rompimento. Alguns dos expoentes são Marta Suplicy, a ex-senadora petista, que disputará a prefeitura de São Paulo, e o ex-ministro de Lula Geddel Vieira Lima.

Ambos não atendidos em suas pretensões políticas. Marta, que foi ministra de Dilma após pedir, queria ser a indicada de Lula para a Presidência. Geddel não teve o apoio do PT baiano para disputar o Senado.

Um cacique garante que o partido “não vai deliberar, ficará neutro”. Em suma, não vai cravar apoio incondicional a Dilma, mas também não pregará a saída do Governo. Por fim, está eleita a executiva nacional e suas regionais. Era o dever de casa neste sábado. Reconduzir Michel Temer ao comando.

2018

O documento ‘em cima do muro’ que será divulgado é sinal para os dois lados, PT ou anti-PT – a disputa que se vislumbra em 2018. O PMDB assim se garante em um deles.

Não há consenso no PMDB para lançar candidato ao Planalto, mas cresce o grupo que prega a candidatura. Se assim for, o preferido é o senador José Serra, que está prestes a se filiar ao partido, conforme desejam os caciques – Serra balança.

O prefeito do Rio , Eduardo Paes, propalado como o pré-candidato do PMDB ao Planalto, é balão de ensaio. Paes é candidatíssimo ao Governo do Estado.