Coluna Esplanada

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Delegados se reúnem em Manaus para debater combate à corrupção
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Leandro Mazzini

Os diretores da Associação de Delegados da Polícia Federal têm reunião em Manaus e devem soltar nota com tom de preocupação sobre a substituição de colegas no comando da Operação Lava Jato, a despeito de as mudanças terem sido negociadas.

Há clima de desconfiança e a classe cita “desmanche da Lava Jato”.

O presidente da ADPF, delegado Carlos Sobral, reunirá o conselho para saber detalhes das substituições de Eduardo Mauat, Luciano Flores e Duílio Mocelin.

A turma, com a presença de alguns da Lava Jato, se reúne na quinta e sexta no 1º Simpósio Nacional de Combate à Corrupção, com os maiores especialistas do setor.

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Brasil condena suspeito de ser espião russo
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Leandro Mazzini

QG-Amazonas

Um incidente diplomático é tratado sob sigilo entre os governos do Brasil e Rússia.

O Superior Tribunal Militar condenou há dias a um ano de prisão o russo D.A.S. por ter invadido um quartel do Exército em Manaus (AM). Mas o caso é tratado como tentativa de espionagem.

Passando-se por turista, o russo portava máquina fotográfica, mochila e passaporte duplo (Rússia/Equador). Apesar de ampla entrada no QG, ele pulou muro alto e foi flagrado por soldados numa área estratégica do Centro de Instrução de Guerra na Selva, onde há documentos científicos sobre a região amazônica.

Ao ser preso, o russo tentou se passar por turista, mostrando mapa e dizendo em inglês que pensava ser zoológico. Não convenceu. Para os soldados, turista não entra em zoo pulando muro.

Para piorar sua situação, identificado como ‘jornalista’ depois, o serviço secreto brasileiro descobriu que o russo nunca exerceu a profissão.

Embora a sentença tenha saído agora – ele pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça – o caso ocorreu em abril de 2013, e D.A.S. ficou preso até junho daquele ano no QG. A Embaixada russa conseguiu liberá-lo e o suspeito hoje está em Moscou. Se ele pisar aqui, vai em cana.

Oficialmente, o estrangeiro foi preso e condenado pelo crime do artigo 302 de Código Penal Militar – “Penetrar em fortaleza, quartel, estabelecimento militar, navio, aeronave, hangar ou em outro lugar sujeito à administração militar, por onde seja defeso ou não haja passagem regular, ou iludindo a vigilância da sentinela ou de vigia”.

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Eduardo Cunha no festival do boi de Parintins
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Leandro Mazzini

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) desembarca no domingo à tarde em Parintins (AM) para prestigiar à noite a tradicional festa dos bois Garantido e Caprichoso. Deve ficar no camarote do Governo.

Mas Cunha garante agenda de trabalho. Na segunda-feira cedo deve visitar uma fábrica da Microsoft na Zona Franca de Manaus. E depois promove audiência da Câmara Itinerante na Assembleia Legislativa. Ainda dá uma passada no encontrão de pastores promovido pelo deputado Silas Câmara.


Bancada evangélica vai a Manaus para encontrão com pastores
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Leandro Mazzini

Silas Câmara - ele promove o network da fé em Manaus.

Silas Câmara – ele promove o ‘network’ da fé em Manaus.

A bancada evangélica do Congresso Nacional vai dar uma pausa na próxima segunda-feira (29) em Brasília e desembarca em peso em Manaus.

Capitaneados pelo Pastor Silas Câmara (PSD-AM) – vice-campeão de votos para deputado federal no Amazonas – a turma da fé prestigia um encontrão de pastores da Igreja Assembleia de Deus do Brasil. Esperam-se mais de 3 mil pastores.

Entre os ilustres confirmaram presença o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o senador Magno Malta (PR-ES).


Deputada quer debater altos índices de suicídios em Manaus e Porto Alegre
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Leandro Mazzini

Foto extraída do congressoemfoco.com.br

Foto extraída do congressoemfoco.com.br

Os altos índices de suicídio na população de Porto Alegre e Manaus chamaram a atenção da deputada Shéridan (PSDB-RR), que teve acesso a dados oficiais sobre os casos em todo o País.

Ela apresentou requerimento à Mesa da Câmara e pretende fazer audiências públicas com ‘mesas redondas’ nestas capitais, com especialistas, e ter acessos a mais dados para descobrir os motivos.


Tucano Virgílio passa de fênix a novo morubixaba do Amazonas
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Leandro Mazzini

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No auge de sua glória política, pouco mais de quatro anos atrás, o ex-presidente Lula propalava para aliados que queria aposentar adversários, ou encerrar as suas carreiras políticas, e elencou seus principais alvos: Excluir do Senado nomes importantes do PSDB como Tasso Jereissati, Arthur Virgílio e Sérgio Guerra (in memoriam), entre outros. De certa forma conseguiu. Jereissati voltou para os negócios, Guerra preferiu uma eleição vitoriosa para a Câmara e Virgílio foi derrotado por Vanessa Grazziotin (PCdoB). Opositor mais ferrenho de Lula e do PT, Virgílio foi para Portugal e muitos deram sua vida pública como encerrada. Seu retorno em 2012 e a eleição para a prefeitura de Manaus – com vitória sobre Grazziotin, num tira-teima de 2010 – mostraram que o tucano tornou-se uma fênix da política nacional.

É comum no bordão popular e na literatura política classificar líderes partidários e mandatários poderosos como caciques – o Brasil está cheio deles, de Norte a Sul. Não é diferente na cosmopolita Manaus. Ao ressurgir forte na capital, embora longe do cenário nacional, o prefeito Arthur Virgílio Neto tornou-se um dos novos caciques da política local, ou o morubixaba escolhido pelos manauaras. Morubixaba é o manda-chuva, chefe temporal, conta o dicionário. E também no vocabulário do poder amazonense. Já foram morubixabas recentes Amazonino Mendes e Eduardo Braga, que perdeu a eleição para o governo do Amazonas. Braga ‘caiu para cima’ e foi nomeado ministro de Minas e Energia (no cargo, empurrou para Deus a responsabilidade do setor elétrico e de literalmente mandar chuva para que se evite apagão).

Ainda sob desconfiança, os manauaras deram chance a Virgílio de se reerguer, e ele tem se esforçado para isso. Assumiu a prefeitura inchada com 33 secretarias, reduziu para 23 e agora quer tocar o governo com 19 pastas. Em tempos de recessão na economia, segue a linha de outros gestores e pretende segurar 12,6% do Orçamento de R$ 4 bilhões deste ano. Também estuda cortar 300 cargos comissionados, reduzir em R$ 10 milhões os custos com frota veicular e renegociar a dívida ativa do município com os bancos – almeja assim segurar mais uns R$ 100 milhões.

Boa vontade, obviamente, não falta. Caberá a Virgílio provar a competência para isso, e também a manha política para gerir com o apoio da Câmara Municipal – ele elegeu os últimos dois presidentes. Virgílio renasceu devagar para a política desde 2012, sem a atenção dos adversários do Sul do País que olham para os próprios umbigos e não observam o potencial do Norte que elege expoentes como Vanessa, Eduardo e o senador eleito Omar Aziz – outro morubixaba que hoje anda de mãos dadas com o prefeito. Bem avaliado, Virgílio elegeu o filho Arthur Bisneto o deputado federal mais votado do Estado. E os números que têm em mãos não o desmentem: pesquisas internas apontavam que, se candidato ao governo ano passado, venceria com folga.

O prefeito não quis deixar o mandato pela metade, sabe que há muito a fazer no município. E também porque apoiou incondicionalmente o governador eleito José Melo (PROS) – na última terça abraçou o aliado no velório da mãe do governador, antes de conversar com o repórter ao telefone. Abatido, revelava nas palavras a sensação de impotência do homem diante da morte, a única das certezas da vida. E tem investido em vidas – construiu mais 12 creches (Acredite, Manaus, com mais de um milhão de habitantes, só tinha uma até poucos anos atrás). Na esteira, ergueu também 22 Unidades Básicas de Saúde, para atendimentos emergenciais e clínicos, a exemplo das famosas UPAs do Rio de Janeiro.

Na saga de não-aliado do governo federal, diz que espera contar com o bom senso da União em prol dos manauaras. Ano passado teve dedos de prosa com o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, atrás de recursos de ministérios para a prefeitura (Manaus tem contado apenas com os repasses constitucionais obrigatórios). Contará agora com a atuação do filho em Brasília, que terá muito de competência a provar. Outro teste.

Virgílio é candidato à reeleição, essa é outra certeza no projeto político. A incerteza está na vaga do vice na chapa. Hoje, disputam a indicação o ex-deputado estadual Marcelo Ramos (PSB) e o atual presidente da Assembleia Legislativa, Josué Neto (PSD).

Um detalhe. Atentem para o paulista-manauara Omar Aziz (PSD). Um vice discreto de Eduardo Braga no governo, assumiu a vaga, foi reeleito em primeiro turno, fez o sucessor em 2014, elegeu-se senador e ainda enterrou a pretensão do ex-aliado de voltar ao Governo. Caiu nas graças do presidente do PSD, Gilberto Kassab, e pode surpreender muitos colegas no Senado que se acham professores de estratégia.


Amazonas tem um novo morubixaba político: Omar Aziz
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Leandro Mazzini

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Omar, o novo cacique do Amazonas. Foto: EBC

O novo morubixaba dos manauaras é o senador eleito Omar Aziz (PSD) – uma cria do… derrotado ao governo Eduardo Braga (PMDB). Aziz ainda apadrinhou o governador reeleito.

José Mello (PROS) foi reeleito governador do Amazonas e mandou de volta ao Congresso o poderoso senador Braga, ex-governador por dois mandatos.

Aliás, não rendeu a esperada repercussão nas urnas a revelação da gravação de secretário de Mello negociando – dentro de presídio – 100 mil votos e ‘paz’ nas ruas com o chefe do tráfico no Estado ( lembre aqui )

As voltas que o mundo dá passam pelo Amazonas: Eduardo Braga apadrinhou no Poder Omar (que era vice-governador); Omar, por sua vez, apadrinhou Mello, agora eleito. Omar e Mello hoje são adversários de Eduardo, que ficou isolado. Por ora.


Acusado de pedofilia, dono de escola alega que menina é produto no mercado
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Leandro Mazzini

É tão assustadora quanto o escândalo de pedofilia no Amazonas a petição da defesa do empresário Waldery Areosa na tentativa de habes corpus preventivo.

A peça é para a blindagem do empresário milionário, dono de escolas e faculdade em Manaus, acusado na esteira da Operação Estocolmo, deflagrada pelo Ministério Público do Estado, por abusar de duas menores de idade.

A defesa de Waldery lembra que ele é ‘dono de uma das grandes fortunas de nosso estado’, e chega a citar sua fragilidade física – ‘já tendo atingido a idade sexagenária’ – para em seguida emendar com uma situação constrangedora para o próprio cliente: Pela idade, é ‘totalmente improvável imaginá-lo fazendo malabarismos dentro de uma caminhonete’..

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O texto ainda lembra frase de especialista em Código Penal e cita que as duas menores com as quais o empresário supostamente se relacionou são ‘produto no mercado’.

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Com o deputado estadual Fausto Souza também acusado, a Assembleia Legislativa do Amazonas vai abrir CPI. A denúncia foi feita pelo Ministério Público na Operação Estocolmo.

A denúncia no Fantástico de domingo passado foi considerada branda pelas autoridades do MP e policiais. O crime envolvendo poderosos é muito mais abrangente.

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FALA, SENADORA 

A senadora Vanessa Graziotin (PCdoB-AM) avisou que não discursou sobre o escândalo na semana passada, mas tem protestado na tribuna e nas bases, pedindo justiça.

PÉ NO BARRO 

Na tentativa de crescer nas pesquisas, o vice de Cabral que assumiu o governo, Luiz Pezão (PMDB), criou slogan: ‘Pezão na Estrada, no Asfalto e no Barro’.

PRESSÃO TOTAL

Os sindicatos pressionam o Poder Executivo para equiparar os benefícios de seus servidores com os do Judiciário e Legislativo. Os valores estão muito defasados. Dois exemplos: um auxílio-creche no Executivo é de R$ 94 (que não deduz do IR!), mas para o Judiciário é R$ 780. Os vales-refeições são de R$ 373 e R$ 1.100, respectivamente.

ABUSADO AIR 

O novo ministro do Desenvolvimento Econômico, Mauro Borges, usou um jatinho da FAB de 18 lugares para o voo Brasília-Vitória-Brasília na quinta, em companhia de apenas um assessor. Foi visitar a sede da Samarco Mineração. Voos comerciais para dois passageiros no dia sairiam por menos de R$ 3 mil para os cofres públicos.

CALMA, CASERNA!

De um alto oficial: a presidente Dilma e as forças armadas se toleram. Dilma mexeu no vespeiro ao criar a Comissão da Verdade, mas sem dar voz aos militares.

CALMA, CASERNA! 2

Circula em fóruns restritos nas redes manifesto do vice-almirante da Marinha, Sérgio Aquino, titulado ‘Maré Vermelha’, que detona o PT e suas ‘facções’, fala em ‘anestesia quase bovina’ da população e risco de um comunismo.

MICO PARLAMENTAR 

A passagem da deputada venezuelana cassada María Corina na quarta, na Câmara, causou alvoroço entre opositores e simpatizantes do Chavizmo. Ela foi aplaudida pela oposição, mas a deputada Alice Portugal gritou um ‘Viva, Chávez!’ e levou uma sonora vaia.

DESANCOU

Numa reunião na Comissão de Relações Exteriores, María Corina traçou um cenário sócio-político-econômico da Venezuela e lamentou o silêncio da presidente Dilma sobre a crise no país vizinho. Ela encontrou canal aberto e volta em duas semanas para Brasília.

ÊPA, ÊPA 

O deputado Nelson Marchezan Jr (PSDB-RS) foi procurado por dois representantes do Itamaraty, na tentativa de demovê-lo do convite ao ex-embaixador Luiz Filipe Soares e ao Secretário-Geral do Itamaraty, Eduardo dos Santos, para falarem sobre o acordo que o Brasil chancelou durante a crise da Bolívia, em 2008, que pode dar dor de cabeça. É que o governo do Brasil é signatário e apoiador na Assembleia Constituinte de projetos que podem avalizar um terceiro mandato para Evo Morales. O embaixador Luiz Filipe é aposentado e atualmente é Secretário-Geral do Organismo para a Proscrição de Armas Nucleares na América Latina e no Caribe.


Suplência de deputado do DEM vira novela jurídica
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Leandro Mazzini

Uma polêmica a suplência do deputado Pauderney Avelino (DEM-AM) na Câmara Federal. Pauderney assumiu uma secretaria do prefeito Artur Virgílio (PSDB) em Manaus, mas pretende ficar por pouco tempo.

Os atrativos para o suplente não são poucos, e tradicionalmente a vaga é disputadíssima: um salário de R$ 26 mil, benefícios sociais estendidos à família e uma boa verba extra. No caso de Pauderney, pelo contrário. Como seus suplentes têm mandatos, e dificilmente vão driblar as legislações, terão que optar por um dos cargos.

Aí começou o problema.  O primeiro suplente da bancada é um comunista titular da Secretaria de Produção Rural na capital do Amazonas. Como é mais fácil o homem pisar em Marte que o DEM aceitar na vaga Eron Bezerra (PCdoB), foi convocado à missão o segundo suplente.

Caiu no colo de Plínio Valério (PSDB), vereador manauara. Como Pauderney pretende voltar a Brasília daqui a um ano, Valério revelou aos aliados que só assume se conseguir se licenciar do cargo de edil, o que lhe garante quatro anos. Seu obstáculo é um parecer contrário do ex-deputado Inaldo Leitão, então corregedor da Câmara Federal, para caso similar anos atrás.

Não satisfeito, Valério recorre a uma recente manobra jurídica digna do jeitinho tupiniquim. Preparou um pedido de licença da Câmara de Manaus válido por 120 dias, ao passo que contratou a peso de ouro o conhecido advogado das hostes brasilienses José Eduardo Alckmin, que entrou com mandado de segurança no STF.

A defesa cita o caso Marta Suplicy: seu suplente no Senado, o vereador Antonio Carlos (PR), conseguiu se licenciar do cargo em São Paulo para o qual acabou de se reeleger, e assegurou a vaga.

Se alçado a deputado, o vereador causa um efeito paralelo: sua posse faz a bancada do PSDB (48 excelências) se aproximar do novato PSD (51), que chegou à Casa como gente grande apesar de recém-nascido, e abrilhanta o orgulho tucano.

E como não bastasse a novela, mais uma vez uma decisão política cai nas graças do Supremo Tribunal Federal.

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