Coluna Esplanada

Arquivo : lava jato

PGR cerca esposa para pegar Eduardo Cunha
Comentários Comente

Leandro Mazzini

A nova fase da Lava Jato mudou o foco sobre Eduardo Cunha.

Os investigadores querem fazer uma devassa nas contas de Cláudia Cruz, a esposa do presidente da Câmara, que gastou quase R$ 1 milhão em cartão de crédito.

Daí as buscas e apreensões na casa da chefe de gabinete de Cunha, Denise Santos. Há anos é ela quem controla os gastos da matriarca da família.

Como a Coluna antecipou, procuradores e delegados até agora não conseguiram provas de que o dinheiro do deputado na Suíça tem origem no esquema do “Petrolão”. Com a nova operação, miram as contas da mulher numa nova tentativa de cercar Cunha.

Não se descarta a condução coercitiva da chefe de gabinete numa próxima fase. Denise era quem atendia Cláudia, servia como uma secretária particular da esposa de Cunha.

O Blog no Twitter e no Facebook


Em Alagoas, PF arromba cofre do PMDB e vai à casa de ex-vice governador
Comentários Comente

Leandro Mazzini

tartana

O ed. Tartana, em Maceió, alvo de buscas da PF

Na nova operação da Lava Jato determinada pelo ministro Teori Zavascki, com políticos investigados pela Corte como alvo, a Polícia Federal fez uma devassa também na sede estadual do PMDB em Alagoas, reduto eleitoral do presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros.

Os agentes arrombaram um cofre no diretório do partido e levaram dezenas de pastas de documentos. Não há relatos, por ora, de que havia dinheiro.

A PF também fez buscas e apreensão num apartamento do edifício Tartana, conhecido endereço luxuoso da capital Maceió. E deram um bom dia também para o ex-governador José Wanderlei Neto (PMDB) – ele foi vice do governador Teo Vilela (PSDB).

O Blog no Twitter e no Facebook

 


Delegado coordenador da Lava Jato: “Quem todo de mel se unta..”
Comentários Comente

Leandro Mazzini

delegado

O delegado Marcio Anselmo. Foto extraída do viomundo.com.br

Os sete delegados federais da Operação Lava Jato foram homenageados nesta quinta-feira em Brasília, na sede da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, com a presença do diretor-geral Leandro Daiello.

Coordenador da equipe em Curitiba, o delegado Márcio Anselmo foi aplaudido de pé ao discursar, em tom emocionado, quando citou o poeta Mario Quintana: “Quem todo de mel se unta, os ursos o lamberão”.

O Blog no Twitter e no Facebook


Do exterior, presidente do PP e alvo do STF monitorou 24h caso Delcídio
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto: UOL

Foto: UOL

Na última quarta-feira, o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP, estava em missão oficial no exterior, mas não dormiu.

Na lista de investigados do Procurador Geral da República por citação do doleiro Alberto Youssef, Ciro acompanhou 24 horas, por telefone e internet, o caso Delcídio Amaral.

A equipe de Brasília trabalhou duro. Foram ligações a cada dez minutos.

O Blog no Twitter e no Facebook


Delcídio desconfiava da gravação do filho de Cerveró
Comentários Comente

Leandro Mazzini

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) desconfiava de que fora gravado pelo filho de Nestor Cerveró, o jovem Bernardo.

O advogado insistiu para que o encontro fosse na suíte de Bernardo no hotel, e não no apartamento do parlamentar, onde ele tomava seus cuidados.

O chefe de gabinete, Diogo Ferreira, entrou com olhar apurado e estranhou um chaveiro na mochila do jovem. Era o gravador. Ferreira ligou a TV em alto som, e sentou-se no sofá entre o senador e a mochila, para abafar a voz.

A atitude foi descrita na sentença como o motivo da prisão de Ferreira.

O encontro foi no último dia 4, e desde então Delcídio evitou conversas e reuniões com Bernardo e o advogado de Cerveró. Na noite de terça, quando Delcídio soube da reunião sigilosa no STF, chamou seu chefe de gabinete e alertou para esperar o pior.

O Blog no Twitter e no Facebook

VEM PRA CÁ

Suplente de Delcídio, Pedro Chaves (PSC), segundo o senador de ‘reputação ilibada’ – ao contrário do titular – foi convocado a Brasília pelo advogado do parlamentar.

ABANDONO OFICIAL

O PT vai abrir processo de expulsão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Está à própria sorte. Foi decidido ontem em reunião entre Lula e Rui Falcão.


Suplente é ‘de caráter ilibado e responsável’, disse Delcídio
Comentários Comente

Leandro Mazzini

No vaivém de informações e tensão hoje no Congresso Nacional com a inédita prisão de um senador, um atento observador do cenário político de Mato Grosso do Sul lembra que Delcídio Amaral é, digamos, um visionário, vide a sua situação atual.

Anos atrás, na campanha para o senado, ele escreveu nos folders distribuídos para os eleitores, sobre a escolha do seu suplente, o professor Pedro Chaves:

“Tive a preocupação de buscar uma pessoa de caráter ilibado, responsável”.

Independentemente do que vier nos próximos dias, semanas ou meses, o suplente está de sobreaviso na base.

O Blog no Twitter e no Facebook


Segredos do Pantanal: a relação de Bumlai com Lula
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto de Marcos Brandão para o Jornal do Brasil

Foto de Marcos Brandão para o Jornal do Brasil

Os bastidores da Operação Lava Jato fervem em apostas com a prisão de José Carlos Bumlai, o pecuarista amigo do peito do ex-presidente Lula. Há quem diga que ele não vai aguentar a prisão e entregar a direção do PT, porque a sentença condenatória é certa.

Tudo começou muitos anos atrás. Bumlai era gerente da Fazenda Itamarati (MT), de Olacyr de Moraes (falecido este ano) – famoso doador do partido em São Paulo.

Bumlai conheceu Lula e passaram a pescar juntos no Pantanal. Quanto Lula foi eleito presidente, o pecuarista fez um grande negócio. Vendeu para o Incra, para reforma agrária, sua fazenda São Gabriel (MS) por R$ 20 milhões para reforma agrária. O MPF apontou depois suspeita de superfaturamento em R$ 7,5 milhões – isso não é alvo da operação.

Desde então, a amizade foi tão forte que levou Bumlai tornou-se homem de confiança, e passou a ser um ‘defensor’ das causas de Lula e do PT. Isso teria o aproximado das operações do bando na Petrobras, contaram delatores.

O questionamento que o juiz Sérgio Moro e dos procuradores devem fazer a Bumlai é: você está disposto a pagar sozinho por essa encrenca?

A fase “Passe Livre” da Lava Jato deflagrada tem a ver com a foto feita por Marcos Brandão para o Informe JB em 2009, quando a coluna do Jornal do Brasil revelou o cartaz de aviso na recepção do Palácio do Planalto para Bumlai ter acesso direto ao então presidente Lula.

O Blog no Twitter e no Facebook


Risco na Lava Jato: delatores sem provas de áudio ou vídeo
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Há um item comum (e preocupante, para os investigadores) em todos os depoimentos de delatores da Lava Jato até agora, pelo menos não revelado em público: eles entregam nomes de grãos políticos, detalhes de transações e encontros. Mas nenhum delator gravou em áudio ou vídeo a suposta negociação e entrega de propina. Falta o ‘batom na cueca’.

As defesas dos acusados condenados em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro na Justiça Federal preparam recurso na tentativa de derrubar as sentenças no TRF e no Supremo Tribunal Federal.

Ontem surgiu o boato de que o ex-deputado federal Luiz Argolo, agora condenado a 11 anos de prisão, teria acordado delação premiada. O advogado do ex-deputado nega. Mas um figurão do PP da Bahia, Estado de Argolo, tremeu nas pernas.


Mais animado da Lava Jato, Vargas cria grupo para jogar Buraco
Comentários Comente

Leandro Mazzini

O ex-deputado escoltado na chegada à carceragem. Foto: UOL

O ex-deputado escoltado na chegada à carceragem. Foto: UOL

O menos deprimido no xadrez da Lava Jato é o petista e ex-deputado André Vargas, amigo do peito do doleiro Alberto Youssef . Brinca com os colegas (até irrita), conta quem viu.

Vargas criou grupo para jogar Buraco (jogo de baralho) com colegas de cela, entre estes o doleiro, lobistas e executivos de empreiteiras.

Há poucos dias, um carcereiro perguntou quem ganhava. “Aqui ninguém ganha, só tem político e empreiteiro!”, soltou o petista, sem constrangimentos.


PP em suspense com decisão de ex-presidente de fazer delação
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Corrêa, preso na Lava Jato - cliente antigo dos agentes da PF. Foto: Folha/UOL

Corrêa, preso na Lava Jato – cliente antigo dos agentes da PF. Foto: Folha/UOL

A bancada do Partido Progressista no Congresso Nacional está alarmada com a decisão do ex-presidente da legenda Pedro Corrêa em negociar delação e entregar o que sabe sobre propinas do petrolão para os “pepistas”.

Alguns dos deputados mais próximos de Corrêa são o deputado federal mineiro Luiz Fernando Faria e o senador Ciro Nogueira – atual comandante do partido.

No último dia 29 de outubro, Corrêa, que fora preso na operação da PF, foi condenado pela Justiça Federal a 20 anos e 7 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, acusado de receber R$ 11 milhões em propinas do esquema do ‘petrolão’ na Lava Jato. Ele continua detido no complexo médico-penal de Pinhais (PR), ao lado de lobistas e empreiteiros.

Corrêa também já fora condenado no mensalão, a ação penal 470 no STF, a 7 anos de prisão, e cumpria em regime semiaberto quando virou alvo da Lava Jato.