Coluna Esplanada

Arquivo : lava jato

Lava Jato chega ao Grupo X e põe Eike na fila
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Leandro Mazzini

Atualização quinta, 22.9, 11h40 – A operação Arquivo X deflagrada hoje pela Polícia Federal a pedido da força-tarefa da Lava Jato de Curitiba é um claro cerco ao conglomerado erguido pelo empresário Eike Batista, e investiga as ligações de suas empresas com suspeitas de negociatas com a gestão do PT e com o ex-ministro Guido Mantega, que foi preso pela manhã em São Paulo.

Na coletiva em Curitiba, os procuradores revelaram que partiu espontaneamente de Eike um depoimento no qual entregou provas, em junho, que culminou com a operação de hoje. O episódio conota – não há informações oficiais ainda – que ao se antecipar, bem orientado por advogados, Eike pode ter fechado delação premiada para escapar da cadeia.

Há mandados de busca, apreensão e prisão temporária em várias cidades onde as empresas de Eike têm sede ou operam diretamente, como no Rio de Janeiro, Cabo Frio (RJ) , São João da Barra (RJ), Belo Horizonte, Nova Lima, Rio Acima – nestas três últimas cidades mineiras o grupo de Eike opera mineração.

Embora o cerco ao grupo X seja amplo, o foco da operação, no entanto, é a suspeita de propina e fraude na licitação para construção de duas plataformas de petróleo para a Petrobras.

Abaixo, segundo nota da PF, as cidades onde ocorre a operação. Além de Mantega, ainda não há notícias do nome do detido no Rio de Janeiro – e nas outras capitais.

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SALVADOR/BA

01 (um) mandado de busca e apreensão
01 (um) mandado de prisão temporária

BRASÍLIA/DF

02 (dois) mandados de busca e apreensão
01 (um) mandado de prisão temporária

BELO HORIZONTE/MG

01 (um) mandado de busca e apreensão

NOVA LIMA/MG

01 (um) mandado de busca e apreensão
01 (um) mandado de prisão temporária

RIO ACIMA/MG

01 (um) mandado de busca e apreensão
01 (um) mandado de condução coercitiva

JUIZ DE FORA/MG

01 (um) mandado de busca e apreensão

RIO DE JANEIRO/RJ

13 (treze) mandados de busca e apreensão
01 (um) mandado de prisão temporária
05 (cinco) mandados de condução coercitiva

NITERÓI/RJ

03 (três) mandados de busca e apreensão
02 (dois) mandados de prisão temporária
01 (um) mandado de condução coercitiva

CABO FRIO/RJ

01 (um) mandado de busca e apreensão
01 (um) mandado de condução coercitiva

SÃO JOÃO DA BARRA/RJ

01 (um) mandado de busca e apreensão

IBIUNA/SP

01 (um) mandado de busca e apreensão

SÃO PAULO/SP

06 (seis) mandados de busca e apreensão
02 (dois) mandados de prisão temporária

PORTO ALEGRE/RS

01 (um) mandado de busca e apreensão


Renan se torna uma esfinge sobre a Lava Jato
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Leandro Mazzini

Presidente do Congresso Nacional na mira do STF e da Operação Lava Jato, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) diz que a operação é um “avanço civilizatório”, deve atuar de forma que “proteja garantias”, e separar o “joio do trigo”.

O avanço é latente. Mas a dubiedade dos outros termos intriga: a proteção de garantia seria a dele próprio, que, em sua intuição, não se inclui no balaio do joio.


Planalto terá de localizar 568 presentes recebidos por Lula, determina TCU
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Leandro Mazzini

Sem alarde, o Tribunal de Contas da União deu o pontapé para mudar a interpretação da lei da guarda de presentes recebidos por presidentes da República, e determinou à Secretaria de Administração da Presidência que a partir de agora os presentes recebidos por Michel Temer sejam catalogados e incorporados ao patrimônio da União.

O caso envolve também os presentes recebidos por Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva.

O TCU deu prazo de 120 dias para a Presidência ‘localizar’ exatos 568 ‘bens recebidos’ pelo ex-presidente Lula da Silva enquanto chefe da nação.

São aquelas ‘tralhas’ que estão dando dor de cabeça ao petista na Operação Lava Jato.


Valério fala em ‘Teia de propinas’, mas Lava Jato esnoba
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Leandro Mazzini

Operador dos mensalões – do PSDB e PT – e alvo também da Operação Lava Jato por envolvimento no esquema de corrupção que sangrou a Petrobras, o publicitário Marcos Valério se dispôs, novamente, a fechar acordo de delação premiada e revelar detalhes sobre a teia de propinas para campanhas de tucanos e petistas.

Mas a cúpula de investigadores da Lava Jato deu um novo ‘não’ ao advogado de Valério, Marcelo Leonardo.

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Medina quis cercar servidores por peculato e desagradou Planalto
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Leandro Mazzini

O ex-Advogado Geral da União Fábio Medina Osório foi demitido porque queria fazer a limpa no Governo contra funcionários públicos federais que cometeram peculato, alvos da Operação Lava Jato.

Medina preparava uma série de ações ações de ressarcimento de danos ao erário e improbidade contra agentes públicos.

Isso atingiria em cheio muitos grãos servidores que são ligados às empreiteiras, e abriria a brecha para delações premiadas – o que pode complicar muita gente dos Governos do PT e do PMDB.

Medina Osório era da cota pessoal do chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e desobedeceu à ordem do ministro palaciano de dar um freio no cerco.


AGU Medina cerca servidores flagrados na Lava Jato por peculato
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Leandro Mazzini

medina

O Advogado-Geral da União, Fábio Medina, vai à comissão da Câmara dos Deputados que analisa o PL 4850, a lei anticorrupção, que aprovou convite ao ministro. Vai debater medidas de combate a crimes contra o patrimônio da União e enriquecimento de servidores públicos.

A presença do AGU ganhou relevância após o órgão ingressar com petições junto ao STF solicitando informações de investigações da Lava Jato. Os dados podem embasar ações de improbidade administrativa e ressarcimento dos cofres públicos.

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Lava Jato: PP e PSDB mostram documento que pede investigação da Petrobras
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Leandro Mazzini

O PP e o PSDB partiram para uma contra-ofensiva em memória de Sérgio Guerra, o ex-senador e ex-deputado tucano que faleceu em 2014, que fora acusado no processo da Lava Jato por suspeita de ter recebido R$ 10 milhões de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento, para barrar uma CPI contra a petroleira. Pelo lado dos progressistas, viu-se envolvido na confusão o deputado Dudu da Fonte (PP-PE).

Os advogados do PP apresentaram um documento à Justiça em defesa de Dudu e Guerra, para se contrapor à informação de Paulo Costa em sua delação premiada no processo.

É um ofício de 2009 dos senadores Álvaro Dias (hoje no PV), Agripino Maia (DEM), ACM Júnior (DEM) e Sérgio Guerra, no qual o quarteto pede à Procuradoria Geral da República, à época das tratativas da CPI no Senado, uma investigação sobre os possíveis desvios e desmandos políticos na petroleira.

O documento coloca em xeque a declaração de Paulo Roberto Costa, o PRC, na delação na Lava Jato. Os advogados tentam provar que havia interesse dos políticos – em especial de Sérgio Guerra, citado na investigação – em investigar a estatal.

O ofício está sob análise dos investigadores da força-tarefa da Lava Jato, mas ainda pairam dúvidas sobre o seu uso político ou não para o cenário daquela época – se realmente havia essa intenção da investigação ou se o documento pode ter sido usado como ‘balão de ensaio’ para a turma pressionar a Queiroz Galvão e a cúpula da Petrobras a negociarem o fim da CPI.

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A folha de rosto da denúncia protocolada em 24 de novembro de 2009 na PGR.

A folha de rosto da denúncia protocolada em 24 de novembro de 2009 na PGR.

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A tramitação do pedido de investigação na PGR, de 2009 até 2011

A tramitação do pedido de investigação na PGR, de 2009 até 2011


A bancada da maior empreiteira: 40 senadores e 200 deputados
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Leandro Mazzini

Novos cálculos obtidos pela força-tarefa da Operação Lava Jato a partir do cruzamento das delações de integrantes da construtora Odebrechet e das planilhas de propina da empreiteira revelam, até aqui, um saldo assustador e bombástico: cerca de 40 senadores, 200 deputados e 16 governadores estariam envolvidos no megaesquema de corrupção comandado pela empresa.


Porteira aberta: pecuarista Bumlai vai soltar os segredos do curral
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Leandro Mazzini

Em depressão e em tratamento contra um câncer na bexiga, o pecuarista José Carlos Bumlai já prepara com advogados a assinatura do acordo de delação premiada no âmbito do processo da operação Lava Jato.

Apesar de amigo do ex-presidente Lula da Silva, avisou aos próximos aliados políticos não ter mais condições ‘mentais e físicas’ de enfrentar uma cela.