Coluna Esplanada

Arquivo : lava jato

Juízes, procuradores e delegados revoltados com declarações de Lula
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Leandro Mazzini

Revoltou juízes, procuradores e delegados federais o discurso de ‘perseguido’ feito pelo ex-presidente Lula após seu depoimento à Polícia Federal. Meses atrás os integrantes da Força Tarefa da Lava Jato já sabiam que, se ocorresse uma operação tendo o petista como alvo, ele lançaria mão deste discurso para inflamar os movimentos sociais. Não sabiam, porém, as proporções que tomariam.

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), pela qual o juiz Sérgio Moro é representado, soltou nota dura.

“A Justiça Federal brasileira e os integrantes do Ministério Público, da Receita Federal e da Polícia Federal agiram nos estritos limites legais e constitucionais, sempre respeitando os direitos de ampla defesa e do devido processo legal, sem nenhuma espécie de abuso ou excesso”.

“Logo, não se trata de espetáculo midiático, nem há enfoque político por parte dos agentes estatais incumbidos desta tarefa, mas o absoluto cumprimento das funções públicas”.

Ainda de acordo com a associação, não há incoerência nas investigações, e a nota reafirmou a importância da consolidação e seriedade das instituições públicas do País.

“A Ajufe e as associações regionais e seccionais que legitimamente representam os magistrados federais do Brasil não se intimidarão com qualquer tipo de ameaça e reforçam a confiança e o apoio aos agentes públicos, em especial aos juízes e servidores da Justiça Federal, para continuarem a agir nos termos legais e constitucionais, sem se afastar do seu destino maior de servir à sociedade e distribuir justiça”.

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Congresso apreensivo: Plantão de Teori e mobilização da PF no Nordeste
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Leandro Mazzini

teori1

Atualizada domingo, 6, 20h57 – Congressistas enrolados com a Justiça, alvos de investigação do Supremo Tribunal Federal, estão apavorados neste domingo com a notícia do plantão do ministro Teori Zavascki, relator do processo da Operação Lava Jato na Corte.

Não só ele, mas todo o núcleo duro do STF, com altos funcionários de outros ministros, ficou de plantão durante este domingo.

Soma-se a este misterioso cenário a mobilização, desde ontem, de mais de 100 policiais federais que desembarcaram em quatro capitais, duas delas no Nordeste. Outros 100 estão de plantão, segundo fonte, conforme revelou a Coluna.

Causou estranheza em colegas o fato de o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), antecipar em horas seu voo para Maceió na última quinta-feira, quando vazou para a imprensa a delação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) – vale lembrar que certo dia, meses atrás, Renan provocou: quem sabe da Petrobras é Delcídio.

(O presidente do Congresso nega, mas é dado como público o seu apadrinhamento ao então diretor da Transpetro, Sérgio Machado, que deixou o cargo pressionado ano passado).

Na sexta pela madrugada a Coluna revelou a reunião na quinta à noite do PGR Rodrigo Janot, que precedeu a operação de condução coercitiva do ex-presidente Lula ( detalhes aqui ).

A apreensão entre congressistas neste fim de semana é notória pelo fato de ter sido numa reunião de plantão noturno, comanda pelo ministro Teori, a decisão de autorizar prender o senador Delcídio.

O senador petista está em São Paulo neste momento.

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LAVA JATO E ZELOTES

O ministro Teori já voltou para casa, onde está reunido com a família, mas sua força-tarefa continua na sede do STF.

Há rumores de que o plantão deve-se à homologação da delação premiada do senador Delcídio – o ministro vai acolher o conteúdo em parte, com vetos ( veja aqui ). Embora também haja uma suspeita de que o ministro possa autorizar uma operação policial nesta segunda-feira envolvendo mandatários.

A PF também atua forte em outra frente, numa investigação que atinge em cheio a República congressista – a Operação Zelotes. Na última fase, os agentes descobriram uma lista bombástica, na casa de um funcionário público. A lista de propinas de empresas para servidores e políticos.


‘Eles que enfiem no C! e tomem conta disso’, xinga Lula em vídeo de Jandira
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Leandro Mazzini

Atualizada domingo, 27, 11h57 – Um vídeo da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, complica a situação do petista.

No vídeo, que circula nesta manhã de sábado via aplicativo Whatsapp, Lula, ao fundo, irritado ao telefone, solta logo no início: “Eles que enfiem no cu e tomem conta disso!” ( a frase anterior espalhada pela internet e publicada aqui e em outros sites cravava: Eles que enfiem no cu todo o processo!”). Na conversa ao telefone com a presidente Dilma, gravada pela PF, Lula falava de seu acervo de presentes num depósito, alvo da Lava Jato.

Na sua apresentação de apoio a Lula, Jandira, sem notar a frase do petista, ainda diz : “Ele está muito tranquilo” – enquanto as imagens provam o contrário.

A cena ocorreu antes da coletiva que ele deu na sexta-feira após sair do depoimento à Polícia Federal sob condução coercitiva.

A Coluna aguarda uma posição do Instituto Lula, e não localizou até o momento a deputada pelo telefone.

Nota do editor – Este repórter foi alertado por um colega editor da Revista Piauí sobre a íntegra da gravação e a transcrição correta do áudio, na última quinta-feira dia 24/3/16, e após pesquisas modificou o conteúdo desta matéria e seu título. 

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MPF investiga carne comprada e pista de pouso em Atibaia
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Leandro Mazzini

pista

Um condomínio aeronáutico em Atibaia

Pernil, picanha, costela de porco e carne de coelho.

Há uma investigação em andamento até sobre um açougue de Atibaia (SP) na tentativa de ligar as vendas à preferência alimentar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e os dias de entrega de carnes, para provar que o sítio é dele.

Os investigadores também estão de olho numa pista de pouso e decolagem particular em um condomínio de luxo na região. Seria por ali que Lula tem acesso ao sítio.

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Janot faz reunião de emergência com núcleo da Lava Jato
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Leandro Mazzini

pgr

Foto: ABr

O procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, reuniu de emergência ontem às 18h30 o núcleo duro da operação Lava Jato na cúpula da Procuradoria.

Trancaram-se com ele todos os investigadores e os dois responsáveis por rascunhar pedidos de prisão nas fases do processo judicial.

A reunião na PGR já é conhecida em gabinetes do andar por preceder grandes operações da Polícia Federal.

Janot tem em mãos há mais de uma semana o conteúdo bombástico da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). O vazamento à imprensa ontem pode acelerar nova fase da operação.

Há informações de uma propina de R$ 30 milhões na compra de Pasadena para uma importante figura da República.

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Apartamento de João Santana em NY vira alvo da Lava Jato
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Leandro Mazzini

Manhattan - o endereço mais exclusivo do planeta.

Manhattan – o endereço mais exclusivo do planeta.

Faltou Nova York. É o que se diz nos corredores da operação Lava Jato.

A Polícia Federal cercou o marqueteiro João Santana no dia da operação que o levou à cadeia. Houve mandados de busca e apreensão cumpridos em Salvador – no apartamento do Corredor da Vitória, e num condomínio de luxo na Linha Verde onde é vizinho de Ricardo Pessoa, da UTC.

O juiz Sérgio Moro bloqueou um apartamento dele em Interlagos, em São Paulo.

Mas até agora a PF não conseguiu cooperação com o FBI para invadir o apartamento que Santana tem em Manhattan, Nova York.

Os investigadores suspeitam que os documentos comprometedores estão lá, em um cofre.

Questionada, a assessoria da PF ainda não respondeu sobre o imóvel. A assessoria do marqueteiro confirmou que não houve buscas no imóvel nos Estados Unidos.

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Delegados temem ingerência política na Lava Jato e na PF
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Leandro Mazzini

A saída de José Eduardo Cardozo do cargo de ministro da Justiça, como divulgado nesta segunda em vários meios de imprensa, preocupa os delegados federais em meio ao turbilhão que vive a operação Lava Jato no âmbito judicial. A Associação Nacional dos Delegados de PF soltou nota hoje informando que a classe está preocupada com os rumos do ministério, ao qual a PF é subordinada. A nota conota que os delegados temem tentativas de ingerências políticas na investigação.

Eis a nota:

“Os Delegados da Polícia Federal receberam com extrema preocupação a notícia da iminente saída do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em razões de pressões políticas para que controle os trabalhos da Polícia Federal.

O Delegados Federais reiteram que defenderão a independência funcional para a livre condução da investigação criminal e adotarão todas as medidas para preservar a pouca, mas importante, autonomia que a instituição Polícia Federal conquistou.

Nesse cenário de grandes incertezas, se torna urgente a inserção da autonomia funcional e financeira da PF no texto constitucional.

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal permanece compromissada em fortalecer a Polícia Federal como uma polícia de Estado, técnica e autônoma, livre de pressões externas ou de orientações político-partidárias.
Contamos com o apoio do povo brasileiro para defender a Polícia Federal”.


A outra Lava Jato: mais de 200 servidores da Petrobras na mira
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Leandro Mazzini

A frase emblemática do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki sobre puxar uma pena e encontrar uma galinha nunca foi tão emblemática sobre uma investigação – e é sinal de que a Operação Lava Jato ainda dá passos seguros dentro de um galinheiro de corrupção.

Nada menos que 200 funcionários da Petrobras, entre apadrinhados políticos e servidores de carreira, estão na mira da Polícia Federal, revela uma fonte da operação.

É a turma que dava suporte para as falcatruas dos ex-diretores e lobistas que já estão presos ou com tornozeleiras em casa. Compõem uma teia de operações internas de leniência e até associação para o crime praticado pelos superiores, em menor e maior grau.

Pode faltar camburão para futuras fases.

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O voo de Santana para Curitiba: silêncio e semblante tenso
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Leandro Mazzini

Foto: Gazeta do Paraná

Foto: Gazeta do Paraná

Os sorrisos do marqueteiro João Santana e da mulher, Mônica Moura, ao desembarcarem no aeroporto no Paraná na terça-feira foram fachada.

Durante toda a viagem de São Paulo a Curitiba a dupla manteve-se em silêncio sepulcral. Santana suava frio, contam agentes testemunhas.

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Oposição dominicana acusa João Santana de lavar US$ 16 milhões
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Leandro Mazzini

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Não bastasse a prisão temporária que brecou a carreira de marqueteiro político, o jornalista e publicitário João Santana pode estar assistindo apenas ao início do seu inferno judicial e policial.

Político da oposição ao presidente da República Dominicana, Danilo Medina, a quem Santana atendia até ontem, Humberto Salazar soltou o verbo e denunciou que o brasileiro usou empresa de fachada, a Polis-Caribe, para repatriar de Angola US$ 16 milhões, que passaram por bancos dominicanos e foram destinados ao Brasil.

Se procurar e ouvir Salazar, a Justiça Federal brasileira terá um pote de ouro nas mãos.

Salazar revelou para amigos que há fortes indícios de que a Polis-Caribe é empresa fachada, e nem tem sede em Santo Domingo. O seu endereço é de um apartamento na Calle Helios, na Bella Vista, bairro nobre da capital.

Não por acaso, é em Angola que a Odebrecht – envolta nesta denúncia que pegou Santana – tem grandes obras bancadas desde o Governo Lula.

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