Coluna Esplanada

Arquivo : mercadante

Para congressistas, sobram ministros da Fazenda
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Leandro Mazzini

Barbosa, no destaque, ao lado de Levy. Foto: UOL

Barbosa, no destaque, ao lado de Levy. Foto: UOL

As recentes incursões do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, por mansões sedes sociais das bancadas da base governista em Brasília, para explicar o pacote fiscal da presidente Dilma, expuseram para os parlamentares o esforço do núcleo palaciano em convencer aliados pelas mudanças pró-Tesouro.

Mas também mostraram – e ainda revelam – segundo parlamentares que participaram dos banquetes que há pelo menos três ministros da Fazenda do segundo governo Dilma Rousseff: o oficial, Joaquim Levy, e dois extra-oficiais, os economistas Mercadante e Nelson Barbosa, o titular do Planejamento.

Na avaliação dos congressistas, ficou evidente que cada um deles quis – e continuam querendo, a cada aparição pública – mostrar que entendem do que falam. Por ora, não desafinaram no discurso. E aqui está o risco. Se um deles contradizer o outro, a situação desanda ainda mais.

Em suma, os parlamentares dão ouvidos aos três, no esforço do trio em explicar a condução da política econômica.


Lula x Mercadante – 2º round
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Leandro Mazzini

Foto de arquivo: extraída do clubesat.com

Foto de arquivo: extraída do clubesat.com

Tem digitais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a gritaria da base governista para que a presidente Dilma demita o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que coordena a interlocução com o Legislativo.

Parte do PT – os Lulistas – e todo o PMDB querem a vaga por dois motivos. Primeiro, porque a articulação com Mercadante e Pepe Vargas (Relações Institucionais) está um desastre. E segundo porque interessa ao próprio Lula neutralizar o ministro, um potencial candidato a presidente em 2018, quando Lula tentará voltar.

Nas conversas com a presidente Dilma Lula critica a composição dos ministros palacianos – depois de já ter feito o mesmo em rodinhas de aliados. Para Lula , Mercadante está concentrando muito poder e tornou-se uma ameaça imediata a ela própria.

BARBA X BIGODE

Lula e Mercadante já não se tratam mais como antes há meses. Quando o ex-presidente percebeu as iniciativas do ministro para concentrar poder e o seu projeto pessoal de se lançar à Presidência em 2018.


Lula e Mercadante já duelam pela candidatura de 2018
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Leandro Mazzini

Charge de ALIEDO - http://aliedo.blogspot.com

Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com

O ex-presidente Lula iniciou sua campanha na tentativa de voltar ao Palácio do Planalto em 2018, apesar da saúde em recuperação.

Numa nova Caravana pelo País – desta vez política-pessoal – pretende visitar aliados potenciais com a justificativa de segurar a base governista da presidente Dilma – a quem tem criticado veladamente.

O ex-presidente vai afagando antigos aliados na rota. Foi assim ao visitar Sérgio Cabral, o governador Pezão e o prefeito Eduardo Paes no Rio.

 

Ocorre que na outra ponta, ao lado de Dilma, literalmente, cresce a figura do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que também vai pleitear junto a ela – que tem a caneta e o Poder hoje – e ao PT o seu nome para disputar a sucessão.

O clima entre Lula e Mercadante é de desconfiança mútua. Enquanto Mercadante trabalha discreto, e forte, Lula na mesma intensidade, e em rodinhas, critica a equipe de Dilma e a articulação – um recado direto para ela e o chefe da Casa Civil.

Mercadante tem controlado todo o Governo e indicado nomes de sua confiança para cargos importantes. Todos os ministros do novo governo Dilma passaram pelo seu crivo. Tem se tornado assim um José Dirceu 2.0 – sem um mensalão, evidentemente.

Quer emplacar, para um exemplo, Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma, no comando da Autoridade Pública Olímpica (APO). Será boa vitrine para desfilar com o eventual sucesso das Olimpíadas após 2016.

Hoje, Lula não manda mais no Governo nem em Dilma, mas ainda é o manda-chuva do PT e o nome quase unânime para uma futura disputa presidencial, a depender de sua saúde.


APO vira maratona de revezamento, e órgão fica com PT
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Leandro Mazzini

O general Fernando Azevedo e Silva entregou ontem sua carta de demissão ao ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, no Palácio do Planalto. A Coluna antecipou ontem a sua saída iminente e o provável destino do oficial.

Na bolsa de apostas do Poder o mais cotado para assumir o cargo, a pouco mais de um ano dos Jogos, é o tesoureiro da campanha da presidente Dilma, Edinho Silva – e se confirmado, o governo pela primeira vez partidariza o órgão desde sua criação, quatro anos atrás, e Mercadante, o padrinho da indicação, aumenta seu poder dentro do Governo.

Antes do general, o ex-ministro Marcio Fortes foi APO por dois anos, até pedir sua demissão por motivos pessoais (à época, Dilma demorou um mês para escolher o sucessor)

Para quem assumiu dizendo ‘missão dada é missão cumprida’, e ‘não poderemos falhar’, o general Azevedo e Silva durou pouco – 14 meses – na presidência da Autoridade Pública Olímpica. Enquanto membros da APO dizem que o prefeito Eduardo Paes deu apoio incondicional, outros lamentam que o APO era totalmente esnobado pelo alcaide, que criou também uma APO a nível municipal.

Azevedo e Silva deve assumir o Comando Leste, o mais importante do Brasil, no Rio. Mas não vai se livrar de Eduardo Paes. O prefeito pretende demolir a Vila Militar na Zona Oeste do Rio para os Jogos – ela é um xodó dos oficiais, que ficará sob a tutela do general futuro comandante do Leste. A conferir o duelo.


Em novo governo, tendência de Dilma é manter só Mercadante e Chioro
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Leandro Mazzini

Carvalho - Dilma não gostou da entrevista. Foto: EBC

Carvalho – Dilma não gostou da entrevista. Foto: EBC

A reforma ministerial começou na segunda-feira. Antes de viajar para a Cúpula do G-20 na Austrália, a presidente Dilma teve uma ríspida conversa com o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, e o demitiu, por críticas a ela numa entrevista no domingo.

Na terça os ministros começaram então a entregar as cartas de demissão pedidas pelo chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. De acordo com uma fonte palaciana, a tendência da presidente é manter apenas Mercadante e o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

A assessoria de Carvalho nega a demissão: ministro avisou que o cargo é da presidente até dia 31 de dezembro. É fato, é o dia que ele provavelmente deixará o governo. Atualizada quinta, 13, 15h59 – Na tarde desta quinta, o ministro voltou a negar ‘veementemente’ a demissão e avisou ‘que não houve conversa’ com a presidente Dilma. A coluna mantém a versão.

Dilma deseja que Miriam Belchior permaneça no Planejamento. Mas ela pediu para sair. Só Lula a convenceria a permanecer. E ele não manda (tanto) mais.

FAZENDA

Já o ex-presidente do BC Henrique Meirelles está a meio passo do ministério da Fazenda. Suas rusgas com Dilma foram aparadas por Lula. A conferir.

Dilma sondou para a Fazenda Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, porque o conhece há anos. Ele foi superintendente do bancão quando ela era secretária do governo gaúcho.

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Dilma entrega cabeça de Mantega ao mercado. Mercadante procura substituto
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Leandro Mazzini

mantega3vale

Mantega com Mercadante, em evento: todos procuram um rumo para Dilma. Foto de arquivo: ABr

As declarações da presidente Dilma Rousseff nesta quarta em Belo Horizonte, de que vai mudar a equipe econômica se vencer a eleição, confirmam o publicado pela Coluna no último dia 28: o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi rifado pela chefe.

Dilma entregou sua cabeça ao mercado e já procura substituto. As declarações, antes nos bastidores para os próximos no Planalto, vieram à tona diante do avanço de Marina Silva (PSB) nas pesquisas e para acalmar os financiadores de campanha.

O artífice da substituição é o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. À Coluna, Mercadante deu o sinal, na segunda-feira, durante o debate dos presidenciáveis no SBT: ‘Primeiro vamos ganhar a eleição e depois sentamos para conversar’, em referência ao futuro do colega.

Ao contrário do que alguns especulam, Mercadante, economista conceituado na praça e no PT, não quer a vaga de Mantega. Ele sonha com a candidatura presidencial em 2018.

Convencida por Mercadante e ‘Lulistas’, Dilma mandou o chefe da Casa Civil avisar aos financiadores de campanha de que vai trocar o ministro. Mercadante já procura nome de consenso no mercado.

No último dia 28, a Coluna citou a saída de Mantega do governo, mas a presidente Dilma quer esperar para 2015. Isso porque Dilma e equipe acreditam, por ora, na vitória na eleição.

A comprovada recessão técnica, baixo crescimento do PIB e políticas paliativas como a desoneração tributária de alguns setores em detrimento de outros deixaram o empresariado muito insatisfeito com o governo e motivaram a decisão da presidente.

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MEC quer criar controlador de faculdades e abre guerra com setor
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Leandro Mazzini

 O Ministério da Educação quer barrar o crescimento desenfreado de faculdades – muitas sem qualidade – que surgiram com aval da própria pasta. Enviou para a Câmara um projeto de lei que cria o INSAES – Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior. Será uma autarquia, mas a chiadeira do setor começou por suspeita do alto poder de intervenção.

RELATÓRIO DISCIPLINAR. Foi quente o debate na Comissão de Educação com presença de 300 diretores de faculdades. Dizem que o setor não é contra a criação, mas contra intervenção. O deputado Izalci (PSDB-DF), foto alerta que autarquia não tem poder de punição, e pede cautela: “Abrimos o debate para ouvir todos os lados”.

EPA, EPA. O PT comprou a ideia do ministro Mercadante e convocou para relator do projeto Waldenor Pereira (PT-BA). O INSAES será uma autarquia ligada ao MEC, e sua criação implicará mais 550 cargos de confiança – além do presidente, um conselho de seis diretores.


A chance de Mercadante
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Leandro Mazzini

A despeito das especulações sobre o PIB minúsculo este ano e as críticas a Guido Mantega, o ministro fica no cargo, mas está na mira da presidente Dilma Rousseff. Ela está irada com o baixo crescimento e o cobertor curto que pode atrapalhar o superávit primário. Na esteira, entrou em campanha para a Fazenda o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, economista e conhecedor a fundo do pré-sal. Ainda mais com o cenário: o desgaste de Mantega, há seis anos no cargo; a eventual minirreforma de 2013 e a pressão do PMDB por Gabriel Chalita no MEC.

PALLOCI. Mercadante sempre sonhou com a Fazenda. Era consultor de Lula para economia, mas foi atropelado e não socorrido por um médico que tinha trânsito no mercado financeiro.

QUASE NO VERMELHO. Os seguidos pacotes de desonerações ao setor produtivo, ordem da presidente, e a pressão de governadores que insistem em renegociar dívidas com a União colocaram Mantega na berlinda.

SE VIREM. A coluna publicou: só 7 estados no fim de Novembro tinham dinheiro em caixa para pagar o 13º. Houve romaria de governadores ao secretário da Fazenda, Nelson Barbosa, para pedir arrego.